Prezados amigos, nautas e amantes da vela de plantão,
Neste fim de semana foi realizada a XI regata Vitória Guarapari, em em seguida a tradicionalíssima e sem comparativos festa de confraternização dos velejadores, a bordo da escuna Indiana.
Os sweepstake já estava pronto desde sexta feira, quando a turma de velejadores marcou apontamento no Espetacular bar Spetacollo Club nas sede social sexagenária do nosso clube da praia do Canto, quando da realização da reunião de comandantes que iriam participar da regata.
Os nautas capixabas estavam em polvorosa com a primeira regata do ano, e compareceram em peso, sentaram-se em animadas rodas de bate papo e confraternizaram naquele warm up de varanda, uma delícia.
O prognóstico da meteorologia não era animador: ventos de 0,1 knots nos receberiam na manhã de sábado, assim sendo, como a competição nesta regata é apenas um detalhe, na reunião se elaboraram e confabularam animadamene e com toda a seriedade que a ocasião exigia os planos , b, c, d e o plano e, que nada mais foram que uma elaboração de alta tecnica de como iríamos ligar os motores em caso de falta absoluta de vento.
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a escuna indiana aguardava a todos na praia do morro. |
Parece uma blasfêmia, velejador andar a motor!! Mas não é nada disto, como falamos a regata tem um significado muito maior que um competição e uma velejada morro abaixo, ela tem um caráter quase que religioso( que os santos me perdoem), uma espécie de procissão ( talvez pagã?!), mas a conotação não importa, até se fosse mesmo para agradar a gregos e troianos, evangélicos ou católicos, regateiros ou cruzeiristas. O objetivo único e principal é a confraternização, a celebração da amizade e da vida, sob as bençãos de todos os santos e orixás, de cidade presépio rumo a cidade saúde.
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O por do sol foi mágico |
Na manhã de sábado o circo estava montado, aquele clima pré regata, com todos arrumando os barcos, bate papo animado, todos se revendo, como colegas de classe de volta aos aulas depois das férias de verão, muita novidade para se colocar em dia, velhos amigos se revendo, e o clima sendo construído.
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Sharh 2, o vencedor da RGS, um show a parte!! |
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O convento contempla o balé das velas. |
As 10:30 horário previsto para a largada, alinharam-se na praia de Camburi debaixo de um sol intenso, uma luminosidade mágica e uma brisazinha de leste que estava animando a todos( e contrariando os prognósiticos), nada menos que 17 veleiros, sendo que tivemos baixas de comandantes que nunca faltam uma regata, como caso do Sergio Rossi do Gato Xadrez, do Léo Pokeka, e do Fabiano Porto do Vitória Ventura,mas por motivos de alteração de data, eles não puderam compareçer, do HPE do Avelar que vos escreve, ( que preferiu ir com seu sócio no Phantom, sentadinho e no bem bom) o que daria um quorum de 21 naves, chegaríamos perto dos 26 barcos da edição de 2006, o recorde abslouto da prova.
A CR subiu a Recon aguardando o vento se firmar, e próximo as 11 da manhã os barcos rompem a linha de largada rumo a Guarapari, num pequeno contra-vento até a praia da Costa, montando o Farol de Santa Luzia, e depois uma arribada em direção ao Sul, velejando num través fechado, que mais tarde foi se transformando numa quase popa rasa com a alteração do rumo do vento.
Logo na Largada a turma mais regateira se posiciona na frente da flotilha, e o Aventureiro se coloca bem e segue num bordo direto ao farol, abrindo confortável vantagem sobre a esquadra, subindo pelo bordo da esquerda foram o Phantom , O HPE Azurro do Lucky, e o Shark 2 do Marquinhos, e atrás veio o restante da flotilha que não estava muito preocupada em regatas.
Dentre os barcos que se lançaram na mar, fazemos especial reverência a Belíssima "Madame" de Ricardo Muller, que acabara de chegar de frança, de onde veio saído novíssmo do estaleiro Janeau, um exemplar de 40,9 pés que não veleja, simplesmente desfila.
