22/05/2008

Sir Thomas Lipton , devia ser matéria especial nas escolas de formação de caráter.























Entre 1899 e 1930,Sir Thomas Lipton , foi o mais célebre perdedor da copa América;
- uma taça de prata sem fundo , que seria o escoamento de muitas vaidades e fortunas.
Com seus Shamrocks I,II,III,IV e V, tentara cinvco vezes, as cinco perdeu, mas com muito bom humor, sendo incluisve presenteado pelo prefeito de Nova York com uma taça em ouro para celebrar sua força de vontade e espírito desportivo.
Lipton , foi o célebre autor desta frase que é o sobretítulo desta revista:
"Business with everyone , sailing only with gentleman" e ainda, esta frase que vem estampada no jornal de 1901:" The sports that make the man".
Lipton ficou multimilionário antes dos 30 anos trabalhando no negócio do chá e mercearias, fez o caminho inverso dos imigrantes irlandeses e voltou á terra natal , vindo dos EUA, numa época que milhares de compatriotas vinham ao novo mundo.
Na Irlanda , Lipton iniciou um próspero negócios de mercearias( seus pais já eram merceeiros) , e casas de chá. Até então inacessíveis as massas.
Lipton também foi o percurosor do chá em saquinhos.
Grande esportista, através do rei Gulherme VII e do rei George , inciou-se no mundo do Yachting.
Mas não foi só pelo seu desempenho em regatas que ficara famoso, Litpon era um cavalheiro de verdade, solteirão, contribuidor voraz de causas sociais , filantropia e caridade e também um "bon vivant", namorador , chegou a morar anos em um "Yacht" para que ficasse mais próximo das regatas e viajar a todo o tempo, mas acima de tudo , Sir Thomas, era um expert em marketing.
Suas participações na Americas Cup fez com que seu chá ficasse famosos em todo o país.
Além do Yachting , é atribuido a Lipton o início das copas do mundo de futebol, ele foi o patrocinador e idealizador dos primeiros torneios internacionais de futebol, em 1909 e 1911.
Ao morrer, lipton doou a sua fortuna a obras de cunho social, e sua fundação, até mesmo seus troféus foram na leva.
E pelas terras tupiniquins , do céu azul claro , rosa e branco, não se vê isto , nem ao longe.
Este cara foi demais, é o meu ídolo número 1 , e me foi apresentado pelo amigo Luciano Sechin, o Lucky.

Olá Bill!! Olá John, acho que temos mau tempo pela proa, apesar do azul há mais coisa entre o céu e o mar que a sua vã filosofia!

Eolo o Deus do vento. Que olhe por nós!!




Leopard and Fastnet rock ao fundo , que pega !!


O Ex Tipapo, atual sir Wallace, a história desde o começo.

este é o belo trabalho do skipper contratado.





avelok no timão , só alegria.



Com o Guto em "primo" plano, primeira velejada. Aqui em cima a casa do guto, o vento tava casca. Abaixo saindo do clube para a regata , este mastro foi a última vez que o vi.




































40 nós de vento, e o guto limapando o escalpo que a retranca lhe fizera




o primeiro contato com o Halftonner








Muito orgulhoso embaixo do halftonner.







O ano era 1983, e foi a água 0 décimo segundo barco da série Half-tonner da Fast Yachts, batizado com o estranhíssimo nome : " Tipapo".
Disse- o Jadir serra , que este barco tem este nome pois brigava com o seu irmão também Half-Tonner "Talento", ti-papo tá-lento, tá lento tipapo, p.q.p...de toda forma acho estes dois nomes uma tremenda falta de criatividade , ou no mínimo de sentido, na minha opinião , dar nome a barco é batizar um filho, e se o cristão dá estes nomes "engraçadinhos" pega mal, você ia batizar seu filho com um nome tipo: um dois três de oliveira quatro, pelo amor de Deus, com estes nomes já se vê que é poita leigo só de avistar a popa.
Me disseram que este barco já foi do Eduardo de Souza Ramos, que foi ele o primeiro dono, todavia não tenho nenhuma informação oficial que confirme isto, me cheira a lenda ," para valorizar o passe" do barco.

