27/02/2017

Evgeny Gvoznev, um grande navegador em seu pequeno barco, uma homenagem do velejador Roberto Rodriguez.








Segue matéria ecaminhada ao nosso amigo Marcelo Gusmão, do Iate Clube de Santa Catarina, que gentilmente enviou para postagem em The Yacht-man.
Prezados amigos apaixonados por vela
Eu( Roberto Rodriguez), sabia que "aquele Russo que deu a volta ao mundo num pequeno barco à vela" tinha construido seu veleirinho em uma sacada de apartamento (já reformei muito barco em terra firme e imagino como deve ter "sofrido" para fazê-lo), eu, sabia que ele tinha dado uma volta ao mundo, eu, sabia que era com um barco muito pequeno (menor que um Marreco 16 - eu que já tive vários "Marrecos" e nem por sonho me via em alto mar com um barco desses, apesar de achar muito seguro e gostar muito do Marreco 16)), eu, sabia que ele havia falecido, mas nunca tinha me inteirado exatamente como?
Por ser um admirador desse notável velejador (que voltou no tempo ao inverter o progresso da navegação de cruzeiro, sem motor, etc), lendo um artigo em um dos sites que participo da Argentina (ADAN - La Asociación Deportiva Argentina de Navegantes), paginando por seus artigos, me deparei com esse "grande navegante" e acredito que muitos devam conhecer sua história, mas também acredito que muitos não o conheçam, porisso tomo a liberdade de narrar alguns fatos desse notável velejador,mais como uma forma de homenageá-lo, pois esse merece e ficarei muito feliz de compartilhar com aqueles que tem o espírito aventureiro e cheio de sonhos que nem eu.
Evgeny Gvoznev, um grande navegador em seu pequeno barco.

"O anúncio demorou muitos dias em se conhecer". Evgeny nunca foi de ocupar as primeiras páginas dos jornais e muito menos das revistas náuticas (apesar que faço menção da Revista Náutica ter publicado um artigo à respeito bem interessante na época).Seu sonho era de navegar em sua pequena nave, fazer amigos em cada porto (quem o conheceu, com certeza concorda), porém, infelizmente isso não é notícia, mas com certeza é um exemplo de vida.
Zarpou em Maio de 1999 e no dia 29 de novembro de 2008 (poxa, um dia antes do meu aniversário?), seu barco atual o Getan II, foi açoitado por um forte vendaval que quebrou seu mastro e a corrente o levou sobre as costas de Ostia, Itália no dia 30 de novembro (pô, no dia do meu aniversário?).
Evgeny se comunicou com seu amigo David Muhumaev de Makhachkala, sua cidade natal, comentando o sucedido e que se preparava para chegar ao porto mais próximo para reparar seu barco.
Infelizmente nunca chegou.
Uma fria crônica de um jornal em 2 de dezembro de 2008, comentou que fora encontrado por um carabinero seu barco o Getan II sobre a costa e a poucos metros dalí, jazia Evgeny sem vida, com uma ferida na cabeça.
Para a náutica é uma enorme perda. Evgeny era um modelo de navegante, tinha persistência, garra, determinação e sobretudo, muita humildade.
Seu exemplo, sempre estará presente em todos os navegantes.
Imagine você que veleja, partindo sozinho?
Agora imagine você, partindo sozinho e num pequeno barco à vela (e bota pequeno nisso)
É pessoal, temos que dar muito crédito à esse velejador solitário que partiu para navegar, mas com certeza, agora está navegando nos mares do céu.

MANUAL AMADOR DE NAVEGAÇÃO EM TEMPOS DE VENTO FORTE, por Caê Guimarães.

