07/11/2013

JOERG BRUDER Biography, um dos maiores velejadores do mundo de todos os tempos.( Por Georgia Bruder)


JOERG BRUDER


            Joerg Bruder nasceu em São Paulo no dia 16 de novembro de 1937.
Seu contato com o esporte começou bem cedo. Aos três anos de idade já pulava da plataforma mais alta da piscina do Clube Pinheiros, onde seus pais,Heinz e Ruth Bruder, davam aulas de Educação Física.
A família divertia-se  nos finais de semana com um antigo veleiro  Seagull na Represa Guarapiranga.Velejavam e nadavam durante o dia e ao anoitecer,faziam da retranca e lona uma cobertura para passarem a noite.
Mudaram-se para o Clube Banespa,onde Joerg fez parte da equipe de natação e pólo aquático.

Aos 18 anos,um acidente de moto quase custou-lhe a perna direita,ficando  muitos meses no hospital. Mesmo com muito esforço para recuperar os movimentos ,percebeu que não conseguiria nadar de maneira competitiva,voltando-se então para a vela.
Começou a velejar com amigos e barcos emprestados. A primeira regata foi disputada em 1959,ficando em último lugar!
Já em 1960,começou a revelar-se  como um velejador talentoso.Talento que foi conquistado com muita disciplina,garra,esforço,determinação e paixão !
Amigos contemporâneos  contam que ele tinha uma intuição e percepção aguçadas, o que destacava  suas  habilidades tanto na estratégia de uma regata,quanto na arte de regular seu barco. Essa última levou-o a desenvolver seu próprio mastro. Muitas vezes,velejou com seu Finn “Neguinho” ,doado pelo Yacht Club Paulista de onde fora sócio benemérito, parando algumas vezes na Ilha dos Amores para  lapidar seu mastro de madeira com uma plaina.Mastro que ,anos mais tarde ,foi fabricado com sucesso; primeiramente em madeira,depois em alumínio.
Cuidava bem de seu corpo.Não fumava , não ingeria bebidas alcoólicas e fazia ginástica religiosamente todos os dias.Chegou a desenvolver um suporte simulando o contrapeso em  um barco,ficando com os pés presos e tronco livre,forçando  um abdominal isométrico.Nesta posição,corrigia as provas de seus alunos da faculdade de Geologia da USP,onde lecionava.
Em contraste com seu comportamento rabugento dentro d’água,em terra Bruder era gentil, alegre e de uma certa maneira,sensível.Sensibilidade esta talvez construída pela sua paixão por música Clássica,especialmente Beethoven.
Seu esforço rendeu-lhe muitos títulos,mesmo com dificuldades em conciliar trabalho e a Vela,pois naquela época praticamente não havia auxilio para os atletas e ,por ser amador,não poderia ter nenhum  tipo de patrocínio.
Abaixo ,seguem as principais conquistas:
 
11 vezes Campeão Paulista Finn
8 vezes Campeão Brasileiro Finn
3 vezes Campeão Sul Americano Finn
2 vezes Campeão Norte Americano Finn 
3 vezes Campeão Mundial Finn
2 vezes Vice-Campeão Mundial Finn
2 vezes Campeão Jogos Panamericanos Finn
1 vez Campeão Campeonato África do Sul Finn
1 vez Vice-Campeão Europeu Finn 
2 vezes Campeão Paulista Iole Olímpica
1 vez Vice-Campeão Brasileiro Iole Olímpica
2 vezes Campeão Paulista Sharpie
1 vez Campeão Paulista Snipe
1 vez Campeão Brasileiro Snipe
1 vez Vice-Campeão Mundial Star
1 vez Campeão Norte Americano Star
2 vezes Campeão Bacardi Cup Star
5 vezes Campeão Brasieliro Star
5 vezes Campeão Paulista Star
1 vez Campeão Semana de kiel Star
1 vez Campeão Copa Ouro Brasil-Argentina Star
2 vezes Campeão Sulamericano Star
1 vez Vice-Campeão  Europeu Star
1 vez Vice-Campeão Brasileiro Lightning
3º lugar Campeonato Mundial Soling
1 vez Campeão Intenacional Marstrand Soling
 
 Seu grande feito foi ter conquistado 3 vezes o Mundial de Finn consecutivamente nos anos de 70,71 e 72 
 Faleceu  em 11 de julho de 1973,aos 34 anos num acidente de avião rumo à França para disputar a Finn Gold Cup,onde tentaria conquistar seu 4º título Mundial.
40 anos depois de sua morte,sua ausência ainda é sentida pela família.