Durante muitos anos este barco esteve pros lados de sampa/santos/ilhabela e fui encontrá-lo em um anúncio no site da Bl3 e fui conhecê-lo no ICSC em Florianópolis.

Na verdade estava procurando para compra um barco de 23/24 pés, pois a grana estava curta, mas quando o "broker/skipper/leigo( que na frente saberão por que)" me falou que o barco era 52 mil reais , fiquei pilhado.

Passei minha adolescência e infância nos anos 80 , assim sendo sou fã das coisas da época, e o Half Tonner era simplesmente o melhor que havia na época.

O Broker/skipper/leigo, me deu o telefone do proprietário , um cara muito simpático, o Guto de Matos, com quem conversei e acertei o preço do barco. Como o motor mold que estava no anúncio não estava apto a fazer parte do esquema, baixamos o preço para 48 milhas.
Combinamos que iria a floripa ver o barco e testá-lo e se eu ficasse com ele , o Guto pagaria um trecho da viagem e me hospedaria em sua casa.

Belezma, fui... no dia 10 de setembro de 2004 , estava chegando no voô da meia noite a Floripa, e o Guto me pegou no aeroporto , me levou para sua casa. Eu doido para tomar uma gelada , dar um rolé na noite catarinense, todavia o lançe foi ir para a casa do Guto , tomar um leite quente , comer um misto e dormir , pois o cara é 200% família e eu como convidado tive que seguir a "banda".
Tava frio pracaramba, o vento sul rasgando, e a casa do Guto fica na ponta de Sambaqui, fiquei hospedado numa espécie de salão de jogos, área de leitura, salão , ou seja um anexo maneiro da casa .
O cara era uma peça, tinha uma canoa de mais de 100 anos na casa dele, chamada "Conceição", seu histórico esportivo era amplo, no mergulho, hipismo, corridas de canoas e outras aventuras.

Sábado, dia 11 de setembro de 2004.
Acordamos cedo , um frio ducacete, vento sul forte, fomos tomar café na casa do pai do Guto, um simpatissíssimo senhor que agora não me recordo o nome, e aprendi uma coisa que até hoje pratico: o red bull natural, o Guto é que tomava e achei excelente e super "ligante":
Um belo de um café forte puro, com bastante mel de abelhas, bicho! dá uma energia de verdade.
Café tomado e eu estava pilhado para ir ver o barco, velejar finalmente, dar um rolé, fomos então para o clube.
Lá chegando o Tipapo já estava na água( ele morava no seco), pronto par velejar, fiquei amarradão, apesar do barco estar muito judiado, surradíssimo, e o motor ser uma merda, um toyama de 8cv , 1 cilindro, sem reversão e que fazia um esporro daqueles, adorei o bicho.
Entrei a bordo, olhei uma vez, olhei a segunda, o coração batendo forte, a alegria , a realização de um sonho acontecendo, saí da cabine afobado, sem segurar a ansiedade e falei pro Guto:
- Se você me entregar este barco em Vitória o negócio fechado.
Combinamos na negociação que ele me entregaria o barco no Rio , que ele mesmo iria levar o barco até lá e que eu de lá pegaria o barco para vir para vitória.