É possível navegar usando o mapa luminoso das estrelas. Olhe para o céu. O mapa está lá, desde que não haja nuvens encobrindo a crosta terrestre, pele fina de areia, terra e minérios que impede que voemos pelos ares implodidos pelo magma que borbulha lá embaixo. Deixe-se levar pela grafia do tempo. Isso que você vê com o pescoço virado para cima é o que há de mais antigo a ser captado pelo olho humano. Variará de acordo com a hora da noite e a época do ano. Mas será sempre o mesmo céu. Só muda quando você cruza a linha do Equador. Lá, são outras estrelas a guiar faroleiros, marujos e bucaneiros.
A constelação de escorpião escorre sinuosa no final da tarde. As Três Marias, dentro do retângulo de Ôrion, brilham como meninas tristes, paralelas sem nunca poder se tocar. O Cruzeiro do Sul é o marco de quem vive nessa parte do planeta. Uma cruz imensa, completa por uma testemunha discreta, pequena, posicionada no quadrante inferior esquerdo, como se fosse uma intrusa aceita pela benevolência dos pontos mais luminosos. Também tem Vênus, com suas insinuações mitológicas e sensoriais. Primeiro sinal a aparecer, é a luz mais sensual e hipnotizante dos corpos celestes que nos são dados observar. O que vemos são chamados corpos austrais. No do norte do planeta são boreais. É outro céu, mas também é uma carta de navegação, de onde se pode definir o rumo de uma rota, a distância pra chegar daqui até aí e o tempo certo para ancorar ou içar velas. Outra ferramenta de navegação é a leitura do vento. Um olho na vegetação e outro na pele de pantera do oceano. As folhagens indicam o sentido e intensidade, como um movimento de esgrima. Na Patagônia, por exemplo, todas as árvores crescem para o norte, deformadas pelo constante vento sul. Às vezes ele chega forte aqui. Imagine lá. Vento é ar em movimento. Pode suavizar o calor escaldante e derrubar os muros erguidos sobre as convicções confortáveis. Pode ser mudo ou cantar uma nênia que língua alguma traduz sem os contornos da subjetividade. O lado contrário ao sentido de onde vem o vento é chamado sotavento. Seu oposto é o barlavento. De forma simplificada, um é onde sopra e o outro de onde sopra. Também há ferramentas inventadas pela mão humana. A mais comum é a bússola, uma agulha imantada que aponta sempre o norte. A partir daí sabemos onde fica seu oposto, o sul, e seus escudeiros, leste e oeste. Por isso as palavras nortear e orientar se incorporaram ao nosso vocabulário com uma segunda função, que é indicar o caminho certo, a direção, o ponto aonde se quer chegar Certa vez, parodiando a melosa frase “longe é um lugar que não existe”, alguém me disse que “norte é um lugar que não existe”. Pode ser. As agulhas das minhas bússulas sempre subvertem a lei da natureza. No lugar de apontar ao norte magnético, elas giram incessantemente. Como moinhos engarrafados. Por isso as estrelas, o vento....

Epifânia.

A bordo do Phantom, sozinho e em epifânia . Contemplo o Sir Wallace se aproximando da linha de chegada, caturrando muito, suas velas enfunadas, o mastro envergado , velejando adernado num vento de 30 nós, com o timoneiro pendurado na escora, segurando nas unhas o terceiro lugar geral na última regata a ocasião da copa estreante. Um dos momentos mais especiais de minha vida. Não pelo resultado, e sim pelo amor ao esporte que se descortinou, e abriu um horizonte de uma vida completamente diferente para a família. Momento cristalizado pela lente de Camilla Baptistin.

30/01/2017

Tá chegando a hora da Regata Vitória Guarapari, a festa da vela capixaba!

Há uma faixa no litoral brasileiro pouco conhecida por muitos navegadores, e que fica bem perto do Rio e de Salvador, este trecho compreende o litoral entre Vitória e Guarapari. Talvez um dos trechos mais lindos de todo litoral Brasileiro, dada a preservação total da natureza em quase metade do percurso, e a passagem pelo paradisíaco arquipélago de 3 ilhas. Somados aos fatores geográficos, a regata é um percurso de aproximadamente 29 milhas, e ladeira abaixo, com vento de popa e balçao em cima o tempo todo, o que a transforma a regatra promovida pelo Iarte Clube do Espírito Santo , em um passeio rápido para quem curte cruzeiro, e numa balonada incrível para os que tem as facas nos dentes. A recepção da regata e a premiação são realizadas a bordo da escuna indiana( gigantesca), que estará a espera dos barcos atracada na praia do morro, aos pés do morro da pescaria, num local perfeito para atracação e com águas incrivelmente translúcidas. A flotilha capixaba de oceano deixa aqui um convite aos velejadores de todo o Brasil para que venham participar desta prova única no calendário nacional. Sábado, dia 11 de fevereiro de 2017. mais informações pelo meu email: avelok@gmail.com Ats Renato Avelar BRA 2345 Phantom Of The Opera.

16/01/2017

Oportunidade de viajem de travessia aberta no My Bless, segue para divulgação.

Meus amigos e velejadores, Estou avaliando a possibilidade de levar o MY BLESS II para a Europa, atravessando o Atlântico Norte, e percorrendo o Mar Mediterrâneo até a Grécia, onde farei alguns passeios com interessados. Para isso, estou disponibilizando vagas na tripulação para as seguintes etapas: TRAVESSIA DO ATLÂNTICO NORTE FORT LAUDERDALE – PORTUGAL MAIO (2a quinzena) – JUNHO aproximadamente 40 dias Fort Lauderdale – Bermudas aprox. 950 nm 5-7 dias Bermudas – Açores aprox. 1900 nm 10-14 dias Açores – Portugal (Lagos) aprox. 970 nm 5-7 dias Tripulantes a bordo: 4-5 Custos por tripulante: US$1500 + despesas de alimentação, marinas, taxas de imigração, diesel, etc. MEDITERRÂNEO RUMO À GRÉCIA image LAGOS (POR) – GRÉCIA JULHO aprox. 20-25 dias. Lagos - Estreito de Gibraltar aprox. 170 nm Gibraltar – Almeria (ESP) aprox. 190 nm Almeria (ESP) – Ilhas Baleares aprox. 200 nm Ilhas Baleares – Sardenha (ITA) aprox. 300 nm Sardenha – Palermo (ITA) aprox. 200 nm Palermo – Reggio di Calabria aprox. 100 nm Reggio di Calabria – Lefkas (GRE) aprox. 250 nm Tripulantes a bordo: 4-5 Custos por tripulante: EURO 1500 + despesas de alimentação, marinas, taxas de imigração, diesel, etc. PASSEIOS NA GRÉCIA - LEFKAS Períodos previstos: JULHO 28 – AGOSTO 7 AGOSTO 9 – AGOSTO 18 AGOSTO 20 – AGOSTO 29 Tripulantes a bordo: 4 Custos por tripulante: EURO 1500 + despesas de alimentação, marinas, taxas de imigração, etc. Seja um tripulante do My Bless II. Para mais informações, entre em contato. Capt. Valtinho My Bless II TIM +55(61)8111-6612 USA +1(305)773-6664 (WhatsApp) Skype: captain_vjr valterjr@myblessboat.com