Georgia Bruder

02/11/2013

"Saudade" sailing.

Prezados Amigos nautas e amantes da vela de plantão,
Hoje é domingo, está frio e chovendo fino lá fora, aqui na redação residencial um sentimento de melancolia percorre a alma, meio melancólico , meio poético... Apesar da velejada de ontem a alma ainda não está lavada, mais de um mês sem correr uma regata , ontem vento fraco e sem graça, Só me resta então navegar no youtube, por onde passeei pela gigantesca frota do Royal Huisman, dando um bordo na regata Loro Piana, na Maxi Rolex 2011 e aí deu uma curiosidade danada de pesquisar mais sobre o Saudade, naveguei por vários cantos, e nada de achar um vídeo bacana, só uns cutinhos e mal feitos, quando a paciência se esvaía , me deparo com esta jóia que compartilho com vocês.
A palavra saudade e seu sentido único só existe no Português, em nenhum outro idioma do mundo existe uma palavra tão específica para um sentimento tão lindo, simplesmente ímpar , singular tal qual um número primo.
Uma vez, voltado da Europa numa destas mochiladas que fiz nos anos 90, fiz amizade com um casal de franceses no avião, o casal era globtroter ao pé da letra, conheciam o mundo todo, gente bem interessante e o papo corria solto, durante a conversa no vôo Amsterdam-Rio, embalado por um vinho tinto de garrafinha( tomamos umas 6 cada um ) eles me disseram achar o Português falado no Brasil a língua mais bonita do mundo.
Concordo plenamente, e digo mais: a nossa música idem.
Assim como temos a palavra única, num idioma de belíssima fonética musical , tido por muitos como o mais belo do mundo, um Alemão Mr ou melhor "Sir" Albert Bull ( que tem um língua pra lá de feia) resolveu tentar salvar seu lugar no céu, dado o pecado da língua truncada, arrastada e agressiva, sem falar na péssima música e comprou uma indulgência a preço de ouro, a primeira em 1973 a batizou de Saudade. De lá para cá, foram feitos outros saudades a pedido do Sir Albert, querendo de qualquer forma se garantir tal qual um faraó, e por fim saiu do estaleiro esta jóia que assistiremos aqui ao vídeo. Todos os Saudades, foram feitos pelo melhor estaleiro do mundo em maxi boats, o Royal Huisman, que está na quarta geração, e foi fundado em 1884, fazendo hoje barquitos de 100 a 300 pés.
-Sai pra lá mortal! isto não é para você! ...mas pode olhar que não tira pedaço.
Perdoado o saxão, ele não tem culpa da fonética, e tampouco da nossa pobreza, e seu lugar no firmamento fica desde já reservado: primeira classe e na janela ok?!
Com direito a uma trilha sonora da mais bela bossa nova, e para petiscar uma moqueca capixaba e uma heinekken de pressão.
Um beijo e um queijo a todos!!
Boa semana e curtam bastante a Saudade.
Hoje estou com muita do meu pai que deu o bordo ano retrasado, e que dia 25 de abril faria 81 anos, Saravá sir wallace!!!

24/10/2013

Vitória , Espírito Santo

The Avelok sailing magazine Home, sweet home.

21/10/2013

Curso de vela oceânica. Veleiro Vagamundo.

Curso de vela oceânica,  Avelok recomenda o capitão Ricardo, gente da mais alta competência e que leva a pauta a sério como poucos .
O curso tem padrão de serviço de classe mundial.
Para saber tudo acesse: http://www.vagamundo.net.br/index.html








18/10/2013

Vitória ES.



https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=PmkwUt-Fd7M

Sir Thomas Lipton.

Sir Thomas Lipton o homem que mudou a Americas Cup, este cara devia ser matéria especial nas escolas na matéria : Formação e desenvolvimento de caráter.






Entre 1899 e 1930, o Irlandês  Thomas Lipton , condecorado Sir por sua majestade,  foi agraciado com o título inédito e sensacional  de o mais célebre perdedor da copa América, competição esportiva mais antiga do mundo, mais antiga 49 anos que a olimpiada moderna, a copa é representanda por uma jarreteira de prata, curiosamente  sem fundo, conhecida como "Auld Mug" , taça esta , que misticamente  o caminho certo para o " escoamento" de muitas vaidades e fortunas.

O magnata do chá, pionieiro no marketing esportivo, velejando com seus veleiros sempre barizado de Shamrock( I,II,III,IV e V) tentou por não menos que cinco vezes levar
a taça, e teve o exito de ser o desafiante por cinco vezes obviamente, o que por sí só já uma honra e um mérito acima da média, acima de tudo aliás.
Perdeu 3 vezes para os Columbia, uma para o Veshelda e outra para o Relliance.










