28/04/2012

Trekka, John Guzwell Around the World, alone.
























Um barquinho projetado por J.Laurent Giles, um yawlzinho de apenas  20,6 pés fez história em 1959, quando seu dono e construtor J.Guzzwel , retornou ao seu porto de partida em Victóira , em British Columbia, 4 anos depois de zarpar para uma viagem sem grandes pretenções e sem muito alarde, mas que se tornou uma volta ao mundo singular.
Sem planejar uma circunavegação , John zarpou em 1955 , com apenas 25 anos para uma viagem até o Hawai, e o que veio foi um dos maiores feitos da navegação deste inglês radicado na Austrália, e que posteriormente escreveu um dos best selleres da vela mundial.
Ele construíra seu barco nos fundos de uma loja de peixes, o cara voltou para casa com 2 recordes, o primeiro "brit"( australiano radicado) a dar a volta ao mundo e o menor barco a fazê-lo, este segundo recorde pedrdurou até 1987, quando Serge Testa o quebrou a bordo de seu 12 pés.
Jonh também fez parte da Tripulação do Tzu Hang, numa trégua durante sua circunavegação, e para quem leu o livro( este foi primeiro livro de aventuras no mar que eu li) sabe que do que se trata, um yacht-man de verdade, que cortou o maior dobrado a bordo deste ketch de 46pés, o barco capotou no Horn e ficou sem mastro, e parte do convés, e graças as habilidades de marcenaria de Jonh , o Tzu Hang não foi para os braços de netuno, de lá foram para o chile , ficaram meses arrumando o barco, que depois de zarpar acontece  tudo de novo: sem mastro , capotagem e o escambau, mas esta história fica para outro dia, vamos também publicá-la em breve.
O intrépido navegador nasceu para a faina, aos 3 anos, zarpou com sua família num Kecht de 53 pés chamado de "our boy", da Inglaterra rumo a Cape Town, terra natal de sua mãe, e durante a viagem eclodiu a segunda grande guerra, sendo feitos prisioneiros toda a familia Guzzwel, que fora enviada a um campo de concentração onde permanceram de 1942 a 1945.
O conteúdo desta matéria foi sugerido por JACKSON BERGAMO, o professor dos Woodens Boats do Brasil.
www.jacksonbergamo.com.br
Bons ventos a todos!

27/04/2012

Notícias do inferno: sobrevivente conta sobre naufrágio nas Farallones, FONTE : Tangatamanu.wordpress.com


