Volta da Taputera

 

A destemida, a história de Jéssica Watson.

 

Ontem tive o prazer e o privilégio, de assistir a esta jóia.

Não obstante o calor de um sol para cada ser vivo sobre o céu de Guananira, cidade presépio , ilha do mel, nossa Vitorinha, aboletei-me no sofá e cravei os olhos na tela, sem sequer levantar para ir ao banheiro.

O filme peca pelas imagens de estúdio nas horas das tempestades de incidentes, mas contudo todavia porém em nada arranha a magnitude desta obra prima, pois para reconstruir cenas destas somente quem passou por elas pode descrever.

O ponto alto do filme para mim, foi a técnica para atravessar momentos difíceis, tal qual eu instintivamente fazia no leme do meu optmist, morrendo de medo do mar, ao navegar sozinho com 8 anos de idade.

Meu programa predileto era ir até o porto de Tubarão e tocar com a mão os gigantescos navios atracados, e ia cantarolando para espantar os males.

Hoje , se fizesse isto meus pais estariam em cana e eu suspenso do clube, risos...

Mas fica a mensagem e a dica para os amigos!!

Cantem!!! Cantem para a vida!! Cantem para seus filhos, cante para seus pares, , cantem para o céu!!

Regata Buenos Aires Rio, 2023.

 Regata Buenos Aires , Rio. Texto Renato Avelar.Prezados amigos nautas e amantes da vela de plantão, 

Amanhã será dada a largada da icônica regata Buenos Aires Rio, na sua 

XXVII edição, com largada prevista para 15 horas.

A regata foi idealizada por Hipólito Gil Elizalde em 1945, e 14 meses depois em 1947, depois de muito trabalho foi realizada sua primeira edição com 33 inscritos de 5 países.  A chegada foi cardíaca, na orla do Rio os barcos Vendaval de Pimentel Duarte, e o Alfard de Felipe Justo, chegaram colados, sendo o Alfard o vencedor por míseros 1 minuto e meio a regata de 1200 milhas.

O que rendeu uma sensacional crônica de Rubem Braga, que estava na chegada e escreveu uma obra prima sobre o feito.

 Na primeira edição o Brasil foi representando por 7 barcos.

Este ano, em contrapartida, teremos apenas uma tripulação Brasileiro, a bordo do clássico Frers Aries III, ícone da família Zarif, que dispensa apresentações, comandado pelos seu proprietário, o grande entusiasta da vela e velejador raiz Marcos Soares Pereira, que fez várias Santos Rio em solitário em Brasilinha 32, contando com o reforço do maior Skipper do Brasil , um camarada que eu tenho na mais alta conta e que é casca grossa, da turma dos minis transatlânticos sem conforto nenhum e com muita perrengue, velejador que todo mundo que sabe o que é vela de verdade conheçe: Gustavo “Rato” Pacheco, que inclusive fez parte da equipe do Madrugada vencedor da prova em 1979, numa disputa com o barco gêmeo, ambos Frers idênticos, o Sur e o Madrugada.

O Brasil venceu várias edições com barcos  legendários como  Pluft, Cairu, Madrugada e recentemente o Ventaneiro de Renato Cunha , que foi  o último vencedor Brasileiro.

A regata Cape tio Rio teve também apenas 2 barcos Brasileiros, o que estaria acontecendo com a vela raiz de regatas de águas azuis?

Fica aqui o meu “tirar de la oreja” aos grandes nomes da vela de alta singradura do Brasil e da Argentina.

Isto me lembra um “causo” que Kan-chuh narrou, por ocasião da Refeno 2012, quando num bate papo fim de tarde ele contava:

- Fulano vai com um veleiro de 50 pés correr uma regatinha barla sota , sobe balão , desce balão, fez 3 ou 4 contraventos, corre no máximo 3 regatinhas em um dia e chega no clube falando:

- Velejei para baralho!!

Aí o Kan com aquele sotaque soteropolitano massacra:

-velejou nada!! ( para não repetir as palavras dóceis do sino baiano) Regata de verdade tem no mínimo 100 milhas!

Risos

Fica a piada, mas acima dela a constatação que estamos perdendo a essência da vela.

Um beijo e um queijo a todos!