29/03/2016

Empopada na sexta regata da BSW 2016, Phantom Of The Opera.

Phantom rasgando no través, BSW 2016.

28/03/2016

Búzios Sailing Week 2016, a ópera rock do fantasma.

Pela sexta vez o ICES esteve representando na tradicional Búzios Sailing Week, evento que acontece todos os anos durante a semana santa A equipe do Phantom Of The Opera, composta exclusivamente por iatistas da Praia do Canto velejou em meio as feras da categoria internacional IRC, uma classe que vem ganhando força em todo mundo e que no evento teve participantes do nível dos S40 Pajero, Vesper e Carioca, além do Carabelli 53 Saravah, do Benneteau 44.7 Boto, e tantos outros. O escrete capixaba conquistou o vice campeonato na IRC II, e no geral ficou com a sexta colocação.. O também associado do ICES , Ralph Rosa esteve presente com seu magnífico 45 pés Máximus, e faturou a segunda colocação na ORC. A tripulação do phantom foi formada por : Renato Avelar ( timoneiro), Fabiano Porto ( tático), Macintyre e Léo Oliveira ( proa) Marcelo Tadeu (secretaria). Búzios Sailing Week 2016, a opera rock do Phantom . Prezados amigos nautas e amantes da vela de plantão,
Em tempos de facebook frenético os blogs muitas vezes sem perdem no ar, no vento e nas ondas, as notícias tem um índice de perebicibilidade assustadoramente voláteis, e contar um causo maior muitas vezes se rende a preguiça , a inércia ou talvez até mesmo pela falta de quem se interesse em ler algo com mais consistência. Vencidos os dois primeiros obstáculos supra, o leitor Renato Machado me empurrou ladeira abaixo para vencer o terceiro, haja vista saber que agora tenho de fato um leitor sedento por boas novas e clama por atualizações. Mensagem enviada, mensagem assimilada Dr Renato. Deixemos de milongas e churumelas e vamos a narrativa , que é o que de fato interessa o resto é jeb jeb.
Os preparativos e justificativas: Este ano foi especial para a nossa quadrilha, que frequenta as águas buzianas desde os tempos do Sir Wallace, correndo pela primeira vez em 2009, depois em 2010, e a última vez que todos nós( Eu, Léo, Fabiano, Marcelão e Mac) corremos juntos em Búzios foi em 2011, em 2012 a gente esteve por lá também, mas a tripulação dividida em dois barcos: O Flyng Phantom( HPE) e o Phantom Of The opera. Em 2013 montamos uma tripula local, com Pierre Blancpain Beno Grapentim , Bernardo Quintanilha e de Vix eu , magoo e léo( incansável léo).
Como tinha bastante tempo que a gente não participava desta festa maravilhosa da vela Brasileira, a transformamos num evento sócio familiar e levamos papagaio, filho, periquito , amigos e bicicleta para desfrutarem conosco da magia da terra que ganhou fama com a bela Brigitte. O transporte: O barco foi levado por Fabiano, Léo e Álvaro( coincidentemente Léo e Álvaro são os nomes dos meus irmãos), e numa jornada estupidamente rápida , os garotos laçaram a poita na enseada dos ossos 27 horas depois de partirem do ICES. Deixaram o barco por lá sob a supervisão do amigo Blancpain e retornaram de carro para vix, de onde duas semanas depois partiríamos todos em seus carros com suas famílias para finalmente desfrutarmos da semana santa, na beatificada raia de Búzios. Os artistas: O mach foi espetacular, participamos da categoria IRC ( na subdivisão 2, devido ao nosso tamanho), categoria esta que nos colocou na raia competindo ao lado dos S40(Pajero, Vesper e Carioca), benetau 44.7( boto), Carabaelli 53( saravah), Trip 33( Jack Spot , ex san chico que ganhou tudo e mais um pouco na ORC), tal como as lindas naves da ORC, com destaque os Skippers 30 Lady Milla e Maestrale, comandados pelos grandes iatistas e pessoas