                                 Vídeo de Thomas Edisson, de 1899, da américas Cup, como Columbia vencendo o Shamrock.

Todas as cinco vezes ele perdeu, mas perdeu de uma forma que nos ensinou o que é ser velejador, o que é saber perder, e  com muito bom humor, sendo inclusive presenteado pelo prefeito de Nova York com uma taça em ouro para celebrar sua força de vontade e espírito desportivo.
Lipton , foi o célebre autor desta frase que é o sobretítulo desta revista:

"Business with everyone , sailing only with gentlemen".


É atribuída a ele também esta frase:

"Eles me dizem que tenho um belo barco. Eu não quero um belo barco. O que eu quero é um barco para erguer a Taça - um Reliance. Dê-me um barco simples, o barco mais simples já feito, desde que ele seja mais rápido que o Reliance."

O comandante dos Shamrocks, ficou multimilionário antes dos 30 anos trabalhando no negócio do chá e mercearias, fez o caminho inverso dos imigrantes irlandeses e voltou á terra natal , vindo dos EUA, numa época que milhares de compatriotas vinham ao novo mundo.

Na Irlanda , Lipton iniciou um próspero negócios de mercearias( seus pais já eram merceeiros) , e casas de chá. Até então inacessíveis as massas.
Lipton também foi o percursor do chá em saquinhos.

Grande esportista, através do seus amigos, o  rei Gulherme VII e do rei George , inciou-se no mundo do Yachting.

Mas não foi só pelo seu desempenho em regatas que ficara famoso, Litpon era um cavalheiro de verdade, solteirão, contribuidor voraz de causas sociais , filantropia e caridade e também um "bon vivant", namorador , chegou a morar anos em um "Yacht" para que ficasse mais próximo das regatas e viajar a todo o tempo, mas acima de tudo , Sir Thomas, era um expert em marketing.
                                           A Jarreteira sem fundo. The Auld Mug.

Suas participações na Americas Cup fez com que seu chá ficasse famoso em todo o mundo.

Sir Ernst Shakleton & Sir Thomas Lipton, dois mitos do mundo náutico.
Além do Yachting , é atribuido a Lipton o início das copas do mundo de futebol, ele foi o patrocinador e idealizador dos primeiros torneios internacionais de futebol, em 1909 e 1911.
Ao morrer,  doou a sua fortuna a obras de cunho social, e sua fundação, até mesmo seus troféus foram na leva.

Este cara foi demais, é o meu ídolo número 1 , e me foi apresentado pelo amigo Luciano Secchin, o Lucky.

Ainda esta semana Billy Brown mandou este link de umas ações protagonizadas por Larry Ellison,  outro cara rico prabaralho e também muito importante, mas que desta vez está destruindo a Copa América: http://gcaptain.com/larry-ellison-destroying-americas-cup/
Fica aí um pouco da história do maior ídolo da vela mundial, o ídolo da revista Avelok, Sir Thomas Lipton.


Uma ótima semana a todos!!

17/10/2013

Cabos para barcos a vela.


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14/10/2013

Diário de Bordo - Trip Ilhas Mentawai

NOTÍCIAS(07/10/13)  
Tive meu primeiro contato com a Indonésia em 2006 e mesmo neste intervalo tendo viajado para Costa Rica, Maldivas, Punta Cana e Noronha, não estava satisfeito! Em todas as viagens sempre me pegava fazendo comparação com as ondas que tinha surfado na Indo…


Decidi que voltaria este ano de qualquer jeito. Convenci minha esposa e já estava pronto para ir sozinho, mas ao fazer contato com os amigos, logo de cara o Flavio topou. O Romeu ainda estava tentando encaixar todas as peças para viabilizar a viagem. Não é fácil programar esta viagem, pois demanda tempo, não é muito barato, tem que levar equipamento adequado, alem de vários fatores devem ser avaliados. Assim iniciamos nosso planejamento. 

