31/01/2013

Campeonato Brasileiro de C30, por Tarcisio Matos.


Barracuda chega sábado para
primeira etapa do Brasileiro de C30
O tradicional Circuito Oceânico da Ilha de Santa Catarina chega a sua 26ª edição e será raia para a Primeira Etapa do Campeonato Brasileiro da Classe C30, destinada aos modernos barcos de regata Carabelli 30.
Barcos e tripulações de São Paulo e Florianópolis comporão a flotilha que promete ser a mais emocionante do Circuito. São barcos de desenho único, exatamente iguais em todos os itens, incluindo velas, peso do barco e peso máximo permitido para a soma dos tripulantes. Sem as vantagens de materiais, ganha quem chega na frente e o que manda no resultado das competições é a destreza dos velejadores, a tática escolhida para cada regata e a perícia do timoneiro.
Os C30 são barcos construídos exclusivamente para regatas, tem excelente área de convés e cokpit para o trabalho da tripulação e, apesar de medir mais de nove metros (30 pés), possui interior pequeno e espartano, sem o conforto que se observa nos barcos de uso misto, em sua maioria construídos para o lazer, mas utilizados também no esporte.
Além do fato de o barco ter sido desenvolvido para se obter o melhor rendimento possível, um grande diferencial em relação aos demais veleiros de oceano que correm regatas, é que em provas da classe, ganha quem cruza a linha de chegada em primeiro lugar.
Para as embarcações mistas, nem sempre é assim. Como são barcos diferentes que competem entre si, o vencedor é definido pelo resultado de uma intricada fórmula de cálculos matemáticos após a chegada. As contas levam em consideração as diferenças numéricas observadas no desenho do casco, tamanho do barco, tamanho e material das velas, pesos, idade do barco, etc.
Na regra mais completa, a ORC Internacional, mede-se quase 500 itens de um barco para se chegar a um fator de cálculo que será multiplicado pelos segundos que a embarcação levou para completar a prova. Já na regra BRA-RGS, a mais numerosa no Brasil, são mais ou menos 50 itens levados em consideração para a obtenção do rating. Para atender os diferentes tamanho de barcos, a ORC I e a BRA-RGS também possuem subdivisões.
Humberto Diniz, comandante do Barracuda, está reticente quanto aos resultados de seu barco para as regatas iniciais da Primeira Etapa do Brasileiro de C30. O veleiro chega à Florianópolis neste sábado, dia 2 de fevereiro, navegando desde Ilhabela, litoral paulista, perfazendo mais de 300 milhas (quase 600 km).
“Pretendemos fazer o primeiro treino no sábado mesmo, assim que o barco estiver revisado e preparado após a viagem. Temos pouco conhecimento da raia de Florianópolis e a vantagem, a princípio, é dos quatro barcos locais. Por isto precisamos treinar para tentar desvendar os mistérios dos ventos e das correntes do norte da Ilha de Santa Catarina”, admite Diniz.
Barracuda foi o segundo C30 a ser colocado na água, no final de 2011. Ano passado o barco cumpriu um extenso programa de regatas, que incluiu a Mitsubshi Sailing Cup, a Rolex Ilhabela Sailing Week, a Copa Suzuki Jimmy e o Circuito Rio, com resultados expressivos, vencendo algumas regatas e sempre beliscando o título. O time vem completo para Florianópolis. Além do comandante Humberto Diniz, fazem parte da tripulação os velejadores Alberto Foresti, Martin Afonso Ferreira, Anderson Ribeiro da Silva, Matias Pillar e o velejador olímpico Fábio Pillar. Fábio, que defendeu o Brasil nos jogos de Pequin velejando na Classe 470, será o tático da equipe.
O Circuito Oceânico da Ilha de Santa Catarina é organizado pelo Iate Clube de Santa Catarina – Veleiros da Ilha e Flotilha Catarinense de Veleiros de Oceano e será realizado de 4 a 7 de Fevereiro na raia de Jurerê. A organização espera a presença de pelo menos 30 barcos das classes C30, ORC Internacional, BRA-RGS, Clássicos e Multicascos. Além do Brasileiro de C30, a competição também será palco do Campeonato Brasileiro da Classe ORC.
A segunda e última etapa do Brasileiro será realizada em Julho, em Ilhabela, durante a Rolex Ilhabela Sailing Week.

Tarcísio Mattos
Classe C30

29/01/2013

America's Cup 1995

Iatismo não é granfinismo.


Correio esportivo 1949.