Bryan Chong, um dos três únicos sobreviventes da tragédia com o veleiro “Low Speed Chase” no qual 5 pessoas morreram na região de San Francisco, Califórnia, conta sua versão de como a coisa toda aconteceu numa narrativa emocionante. Se você quiser ler o original em inglês, clique aqui. Já se preferir uma versão resumida numa tradução tangateanamente livre dos principais trechos, abaixo sua carta publicada na web:
O início
“Havia oito tripulantes a bordo: um profissional, seis experientes e um marinheiro de primeira viagem, animado para sua primeira regata. É sábado 14 abril de 2012, por volta de 8:30 da manhã. Deixamos o San Francisco Yacht Club e nos dirigimos através da baía, passamos pela área de largada, quando Alan pega o rádio e diz em um forte sotaque irlandês: “Farallon comissão de regatas, Low Speed Chase fazendo check-in. Oito pessoas a bordo. Confirma?”. Nenhuma resposta. Ele repete e a voz no receptor soa de volta: “Confirmado, Low Speed Chase. Obrigado”.
Nós levantamos nossas velas percorrendo a área inicial, verificando ventos e correntes e começamos a trabalhar uma estratégia. Enquanto isso, a equipe fazia as verificações de velas, linhas, equipamentos de segurança, e de roupas. Hoje a nossa estratégia de partida é simples: evitar queimar a largada. Isto é especialmente importante dada a maré baixa e os ventos fracos.
Estamos bem atrás da linha de largada. A contagem regressiva continua, mas alguma coisa nos distraiu. Percebemos nossa posição ligeiramente atrás da linha de partida. O ar está parado e nós estamos tentando aparar nossas velas para espremer tudo o que pudermos a partir de um nó de vento. Estamos boiando para trás em direção à ponte. Decidimos ancorar para prevenir nosso “progresso”. Finalmente, o vento começa atrás de nós. Desalojar a âncora é outro desafio mas com um guincho, uma adriça, e algum músculo de Marc, a tiramos do fundo da baía. Nosso início fracassado nos custou mais de uma hora. Nosso objetivo para a corrida agora mudou e a única vitória que estamos esperando é evitar um desastroso DNF…
O céu está claro e o vento agora é de 20-23 nós. Sempre foi difícil para mim avaliar altura ondulação da água. Cada ondulação tem sua própria personalidade. Parece-me que estão na faixa de 3 a 4 metros com séries maiores em torno de 5 metros.
A perna é no contra vento e tranqüila. Tudo somado, está se transformando em um belo dia no mar com as condições conforme o esperado. O vento e as ondas são grandes mas com velocidade e direção constantes. Nick, Alan, Jordan, Jay e eu, todos se revezam na roda de leme, mantendo a velocidade entre 7,5 a 8,5 nós. O clima é descontraído no barco. Aceitamos o nosso lugar na parte de trás da flotilha e então não há necessidade de arriscar equipamentos e a segurança. Nossa menta não é sermos agressivos. Esta é a minha primeira corrida aos Farallones – uma regata que eu queria fazer há anos. Minha expectativa aumenta à medida que nosso veleiro se aproxima das ilhas.
Volta à Ilha
As Ilhas Farallon possem uma beleza árida e assombrosa, mas não há tempo para apreciarmos a paisagem à medida que nos aproximamos. As ondas e o vento constantemente formam cristas brancas. Como as condições pioraram eu estou na vela principal e Alan – de longe o melhor piloto com experiência em oceano – está no leme.
Logo nos aproximamos do primeiro ponto rochoso no canto nordeste da ilha. As ondas são muito maiores. Pouco tempo antes vimos outro barco passar. Atrás de nós, um barco parece estar em nossa linha.
Há um vídeo no YouTube mostrando o veleiro “Deception”, de 50 pés, e vários barcos passando pela ilha. Eles estão cerca de uma hora antes de nós. No vídeo podemos ver a a diferença no crescimento das ondas antes, durante e após passarem pela ilha. O vídeo não faz justiça à intensidade das condições daquele dia. Mas dá um boa idéia para quem não estava lá.