Dicas:

Barco vs Resort - Uma duvida que envolve muitas pessoas antes de visitar as ilhas pela primeira vez é a forma mais adequada de lá permanecer. Os resorts são mais confortáveis para quem deseja surfar uma ou duas ondas, ou seja, você fica restrito as condições (os ventos mudam constantemente) das ondas ao redor do perímetro de atendimento do hotel. Ja os barcos não limitam você a uma região ou onda, esta mobilidade lhe garante ir atras da melhor condição alem de poder conhecer todas as ondas de Mentawai. Especialmente se for sua primeira visita, o barco sem dúvidas é a melhor escolha.
Gastos - Passagem U$ 2.000 + Seguro U$ 150 + Barco de U$ 2.600 até U$ 4.500 dependendo do nivel de barco.
Nível de surf - Tanto Kelly Salter quanto um iniciante podem surfar no mesmo dia a melhor onda de sua vida. Mas sempre deve-se ter cuidado com o reef que é bastante raso…rsrsrsrs!!!( segue foto de um dos integrantes do barco)
Como Chegar - As principais companhias operam vôos do Brasil para Indonésia, mas não esqueça a vacina contra febre amarela e quanto ao visto, os brasileiros não necessitam de visto para permanências até 30 dias.
Quiver - Se voce for levar tres pranchas, o ideal é levar duas que você usa no dia a dia (uma menor e outra maior, ou duas iguais) e uma terceira maior para os dia mais tubulares. Leve também jogo de quilhas medias e grandes, pois existe um risco alto de quebrar prancha e quilhas no reef.
Acessórios - Protetor, botinha e camisa de neopreme( pretege um pouco do reef) são indispensáveis e vonol para enjoo.

Saímos do aeroporto de Vitória e após todos os desvios que são característicos deste tipo de trip, briga para despachar as pranchas, 5 conexões de voo, extravio da mala do Romeu em Jacarta e todo o cansaço, chegamos finalmente em Padang e fomos recepcionados pela equipe do barco e o Flavio que havia ido uma semana antes para Bali e nos aguardava ansioso. Embarcamos no barco King Millenium 2 as 20h e agora era para valer. Motores ligados, saímos do porto de Padang em direção ao nosso objetivo e as previsões eram boas. Claro estava acompanhando a previsão desde a nossa saída do Brasil e atualizando em cada conexão para aumentar a fissura e passar o tempo…
Um swell considerável vindo da África do Sul, ficando maior a cada minuto, indo direto para nossa direção. Tinha certeza de que ela iria trazer ondas incríveis para toda a Indo. 

A bordo King Millenium 2, um grande cataram onde passaríamos os próximos 12 dias em um dos melhores barcos de Mentawai, surfando as melhores ondas do mundo. Nada é mal! Todas as refeições foram ótimas e sentimos como se estivéssemos em um resort 5 estrelas em Bahamas, mas era o King Millenium 2 nas Ilhas Mentawai. Conhecemos a tripulação que devo ressaltar que foram extremamente agradáveis e comprometidos com nosso bem estar. Éramos 9 surfistas sendo 5 brasileiros: Nós (Rodrigo, Flavio e Romeu), Jandir Lino (surfista do litoral de SP) e Iuri Borba (fotografo paulista que mora em Bali), alem dos 4 espanhóis (2 Ilhas Canárias e 2 Barcelona). Acreditem!!! Hoje o Brasileiro é a maioria na Indonésia, assumimos o quintal dos Australianos.

Nosso guia David Valladares, um surfista muito experiente, que já trabalha nas ilhas há mais de 20 anos, disse-nos que o swell e ventos eram perfeitos para Rifles, de modo que tudo se transformou no início com a perspectiva de um primeiro dia épico de surf nesta onda mística nas proximidades de Playgrounds.

No dia seguinte, acordamos ainda escuro e já estávamos em Playgrounds, o capitão puxou a âncora e as pessoas começaram a sair de suas cabines. Rifles estava bombando com 4-5 pés ondas, alem das outras opções de ondas perfeitas: 4Bobs, Little Nias/ Rifles e A-Frames.

Surfamos nesta região nos 2 primeiros dias da viagem, ondas de 200 metros perfeitas. Não poderíamos ter esperado um melhor começo para a viagem, direitas e esquerdas perfeitas, apesar do coral ter feito sua primeira vítima no barco. Um dos espanhóis de Ilhas Canárias levou sua tatuagem de recordação do reef logo no primeiro dia (todos correm este risco na Indo). Após esses dois dias partimos durante a noite para o sul à procura da famosa Macaronis.

Nós não tínhamos uma reserva para Maccas nesse primeiro dia (eles só permitem 2 barcos no pico), na verdade, a nossa reserva era para os próximos dois dias, então nós íamos lá para surfar desde a primeira luz do dia até o momento em que o Macaronis Resort iria enviar sua patrulha para limpar o outside daqueles barcos sem reserva.
Felizmente neste dia havia apenas 4 ou 5 surfistas no resort e poderíamos ficar lá por mais tempo. Compartilhar as ondas de Maccas com apenas outro barco e os 4 ou 5 hospedes, ou seja, 25 pessoas no máximo, é um sonho!!! ... e foi!!! As ondas estavam bombando, tubos e paredes longas sem vento durante toda a manhã. 
No outro dia, cada surfista esperando a sua vez e pegando sua onda lisa. Todos nós estávamos sorrindo e se divertindo muito e assim foram todos os 4 dias naquela que na minha opni&257;o sem dúvida é a melhor e a mais divertida onda do planeta. 