Naquele dia , haveria a regata Floripa-Fortalezas, um regata grande á beça, e o vento estava na casa dos 20 nós pelo início da manhã.
Fomos para a raia, ao todo haviam 12 barcos na largada, que seria bem perto do clube , em frente á marinha.
Largamos umas 10 e meia -11 horas, não lembro bem , todavia o vendo começou a apertar e rapidamente chegou a casa dos 40 nós, frio e molhado pracaceta.
Fomos empopados rumos as fortalezas, tive o prazer de timonear o bichinho e chegar pela popa dos adversários tirando aqueles fininhos, adoro isto, ainda por que estava nos cascos, treinadíssimo depois de uma regata trindade, com 1 semana de empopada e atravessadas.
Mas a coisa estava feia, logo ao nosso lado, uns 50 metros atras vinha um velamar 29, com balão em cima, o cara corajoso, estava ele meio puto comigo pela fina que tirei de sua popa e pela sombra que dei nele para chegar junto e passá-lo, deve ter colocado o balão por isso , daqui a pouco o mastro do velemar foi pro saco, ou melhor para a água.
O Guto deu uma vacilada e tomou uma retrancada que tirou-lhe um pequeno escalpo e fez o melado escorrer.
Fomos a empopada toda com a g3 e grande em cima, mas ao montar a boia para retornar , baixamos a grande no rizo máximo e g3.
Que porradeiro, a esta altura só tinham 4 barcos na água , e voltando de contra vento, molhando pracaramba, frio pracaramba, nada para comer, só agua e chocolate.
Na tripulação estava o antônio moura ( leigo total) o rodrigo piloto de avião eu e o guto.
Tava tão foda o vento, que tivemos que cortar a escota encaralhada umas 3 vezes.
E depois de chegar, corrente contra, vindo do sul e a gente tentando ir para o clube, não conseguimos passar debaixo da ponte com aquele motor de merda.
Todavia me chamou a atenção um carabelli que tinha um motor de 14hp honda e rompeu a correnteza, pensei comigo , vou botar um desses aqui.
Chegamos ao clube, pedi um scoth para matar o frio, mas não desceu, fui para o vestiário do clube, coloquei uma roupa seca e depois fui comer um churrasco de confraternização.
O pessoal de floripa é nota 10, te recebe super bem sem ser "fake", nem exagerado, coisa de gente fina, coisa de Yachtman.
Já conhecia o clube, tinha dado uma boa rodada por lá , e também a galera da vela , correra o brasileiro de optmist em 84 na lagoa da Conceição e fiquei hospedado na casa de amigos velejadores da ilha, conheci esta turma em João pessoa em 82, durante o brasileiro de optmist, como fora sozinho,( só eu e papai), a galera do ICSC nos "adotou" e ficamos em seu alojamento, a turma era: O Confa, o Vareta, o Chileno, os irmãos Edson e o Sergio Vianna"seu menino", o Pierre Shurman,( que depois passou uma boa temporadad em vitória com o Guapo) e alguns outros.
Passamos um mês na ilha, hospedados na casa do Confa, dias maravilhosos.
No dia seguinte só deu tempo de ir dar mais uma olhada no barco , tomar umas 2 geladas e ir embora para o aeroporto para voltar.
Tudo muito corrido.

O Guto não pode levar o barco o Rio e contratou o Antônio Moura ,que por sua vez chamou 2 caras sem experiência para ir com ele .
Como nem ele , nem o Guto , nem eu confiávamos naquele toyama de merda, despachei um motor de popar para auxiliar o transporte, que de nada adiantou , pois queimou a caixa preta no primeiro uso, até hoje desconfio do moura.
Fui para o Rio com minha tripulação( Jens e Ennio Modenesi) para pegarmos o barco, estávamos em contato com o Moura pelo Celular e pelo canal 68.
No dia combinado de chegarem , estávamos a postos no ICRJ desde as 7 da matina, lá chegando fui direto a sala de rádio e peguei a confirmação:
Tipapo chegando ás 10 da manhã.
Beleza , ficamos esperando.
Deu 10 horas, deu 11, 12 , 13 , 14 , 15 , 16, ás 16:30 o celular toca e o Moura comunica que está sendo rebocado pela marinha do Brasil com o mastro quebrado e um tripulante atingido na cabeça por uma retinida, o barco foi apreendido pela marinha.
Que merda!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E eu já tinha pago 100% o valor do barco.
O combinado era eu pagar 50% antes e 50% na entrega, todavia os bancos estavam em greve nesta época e para nçao furar o compromisso com o vendedor, fui antes ao banco e fiz o ted integral.
Mas teve o lado da sorte, havia assegurado o barco antes de sua saída e Floripa.
O escroto do moura além de feito uma cagada sem precedentes, um belíssimo Jibe chinês na altura da restinga da marambaia , que além de trazer o mastro quebrado para trás, arrancou do casco os suportes do runners, caiu fora o mais rápido possível.
Só fui ver o barco no dia seguinte, estavam atracados com o que sobrou do barco em Itacuruçá, , na restinga da marambaia, e lá chegando ao vermos o barco, o Ennio falou comigo:
-vamos embora renato, esta barco não é o que vc comprou.
O barco estava destruído, as velas em frangalhos, o mastro quebrado para trás, o costado todo abalroado, cabos emaranhados para todo o lado, fuligem cobrindo o barco inrteiro, e o Moura...
Fez bonito!!!pegou uma carona com a gente , deixando o barco exatamente como descrevo aí em cima e nunca mais.
Aliás , este cara , acabei até sentindo pena dele, pois uma alma destas precisa de pena , por que só faz asneira e não tem responsabilidade nenhuma, quando contratar um skiper, procure saber tudo sobre o cristão, senão vc pode se f.....
Deste acidente até o barco chegar em casa, foram 4 meses de reformas no ICRJ, um puta burocracia por parte do seguro e coisa e tal, mas o pessoal que consertou barco para mim foi nota 10, aproveitei e injetei uma grana para dar um Lift no barco, o barco custou 48 milhas e o conserto 39 milhas.