Farallones do Sul é formada por duas ilhas principais que formam um conjunto de braços para o norte. Entre os dois pontos mais a norte é que se manobra para chegar ao próximo ponto.
Muitas pessoas – imprensa, amigos e familiares me perguntaram o quão perto das pedras nós estávamos. Na verdade, esta é uma das perguntas mais difíceis de responder, pois meu foco era quase puramente manter uma distância do início da zona onde as ondas quebravam e ficar no swell. Ficar longe das pedras era uma preocupação secundária.
Quando nos aproximamos do segundo ponto eu estimo que estávamos uns 100 metros de onde quebravam as ondas e ninguém a bordo comentou nada sobre isso. Foi então que nos deparamos com o maior onda que já vi. Ela começou a formar sua crista mas passamos por cima antes que ela quebrasse. Trinta segundos depois, não teríamos tanta sorte.
A onda
Eu vi uma outra onda se aproximando a distância. Ela estava vindo da mesma direção que os swells mas era uma massa enorme. Antes, eu já vira grandes ondas mas essa é diferente de tudo que já vira, tirando as grandes ondas em vídeos de surf. Quando a onda se aproxima ela começa a se achatar e formar a crista. E no momento em que nosso barco a encontrou não havia rota de fuga. Alan orçou o barco na onda e o Low Speed Chase subiu. Segundos depois ela já estava quebrando. Estávamos indo na direção da onda a 10 nós de velocidade e ela se quebrando sobre nós. Eu travei meu braço direito na linha de vida e me praparei para o impacto. A última coisa que vi foi o barco inclinar e virar e uma massa de água caindo sobre nós… Um único pensamento passou pela minha cabeça: “Isso vai ser ruim”.
Após o impacto
Eu fiquei submerso até que o veleiro endireitou-se sozinho. Confuso e desorientado eu olhava em volta. Nick e eu éramos os únicos que ainda estávamos no barco.
As velas estavam rasgadas, o mastro quebrara e cada dispositivo que flutuava tinha sido arremessado para fora. Nós imediatamente começamos a tentar trazer os tripulantes para dentro do barco mas uma segunda onda nos atingiu por trás. Esta arrancou-me fora do barco, na área de arrebentação. Nick mal conseguiu permanecer a bordo quando o barco foi jogado pelas ondas nas rochas. Eu não posso dizer se eu estive na água por um minuto ou uma hora, mas, segundo Nick foram cerca de 15 minutos.
As pessoas me perguntam se eu nadei para a praia. A melhor maneira para descrever a água na arrebentação é uma máquina de lavar cheia de pedras. Você realmente não nada. A água me levou para onde ela queria me levar, e quando eu fui capaz de finalmente subir nas rochas de baixo eu ouvi gritos à distância. Era o Nick pedindo para eu chegar a um lugar mais alto. Juntos, vimos Jay um pouco abaixo da linha da costa. Ele estava fora da arrebentação das ondas mas preso em uma rocha cercada por falésias. Pelo que pudemos ver, ninguém mais tinha sido capaz de subir nas pedras em segurança.
A Guarda Costeira Americana e a Guarda Aérea Nacional nos resgataram com presteza e profissionalismo. Temos sorte de ter esse tipo de resgate em nosso país. Se estivéssemos em outro lugar é possível que Jay, Nick e eu não tivéssemos sido resgatados.
Reflexões
A comunidade da vela pode querer saber o que poderia ter sido feito de diferente nesse dia. Tudo realmente gira em torno de um amplo compromisso com a segurança. Essa preparação acontece antes de pegar o barco para uma regata. Quando a tripulação conversa geralmente tratam de ventos, correntes, táticas, regras ou os acontecimentos do dia – mas não se fala sobre de segurança. Eu quase nunca ouvi conversas sobre os benefícios dos modelos de coletes salva-vidas, diferentes casacos, prós e contras de amarras ou vejo alguém praticando homem ao mar nos exercícios de regatas.