Quando os 32 hospedes do resort fizeram sue check-in no line-up, já estávamos indo para Greenbush, uma esquerda fantástica no lado sul das ilhas que pode te proporcionar o tubo da vida. Greenbush é uma onda que intimida, um tubo muito rápido que quebra em forma de ferradura sobre um recife muito raso e afiado. Após 2 dias de surf nesta máquina de tubos, e outras ondas como Thunders, Rag&039;s Right e Rocxy, partimos para região central das ilhas.

Finalizamos nossos últimos 3 dias surfando HT&039;s,Bintangs e as direitas e esquerdas de Lances totalmente sem crowd, com no máximo 1 ou 2 barcos dividindo as ondas. Partimos para o desembarque para o porto de Padang com um mix de sentimento de felicidade, saudade e vontade de retornar na próxima temporada. 

Ao terminar este texto e recordar estes momentos tentando descrever um pouco desta experiência, percebo porque não consigo parar de comparar outras ondas por mais perfeitas que sejam com as ondas da Indonésia… Aquele lugar é mágico!!!


Por Rodrigo Vasconcelos(rodrigo.vasconcelos.santos@hotmail.com), Romeu Marroquio(rowenaveiculos@uol.com.br), Flavio Folego(flglofego@ig.com.br) e os novos amigos que fizemos nesta viagem.

Ob.: Estamos marcando mais uma trip para 2014, os interessados em embarcar podem manter contato por e-mail.

Fonte: Redação OndaOn 

12/10/2013

Anuncio de emprego, quem se habilita?

Procura-se homens para uma jornada perigosa, salarios baixos, muito frio, longos meses de escuridão...














































... perigo constante, retorno duvidoso, honra e reconhecimento em caso de sucesso.


Tratar com :SIR ERNEST SHACKLETON
Estes foram os selecionados para a viagem "Imperial Trans-Artic expedition-Endurance."

Frank Worsley-Captain
Frank WildSecond-in-Command
Lionel Greenstreet-First Officer
Tom Crean-Second Officer
Alfred Cheetham-Third Officer
Frank Hurley-Photographer
George Marston-Artist
Robert Clark-Biologist
Leonard Hussey-Meteorologist
Reginald James-Physicist
James Wordie-Geologist
Alexander Macklin-Surgeon
James McIlroy-Surgeon
Huberht Hudson-Navigator
Thomas Orde-LeesSki Expert and Storekeeper
Charles Green-Cook
Perce Blackborow-Steward
Henry McNeish-Carpenter
John Vincent-Boatswain
Alfred Kerr-Engineer
Louis Rickinson-Engineer
Ernest Holness-Stoker
William Stephenson-Stoker
William Bakewell-Seaman
Walter How-Seaman
Timothy McCarthy-Seaman"[He] is the most irrepressable [sic] optimist I've ever met,"Worsley
Thomas McLeod-Seaman
Sir Daniel- Gooch.

Todos comandados pelo que eles mesmo chamavam de "Boss", Sir Ernst Shackleton.
E expedição partiu em 1914, com uma tripulação de 28 homens , verdadeiros Yacht-Men , a bordo do Endurance, um barco movido a vela e a vapor( com 3 caldeiras) de 350 toneladas, construído na Noruega, capaz se viajar a 9 - 10 knots, ou seja um excelente barco.
Em 19 de janeiro de 1915, definitivamente, ficam presos no gelo, a agonia dura até outubro do mesmo ano, para passar o tempo os homens cantavam , cuidavam do barco, jogavam futebol , escreviam , liam , organizavam jogos de baralho.
Em outubro o gelo começa a esmagar o barco os mastros desabam, e atripulação salva o que pode, e em 21 de novembro de 1915 ele afunda definitivamente, completamente esmagado pelas placas de gelo, mas não levando consigo a esperança e a confiança depositada no "chefe" .Os exploradores ficaram a deriva, a fome começa a apertar com o término da comida e os homens são obrigados a comer os cães para sobreviverem . Finalmente o gelo começa a se derreter, partem em busca de salvação, e em abril de 1916 desembarcam na ilha Elephant, depois de navegaraem por 1.000 milhas em um a semana, com os botes salva-vidas. As coisas estavam difíceis, precisavam de ter confiança, pois um resgate ou uma expedição pareceia agora impossível.