Iatismo não é granfinismo

Meus senhores:

No iatismo impera a Lei Mar, o comandante determina e as ordens são rigorosamente cumpridas. O comodoro Peixoto decidiu que eu deveria saudar a Vossa excelência, e dizer-lhes algumas palavras sobre a posição das atividades do Iate Clube do Espírito Santo, no cenário da vela esportiva nacional. Embora reconhecendo as dificuldades da tarefa que me foi designada, não me é dado discutir a ordem recebida.
Lamento por Vossas excelências que o indicado não fosse outro que melhor pudesse abordar o assunto. Creio que não seria exagerado dizer que o último conflito internacional projetou mundialmente o iatismo como ponto de partida na formação da consciência naval de um povo.
Winston Churchill, discursando aos iatistas ingleses que tomaram parte na heróica retirada de Dunquerque declarou que a mesma teria sido impossível sem o concurso da audácia e perícia dos iatistas britânicos.
Mais tarde, Lord Cunnighan, em outra oportunidade, declara o sucesso do desembarque de um grande exército de invasão na França exprimia a vitória dos pequeninos barcos dos veleiros ingleses.
O iatismo inglês ficou assim ligado aos dois fatos culminantes da história naval na Inglaterra.  Um rápido exame da atividade prodigiosa da marinha mercante dos EE.UU na última guerra, multiplicando a tonelagem de suas embarcações para manter supridas todas as frentes de batalha revela que o assombroso aumento de sua frota só si tornou possível com a convocação dos iatistas amadores para o serviço ativo de sua marinha.
Terminada a guerra, as nações compreenderam que os iates clubes eram a reserva naval com que poderiam contar para as emergências da guerra e aprenderam que o homem do mar não as improvisa.
O esporte da vela prepara o homem para a dura vida do mar, ensina-o a conhecer os elementos e a dominá-los, enrija-lhe os músculos, é uma lição de paciência e pertinência, é uma escola de disciplina e cavalheirismo.
Por isto os mais adiantados países procuram incrementar as atividades iatistas, facilitando-a a ponto de tornarem obrigatórias nas reformas urbanísticas e previsão de docas para barcos de esporte náutico.
Até ao ver de um governo perspicaz e utilitarista ao extremo como o soviético o iatismo deixou de ser um regalo de riscos burgueses – como ainda alguns o consideram – para ser um esporte de prática obrigatória para os jovens russos.
Está desfeito o tabu.
Iatismo não é granfinismo nem desporte requintado.
A aristocracia que o caracteriza é a que nasce dos sentimentos e da educação e não aquele que o sangue da e o ouro improvisa.
O capixaba é por índole, um apaixonado por desportes do mar. Tem dado provas disso, brilhando sempre no cenário desportivo brasileiro, nos setores do remo e da natação. Entretanto, apesar dessas tradições náuticas o iatismo custou a surgir entre nós.
Até mesmo se levarmos em consideração as primeiras tentativas de Cícero Sudre, Tarquínio da Silva, Raul Sodré e Beraldo Madeira da Silva, o primeiro dos quais graças a muita habilidade e paciência, construiu com planos publicados em escala reduzidíssimas nas revistas alemãs, as primeiras embarcações de vela esportiva de Vitória, as “yoles” olímpicas “ALCYON” “DUNGA” e “SIMAR” não se terá que recuar vinte anos, para se fixar o marco inicial do iatismo em águas espírito-santenses.
A semente veleira que estes pioneiros lançaram, somente em 1946 encontrou ambiente propício para se desenvolver organizadamente. Surgiu, então, o Iate Clube do Espírito Santo, sendo empossada a sua diretoria em 7 de Setembro daquele ano e eleito Comodoro o Dr. Asdrúbal de Rezende Peixoto.
Adquirindo o local para o levantamento da sede, pouco tempo, depois eram lançados os dois primeiros barcos construídos com finalidade esportiva e absoluto rigor técnico: os snipes AJAX e GUARÁ de Howard e Tarquínio da Silva.
A pequena frota desenvolveu-se em pouco tempo. Em 1947 fundou-se flotilha 245, filiada a Associação Internacional de Regatas da Classe Snipe.
Começa ai, verdadeiramente, a vida ativa do Iate Clube como integrante da comunidade veleira nacional. Nesse mesmo ano, iatistas cariocas realizaram nas águas da baía de Vitória a primeira regata nacional interflotilhas, acontecimento este decisivo, no desenvolvimento da veja Capixaba e que deu segura orientação as suas atividades.
Os resultados não se fizeram esperar. Um ano após, o jovem Morris Brown com 14 anos, disputando na baía de Guanabara contra experimentados veleiros cariocas, paulistas, gaúchos e mineiros, conquistou para o Espírito Santo o Campeonato Brasileiro da Classe Snipe – a mais numerosa e difundida classe de veleiros do mundo.
Estava lançado o Espírito Santo ao cenário da vela desportiva Nacional.
Vieram após as magníficas vitórias do campeão menino nas disputas da Taça SULACAP emblemática do campeonato de pontos compensados entre os paises da península Ibérica: França, Itália e América Latina nos anos de 1948 e 1949.
Volta, pois, ao Brasil com o feito de um capixaba, o troféu que desde 1946, permanecia em poder dos iatistas portugueses.
Foi a consagração para incipiente vela capixaba que hoje desfruta de largo prestigio no iatismo nacional. Outras vitórias vieram, trazidas por Paulo von Schilgen, último vencedor da Taça Cidade _______________.
Outros virão, ainda, porque a mocidade do Espírito Santo atira-se com amor ao esporte de vela e as autoridades responsáveis pelo nosso estado saberão amparar as atividades iatistas.
Entretanto, a conquista da Taça SULACAP tem o sabor de primeiro feito e por isso ela constituirá a página mais brilhante na história do Iatismo capixaba.
Terminando, solicito a S. Excelência Senhor Governador, a fineza de fazer entrega da taça SULACAP.