Tivemos durante toda a regata os equipamentos de segurança obrigatórios instalados incluindo duas linhas de vida. Todo mundo estava usando coletes salva-vidas mas nenhum de nós estava atado à linha de vida quando a onda nos atingiu.
Eu não posso falar por outros velejadores mas eu atingi um nível de conforto, onde eu só me amarro à noite ou quando as condições são realmente ruins. É simplesmente um mau hábito que se formou devido a uma falsa sensação de segurança no mar. “Além disso”, eu costmava dizer para mim mesmo: “ah, eu posso me amarrar quando algo de ruim estiver para acontecer…”.
É óbvio para mim agora que eu deveria estar preso no barco em cada oportunidade possível. Algumas medidas de segurança podem realmente limitar manobras, mas se você for gastar uma hora timoneando, trimando ou ficar andando pra lá e pra cá no mesmo lugar, por que não se amartrar? Há preocupações legítimas sobre ser esmagado pelo barco num naufrágio. Esses 15 minutos na água foram pra mim os mais assustadores da minha vida. E garanto: o barco era o melhor lugar para se estar – no interior ou no cockpit.
Até o acidente, eu acreditava que me atar à linha de vida ou não, fosse uma escolha pessoal. Mas agora eu penso que isso se estende além da segurança indivídual. É para a equipe como um todo. Se eu estivesse amarrado quando a primeira onda nos pegou, eu precisaria me desatar para ajudar as pessoas que tivessem caído do barco e então eu teria sido atingido pela segunda onda e ainda assim acabaria caindo na água. As tripulações precisam estabelecer estratégias de amarração. Uma pessoa que cai no mar pode colocar toda a tripulação em risco, com os outros tendo que se desamarrar para manobrar o veleiro de volta em sua direção.
Eu realmente me considero sortudo por ter uma segunda chance na vida com minha esposa e meu filho de 8 semanas de idade. Olhando para trás, havia uma série de fatores que podem ter me ajudado a sobreviver naquelas águas. Depois de anos na proa de um veleiro de regata, eu uso caneleiras almofadadas e joelheiras de neoprene, luvas com dedos inteiriços, boas roupas de mau tempo, e não de tecidos de algodão. Eu também uso meu dispositivo autoinflável de flutuação pessoal. Além disso, os treinamentos numa academia que ganhei da minha esposa ano passado foram inestimáveis. A sorte realmente estava do meu lado, mas eu também acho que deixei a porta aberta para ela.
Esperemos que este incidente venha estimular uma discussão mais ampla sobre a segurança veleiro. No entanto, a maior lição que eu aprendi sobre esse dia não estava em nenhum equipamento. Tratava-se de assumir a responsabilidade pessoal para minha própria segurança. Nosso EPIRB, dispositivo de rastreamento por GPS ativado no contato com a água, felizmente funcionou como planejado, mas quem verificou por duas vezes as baterias naquela manhã? Não fui eu e não me pergunte quem o fez…
O que desejo é que minha tripulação ou a comunidade náutica nunca passe pelo que nós enfrentamos neste trágico acidente.
Neste fim de semana ouvi uma citação de um discurso de 1962 por John F. Kennedy para competidores da América’s Cup que em minha mente capta a essência de nossa fascinação com o mar:
“Todos nós temos em nossas veias o mesmo exato percentual de sal em nosso sangue, que existe no oceano, e, portanto, temos sal no nosso sangue, nosso suor e em nossas lágrimas. Estamos ligados ao oceano. E quando voltamos para o mar, seja para velejar ou para assistí-lo estamos voltando de onde viemos.”
Alan, Marc, Jordan, Alexis e Elmer. Fiquem ligados. Uma dia vamos terminar essa regata juntos…
Bryan Chong”

