Sequencia de fotos da montagem da bóia na Marinha e o contarvento no canal, material produzido e enviado gentilmente pelo Antonio Carlos Garcia Junior, que do conforto de sua casa acompanhou e registrou o macht!!
Nesta foto o Phantom em vantagem , kironsete( vermelho) e aventureiro( azul)Prezados amigos nautas e amantes da vela de plantão!
Tivemos um semana maravilhosa , como sempre falo aos convivas mais próximos, minha vida é feita de pequenos e grandes milagres, e apesar de não ser seguidor de nenhuma igreja especificamente, busco muito conhecimento na bíblia e tenho uma fé em Deus inabalável, e que para mim fica acima de qualquer coisa , pois a ele sempre agradeço e nunca peço, pois o dom da vida e do discernimento ele, que é dono de tudo sem ter já me deu, e cabe a mim somente aproveitar e fazer a minha parte.
A minha parte é juntar as pessoas em prol de um benefício comum, de dar alegria as pessoas com as quais cruzam meu caminho, e sempre ao lado dele deixar um legado na minha passagem pela vida.
Cabe aqui então, com toda a propriedade que a ocasião exige, fazer um grande agradecimento ao Pai.
Muito obrigado Pai, por tudo de maravilhoso que acontece em minha vida, hoje lhe agradeço em especial a chegada do Anuar Bachour na Locamaxx, e também a esta maravilhosa vitória na regata que encerrou a histórica e inesquecível temporada 2010 da equipe do Phantom of the opera!
(Vídeo :momentos de nossa campanha 2010)
E este meus caros amigos nautas, foi sem dúvida o ano do Phantom & sua tripulação . Com 4 participações em regatas de alto nível no Brasil, sendo elas Buzios Sailing Week, Rolex Ilhabela, Santos Rio, e Circuito Rio, um feito inédito para a vela capixaba, sem comparativos nem concorrentes no que tange a participações em barcos de todo o Brasil,( nenhum barco do Brasil da RGS fez esta campanha) um esforço titânico e que fora premiado com excelentes colocações, como a Vitória na Alcatrazes por Boreste debaixo de uma porranca ducacete, o espetacular segundo lugar na legendária Santos Ri na frente do Malbec 36 Jazz e perdendo só para o 53 pés Saravah do ICAB, o segundo em Búzios, o honradíssimo quarto em Ilhabela e o terceiro no Rio empatados com o Kee-Kee em segundo.
Esta campanha nacional nos transformou no alvo cobiçado pela concorrência, o que é ultra positivo para toda a vela e nos enche de orgulho, sem babaquices, adoramos isto, nos movimenta!
O leitor deve estar ansioso para saber o que aconteceu ontem, assim sendo sem delongas ou jeb-ebs, vamos direto ao assunto: A regata da Marinha.
O dia estava lindo, um vento leste de uns 8 a 10 nós acariciava nossos rostos, o sol abraçava os velejadores, o calor suportável, e na linha estavam os barcos da classe bico de proa os delta 32 Matinata e Guanaco, e na recém auditada RGS,os barcos que levam a vela mais a sério, o Kironsete, o Phantom, o Aventureiro e o Galau.
Cheguei ao clube 8 e meia da manhã e fui direto para o barco ir preparando a faina para a regata, logo depois chega o Bruninho Falco, meu jovem pupilo, e enquanto arrumávamos o barco e esvaziávamos quase que totalmente os 250 litros de água do tanque do barco, ficamos conversando sobre coisas da vida, ouvindo um som de primeira no mp3 da nave e aguardando o escrete chegar.
Eu adoro ensinar algo sobre a vida aos pequenos, é uma missão que cumpro com disciplina ,ética e com toda a seriedade.
Para mim o Bruninho é um garoto mais que especial, ele veleja de optimist, snipe, oceano, dingue e prancha a vela, e se não o bastasse é dono de um humor inimitável, com suas tiradas: bêlêeeessa!! e seu eterno sorriso no rosto.
(Vídeo da final do estadual, retratando a campanha de 2010.)