27/01/2013

Soto 40 flying downwind

Em breve:


  • Viver a bordo, chutando o pau da barraca
  • Familia Piccard, os caras são fodas!!.
  • Aventura de Kite no litoral capixaba.   
Esta semana em produção! aguardem...

Regata Vitória Guarapari, Saravah meu pai!!

Prezados amigos nautas e amantes da vela de plantão!
Literalmente chegado de férias neste momento, vindo do velho mundo , da terra da vendée globe ( que só vi na tv e nos jornais), por onde passei 3 semanas longe do mar e dos barcos, mas em contrapartida "agarrado" como nunca a familia , começo agora a colocar a prosa em dia com vocês , meus queridos leitores do blog mais molhado do Brasil!

Gostaríamos de deixar aqui os nossos sinceros pêsames aos familiares e amigos das vítimas desta tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul. a qual não temos palavras para descrever, mórbida e tétrica coincidência,  justamente nesta infeliz data que marca o dia internacional da memória do holocausto.

Nossos sinceros pêsames.

O retorno deste que vos escreve a atividade inicia com um breve relato da 12ª regata Vitória Guarapari, realizada no último dia 19 de janeiro e contou com a participação do magnífico veleiro buziano, dos cavalheiros Pierre e Allan Jouliée, o carabelli 53 Saravah.

Obrigado a família Jouliée que sempre nos acolheu de forma fraternal em Búzios, na ocasião das semanas de vela de 2009/2010/2011 e 2012, tal como na regata de clássicos de 2011 e 2012 e que nos presenteou com a honra e o prestígio de contar com a participação do Saravah e tripulação nesta edição da regata,
HPE 25 Azzurro, comantande Lucky Secchin

Largada

O escretre  do Saravah, devidamente uniformizado para a gala do envento!

O quarter tonner "Fumaça" no figuraça Guigui

Jovair, Maggo e o Dragão, Ranger 26

Kironsete, Coringa e Phantom, o pau comeu!!

Fernando( coordenador RGS), Luckypédia Secchin e Marcelo Gama.


Linda imagem do Saravah, Due Amicci e Fumaça

The best!

O que trouxe um brilho especial a festa da vela capixaba, numa regata que liga duas lindas cidades, através de uma costa muito bem preservada e de raríssima beleza, num total de 25 milhas de vento em popa, com destaque as passagens ao través do parque Paulo Cesar Vinha e das Três Ilhas,  com direito a um sweepstake de primeira a bordo da escuna Indiana na Praia do Morro, onde o receptivo dos yachtman é realizado no pós regata.

O relato da regata em minúcias, vou ficar devendo aos senhores, pois não estava lá e não tenho conhecimento dos detalhes, e mentira de pescador aqui não tem... tão somente passarei aos cristãos que nos lêem o aspecto macro que marcou a corrida, e para falar mais que palavras ficam as belíssimas imagens de Camilla Baptistini( em anexo).

Pois bem , conforme recebido via satélite pelos meus pares, a regata se desenrolou com vento nordeste fraco, 16 barcos de tipos variados, dentre eles :  Saravah( como dito), o Azurro( HPE 25 do meu amigo Comandante Luciano Secchin, os delta 32 Aventureiro de Rodrigo Stephan, e o Shark de Marcos Almeida, o Phantom of the Opera( deste que vos escreve em sociedade com Marcelo Gama) timoneado por Fabiano Porto, o ranger 26 Coringa de Luiz Henrique Abaurre, o Albatroz de Janio Rigo, o Skipper 30 Kironsete de Simão Bassul Neto, o Meninuska de Bruce Parker, com a participação do skipper internacional Jens Ulfeldt no timão , o recém reformado Fumaça do Ricardo Gimarães, dentre muitos outros barcos de gente bacana e de bem com a vida!