do mais alto nível : Mr Tolentino e Mr Casaes, estes barcos foram nossos "coelhos", aqueles que tínhamos que buscar, pois na IRC apesar de ser muito equilibrada a regra, nós eramos os pequenos, portanto os adversários abriam muito no real( no corrigido o resultado mostra o contrário) e assim ficavam eles como sendo nossas referências, o que foi uma honra sem rasgação de seda. As regatas: O primeiro dia de regatas foi uma merreca danada, sofremos nas 6 pernas do barla sota( com 1,3 nm cada) e chegamos esbagaçados no clube, no segundo dia um percurso abençoado por um dia perfeito, com mar flat e vento médio. A Cr estabeleceu assim o percurso clássico até geribá, que foi cumprido em pouco mais de 2 h e 30 min. Um visual ímpar, o costões de BÚzios, passando pela ilha branca é uma cena para se guardar para a vida inteira, tanto que nem fotos tiramos, ficou registrado na memória! Ainda no segundo dia a CR ainda fez a gente pagar os pecados, pois o juiz deve ter pensado: estes caras estão se divertindo muito, vou mostrar a eles o que é bom para a tosse( rsrsrssr) e assim mandaram a esquadra para mais um barla sota de 4 pernas no mesmo dia. Ainda vem que tinha cerveja e uns biscoitos a bordo, assim o sofrimento foi menor. No último dia, vento para dar e vender, mar grande e mexido a beça e regata de gente grande! Começando com um big barla sota de 6 pernas com 1,5 nm cada, e por fim um percurso espetacular entre os ossos, ilha branca, ilha feia e praia do canto. Andamos muito bem em algumas regatas, e chegamos e ficar em 5 lugar geral, mas na última regata ( apesar de acharmos que velejamos bem), tomamos um ferro e ficamos então com o sexto geral e segundo na IRC2, o que nos deixou 1000% satisfeitos, principalmente por estarmos velejando em uma categoria justa, que tem um coeficiente assustadoramente realista, onde vc tem velejar contra você mesmo, contra seus erros, e fazendo o barco andar o máximo, pois na hora da correção não tem as indiossicrasias e arbitrariedades de comissões técnicas e outros macetes mais da RGS. A nova regra que surge com tudo!! A IRC é perfeita para quem é mortal como nós e tem um barco de cruzeiro regata, nada de naves espaciais fora de nosso orçamento, mas que não quer participar de uma regata com regra injusta, que prioriza o mau desempenho do barco, que sugere que quanto mais gadgets ( geladeira, radar, portinhas, etc...)tenhas a bordo fique mais competitivo, isto é bacana e super válido para o pessoal que curte cruzeirar , correr com a churrasqueira na popa , com barcos mais pesados e coisa e tal.
A IRC surge como a proposta de democratizar a vela de performance entre mortais e super velejadores, fica aí minha sugestão. O sweepstake e o convescote: Feita a faina, páreos finalizados , o pós regata foi só alegria! Começamos sempre na varanda e depois percorremos preguiçosamente a orla, flanando e curtindo aquele vai e vem de gente bonita que búzios proporciona, dentro de um sem número de restaurantes, bares e boates com charme único no brasil, talvez no mundo. A tripulação em terra tinha suas fileira engrossadas pelos familiares e amigos que nos acompanharam ao evento, num programa bem família mas não por isto careta! O violão é parceiro certo na BSW, tem tradição!! desde 2009 tá na área, e este ano com a estréia do Dudu Avelar de apenas 11 anos empunhando um puro rock and roll , trouxe um brilho extra a festa, em suas duas "apresentações": a primeira na varanda do clube na primeira noite de regatas, e a segunda no bar ao lado do ICAB no fechamento do evento, e eu é claro, fiquei ba-bando!! Ano que vem tem mais!! Um beijo e um queijo a todos!!!