(Vídeo da final do estadual, retratando a campanha de 2010.)
10 da manhã !!! Comandante impaciente e ansioso, olhando sem parar para o relógio, o Jens, meu grande amigo vem a bordo me ajudar a substituir a adriça da genoa que foi pro saco, eu agradeço o “alemão” como é conhecido , dada a sua mania de perfeição em tudo o que faz, pois para estas coisas de consertos e etc. eu sou o verme do cocô do cavalo do bandido, e preciso sempre de ajuda.
Finalmente a equipe começa a chegar, nos cumprimentamos rapidamente e vamos tirando tudo que pudemos do barco, aliviando a nave e deixando no píer todo o peso desnecessário, e podemos assim partir e subir os panos para mais um dia de regata, a regata da revanche depois do cacete que tomamos na regata passada.
Fomos os primeiros a ir para a raia para dar uma balonada e ajustar os detalhes, o que foi fundamental para nossa performance, pois nessa balonada deu logo de cara tudo errado , subindo o balão de treino e de cabeça para baixo, vexame terrível e que trouxe de volta ao planeta terra nossos proeiros Julinho e Léo, e nos colocou em estado e alerta extremo e concentração para a regata que seguiria.
Assim que meu relógio Suunto marcava 12 horas em ponto a CR dá o tiro de 5 minutos , este relógio é um estranho e maluco objeto de status para os yacht-man o qual não sei operar sequer o cronômetro dada a complexidade e confusa utilização que nem o gênio Sechin conseguiu desvendar em seus manuais só é bonito , pois para minha ignorância não serve para nada além de “tirar onda”, até a bússola já está desaferida, o bom mesmo é o velho cronômetro de 50 pilas.
A adrenalina sobe a mil, e começamos o ballet pré-largada desta regata, que teria como percurso:
Largada em Camburi
Bóia 10 por boreste
Pacotes por boreste
Entraríamos no canal de Vitória par montar uma bóia em frente a marinha( por boreste) , seguir num través fechado em direção a próxima marca: Capitania dos Portos, e finalmente um contra vento subindo o canal, passando por cima da Ilhas do Boi do e do Frade, e com chegada de popa em frente ao clube.
Abaixo , várias fotps com fragamentos de nossa trajetória em 2010.
O sonho.
O sorriso
Deus
Largada em Camburi
Bóia 10 por boreste
Pacotes por boreste
Entraríamos no canal de Vitória par montar uma bóia em frente a marinha( por boreste) , seguir num través fechado em direção a próxima marca: Capitania dos Portos, e finalmente um contra vento subindo o canal, passando por cima da Ilhas do Boi do e do Frade, e com chegada de popa em frente ao clube.
Abaixo , várias fotps com fragamentos de nossa trajetória em 2010.
O sonho.
O sorriso
Deus
A nossa largada foi sensacional, eu consegui entrar num estado alfa de concentração, talvez pela confiança de muitos treinos e regatas neste ano, ou talvez pelo entrosamento de nosso grupo, que alcança um nível “orc internacional” (sem nenhum grito ou palavras, silêncio total e operação germânica nas manobras), quando faltavam 2 minutos demos um bordo em direção a linha, no layline da CR e ficamos panejando sendo uma manobra arriscada pois devíamos conseguir acertar o tempo e distância para não largamos escapados ou termos que arribar e correr a linha e largar mal.
Faltando 15 segundos, vem o Kironsete por cima tentando entrar arribando e me jogar no vento sujo, Fabiano, meu imediato e parceiro na tática percebe e brada, fecha a porta Renatinho!!
Fechei e bradei a eles( a intimidação faz parte!), aqui vcs não entram não, e eles sem escolha tiveram que arribar para baixo no nosso pano. Começa aí a nossa estratégia, que era a de largar na frente e ir na frente até o final, ousada estratégia esta, pois o Kironsete é um Skipper 30 de ponta , com velas novíssimas da veleria Quantum , e o Aventureiro um delta 32 hiper regateiro, e com um Gigante no timão, Rodrigo Stephan.