Zé Peixe se foi, foi nadar no céu.


alguma merda tinha acontecido, e de fato o peixe voou! Que Deus o ilumine e que sua históira seja um exemplo para todos os homens do mar.
Eu sei que muita gente morre e que a todo tempo isso acontece, mas a cultura sergipana merece se renovar, precisamos de pessoas que vão ser lembradas mais a frente. Onde estão essas novas pessoas?!
 ·  · 


Segue matéria de outubro de 2010 em homenagem a vida deste herói brasileiro.

Zé Peixe , a lenda viva da praticagem Brasileira.

http://www.youtube.com/watch?v=VszrWX8g6Ik 

assista ao vídeo do Zé Peixe pulando de 40 mts de altura , é SENSACIONAL!! clique aqui neste link( enviado por Evandro Lyrio)






Fonte: Infonet Cidade

80 anos - Zé Peixe, mais do que uma lenda um grande homem
Um homem que salta ao mar de uma altura de 40m, que leva e traz navios até o porto a nado, que por diversas vezes ficou mais de dez...
02/01/2007 - 09:46
Um homem que salta ao mar de uma altura de 40m, que leva e traz navios até o porto a nado, que por diversas vezes ficou mais de dez horas em uma bóia em pleno mar esperando uma embarcação, que não toma banho e nem bebe água doce, se alimenta geralmente de frutas, pão e café, que ainda continua a trabalhar e a se preocupar com as embarcações mesmo estando aposentado. Sim, este homem existe. Seu nome é Zé Peixe.
E por mais interessante que possa parecer. Nem estas informações e nem seus grandes feitos são importantes para Zé - como é chamado pelos amigos. Quem conhece aquele homem franzino de 1,60m de perto, percebe que ele não se acha diferente de ninguém. Para ele, todas as suas 'manias' e sua grande coragem são comuns. E ao contrário da maioria não gosta de reportagens, pois entende que existem outros práticos para serem entrevistados. De forma sincera e simples ele diz que não faz nada diferente dos demais.
Mas Zé Peixe é uma figura excêntrica e especial. No dia 5 de janeiro José Martins Ribeiro Nunes completa 80 anos e a equipe de Jornalismo do Portal Infonet pretende lhe fazer uma pequena homenagem publicando a cada dia desta semana um pedaço de sua vida, trabalho e feitos no mar - sua grande paixão!
O começo
José Martins Ribeiro Nunes não sabe responder quando aprendeu a nadar, mas confirma que grande parte de sua infância e vida foi dentro do rio Sergipe. Nascido e criado na mesma casa onde mora até hoje (na avenida Ivo do Prado em frente ao rio), Zé viu toda a construção do cais.
Filho de Vectúria Martins e Nicanor Ribeiro Nunes, Zé é o terceiro de uma prole de três meninos e três meninas. Ele estudou no Jardim de Infância Augusto Maynard, fez curso primário no Colégio de Dona Glorinha Chaves, o ginásio no Colégio Jackson de Figueiredo e concluiu o segundo grau no Colégio Tobias Barreto.
A relação de Zé Peixe com o mar vem de criança e desde cedo esteva presente nas atividades da Capitania dos Portos, próxima a sua casa. A sua constante presença no rio, sua agilidade e seu conhecimento do mar fizeram com que ele começasse a executar pequenos serviços antes de ter a idade possível para entrar na Marinha.
"Quem me colocou o apelido de Zé Peixe foi o comandante da Marinha Aldo Sá Brito de Souza. Eu tinha uns 11 anos na época. Eu sempre estava por perto (da Capitania dos Portos)", explica Zé.
Mesmo com todo seu conhecimento na Praticagem, ele teve que fazer o concurso e foi admitido em 1947, passando a ser Prático do Estado lotado na Capitania dos Portos de Sergipe. Zé conhece o rio pela cor, variações mínimas de temperatura, pela intensidade e direção do vento.
Por 55 anos Zé Peixe trabalhou na praticagem comparecendo todos os dias sem nunca ter faltado. Hoje está aposentado e continua trabalhando numa escala de três dias de trabalho por nove de folga. De acordo com a família, nestes nove dias, mesmo sem estar de plantão, ele fica disponível para receber qualquer chamado da Capitania.
As 'manias' de Zé só o fizeram ficar mais famoso, mas algumas delas foram distorcidas pelo povo e divulgadas na imprensa. Não é verdade que José Martins não sabe ler, chegou até o segundo grau e sempre gostou de ler dicionários. "É verdade que ele deu trabalho para estudar, mas acabou o que seria hoje o ensino fundamental. Mas, ele tem vários dicionários, alguns enormes", diz a sobrinha-neta e afilhada Luciana Shunk.
No entanto, é verdade que ele não toma banho e nem bebe água doce, só usa sapato em ocasiões especiais, como ir à missa, quando está operando a praticagem ou em comemorações na capitania. "Apesar de só tomar banho de mar, faz a barba em casa normalmente. Na verdade, este apuramento de barba feita e de cabelo cortado também faz parte do seu ritual. Zé quase nunca come comida. Come frutas o dia todo e café com pão", comenta Luciana Shunk, sem saber explicar o porquê.
Ao perguntar se algum médico disse se ele tem alguma coisa de diferente de outro humano, como 'nadadeiras', Luciana responde que ele faz o exame anual na Marinha e no último ano o médico lhe disse que ele tem um coração de menino.
José Martins diz que não vive sem duas coisas: um bote (um barco) e uma bicicleta. Sua rotina diária é bem simples. Quando não está embarcado, ele acorda muito cedo e por volta das 6h já está tomando seu banho no rio, cuida dos seus três barcos que são atracados em frente à capitania dos portos e vai ao mercado comprar frutas de bicicleta.
Ele vai à missa quando não está em serviço - sempre na Igreja do São José ou na do padre Carvalho na Colégio Arquidiocesano. Zé Peixe não fuma, nunca bebeu álcool, dorme às 8h da noite. É calado e desconfiado. Mas ao falar do mar abre um sorriso largo.
Por Raquel Almeid

24/04/2012

Manual de boas maneiras no mar, número 2.