agradeço
- O Renato Figueiredo da Nautos
-O Márcio Sombra Soares e o Muller
-O pessoal da Farol- Sidiana e cia
-a Sandra do ICRJ-diram
- O lucky que me hospedou gentilmente na embaixada na rua lauro Muller
etc.
Quatro meses indo em vindo, a grana acabando, mas finalmente o barco ficou pronto!!

Foi para a água, na semana seguinte iria buscá-lo com a tripulação.
De repente estou no escritório em Vitória, e o telefone toca:
Era o Sombra, falando que durante a noite o barco se soltara das amarras na Piscina do ICRJ, foi navegando sozinho, passando pelo meio daquele monte de barcos atracados na urca e foi encalhar na praia de Botafogo, só dando uma porrada no costado de Bombordo ao sair da marina , batendo na amurada da entrada do píer.
Milagre, mistério, tentativa de reoubo, sei lá?!
No carnaval de 2005 , fomos eu , Léo Cú e Jens buscar o barco,( continua.)

A compra do "Tipapo."

Posted by Picasa

17/05/2008

Confira a edição desta sexta feira , direto da redação na madruga do lar.



  • Fotos /cartoon



  • A matéria que terminei hoje com a sensacional e trágica história de Alain Colas e o Trimarã Manureva, desaparecidos na Rota de Rum de 1978, vale a pena conferir.

Basta descer o cursor e se divertir, se for a primeira vez que acessas a revista , para ver todo o conteúdo basta olhar na barra á sua direita e clicar em cima das datas, ou ir descendo o cursor.


A todos , um ótimo fim de semana.Para a gente poderia ser melhor, pois a nossa regata de sábado que seria domingo foi cancelada, de toda forma vamos dar um bordo amanhã.


Bom , já são 2 e meia da matin e tá ha hora de ir dormir.A demain que vou de leve!

E quem falou que veleiro não voa??











Quem foi que falou que veleiro não vira??


Atenção!


16/05/2008

Olha a retranquinha de 105 pés.


Que foto!!!!

criatividade para gelar a Piva , como os tripulantes do Bohemia Express fizeram na Croácia em 2006, conheça o blog dos cara.

Campeonato internacional de IMS, foto de Mário Trindade.

Piva é cerva na lingua deles.

Do You need some help?? -"no thanks!"


Alain Colas, o parceiro e adversário de Tabarly, um "gigante" Yachtsman, um homem a frente de seu tempo.


a largada da regata do "rhum 1978"




2 momentos do Manureva



Acima á cores , Rota do Rum 1978




ao lado o Gigante de 75 mts de comprimento.













Colas a Lenda Francesa.