É dado o tiro e nós largamos com maestria, na frente de toda a flotilha com o Kironsete debaixo de nossos panos e com o Aventureiro atrás.
Seguimos para o bordo de terra por cima do Kironsete, e o Stephan sobe para o bordo do mar.
O Kiron camba e vai atrás do Delta 32 e nós, mantivemos o bordo de baixo, mas sempre marcando os dois.
Lá em cima os dois se encontram e iniciam um duelo impressionante que duraria até a saída do canal de Vitória, daria uma trégua e seguira na linha de chegada.
Abrimos alguma vantagem , mas nem um pouco confortável, o nosso barco estava orçando muito bem , mas com menos velocidade que os adversários.
Montamos a bóia 10 na frente, e logo, loguinho atrás vieram embolados , quase que batendo um no outro os dois rivais de alto rigor técnico.
A mareação da próxima marca era través. Para o Phantom a pior para se navegar , pois sem uma genoa( temos um set montado com buja e vela grande gigante), a gente anda menos no través, e teríamos que caprichar para nos mantermos na briga, pois era bem provável que seríamos ultrapassados pelas duas naves espetaculares e superiores ao Phantom, que apesar de novo, é um projeto bem antigo da década de noventa.
Faltando 15 segundos, vem o Kironsete por cima tentando entrar arribando e me jogar no vento sujo, Fabiano, meu imediato e parceiro na tática percebe e brada, fecha a porta Renatinho!!
Fechei e bradei a eles( a intimidação faz parte!), aqui vcs não entram não, e eles sem escolha tiveram que arribar para baixo no nosso pano. Começa aí a nossa estratégia, que era a de largar na frente e ir na frente até o final, ousada estratégia esta, pois o Kironsete é um Skipper 30 de ponta , com velas novíssimas da veleria Quantum , e o Aventureiro um delta 32 hiper regateiro, e com um Gigante no timão, Rodrigo Stephan.
É dado o tiro e nós largamos com maestria, na frente de toda a flotilha com o Kironsete debaixo de nossos panos e com o Aventureiro atrás.
Seguimos para o bordo de terra por cima do Kironsete, e o Stephan sobe para o bordo do mar.
O Kiron camba e vai atrás do Delta 32 e nós, mantivemos o bordo de baixo, mas sempre marcando os dois.
Lá em cima os dois se encontram e iniciam um duelo impressionante que duraria até a saída do canal de Vitória, daria uma trégua e seguira na linha de chegada.
Abrimos alguma vantagem , mas nem um pouco confortável, o nosso barco estava orçando muito bem , mas com menos velocidade que os adversários.
Montamos a bóia 10 na frente, e logo, loguinho atrás vieram embolados , quase que batendo um no outro os dois rivais de alto rigor técnico.
A mareação da próxima marca era través. Para o Phantom a pior para se navegar , pois sem uma genoa( temos um set montado com buja e vela grande gigante), a gente anda menos no través, e teríamos que caprichar para nos mantermos na briga, pois era bem provável que seríamos ultrapassados pelas duas naves espetaculares e superiores ao Phantom, que apesar de novo, é um projeto bem antigo da década de noventa.
Tivemos uma preocupação maior em especial ao Kironsete por se tratar do que há de mais moderno em barcos de regata, e de ter o compromisso de andar na frente dada a superioridade técnica do projeto e do set, e com o Jens e o Bruno Martinelli a bordo
A "briga" do Kironsete do comandante e cavalheiro Bassul e ao Aventureiro do comandante e low profile Stephan, nos beneficiou , mesmo assim eles se aproximaram e colaram conosco.
A "briga" do Kironsete do comandante e cavalheiro Bassul e ao Aventureiro do comandante e low profile Stephan, nos beneficiou , mesmo assim eles se aproximaram e colaram conosco.
Ao chegarmos nos pacotes, usamos a estratégia para superá-los, pois na técnica não tinha como.
Orçamos um pouco para ganhar ângulo de entrada na ilha, e o Kiron que ultrapassara o Aventureiro ameaçou nos ultrapassar, mas era ilusão de ótica, pois como vínhamos orçados, arribamos para ilha e colocamos com uma técnica de joalheria suíça nosso balão tupiniquim com as cores do Brasil, conhecido com espíneiquêr.