Shackleton , "the Boss", resolve partir em busca de ajuda, e com mais 5 homens se lança ao mar em um barco aberto, uma espécie de baleeira/escaler, num mar gelado e com ondas gigantes e ventos fortíssimos, para navegar 800 milhas até chegarem as ilhas Georgia do Sul, graças a perícia do capitão Frank Worsley, que se guiou usando o sol como bússola.
Depois de 17 dias no mar, desembarcam em um glaciar a 17 milhas de uma estação baleeira, ainda tiveram que atravessar geleiras e montanhas para encontrar os caçadores Noruegueses, lá chegando a primeira coisa que Shackleton pergunta é se a guerra já havia acabado.A resposta foi:- não, a europa enloqueceu o mundo enlouqueceu!
Recompuseram-se com poucas horas de sono, recuperam as forças e imediatamente inciam o planejamento da próxima expedição:O resgate da tripulação do Endurance, seus companheiros.
Em agosto de 1916, depois de 3 tentativas , o pequeno barco Chileno "Yelcho", chega com êxito aos náufragos e os resgata.

Depois de 22 meses, passando por todo tipo de provações, todos os 28 homens retornam para o lar , como protagonistas da maior epopéia da história da navegação, além de ser na minha opinião o maior case de liderança da história mundial em todos os tempos.
As viagens/expedições de Shakleton.
Em 1901-1902- Discovery expedition
Nimrod Expedition -1907-1909
Imperial trans artic- 1914-1916
Em 1921 , Shackelton parte para sua quarta e última expedição, ( Shackleton-Rowett expedition), ao chegar no Rio de Janeiro, o "chefe " sofre um ataque cardícaco , mas se recusa a retornar a Inglaterra e segue sua jornada, 2 meses depois Shackleton tem o derradeiro e fatal ataque e morre nas Ilhas Georgia do Sul, onde descansa até hoje.

Ao sabor dos ventos Mochileiros europeus pegam carona em veleiros para atravessar o Atlântico

Francisco Colaço Pedro


No fim de cada ano, centenas de mochileiros se aglomeram em marinas em Portugal, Espanha, França


portuguesa
Da revista Carta Capital internacional, uma dica do Eugênio Herkenhoff.