15/12/2016

Neste sábado , os capixabas estarão na raia participando desta magnifica festa da vela.

Regata Preben Schmidt, o Patriarca dos Grael, fundador do "Sailing".

The legend is back!

Bravo Zulu.

A VERDADEIRA HISTÓRIA DA DE EXPRESSÃO "BRAVO-ZULU". Em idos 1866 durante a guerra do Paraguai, houve um herói cujo o feito tornou-se lendário e até hoje pouco conhecido, foi o CORNETEIRO JESUS, escravo alforriado, foi a guerra em troca da liberdade. Numa época em que as batalhas eram Travadas ao som da corneta, era ele a voz do comandante, sendo assim alvo do inimigo, pois matando o corneteiro, calaria o comando da tropa. Em certo momento, no ardor do batalha, o valente corneteiro que combatia bravamente, foi alvejado em uma das mãos, mesmo sangrando pegou a corneta com a outra mão e continuou a tocar. Mais um tiro lhe atingiu a perna e outro o torax, que o levou ao chão. ferido de morte, os seus leais companheiros se aproximaram e lhe perguntaram; -O que tu queres que façamos por ti! Respondeu ele; -Ponha-me em cima daquele barranco, para que sobre os cadáveres dos meus inimigos, para que eu, ao menos possa dar o toque da vitória! E assim foi feito, vindo depois a falecer, por este motivo ganhou o título de "O CORNETEIRO DA MORTE". O oficial de campo ao saber da história perguntou; -Quem era este homem, de onde ele veio!... E lhe responderam; -Dizia ele ser um nobre africano, descendente da tribo dos zulus. Neste momento o Comandante com pesar, disse as celebres palavras: -VERDADEIRAMENTE ESTE HOMEM ERA UM BRAVO, UM "BRAVO-ZULU"!!! A partir deste momento Bravo-Zulu passou a ser sinônimo de trabalho bem feito. (A história que os livros não contam).

18/11/2016

John Guzzwel, cidadão fora de série. Um gigante da determinação e raça, um cara que podemos chamar de "cascudo".

Um barco projetado por J.Laurent Giles, um yawl com 20,6 pés fez história em 1959, quando seu dono e construtor J.Guzzwel , retornou ao seu porto de partida em Victóra , em British Columbia, 4 anois depois de zarpar para uma viagem sem grandes pretenções e sem muito alarde.

Sem planejar uma circunavegação , John zarpou em 1955 , com apenas 25 anos para uma viagem até o Hawai, e o que veio foi um dos maires feitos da navegação deste inglês radicado na Austrália, e que posteriormente escreveu um dos best selleres da vela mundial.





Ele construíra seu barco nos fundos de uma loja de peixes, o cara voltou para casa com 2 recordes, o primeiro "brit"( australiano radicado) a dara a volta ao mundo e o menor barco a fazê-lo, este segundo recorde pedrdurou até 1987, quando Serge Testa o quebrou a bordo de seu 12 pés.
Jonh também fez parte da Tripulação do Tzu Hang, numa trégua durante sua circunavegação, e para quem leu o livro sabe que do que se trata, um yacht-man de verdade, que cortou o maior dobrado a bordo deste ketch de 46pés, o barco capotou no Horn e ficou sem mastro, e parte do convés, e graças as habilidades de marcenaria de Jonh não foi para os braços de netuno, foram para o chile , ficaram meses arrumando o barco, que depois zarpo e tudo de novo: sem mastro , capotagem e o escambau, mas esta história fica para outro dia, vamos também publicá-la em breve.
O intrépido navegador nasceu para a faina, aos 3 anos, zarpou com sua família num Kecht de 53 pés chamado de "our boy", da Inglaterra rumo a Cape Town, terra natal de sua mãe, e durante a viagem eclodiu a segunda grande guerra, sendo feitos prisioneiros toda a familia Guzzwel, que fora enviada a um campo de concentração onde permanceram de 1942 a 1945.
O conteúdo desta matéria sugerido por JACKSON BERGAMO, o professor dos Woodens Boats do Brasil.


www.jacksonbergamo.com.br

Harry Manko, sempre com filmes sensacionais e gozadíssimos!

Um vídeo de compilações da Volvo Ocean Race, a volta ao mundo.

Os nós mais usados no mundo náutico, uma vídeo aula, aprenda para não chamar cabo de corda!