Ambos os adversários não subiram o spinakker, e nós abrimos então um pequena vantagem novamente, mesmo eles tendo arriscado insanamente e passando por dentro da arrebentação dos pacotes, coisa que desaprovo com toda propriedade e que coloca em risco a segurança, mas os homens estavam ensandecidos, queriam e fariam tudo para nos ultrapassar, afinal neste macht o que vale é a fita azul, dada a igualdade dos barcos em performance, e para nós mais especial ainda por sermos ligeiramente mais lentos que eles, e se tratava do encerramento do ano!
Ambos os adversários não subiram o spinakker, e nós abrimos então um pequena vantagem novamente, mesmo eles tendo arriscado insanamente e passando por dentro da arrebentação dos pacotes, coisa que desaprovo com toda propriedade e que coloca em risco a segurança, mas os homens estavam ensandecidos, queriam e fariam tudo para nos ultrapassar, afinal neste macht o que vale é a fita azul, dada a igualdade dos barcos em performance, e para nós mais especial ainda por sermos ligeiramente mais lentos que eles, e se tratava do encerramento do ano!
Voltemos a vaca fria como diz o Brown:
No bordo em direção ao canal , o balão perdeu a serventia dado o ângulo, rapidamente como um raio, a genoa estava em cima e o balão embaixo, abrimos assim mais alguns metros preciosos.
Ao entramos no canal, balão pra cima de novo, e aí meu feeling funcionou, saí orçado e fui para o meio do canal , a maré tava enchendo e dei a quilha para ela( dica do Azedo de Brasília!).
Os adversários vieram lambendo o morro do moreno, e nós apesar de escolhermos o caminho mais longo abrimos uma boca deles.
Chegando em baixo da terceira ponte, olhamos para trás e vimos assombrados, os dois adversários numa rajada só deles vindo com tudo para cima da gente. Evitei ficar olhando para trás, pois quem veleja olhando pra trás sempre é ultrapassado, uma superstição, um desequilíbrio na concentração ou sei lá o que , mas que é assim é.
Mantivemos a calma e a rajada nos alcançou , eles em um páreo particular, mas muito perto da gente, ficaram brigando e nós deram mais possibilidades de vantagens, e como estamos mais treinados e com bastante sinergia, na faina da montagem da bóia e troca de velas, levaríamos e levemos ainda mais vantagem.
Seguimos da Marinha para a Capitania dos Portos num través e vem na frente, montamos a bóia e continuamos no mesmo bordo a fim de fugir da corrente e navegar perto da margem.
Os rivais cambaram assim que montaram a bóia, a mais de um minuto atrás de nosso escrete.
Excelente bradei aos meus pares!! agora só depende da gente administrar e tentar a tão sonhada e almejada fita azul!
O cmdte.Stpehan vem atrás do fantasma seguindo o bordo de terra, e o cmtde Bassul do Kironsete se atira para o meio do canal com a maré subindo, atitude que lhe custaria caro , caríssimo.
Ao voltar do bordo do meio do canal, o Cmtde Bassul estava condenado a berlinda, erro terrível e irreparável, assim nós aumentamos a vantagem sobre eles.
De repente um grande susto a bordo do Phantom , justamente agora que esperávamos apenas administrar, o pé de nossa genoa estoura, e o barco perde todo o segmento, rapidamente o Fernando Mendonça se lança a proa e fez um reparo de fortuna, e assim que a fortuna foi feita, cambamos imediatamente para que nas frações de segundo da manobra, o secretário Marcos, desse uma chamada na adriça e a vela voltar a funcionar, feito com maestria.
Perdemos ali uns bons 30 segundos, mas ainda estávamos na frente , mas com vantagem apertadíssima sobre o Aventureiro.
Subimos o restante do canal e entramos num través em direção ao canal do ices, o Bassul vinha muito muito atrás em face a seu bordo suicida.