Todos os anos, centenas de mochileiros se aglomeram nas marinas de Portugal, Espanha, França, Ilhas Canárias ou Cabo Verde. Em francês, são chamados de bateaustopeurs. Buscam uma carona em um veleiro até o outro lado do Atlântico. Nascem parcerias insólitas: aposentados e jovens mal saídos da adolescência, endinheirados e gente em busca de um recomeço. A seguir, trechos de um “diário de bordo” de uma dessas aventuras.
Novembro 2012 - Longitude 15° oeste
Termina a época dos ciclones no Atlântico, começa a das travessias. O mar das Ilhas Canárias fervilha de veleiros, iates e navios. Perto da marina de Las Palmas, jovens de mochilas e instrumentos musicais às costas. Caminham quilômetros pelos pontões, nadam até os barcos ancorados. Bom dia. Por acaso vão atravessar o oceano? Precisam de tripulantes?
“A carona de barco consiste em perguntar a quem tem veleiro se aceita levá-lo em troca de trabalho durante o trajeto”, ensina Berta, catalã de 22 anos. Cabelo curto, cansada das grandes cidades, tinha a ideia de partir, fazer uma grande viagem. “De carona se é superlivre”, define. Jovens como Berta rumam às marinas do Algarve, de Gibraltar ou da Bretanha. Nas Canárias, os caminhos se cruzam. “Las Palmas é a Meca da carona de barcos”, define Manon, austríaca de cabelos loiros, ao lado de seu acompanhante, Adrien, prestes a embarcar em uma viagem pelo mar. Quer chegar a Cuba.“Sabíamos que tinha se tornado super popular nos últimos anos, porque toda a gente fala disso. Mas quando chegamos ficamos chocados: havia hordas de mochileiros. Dissemos 'uau, nunca conseguiremos encontrar um barco.'”
Para Alexis e Flo, irmãos de 28 e 24 anos que fugiram ao mau tempo parisiense para descobrir a América do Sul, a busca já dura um mês. “Temos todos algo em comum, mas um sem fim de trajetórias diferentes. Há gente de todas as nacionalidades, velhos e novos, mais ou menos hippies, pessoas ricas, da classe média, ou cujos pais nunca tiveram dinheiro...”
O 'bateaustop', como foi batizado em francês, faz-se em qualquer parte do mundo onde haja veleiros e não é um fenômeno de hoje. “Já o meu pai e o meu tio navegavam assim, mas era diferente: era algo mais entre marinheiros, havia muito menos gente. Acho ótimo que haja tanta gente, porque abre o meio a outras pessoas”, conta Quentin. Cabelos compridos soltos, pequeno Mogli dos mares, cresceu a bordo de um veleiro, e procura agora um barco para encontrar o irmão em Guadalupe. “Mesmo que tenha sempre havido os ricos, com os barcos super belos, antes havia sobretudo aventureiros. As Canárias e o Caribe estavam repletos de viajantes. Hoje a maioria são velejadores de férias ou reformados, que ficam pelos bares das marinas. Os viajantes de carona trazem esse espírito de descoberta, de aventura”.
Há capitães que aproveitam para exigir uma contribuição para a caixa de bordo que vai muito além das despesas da viagem: dez a quarenta euros por dia. A partir de janeiro, haverá cada vez menos barcos a atravessar. Há quem desista, há quem faça novos planos.
“Mesmo havendo muita gente, a procura não se torna competitiva, há muita entre-ajuda. Todos partilham os seus planos: 'vai ali, tem este e aquele barco'”, contam Alexis e Florian. Dezenas de jovens viajantes ocuparam um enorme hotel abandonado, dando-lhe vida novamante e uma gestão coletiva, para que possa acolher quem precisa. Partilham cigarros e canções, sonhos e saberes. Partilham o prazer de partir sem pressa. “E”, admite Alexis, num sorriso, “todo o mundo acaba por ter sorte”.
Dezembro 2012 - Longitude 30° oeste
Alexis imaginara estar na América Latina quando chegasse seu aniversário. A previsão falhou uns meses. Os dois irmãos e o casal de reformados que os embarcou estão sentados na proa, especialmente decorada. Há bolo e ementa especial. Mindelo (com muitos veleiros e caroneiros) e as ilhas de Cabo Verde desaparecem onde nasce o sol. O imenso azul toma conta da paisagem. Manon lembra que em um barco há o aspecto psicológico de passar muito tempo com alguém, num espaço superconfinado, e de se pôr à sua disposição. Ela e Adrien, em companhia de dois outros bateaustopeurs, seguem no iate de um rico empresário francês, que cedo se revela “um capitão um pouco ditatorial”. “Tínhamos medo das suas intensas flutuações emocionais.”
Como a maior parte dos que atravessam de carona, nenhum deles tinha navegado antes. “Não conhecia absolutamente nada. Nem sabia se enjoava ou não. É uma descoberta de A a Z, é super excitante.”, conta Manon. Descobrem Tabarly e Moitessier e deixam-se inspirar pelos grandes velejadores. A experiência desperta paixões, por vezes para a vida.
Para Manon e Adrien, mais do que um sonho antigo, viajar de veleiro era uma escolha óbvia. Não tinham dinheiro para embarcar em um cargueiro e evitam o avião por motivos políticos. “Quando você sabe que há um verdadeiro problema de emissão de gás carbônico e continua a viajar de avião só para o próprio prazer, é algo tão egoísta, e tão desprezante em relação a todos os que não podem fazer e que sofrem as consequências das alterações climáticas", diz. "O avião é um dos últimos marcadores das injustiças sociais no planeta: nós temos a sorte de apanhar aviões super baratos, um privilégio dos super ricos. Os aviões vão dos lugares dos ricos (Paris, Londres e Frankfurt) aos lugares dos pobres, não ao contrario.”
Para Quentin, há um outro fator contra o uso do avião. “De avião há meses você sabe que vai chegar no dia tal, à hora tal, ao lugar tal”, diz. “Assim tudo é imprevisível.” “Quando vê uma ilha se aproximar, a terra à vista, é uma coisa de louco”, explica Alexis. “Você conta os dias e as horas.” “Quando se recusa apanhar o avião e vai pela terra ou pelo mar, isso faz a pessoa descobrir e compreender tantas outras coisas, sobre a história, a geografia... você vê outra coisa”, diz Manon. “Para mim é impressionante fazer um trajeto que é tão marcante historicamente: a rota da colonização, das conquistas, do escravagismo.” No mesmo oceano, a mesma rota: outrora feita para expandir o império, para conquistar, hoje para escapar ao império do consumo, para descobrir outras paisagens e formas de viver.