Alain Colas Nasceu na França, em 16 de setembro de 1943, inicando-se nos esportes aquáticos através de um clube de canoas e caiaques que ele mesmo ajudou a fundar.
Sempre com um espírito extremamente empreendedor , em 1966, então com apenas 22 anos vai para a Austrália a fim de trababalhar como mestre de conferências e professor de francês, na St Jonh"s College da Universidade de Sidney.
Na Austrália, ele teve os primeros contatos com a vela, velejando em regatas e passeios na Bahia de Sidney..
Em 67, conheçe Tabarly, que fora a austrália correr a Sidney Robart, e que lhe convida a viajar até a Nova Caledonia como cozinheiro do Pen Duik III, estava escrito a profecia e forjada a lenda.
A partir daí, Colas desenvole seus talentos na vela de forma impressionate e então, em um curto período de tempo, começam as grandes aventuras: já em 1972 Alain conquista a rota transatlântica de Plymouth a Newport, em 20 dias , 13 horas e 15 minutos , e assim , a França descobre um herói autêntico , boa praça e simpático.
Com seu Trimaran Manureva, ex pen Duik IV, realiza a primeira volta ao mundo em solitário em um multicasco.
Sempre buscando o impossível, Alain Colas inventa o inconcebível, projetou e construiu um barquinho de 75 metros, veja bem não são pés , são metros !! e com 4 mastros , o Club Mediterranée, que foi para a água em 1976 para participar da Transat Inglesa.
Este barco foi o maior trunfo de tecnologia de sua época, obviamente finanaciado pelo Club Med.
Até aí tudo beleza, mas o barco era para navegar em solitário, isto mesmo 4 mastros , 75 metros e um tripulante só.
E o cara foi...

Deve ter sido neste barco que Luc Besson tenha passado grande parte de sua infância, junto com seus pais que eram instrutores de mergulho do Club Med.
Vale lembrar , que durante a construção do gigante de 4 mastros , Colas teve um acidente em Trinité-sur-mer, com o cabo da âncora do Manureva que se enrolou em seu pé ao atracar, e assim quase o decepou ,foram necessárias 22 cirurgias e uma força de vontade milagrosa para que ele voltasse a andar.
Da cama do Hospital , coordenou e finalizou a construção do tall ship.
As condições da regata naquele ano foram difíceis, Colas encarou um paulera braba no atlantico norte , onde teve uma serie de problemas com as adriças e que forçaram Colas a fazer uma escala técnica na Terra Nova.

A escala que lhe tomou preciosas 36 horas, fazendo com que chegasse a Newport apenas 4 horas depois do líder, em segundo lugar, atrás somente de ninguém menos que Tabarly.
Em 1978, ás 4 da manhã dia 16 de novembro, durante a regata Rota do Rum , colas envia sua última mensagem, estava a bordo do Manureva num olho de ciclone perto dos Açores de disse :
« Je suis dans l’œil du cyclone. Il n’y a plus de ciel, tout est amalgame d’éléments, il y a des montagnes d’eau autour de moi... »

"estou dentro do olho de um ciclone, não há mais céu, tudos os elementos estão misturados, há uma montanha de água em torno de mim..." e depois silêncio.
Ele tinha então, semente 35 , deixou uma esposa e 3 filhos.

O Manureva não resistira ao embate de netuno e leva Colas ao desaparecimento.

O que me levou a ter curiosidade de saber mais e passar para vocês, foram uma série de reportagens que a revista VELA & Motor , que era uma puta revista, publicara na época.
Abaixo seguem as classificações da regata , que foi vencidaa pelo pequeno catamarã amarelo do canadense Mike,( que está velejando em travessias solitário até hoje, aos 71/72 anos), por apenas 98 segundos de diferença, ulttrapassando o gigante kryter V a 500 mts da chega , num sensacional sprint final derrotando o monocasco do americano
descrição na ordem :
Posição
Skipper
Barco
Tempo
Vencedor
Mike Birch
Olympus photo
23d 06h59'35"
98 segundos depois
Michel Malinovski
Kriter V
23d 07h01'13"
terceiro
Philip S. Weld
Rogue Wave
23d 15h51'32"

14/05/2008

Ressaca no Iate Clube do Rio de Janeiro, por Capitão Macintyre( Mac). O cavaleiro templário do Taara"a!!!!







Mais túnel do tempo, por Lobão.


Renato,

Para compor o acervo do túnel do tempo, envio-lhe uma foto do início dos anos 70 onde estou velejando num Snipe junto com Joâo Norberto Costa Laux e Ricardo Abaurre


ats


Vcitor Santos Neves

Lobão

open 60, os barcos mais bonitos do mundo , in my opinion, já até fiz uma série de camisas com este mote, saca só a elegância das linhas;belo e feroz.