O lugar mais alto do podium deste macht , a fita azul, foi obtida pelo Saravah, que liderou com boa vantagem , seguido por um bloco compatco formado pelo do Alabatroz, Aventureiro , Phantom e Kironsete que protagonizaram uma chegada apertadíssima, ficando no geral corrigido:

Fita Azul: Saravah, comandante Pierre Jouliée

RGS 1 1° lugar:  Kiron Sete (comandante Simão Bassul)
2° lugar:  Aventureiro  (comandante Rodrigo Stephan)
3° lugar:  Phanton Of The Opera (comandante  Fabiano Porto)

 RGS 2
1° lugar: Meninusca (comandante Brute Parke)
2° lugar: Coringa (comandante Luiz Henrique Abaurre)
3° lugar: Pó de Arroz (comandante Luiz Guilherme)

Bico de Proa
1° lugar:  Albatroz (comandante Janio Rigo)
2° lugar: Azzurro (comandante Luciano Secchin)



No dia 16 de março teremos aqui a volta da Taputera, uma das regatas mais antigas do Brasil, que neste ano realizará a sua 59ª edição, e desde já convidamos a todos os interessados a virem participar desta festa!



A regata tem um percurso interessantíssimo, sai do Iate Clube e vai até o centro de Vitória, no porto, num canal de raríssima beleza( veja video em anexo). onde o publico pode literalmente tocar nos barcos durante o trajeto de aproximadamente 8 milhas.
Os senhores poderão vir com seus proprios barcos e serão muito bem vindos com nossa tradicional acolhida, ou se preferirem podem vir partciipar da regata integrando nossas tripulações, velejando em nossos barcos no primeiro evento do intercâmbio da vela de oceano, ou se preferirem podem até mesmo alugar um barco aqui mesmo para correr com sua tripulação.

Vitória tem uma logística excelente: o aeroporto fica a 5 minutos do clube, e os hotéis ( a preços excelentes e de ótima qualidade) em frente ao ICES literalmente! No miolo da Praia do Canto , onde a vida capixaba acontece noite e dia!
Venha conhecer nossa cidade, uma mini Rio de Janeiro misturada com Floripa! Venha velejar numa das 3 melhores raias do Brasil, de quebra quem sabe leva ainda para casa um troféu de campeão!!

Os interessados em participar da regata, enviar email para avelok@gmail.com!

Um beijo e um queijo!!
Bons ventos a todos!



Robert Scheidt, by sailing anarchy. Simply the best.


After wining the Italian championship (he won 6 of 7 races), Robert Schedit did an impressive campaign last week in the Brazilian Championships. Racing against Bruno Fontes (#3 ISAF Laser STD rank and 2nd @ 2012 OCR Miami) and Matheus Dellagnelo  (2011 Sunfish World Champion and Gold in 2011 Pan American Games Sunfish Class) in the brezee Guaíba River in southern Brazil, Robert showed no mercy and did 5 bullets and 3 second place in 8 races, finishing the series with 9 points and claiming the 11th National title of his career.
How can a 39 year old sailor, after almost 7 years out of the class, race and win, in a solid way, a week long championship against a much younger sailor just fresh out of a brilliant Olympic campaign and among the top 3 in the world?? The fight for the Brazilian spot of the 2016 Olympics will be memorable! – Anarchist Alceu.

aviso aos navegantes


04/01/2013

Retrospectiva Avelok trips 2012

O segundo brinco agora pode: Cap Horn pour Jean Pierre Dick sur Virbac Paprec - Vendée Globe: jour 55

Repelente caseiro, utilidade pública.

FAÇA O REPELENTE DOS PESCADORES EM CASA:

- 1/2 litro de álcool;
- 1 pacote de cravo da Índia (10 gr);
- 1 vidro de óleo de nenê (100ml)

Deixe o cravo curtindo no álcool uns 4 dias agitando, cedo e de tarde;

Depois coloque o óleo corporal (pode ser de amêndoas, camomila, erva-doce, aloe vera).

Passe só uma gota no braço e pernas e o mosquito foge do cômodo.

O cravo espanta formigas da cozinha e dos eletrônicos, espanta as pulgas dos animais.

Harry Manko, sempre com filmes sensacionais e gozadíssimos!

Um vídeo de compilações da Volvo Ocean Race, a volta ao mundo.

Os nós mais usados no mundo náutico, uma vídeo aula, aprenda para não chamar cabo de corda!