19/03/2016

84º aniversário da Classe Snipe em revisita, por que o sul americano é aqui em Vitorinha e quero aproveitar a onda ( ou rajada?)para falar desta classe maravilhosa!

Em também lembrar que orgulhosamente aqui aconteceu o primeiro torneio internacional do hemisfério sul, segue: 84º ANIVERSARY OF SNIPE CLASS Para homenagear nossa cidade e lembrar aos nautas que aqui foi realizada a primeira competição internacional do hemisfério sul dos snipes , segue entonces abaixo a matéria dos 80 anos da classe snipe em reprise neste pasquim , tal como o techo que fala da cidade de Vitória, e da taça cidade de vitória, um evento maravilhoso na terra do vento e na época do vento, que nos anos 80/90 foi etapa obrigatória para participação das feras do laser e snipe de todo o brasil, o convite está feito, ano que vem VENHAM, VELEJADORES DE TODOS OS CANTOS, AQUI A CASA É SUA!!!! Chega de jeb jeb e vamos a materia!! A frase que marca a classe!"Crosby teve uma idéia melhor." (Extraído do manual oficial SCIRA 2001-2004) Uma mudança radical da tradição do mundo de barcos de regata fora posta em marcha em Sarasota, Flórida em março de 1931, quando o editor da revista náutica, a "Rudder", Mr. Bill Crosby participou de uma reunião do West Florida Coast Racing Association onde foi pontuada a necessidade de criar-se um monotipo de fácil construção , fácil transporte e custo baixo, um deafio para qualquer um, ainda mais na década de 30. Em resposta ao pedido para a criação desta classe de veleiros de regata adequado para o transporte em reboques, Crosby prometeu dar a classe um presente, através da concepção e publicação de planos de um barco como esse em sua revista, planos estes gratuitos. Revista Rudder. Os primeiros barcos protótipos se chamavam Rudder tal qual a revista, não sei se por causa do magazine ou se é lenda, mas dizem na varandas do Brasil afora que é por que eles eram rebocáveis facilmente e assim tinham um pneu como símbolo da classe que peermaneceu até 1932. Um barco fácil de transportar, olha a furquilha na proa do caminhão para apoiar o mastro! O nome de Snipe foi escolhida de acordo com o costume de Crosby : nomear todos os seus projetos com nome de aves marinhas, assim os planos do barco apareceram na edição de julho de 1931 , revistas estas que logo se esgotaram. Vitória ES, década de 40. Os relatórios de barcos em fase de conclusão dos planos foram chegando, o primeiro barco a ser avaliado foi o um jovem de 14 anos, Jimmy Brown de Pass Christian, Mississippi, que tinha construído o barco com a ajuda de seu pai na garagem de casa. Logo os proprietários estavam pedindo informações sobre uma classe de âmbito nacional, e um sistema de registo foi posto em prática, tal como a numeração dos barcos, de modo que os proprietários que vivem próximos uns dos outros poderiam ser postos em contato. N º 1 foi atribuído a Jimmy Brown. Avelok velejando no clássico série 12 mil, o 12106 Barbaridade IV em 1986. Em maio de 1932, 150 barcos já haviam sido registrados, e a corrida se tornou geral, várias das associações foram organizadas, dando total reconhencimento a classe e alavancando seu desenvolvimento. Em novembro de 1932, o Snipe Class International Racing Association SCIRA, foi formada com o Dr. Hub E. Isaacks de Dallas, Texas, comodoro. A constituição e as leis foram elaboradas e livro de regras foi publicado. No final do ano, haviam 250 barcos, numerados e Dallas foi concedido o primeiro foral, a primeira lei, o que baliza toda a frota - e que ainda está em vigor. A primeira flotilha fora dos Estados Unidos foi fundado março 1933 em Dover, na Inglaterra. Manchinha e Julái. No Brasil: Em 1932 - É criada a Scira nos EUA. O Clube dos Caiçaras lança a idéia de trazer os desenhos e iniciar a classe no Brasil. Porém com o sucesso da classe Sharpie 12 em outros estados (SP e RGS), Dácio Veiga resolve então adotá-lo para a lagoa. 