No grupo, sem prejuízo em face a beleza da Madame, estavam ainda: A família Pradal( que andava meio sumida) em seu velamar 31 Namastê, o Bruce Parker e seu Peterson 33 "Meninusca", o MJ 38 Vidamares do Sérgio, Brasilia 32 Aloha de Didão, o lindíssimo delta 32 Crystal 3 do Guará( que foi quem me ensinou a velejar em 1978), o Delta 32 sob o comando do diretor de Vela Chiqunho e tripulado pelo Comodoro Geraldo , sua Lili e o yorkshyre Jack devidamente aparamentado com seu colete profissa: e muitos outros barcos que coloriram e enfeitaram o litoral capixaba neste sábado de beleza celestial.
Assim fomos todos rumo a cidade saúde, para um encontro com hora marcada na escuna Indiana, festa começando as 15 horas.
O Aventureiro seguiu na frente até um pouco antes das 3 ilhas, onde foi ultrapassado pelo Azurro e pelo Madame que largou em último lugar, o Phantom veio navegando por fora do litoral, e foi ultrapassado na altura da barra do Jucú pelo Delta 32 Shark 2 do comandante Marquinhos, e assim foi ficando para trás, apesar de todos os esforços da tripulação, que por sinal estava muito bonita em suas roupas novas, lavadas e passadas como podem ver nas fotos.
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Esta foto foi a maior sacanagem fizemos cara que estávamos compenetradíssimos nas velas. Puro fingimento, estávamos é no auge de um acalorado bate papo sem compromisso com nada. |
O restante do grupo veio bem atrás, exceto os veleiros WaWatoo, Frers 53 do comandante Soneguet, e o Vitória Ventura de 38 pés do Amigo Sargio Lage , que se aproximaram do Phantom na altura de Setiba.
O grupo da frente chegou velejando, e a turma que vinha atrás veio de vela de porão , pois o vento começou a desaparecer e seria impossível chegar a tempo para celebrar na festa de comemoração, pois a mesma tinha hora para começar e para acabar.
Afinal estava tudo combinado desde a reunião de sexta.
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Resultado de uma marola acerta o Madame, que pena, justamente quando estamos na velejar falando de boas maneiras no mar. |
O grande vencedor da Fita Azul foi o HPE 25 do Lucky que andou pra burro( e mostrou toda a raça ao voltar sozinho para o ices na manhã seguinte), em segundo no bico de proa ficou o Madame e em terceiro o Phantom of the opera, na RGS a vitória ficou com o SHARK 2 que derrotou o franco favorito Aventureiro, numa regata sensacional e onde o comandante Marquinhos "maranata" surpreendeu a todos.
A festa foi fenomenal, quantidades industriais de churrasco, boa música, bate papo animadíssimo, num vai e vem dos botes pegando e levando os 80 tripulantes em seus barcos, numa rotina sensacional.
Veio a noite, todos se retiraram para suas embarcações para dormir e na manhã seguinte , bem cedo retornarmos ao Iate Clube do Espirito Santo.
Zarpamos as 7;30 da manhã rumo as 3 ilhas, onde estava prevista uma escala para um banho de mar terapêutico contra a ressaca, e um encontro outros velejadores.
As 9 e meia, o ferro tocava o fundo de areia da ilha, e o spring era lançado para o Guanaco comandado pelo diretor de vela, para um contra bordo tomarmos um café da manhã com misto quente e suco, feitos pelo próprio comodoro que gentilmente nos convidou para o breakfest, e ficarmos ali tratando da ressaca, sem compromisso com nada, logo depois chegou o Albatroz do Comandante Jânio que também lançou seu spring.
Em terra, na capital capixaba , esposas e filhos estavam aguardando os marinheiros, e assim sendo todos retornaram a casa depois de um programa maravilhoso e mais uma vez inesquecível, como todos os anos o são.
Voltamos bem perto do litoral apreciando um visual magnifico, uma água verde e um dia premiado com um vento excelente e um mar melhor ainda.
As 15 horas estávamos dobrando as velas no píer, e logo em seguida aboletamo-nos no Spetácollo e degustamos um filé ao molho gorgonzola , contemplanto com os olhos e o corpo bem cansados, todos os velejadores e suas famílias na piscina do clube aproveitando o domingo abençoado que fechou a décima primeira regata Vitória Guarapari, e que desde já convidamos velejadores de todo o Brasil para a próxima edição em 2013.
A regata é um evento único em nosso país, faça se planejamento e venha participar, a acolhida será a melhor possível, compromisso assumido!!
Um beijo e um queijo,
Bons ventos a todos, mês que vem tem mais na volta da Taputera, outra festança da vela capixaba!
Avelok