EarthRace, a tentativa de quebra de record de volta ao mundo a motor.




O earthrace é um trimarã com 78 pés , totalmente ecológico com a finalidade de baixar em 10 dias o recorde de volta ao mundo, batido pelo Cable & wireless de 114 pés, em 1998.(foto 1- cabine do earthrace, foto 2 ; o bicho, foto 3 "cable and wireless")
É movido a bio diesel, a tinta usada no casco não afeta o meio ambiente, e a estrutura dos pisos internos é feito de fibra de cânhamo.
O barco que mais parece uma aranha, já enfrentou tempestades no Mediterrâneo com ondas de 12 metros, ficando quase que totalmente submerso, haja visto o "ariete" ter formato de uma lança.
Foram perseguidos e alvejados pelos militares colombianos que pensavam tratar-se de um barco de traficantes de droga, pois ele é tão aerodinâmico que não aparece no radar.
Dentro do barco tem assinaturas de gente do mundo todo, paga-se 3 euros para deixar ali seu autógrafo, ou se o cidadão quiser , ele também pode colaborar comprando "milhas náuticas" para ajudar o projeto , e quando o barco chega no porto vc pode visitar de gratis e coisa e tal, só que vai passar , ou melhor já passou bem longe do Brasil.
Bom , com uma idéia destas fica fácil saber a nacionalidade do comandante Pete Bethune:
seria ele mexicano?
seria ele russo?
seria ele paranaense?
ou seria ele um motorman do Yacht-Club de Victória/es?
A resposta vale um boné avelok.
Segue a posicão atual, para ver mais acesse: www.earthrace.net
Posição Date: 14 May 08, 03:09 GMT.
Lat: 15.508°N, 98.037°W
Distance travelled: 4613.48 km.
Current speed: 44.7 km/h.
Current heading: 253°T.

13/05/2008

Fotos da turma do optmist, 1981e 1983..


a foto acima foi a premiação da taça cidade de vitória de 1983, renato avelar e "sir" wallace.( o grande incetivador)




1981, em pé da esquerda para direita: Alessandro, Frank Brown, Renato Avelar, Eduardo Zenóbio, Albert Bitran, Paulinho Tommasi, Renato Santos Neves.
agachados da esquerda para direita:
Jesus Soares Gonzales(o "espanhol", Bruno Tommasi, Juliana Queiroga e Hélvio Pichamoni.

Ainda na série "as jangadas".




Já faz um tempão, foi em 1977 lá na casa de seu Wallace em meaipe , que tinha um riozinho na frente de casa, e que "construí" com meu primo marcelo pimentel( marola) a nossa primeira embarcação.
Uma espécie de jangada, feita com um portão , uma prancha de isopor e duas câmaras de ar.
Tudo amarrado com cordas de varal.
Saimos lá da casa do seu Wallace e fomos rio abaixo até chegar no mar, com a maré enchendo ... e agente empurrava a jangada com umas varas que iam até o fundo do rio, o difícil era andar reto. A chegada no mar foi traumática tinha um bocado de ondas( uns 30/40 cms) .
Para os dois mineirinhos que tripulavam a jangada pareceu a travessia do horn.
Naquele dia senti uma sensação de conquista, de poder ser livre .
No dia seguinte fomos de novo, aí a jangada desmanchou literalmente .





Sr Ricardo Cavalieri enviou gentilmente esta foto do ICES na época de vovô calça curta, dizem que nesta época Guará já era veterano, clique na foto!


Ainda sobre as jagadas , nosso amigo Antônio proprietário e editor da revista Velejar teve o prazer de dar um bordo com mestre Jerônimo.