1942 - Fernando Avellar entusiasma-se pela classe, trazida para o ICRJ, e cria a Cooperativa dos amigos do Snipe de forma a constuir 05 barcos necessários para a formação de uma flotilha. Tem inicio então a construção dos barcos em um galpão em Botafogo que são registrados na SCIRA com os seguintes numerais, nomes e proprietários: 4821 - Jeep de Ayres da Fonseca Costa 4823 - Avenir de Mario Simões 4824 - Barita de Hélio Modesto 4904 - Vida Boa de Fernando Pimentel Duarte 5208 - Minuano de J. F. Mendes 5209 - Xareu de Gontran Maia 5211 - Táu de Otávio Cristiani Foi então criada a flotilha 159 do Rio de Janeiro no ano de 1942, sediada em um box do ICRJ pertencente à Gastão Fontenelle Pereira de Souza, mas tendo seu registro oficializado na SCIRA somente em Janeiro de 1943. O primeiro Snipe medido e aprovado pela SCIRA, foi o de numeral 4823 em Janeiro de 1944. Em julho de 1936 a classe atingiu o status de classe mundial a maior corrida com flotilhas de todo o mundo. Apesar de o Campeonato Mundial haver sido realizada desde 1934, mas até 1946 foi quando o campeonato realmente tornou-se internacional. O evento foi realizado no lago Chautauqua, Nova York, com competidores vindos do Brasil, Terra Nova, Portugal e Suíça, bem como muitas partes dos EUA Isso teve um impacto na turma e foi decidido que as competições internacionais devem ser promovidos sem ressalvas. O Comodoro Charles Heinzerling anunciou que iria criar um troféu para o campeão em separado para os EUA, liberando assim o Hub Isaacks Troféu para o campeonato internacional. Dr. Martin Dupan representando a Suíça ficou tão impressionado com o campeonato em Chautauqua que ele se tornou o instigador para o primeiro Campeonato Mundial a ser realizado fora dos EUA, e que foi realizada em Genebra, Suíça, em 1947, com Ted Wells dos EUA sendo campeão em cima de uma flotilha com barcos de 13 países. Em 1949 foi tomada a decisão de realizar campeonatos dos hemisférios e campeonatos do mundo em anos alternados. O Conselho de Governadores compraram os planos de Snipe da Ruddeer, em 1948, e da classe foi constituída em 1954. Em 1958 recebeu o reconhecimento pela IYRU como uma classe internacional. Morris Brown, campeão Brasileiro em 1949 com apenas 14 anos de idade, um record até hoje. O barco foi projetado como um 15 pés de casco chine 6 polegadas , e foi projetado para a construção caseira de fundo de quintal (tão simples que qualquer estudante poderia construir um). O original de 10 metros quadrados de área vélica foi aumentada para 11,6 metros quadrados, com a introdução do braço sobrepostos, que substituiu a lança de trabalho em 1932. Atualmente a área de vela é de 12,8 metros quadrados na vela grande e bujarrona com sobreposição. Spinnakers não são permitidas, mas o pau de palanque, conhecido como Spy fora implantando em 1949. O casco tem permanecido praticamente inalterado ao longo da história da categoria com apenas ligeiras alterações devido ao aperto das tolerâncias. A maior mudança ao longo dos 50 anos de história da classe foi a redução de peso de 425 libras para £ 381 no início de 1970. Os Primeiros Snipes foram todos de construção de madeira, mas a madeira e fibra de vidro, os mais modernos se multiplicaram como materiais de construção padrão. A maioria dos barcos são construídos por construtores profissionais e são de fibra de vidro, mas a prancha, e compensados ​​ainda são utilizados, e os amadores podem construir barcos de planos obtidos a partir do escritórios da SCIRA, ou pode-se até mesmo se comprar barcos de fibra de vidro em forma de kit dos fabricantes para serem montados em casa( no exterior apenas). Todos os barcos são obrigados a ser medidos e levarem os decalques atual SCIRA na competição. Snipes na Praia do Canto( Vitória - Es), Morris e Jakaré em pega antológico, anos 60. Resultados Brasileiros em mundiais:  1961 - Axel Schmidt / Erik Schmidt do Rio Yacht Club (disputado em New York)  1963 - Axel Schmidt / Erik Schmidt do Rio Yacht Club (disputado em Bendor, França)  1965 - Axel Schmidt / Erik Schmidt do Rio Yacht Club (disputado nas Ilhas Canárias, Espanha)  1967 - Nelson Piccolo / Carlos Henrique De Lorenzi do Clube dos Jangadeiros (disputado nas Bahamas)  1977 - Boris Ostergren / Ernesto Neugebauer (disputado em Copenhagen, Dinamarca)  1983 - Torben Grael / Lars Grael (disputado em Porto, Portugal)  1987 - Torben Grael / Marcelo Maia (disputado em La Rochelle, França)  1987 - Ivan Pimentel (categoria Master)  1989 - Ivan Pimentel (categoria Master)  1992 - Paulo Santos / Fernando Silva (categoria Master)  1997 - Mauricio Santa Cruz / Eduardo Neves (disputado em San Diego / Estados Unidos)  1998 - Bibi Juetz / Felipe Vasconcellos (categoria Master)  2001 - Alexandre Paradeda / Eduardo Paradeda do Clube dos Jangadeiros (disputado em Punta Del Leste / Uruguai)  2005 - Augie Diaz / Pamella Kelly (disputado em Gamagori / Japão)  2009 - Bruno Bethlem e Dante Bianchi (disputado em San Diego / Estados Unidos) É uma classe Pan-americana, sendo uma das que mais títulos mundiais deu ao Brasil, com Eric Schmidt (61,63,65), Nelson Piccolo(67), Boris Ostergren(77), Torben Grael (83,87), Mauricio Santa Cruz(97), Alexandre Paradeda (2001) e 2009 - Bruno Bethlem e Dante Bianchi (disputado em San Diego / Estados Unidos). Mario Aguirre na Praia de Camburi, com seu "sí- nái-p" como se pronuncia o nome do barco por estas bandas. ICES anos 80, Chico Kulnig e Sérgio Rabello. Muito da popularidade da classe Snipe é devido ao fato de que os planos terem permanecido praticamente inalterados desde que projetados originalmente. Tamanhos , materiais, tábuas e suas espessuras, molduras, longarinas, etc, tudo permaneu exatamente como estavam no início. ". A classe também é reconhecida como a classe da juventude. Após o Optimist, os jovens velejadores buscam ganhar experiência e técnica na classe Snipe. Só para se ter uma idéia, todos os timoneiros da equipe olímpica brasileira nas Olimpíadas de Atenas velejaram ou velejam de Snipe, quel tal!!?? A classe Snipe é conhecida não só pelo seu excelente nível técnico, mas também pelo espírito de camaradagem existente entre todos, o que a torna tão especial. SNIPE,o barco que é um velejada séria e prazerosa, como diz o lema da classe. Um grande coincidência, mas mera, quisera eu ser herdeiro destes gigantes da vela , percurssores do snipe do Brasil,pois me chamo renato simões pimentel avelar, mas não sou parente do Fernando Avellar( que é xará de meu tio, que chama fernando antonio pimentel avelar), e também não sou parente do Pimentel Duarte, apesar da mescla semelhança! Aqui no Ices os primeiros barcos foram o Ajax e o Guará, de Howard e Tarquínio respectivamente( vide recorte de jornal anexo a esta matéria), e nosso ídolo Morris Browm fora sétimo colcoado no mundial de 1949 em companhia do pai, e campeão Brasileiro no mesmo ano, título até hoje imbatível, pois Morris tinha apenas 14 anos na época, e também aqui na nossa cidade foi instituído o dos primeiro troféu internacional do hemisfério sul, a Taça Cidade de Vitória, numa disputa entre Brasileiros e Artentinos, também no ano de 1949.O mestre dos mestres, Sir Morris Brown, o maior ícone da vela capixaba de todos os tempos! Recorte anos 40 sobre Morris. Na foto morris com 14 anos de idade , contando aos ouvintes como obtivera a proeza , de juntamente com Peter Gregor, sagrar-se campeão Brasileiro de Snipe na então capital federal Rio de Janeiro, ainda no mesmo ano, ele ficaria junto com seu pai( Mr. Brown) em sétimo lugar no campeonato mundial , conquistando a taça Sulacap, o primeiro título da Scira obtido por um não americano. 1949, o feito imbatível do pequeno Morris, abaixo mais uma dele, agora com seu pai! SEgue complemento da história enviado pelo meu chapa Luciano Sechin , onde ele fala sobre os barcos feitos pelo "seu Airton", que aparece nas fotos antigas do ICES nesta matéria, é o senhor baixinho e de bigodes, um mestre em fabrico de barcos. Procurei os numerais de alguns dos barcos das fotos no banco de dados da classe Number - Name - Builder - Date 7084-Nina- Airton B da Victoria -3/12/1949 7416-Simoun-Airton B da Victoria -3/12/1949 10780"Betty"-Florio Zoutarelli (sim o Florio que fazia os lemes)- 12/18/1957 10090- "coca-cola"- Armas Parno - 3/30/1956 Tambem achei o Ajax e o Guara 5977- Ajax - Home Built- 3/14/1948 5976- Guara - Home Bult - 3/14/1948 Encontrei 7 barcos construido por Airton B da Victoria, inclusive um Typoon, 6784, tambem registrado em Março de 1948, aqui quem fala é o lucky!!! Neste sábado me aventurei a correr uma regatinha de Snipe, apesar de tantos anos sem o fazer, e realmente é sensacionaL, apesar de ter fechado a raia valeu a pena! Serious Sailing, Serious Fun, Sail a Snipe! Postado há 20th November 2012 por Renato Avelar