Nas proximidades da ilha rasa, subimos o balão novamente, num angulo muito muito fechado, com o pau de spi quase batendo no estai de proa. Esta subida da vela colorida , foi fundamental!
Montamos a ilha rasa, e avistamos a CR, o Aventureiro na nossa cola, e o Kironsete que havia saído de nosso campo de visão reaparece, passando por dentro da ilha rasa, uma atitude permitida na regra , mas que, com toda a sinceridade não foi vista com bons olhos pelos competidores, infelizmente soou mal como uma música mal interpreta apesar de bela e com as notas corretas, mas no tom errado.
De tudo , apesar da rota polêmica, o lado positivo foi que os 3 barcos estavam "embolados " novamente, muito próximos um ao outro.
Pela ilusão de ótica, o Phantom estava lado a lado com eles, mas como veio pelo meio do canal, após darmos um jibe , entramos com tudo com a quilha na maré e com a velocidade da orça do balão, enquanto nossos amigos vinham de popa rasa , o que dá a sensação de se velejar com freio de mão puxado.
Cruzamos a linha em primeiro, e eu não me contive, fiquei ultra feliz, a epifânia, pulamos a bordo, gritamos, rimos alto, nos abraçamos e nos parabenizamos com toda a propriedade que a ocasião e o quilate do feito permitiam!
Logo em seguida, o Aventureiro cruza a linha, que já fora violada pelo Phantom que com ela rompeu também a fita azul, e em terceiro o barco do cavalheiro Bassul.
Chegamos ao clube , radiantes, vibrando, demos nossa tradicional volta na marina e atracamos, de imediato nosso cabin-boy( Bruninho) vai como emissário de guerra ao restaurante e trás , a pedido do comandante Avelok, uma caixa de cerveja "Devassa" para iniciarmos a celebração a bordo ao som do AC/DC, e como um aviso do Pai, (nos pequenos e grandes milagres que minha vida é feita), ao levantarmos as vergas para bracearmos e celebrarmos a vitória, num brinde entre os tripulantes, no som do barco, no exato momento do brinde inicia a música big bals do AC/DC, que tem como introdução " the phantom of the opera" :” Tamm tamtamtamtammm tantantantantann”....
Neste momento especial, ao brindarmos com a música de nossa equipe, senti Deus ao nosso lado quase que fisicamente, e para tal nos abraçamos , todos juntos abraçados com toda a emoção e amor no coração e juntos bradamos a plenos pulmões!
Phan-tom off the ó-pe-ra!! um som de milhares de vozes que ecoou neste instante, desta vez ganhamos,
No bordo em direção ao canal , o balão perdeu a serventia dado o ângulo, rapidamente como um raio, a genoa estava em cima e o balão embaixo, abrimos assim mais alguns metros preciosos.
Ao entramos no canal, balão pra cima de novo, e aí meu feeling funcionou, saí orçado e fui para o meio do canal , a maré tava enchendo e dei a quilha para ela( dica do Azedo de Brasília!).
Os adversários vieram lambendo o morro do moreno, e nós apesar de escolhermos o caminho mais longo abrimos uma boca deles.
Chegando em baixo da terceira ponte, olhamos para trás e vimos assombrados, os dois adversários numa rajada só deles vindo com tudo para cima da gente. Evitei ficar olhando para trás, pois quem veleja olhando pra trás sempre é ultrapassado, uma superstição, um desequilíbrio na concentração ou sei lá o que , mas que é assim é.
Mantivemos a calma e a rajada nos alcançou , eles em um páreo particular, mas muito perto da gente, ficaram brigando e nós deram mais possibilidades de vantagens, e como estamos mais treinados e com bastante sinergia, na faina da montagem da bóia e troca de velas, levaríamos e levemos ainda mais vantagem.
Seguimos da Marinha para a Capitania dos Portos num través e vem na frente, montamos a bóia e continuamos no mesmo bordo a fim de fugir da corrente e navegar perto da margem.
Os rivais cambaram assim que montaram a bóia, a mais de um minuto atrás de nosso escrete.
Excelente bradei aos meus pares!! agora só depende da gente administrar e tentar a tão sonhada e almejada fita azul!