Prezados amigos nautas e amantes da vela de plantão,  nesta saborosa edição da revista velejar e meio ambiente, vamos abordar o segundo tema muito da coluna“boas maneiras no mar”:
Boas maneiras e regras para atracações.
Para os que pensam que uma boa atracação é somente jogar o ferro sem desgarrar, de entrar numa vaga de marina sem fazer marolas e sem dar aquelas aceleradas de marcha ré ,desesperadas para não dar uma bela pancada no cais, sem gritarias e sem estresse, o tema reserva então alguns pontos muito interessantes e que eu gostaria por demais em compartilhar com vocês.
Primeiramente vamos ao básico, pois nem todos  os leitores tem larga experiência e muitos estão a começar na arte da navegação:
-Ao entrar com uma embarcação a vela ou a motor em um ancoradouro ou área de atracação ( “piscinas “ e marinas) trafegue a uma velocidade suave, 3 nós são bem razoáveis para tal, mais que isto começa a dar zebra. 
Nesta velocidade você não cria a “água viva”, que são aquelas marolas que ficam na sua esteira, que são o seu rastro... e assim você não incomoda ninguém e não provoca os bate-bate a contra bordo como vimos na edição passada.
É algo como se fosse você chegando em uma casa nova, num condomínio ou num bairro novo. Você  tem que chegar de mansinho e  causar uma boa impressão aos vizinhos, para ter com eles um convívio salutar, demonstrando sua educação e boas maneiras. 
Quando estiver em locais de fundeio como enseadas e praias por exemplo, vale a regra que  a primeira embarcação a fazer a ancoragem tem o direito de determinar o raio de seu giro, atenção pois aqui é que mora o perigo. 
Assim sendo não fique muito perto de outros barcos ancorados, mantenha uma distância de pelo menos dois barcos de distância do seu vizinho mais próximo.
 O vento e as correntes podem mudar, e em questão de minutos  irão deixar seu barco embolado com outros, enrolado num emaranhado de cabos de ancoragem e com cascos , mastros , cruzetas e  botes batendo uns contra os outros numa sinfonia de horrores, que pode ter conseqüências graves para o bem estar, para a segurança e para o bolso.

Ao ancorar, verifique se a ancora ferrou para somente depois desligar o motor, esta medida de segurança é vital e nunca pode ser deixada de lado.
Ao atracar em portos e marinas, procure entrar na vaga com a proa para o píer, capriche na amarração, e tenha sempre atenção especial em jogar um ferro na popa ou passar o cabo na poita( a maioria das marinas a tem), para evitar que o barco fique batendo no Píer, mantenha o cabo da popa sempre bem caçado, deixando quando teso, o barco a uma distância máxima de 1 metro da marina na maré cheia.
Use e abuse da marinharia nos cunhos de amarração, e muito cuidado com os nós “Tramontina” que só saem com faca, e com os bolos de cabos conhecidos como “crochês”,   pois além do risco de segurança, você vai pagar o maior mico entre os navegadores, e se der capriche nas dobras das velas, isto é um sinal universal que a bordo tem um bom velejador.

Quando chegar em local onde a atracação é feita apenas em poitas,  havendo uma poita livre, linda leve e solta, é muito provável que ali “more” um barco.
Certifique-se  então que aquela poita que está sorrindo para você  e, você a escolheu não esteja reservada para outra embarcação que esta navegando, basta manter contato com a base ( clube, marina, enseada, base de apoio, etc.)e manter comunicação via VHF no canal aberto , caso não haja base , tente contato com outros barcos para não arranjar problema e atrapalhar a vida dos outros.