Alô, Renato,Gostei da história das jangadas, já publicada na revista História, dabiblioteca nacional. Não sei se você sabe, mas eu, entre 1958/59 era daequipe de saltos ornamentais do Fluminense, e fui com o grupo, a convite do Náutico Atlético Cearense, inaugurar o novo parque aquático deles. Na ocasião, com meus 16 para 17 anos, fui convidado para sair de jangada com o MESTRE JERÕNIMO, que veio a desaparecer alguns anos depois, tentando refazero feito.Foi a minha primeira velejada... Inesquecível e fantástica, numa jangada de troncos, quando fomos até a "linha", onde não se avista mais o continente, acerca de 12 milhas da costa.
Antonio Luiz de Souza MelloDiretor Executivo - EditorRevista Velejar e Meio AmbienteEditora VelejarTel.: 55 21 2517 0436 / 55 21 8116 9256Visite o nosso site: http://www.velejar.com/

10/05/2008

4 men on a raft, assita os vídeos aí em cima!




Orson Welles e as jangadas.

De viagem ao casório de meu amigo e tripulante Marcelo Piras em Puerto de las Galinhas, em Recife, tive o prazer e a curiosidade de andar, ou melhor velejar de Jangada.
Pois bem , feito o passeio com o jovem jangadeiro de 25 anos , Jardel, na praia do Muro Alto, despertou-me o imenso interesse em saber mais deste universo.
Lembrei-me que já havia ouvido alguma coisa por alto falando que uns caras tinham ido a num sei quanto tempo atrás, na época de vovô calça curta, do nordeste ao Rio de jangada, acho que ouvi pelo meu Tio Zé Guilherme Pimentel Avelar, velejador de veleiros cabinados em BH.

Ò Kápa, ò kapa!!! Pesquisa feita na rede e a história segue para meus leitores:

Em 1923 , uma flotilha de 4 jangadas foi do Rio Grade no Norte a então capital federal RJ para participar das festividades do centenário da indepedência.
Mas... esta viajem não foi a que me chamou a atenção nas pesquisas, e sim a viagem de JACARÉ, TATÁ, MANÉ PRETO E MESTRE JERÕNIMO, eles a fizeram em 1941 da praia do Peixe, hoje Iracema em Fortaleza , ao Rio de Janeiro em 61 dias de viagem e aproximadamente 1300 milhas a bordo da Jangada São Pedro, a maior parte de contra vento, e contra as fortes correntes do NE.
"Às nove horas em ponto, quando soprava um bom nordeste, empurramos a jangada pra dentro d'água. Ia começar a nossa aventura. O samburá estava cheio de coisas, a barrica cheia d'água e os nossos corações cheios de esperança. (...) Partimos debaixo de muitas palmas e consegui ver de longe os meus bichinhos acenando. Mais de vinte jangadas, trazidas por nossos irmãos de palhoça e de sofrimento, comboiaram a gente até a ponte do Mucuripe. A igreja branquinha foi sumindo e ficou por detrás do farol. Rezei pra dentro uma oração pedindo que a Padroeira tomasse conta dos nossos filhinhos, pois Deus velaria por nós. E assim começou nossa viagem ao Rio."( jacaré)


A aventura virou notícia na TIME de 8 de dezembro de 1941 com o título “4 men on a raft” , e ninguém menos que Orson Welles leu a matéria e , e teve um estalo: ali estava o segundo episódio brasileiro de It's All True , um filme pan americando que ele estava rodando com apoio do pres. Roosvelt.




Orson chegou ao Brasil em 8 de fevereiro de 1942, filmou o carnaval carioca, e em 8 de março fez uma viagem de reconhecimento a Fortaleza, onde participou de uma regata de nove jangadas (foi a bordo da Urano, ao lado de Mestre Jerônimo), assistiu a um espetáculo de coco-maracatu e jantou no Jangada Iate Clube, na companhia do cônsul dos EUA em Fortaleza, cujo sobrenome, curiosamente, era Rambo.