O cmdte.Stpehan vem atrás do fantasma seguindo o bordo de terra, e o cmtde Bassul do Kironsete se atira para o meio do canal com a maré subindo, atitude que lhe custaria caro , caríssimo.
Ao voltar do bordo do meio do canal, o Cmtde Bassul estava condenado a berlinda, erro terrível e irreparável, assim nós aumentamos a vantagem sobre eles.
De repente um grande susto a bordo do Phantom , justamente agora que esperávamos apenas administrar, o pé de nossa genoa estoura, e o barco perde todo o segmento, rapidamente o Fernando Mendonça se lança a proa e fez um reparo de fortuna, e assim que a fortuna foi feita, cambamos imediatamente para que nas frações de segundo da manobra, o secretário Marcos, desse uma chamada na adriça e a vela voltar a funcionar, feito com maestria.
Perdemos ali uns bons 30 segundos, mas ainda estávamos na frente , mas com vantagem apertadíssima sobre o Aventureiro.
Subimos o restante do canal e entramos num través em direção ao canal do ices, o Bassul vinha muito muito atrás em face a seu bordo suicida.
Nas proximidades da ilha rasa, subimos o balão novamente, num angulo muito muito fechado, com o pau de spi quase batendo no estai de proa. Esta subida da vela colorida , foi fundamental!
Montamos a ilha rasa, e avistamos a CR, o Aventureiro na nossa cola, e o Kironsete que havia saído de nosso campo de visão reaparece, passando por dentro da ilha rasa, uma atitude permitida na regra , mas que, com toda a sinceridade não foi vista com bons olhos pelos competidores, infelizmente soou mal como uma música mal interpreta apesar de bela e com as notas corretas, mas no tom errado.
De tudo , apesar da rota polêmica, o lado positivo foi que os 3 barcos estavam "embolados " novamente, muito próximos um ao outro.
Pela ilusão de ótica, o Phantom estava lado a lado com eles, mas como veio pelo meio do canal, após darmos um jibe , entramos com tudo com a quilha na maré e com a velocidade da orça do balão, enquanto nossos amigos vinham de popa rasa , o que dá a sensação de se velejar com freio de mão puxado.
Cruzamos a linha em primeiro, e eu não me contive, fiquei ultra feliz, a epifânia, pulamos a bordo, gritamos, rimos alto, nos abraçamos e nos parabenizamos com toda a propriedade que a ocasião e o quilate do feito permitiam!
Logo em seguida, o Aventureiro cruza a linha, que já fora violada pelo Phantom que com ela rompeu também a fita azul, e em terceiro o barco do cavalheiro Bassul.
Chegamos ao clube , radiantes, vibrando, demos nossa tradicional volta na marina e atracamos, de imediato nosso cabin-boy( Bruninho) vai como emissário de guerra ao restaurante e trás , a pedido do comandante Avelok, uma caixa de cerveja "Devassa" para iniciarmos a celebração a bordo ao som do AC/DC, e como um aviso do Pai, (nos pequenos e grandes milagres que minha vida é feita), ao levantarmos as vergas para bracearmos e celebrarmos a vitória, num brinde entre os tripulantes, no som do barco, no exato momento do brinde inicia a música big bals do AC/DC, que tem como introdução " the phantom of the opera" :” Tamm tamtamtamtammm tantantantantann”....
Neste momento especial, ao brindarmos com a música de nossa equipe, senti Deus ao nosso lado quase que fisicamente, e para tal nos abraçamos , todos juntos abraçados com toda a emoção e amor no coração e juntos bradamos a plenos pulmões!
Phan-tom off the ó-pe-ra!! um som de milhares de vozes que ecoou neste instante, desta vez ganhamos,
Erra feio , muito feio quem diz que eu só gosto de ganhar, a verdade é que EU DETESTO PERDER!!
Por isto a gente acaba tendo bons resultados, é a vontade de superar que faz a gente crescer.
A demain que vou de leve!!!
Por isto a gente acaba tendo bons resultados, é a vontade de superar que faz a gente crescer.
A demain que vou de leve!!!