Quando for fazer a sua  ancoragem avalie ao que se destina sua parada; um mero banho de mar, um pernoite, uma escala de vários dias, etc., pois isto implica no que vai gerar em termos de barulho , movimento a bordo , de botes, de banhistas para os demais convivas, e até mesmo  a fumaça de seu churrasco . Então lembre-se que quanto mais a barlavento você ancorar ou atracar dos outros, o som  a fumaça e a movimentação irão incomodar os que estão a sotavento. 
Respeite o direito dos outros relaxarem e  dormirem em paz, atraque então a sotavento e fique mais a vontade.
 Além disso, lembre-se que o som corre com o vento, e qualquer comentário que você fizer  sobre a pintura dos costados , o nome de gosto duvidoso do barco do vizinho  , ou a curvas daquela convidada que ele tem a bordo pode ser ouvido por ele.
Se você tiver que usar o seu botinho durante a noite para ir para a praia ou visitar outros barcos na ancoragem , prefira fazê-lo usando remos e não o seu motor de popa.
E por fim uma regrinha de ouro: Alguns velejadores são amigáveis ​​e gostam de se socializar, enquanto outros  não, e preferem ficar sozinho, assim como fazer para se entrosar sem ser chato?
Saia para dar uma remada de reconhecimento ao redor da ancoragem e  ao ver as pessoas no convés dos barcos atracados , seja  amigável e os cumprimente, mas seja discreto , polido, e seguindo esta  regrinha de ouro será um verdadeiro gentleeman:
- A tradição dita que quando se você se aproxima de outro barco deverá fazê-lo por boreste, numa distância entre 6 a 10  metros .  Se a acolhida for fria e ártica,  basta você mover para fora deste espaço de “tolerância” e remar seu bote de volta ao seu barco, se o menor constrangimento.

Espero que as dicas sejam úteis, e desejo a todos um ótimo passeio e,uma maravilhosa atracação e um convívio digno de ladies & getleemen!
Avelok, apenas um velejador que ama o mar.

11/04/2012

The Good Fellows

Da esquerda para a direita: Fabiano, Marcela Teixeira, Marcelo Gama, Dudu e Avelok, Flávia Avelar, Fernando Mendonça, Marcelo Tadeu, Jovair Voleske, Julinho Marques, Jens Olaf e Léo Oliveira.

Avelok fará cobertura do shanghai boat show.

Prezados amigos , nautas e amantes da vela de plantão, a revista da vela informa que nesta  noite estamos partindo do Rio para uma "meia volta ao mundo"( pena que de avião!!) em companhia de meus amigos de infância: Allan Haynes Jr.Alexandre Loyola e meu Phantoms-sócio Marcelo Gama, rumo a Feira de Cantão na China( Canton Fair) , com escala em Dubai, uma passada programanda também no Royal Hong Kong Yacht Club ,( que ainda não respondeu a nossa solicitação de visita mas vamos assim mesmo na cara dura, e finalizando no Salão Náutico de Shanghai.

Espero trazer muitas idéias novas para implementar aqui em nossa empresa, farei uma big matéria sobre o salão náutico para deleite dos leitores,  tal como buscar novas oportunidades de negócios neste mundo fervilhante e ultra rápido. 

Que Eolo nos acompanhe e Netuno nos proteja, uma viagem diferente pra caramba, pelo menos para mim.
Não sei se conseguiremos usar a blogger por lá, se der faremos tudo online, se não, arquivamos e na volta soltamos!


Um beijo e um queijo e bons ventos a todos!!!

Harry Manko, sempre com filmes sensacionais e gozadíssimos!

Um vídeo de compilações da Volvo Ocean Race, a volta ao mundo.

Os nós mais usados no mundo náutico, uma vídeo aula, aprenda para não chamar cabo de corda!