Outback yacht-man, cabocleichon cabra macho !!!

Um barco projetado por J.Laurent Giles, um yawl com 20,6 pés fez história em 1959, quando seu dono e construtor J.Guzzwel , retornou ao seu porto de partida em Victóra , em British Columbia, 4 anois depois de zarpar para uma viagem sem grandes pretenções e sem muito alarde.

Sem planejar uma circunavegação , John zarpou em 1955 , com apenas 25 anos para uma viagem até o Hawai, e o que veio foi um dos maires feitos da navegação deste inglês radicado na Austrália, e que posteriormente escreveu um dos best selleres da vela mundial.





Ele construíra seu barco nos fundos de uma loja de peixes, o cara voltou para casa com 2 recordes, o primeiro "brit"( australiano radicado) a dara a volta ao mundo e o menor barco a fazê-lo, este segundo recorde pedrdurou até 1987, quando Serge Testa o quebrou a bordo de seu 12 pés.
Jonh também fez parte da Tripulação do Tzu Hang, numa trégua durante sua circunavegação, e para quem leu o livro sabe que do que se trata, um yacht-man de verdade, que cortou o maior dobrado a bordo deste ketch de 46pés, o barco capotou no Horn e ficou sem mastro, e parte do convés, e graças as habilidades de marcenaria de Jonh não foi para os braços de netuno, foram para o chile , ficaram meses arrumando o barco, que depois zarpo e tudo de novo: sem mastro , capotagem e o escambau, mas esta história fica para outro dia, vamos também publicá-la em breve.
O intrépido navegador nasceu para a faina, aos 3 anos, zarpou com sua família num Kecht de 53 pés chamado de "our boy", da Inglaterra rumo a Cape Town, terra natal de sua mãe, e durante a viagem eclodiu a segunda grande guerra, sendo feitos prisioneiros toda a familia Guzzwel, que fora enviada a um campo de concentração onde permanceram de 1942 a 1945.
O conteúdo desta matéria sugerido por JACKSON BERGAMO, o professor dos Woodens Boats do Brasil.


www.jacksonbergamo.com.br

Sul Americano de Snipe em Vitória- ES.