Março 2013 - Longitude 60° oeste
Le Marin, na Martinica, é a maior marina do Caribe. Os bares, repletos de gente, têm as paredes repletas de anúncios. Dominica, Colômbia, oceano Pacifico, Europa... Há barcos apontados para todas as direções. E jovens ansiosos por um lugar a bordo. Ponto de encontro daqueles que conseguiram chegar a este lado, palco de reencontros efusivos entre bateaustopeurs que se conheceram nas Canárias, em Cabo Verde ou em ilhas caribenhas. Partilham-se histórias das travessias.
Há Jean François, guitarrista e geólogo suíço de 70 anos, um veterano das caronas de barco. Os dois jovens do Quebec que, sem nunca terem navegado antes, descobrem que entendem mais que o capitão. Este acaba por lhes confiar o barco e dinheiro para o levarem até ao Canadá – as grandes navegações não eram para ele. Há Patt, australiano descendente dos famosos revoltosos do Bounty, que transportou 15 jovens a bordo de seu catamarã. Há Julien, músico e palhaço cansado de uma vida de digressões pela Europa, determinado a percorrer sozinho a Amazônia de canoa.
Berta havia se unido a Alexis e Flo. Há dois meses viajam de carona pelos mares do Caribe. Montaram uma pequena cabana à saída da marina. Fazem artesanato com sementes locais e vendem aos turistas. Vivem da comida jogada fora por supermercados e navios turísticos. Procuram um veleiro para a Colômbia ou Venezuela. “Não é porque não se tem dinheiro que não se pode fazer uma viagem dessas. Mas é preciso ousar. Não ter vergonha de vasculhar no lixo do supermercado, fazer refeições de legumes recuperados, dormir nas praias”, explica Berta.
“Os habitantes habituaram-se a que os brancos sejam turistas, americanos ou franceses, e veem você logo como uma carteira. Eu procuro mais o contato com as pessoas, ou simplesmente com o espaço e as possibilidades que ele dá. A agricultura, a pesca, tudo isso me interessa. Quero descobrir como se faz aqui. Enquanto que há uma data de turistas que vêm simplesmente para se desconectar do seu trabalho. O fato de não ter muito dinheiro, de eles te verem assim, de dormir nas praias, aproxima você das pessoas daqui. Seria diferente se eu chegasse com o meu 4x4 e as minhas roupas de 80 euros a peça.”
“As pessoas que vieram de avião dão a impressão de que não chegaram sequer a descer dele. Nós navegamos, apanhamos as ondas, num ritmo mais livre, mais perto da cultura do Caribe”, diz Adrien. “Chegar ao Caribe de avião”, acrescenta o jovem arquiteto, “é como se entrasse pela chaminé. A porta aqui é o mar!”.
Manon e Adrien conheceram Quentin e juntaram-se os três numa aventura inesperada: compraram em conjunto um velho veleiro. Fazem incursões nos barcos que se afundam abandonados nas imediações da marina para recuperar todo o tipo de objetos. Nos supermercados enchem as provisões de bordo. Se estão sem dinheiro, transbordam de excitação.
É aniversário de Manon. E a primeira navegação ao longo da costa da Martinica. Alexis, Flo e Berta se unem ao trio. À saída do pontão, veem-se refletidos no grandioso iate de Bill Gates. Mais tarde, sob as estrelas, contam histórias e cantam. O barco avança no mar. Outrora povoado de piratas, dissidentes dos impérios europeus, hoje povoado destes nômades de mochila às costas, dissidentes da sociedade do consumo-trabalho, que pilham as prateleiras dos supermercados, conquistam o tempo e têm por tesouro a aventura.
“É um luxo. Dar-nos todo esse tempo, nos metermos em complicações, só para fazer essa travessia de barco, quando podíamos simplesmente pegar um avião. Significa, porém, tantas outras coisas, viajar dessa forma...”, filosofa Manon. “Mudei verdadeiramente a minha noção do tempo”, confessa Alexis. “Para conseguir uma carona demora um tempão. Há semanas estamos à procura de um barco para a América do Sul. Se eu tivesse esperado cinco minutos pelo meu metrô estaria muito nervoso. Aprendemos a não ter pressa, a desfrutar da beleza dos lugares onde estamos.”
“Quando alguém nos pergunta se estamos de férias, dizemos não”, afirma Alexis. “Estamos de viagem.” Por quê? “As férias são só uma pausa no tempo de trabalho”, explica Manon. “Para nós”, completa Quentin do fundo do barco, “o tempo de trabalho é uma pausa nas nossas vidas”.

Harry Manko, sempre com filmes sensacionais e gozadíssimos!

Um vídeo de compilações da Volvo Ocean Race, a volta ao mundo.

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