Os jangadeiros queriam chamar a atenção do País e do governo para o estado de abandono em que viviam os 35 mil pescadores do Ceará. Morando em toscas palhoças, nem do Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Marítimos eles recebiam ajuda. O presidente da República precisava saber daquilo. Ficou sabendo.
Vivíamos no estado novo, ditadura, assim sendo Getúlio colocou o dops de olho nos 4, imagina se os comunas pegam este bonde!? ia dar a maior merda!
Durante as filmagens , numa manobra numa praia da Barra da Tijuca , onde estava sendo reconstituida a chegada triunfal do quarteto na Baia de Guanabara, a lancha que rebocava a jangada fez uma manobra e virou.
Os 4 foram ao mar, que estava muito agitado, 3 se salvaram , todavia o corpo de jacaré nunca foi encontrado.
O morto, líder do grupo, era uma ameaça para o estado novo, muito engajado em movimentos comunitários e alfabetizado já adulto, a tragédia de jacaré poderia muito bem ter sido articulada pelo petit gaúcho suicida, até hoje fica a dúvida, mas na minha opinião foi queima de arquivo.
De toda forma, o acidente causou um profundo abalo na equipe, mas a equipe continuou a rodar o filme, mesmo estando welles chocado com a morte de jacaré e encurralado por hollywood, e sob pressão da imprensa carioca totalmente manipulada.


"Nenhum parente ou amigo da vítima culpou Welles pela tragédia. Mas parte da imprensa carioca não se mostrou tão compreensiva. Especialmente naquelas publicações mais suscetíveis a pressões do governo - àquela altura indignado com o excesso de negros, favelas e pobres filmados pelo cineasta - It's All True passou a ser sistematicamente hostilizado e sua equipe exortada a pegar o primeiro avião de volta para Hollywood.
Ainda assim, Welles foi em frente. As coações, quase sempre veladas, da ditadura getulista o perturbavam bem menos que o assédio crescente da RKO e do governo americano, que o acusavam de gastar dinheiro a rodo, filmar coisas sem nexo e repetidas e ser generoso além da conta com os jangadeiros. Na primeira semana de junho, a RKO deu um basta no projeto, cortou o crédito do cineasta e mandou toda a equipe voltar para casa. Welles conseguiu convencer o chefão do estúdio a prolongar sua estada no Brasil por mais um mês, o tempo de que necessitava para filmar, em Fortaleza, toda a primeira parte de Quatro Homens e Uma Jangada. Em troca, trabalharia com uma equipe mínima, levaria apenas 40 mil pés de negativo, filmaria tudo em preto-e-branco e sem iluminação artificial, com uma câmera Mitchell silenciosa, emprestada pela brasileira Cinédia.
Welles e sua miniequipe desembarcaram na Base Aérea de Fortaleza às 15h30 do dia 13 de junho. Apesar do que ocorrera com Jacaré, foram acolhidos com enorme simpatia. Para assegurar maior tranqüilidade aos trabalhos, estabeleceram-se nas areias do Mucuripe e ali rodaram a história de amor do jovem pescador (José Sobrinho) com uma bela morena (Francisca Moreira da Silva, então com 13 anos), o casamento dos dois, a morte do jangadeiro e seu enterro nas dunas, a conseqüente revolta dos pescadores pelas suas precárias condições de vida e a decisão política do reide até o Rio de Janeiro. No papel de Jacaré, puseram seu irmão Isidro.
Em Fortaleza, Welles revelou-se um homem radicalmente diferente do garotão farrista e mulherengo que os cariocas conheceram. Não deixou de ir a festas (chegou a marcar quadrilha num folguedo junino), nem de freqüentar o Jangada Clube, mas parou de beber e deu um duro danado nas seis semanas que lá passou, correndo contra o relógio e fazendo malabarismos com o orçamento. Sempre alegre, passou a viver com os pescadores, que o tratavam de "galegão legal" e admiravam o seu desprendimento de confortos materiais e sofisticações culinárias. Dormia numa cabana rústica, mal protegida dos raios solares, e à noite, depois de encarar um portentoso prato de feijão com arroz e peixe, recolhia-se para escrever madrugada adentro. Em 14 de julho, encerrada a faina em Fortaleza, a equipe de It's All True rumou para o Recife, seguindo três dias depois para Salvador, chegando ao Rio no dia 22. Dez dias mais tarde, Welles deixaria o Brasil, para nunca mais voltar."
fonte:jangada@nantes
Orson Welles no Ceará, de Firmino Holanda (Edições Demócrito Rocha, 205 págs., R$ 28), pode ser comprado pelo telefone (0--85) 255-6270 ou por fax (0--85) 255-6276
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