Prezados amigos, nautes e amantes da vela de plantão, preparei este "Guia prático de Vitória, para velejadores e familiares" , para o velejador catarinense Christian Franzen, com informações e dicas de Vix, assim sendo compartilho com os velejadores que estiverem nos visitando por aqui na ocasião do Sul Americano de Snipe. Vitória é uma cidade tranquilda, tem os probelmas de qualquer cidade grande , mas a praia do canto onde fica o ICES é um local com boa segurança, só não bom dar mole a noitão andando pelo calçadão da praça dos namorados, aí é dar mole mesmo. Pelas ruas do bairro não tem perigo, O iate clube fica no melhor ponto da cidade, onde pode-se caminhar sem preocupação a qualquer hora do dia. Está situado na Praia do Canto, o bairro mais sofisiticado e com ótimas opções para lazer. Onde comer: Para um café ou lanche, padaria monte Líbano, avenida rio branco, tem o segundo melhor pão do brasil, e no segundo piso uma cafeteria top. Para os amantes de um sanduba: Kapos, rua Joaquim lirio. Tradicionalíssimo & caretíssimo, mas oferece um sanduiche maravilhoso, maravilhoso mesmo. Caseiro, e com uma qualidade de mais de 30 anos. Rock Burger, moderninho e sofisticado, rua Elesbão linhares. Vitória Burger, top!! Na rua joão da cruz, triangulo das bermudas. Churrasquinho( tradição da ilha) Na rua Moacir ávidos( que começa na frente do bobs), quase esquina com a Joaquim lírio tem o churrasquinho do léo, escondido dentro de uma casa( uma antes da esquina), ambiente maneiríssimo e churrasquinho maravilhoso. Tem também o churrasquinho no final da chapot presvot, em frente a petrobrás , uma delícia, ambos pertinho do ices. Restaurantes: Finos: 1-Aleixo na Aleixo neto.( bom e não muiiito caro, mas caro) 2-Bendito Bistrô, na Moacyr ávidos, que nasce em frente ao bobs, tem o bistrô da mônica, é muito bom , para mim o melhor da cidade, tem preço super honesto e comida incrível!! Não deixe de provar as benditas coxinhas, tira-gosto de primeira. 3-Soeta, na rua desembargador Sampaio, tem na cozinha o pessoal do El Bully de Barcelona, o melhor do mundo. Caro e espetacular. 4-La salsa, num local chamado Day by day, pertinho do clube, rua Joaquim lírio, comida internacional de prima, tira gosto a kilo, caro mas ótima qualidade. No mesmo shopping day by day, tem o italiano Piu, e mais uma choperia. SUPER DICA: Tem um restaurante argentino, de um cara que é velejador, e puta cozinheiro, chama-se “la dolina, fica na mata da praia na esquina da rua demerval lírio, tem um sanduba que vc nunca viu na vida igual, é de comer rezando, as carnes idem , local super super descolado, barato!! Ao lado dele tem um japa tradicional, o Minê e um Mexicano top, o Los Chicos. Restaurantes japa na praia do canto: 1-O melhor de todos, JAPA SAN, em frente ao ICES, rua áfonso cláudio. Tem outras opções, pela ordem: 2-Banzai e por último o sushi mar. Self serviçes: Na rua Chapot Presvot , que começa quase em frente ao ICES tem o Spetus( comida caseira e muito bacana) , não é grande e tem sabor mesmo. "Mais opção", rua chapot presvot, ao lado do spetus, boa comida , grande e sempre muito cheio. Canto da roça, rua do triângulo das bermudas, comida mineira fogão de lenha. Debonis, na desembargador Sampaio, este é um dos mais famosos, tem de tudo. Marios, comida italiana a kilo, espetacular restaurante , rua eugênio neto. Oliva, comida a kilo com toque de mestre cuca, bem sofisiticado, o meu preferido, fica em frente ao mários. Junk food: Bobs, ao lado do ICES veja a higiene e tire suas conclusões. Mac Donalds, na praça dos desejos Burger King( triãngulo das bermudas) Subway, idem NATUREBAS; tem um muito bom na avenida rio branco, no shopping que fica na esquina com o joão da cruz, acho que chama sabor natura. O "D.Bem" também tem esta pegada natureba, mas é sofisticado e fica na rua Joaquim lírio pertinho do ICES, na esquina com o Afonso Cláudio.e fica ao lado do Fastnfresh saladinhas descoladas, e coisa e tal. Tem uns wraps ótimos também. BULLYS, perto do ICES, no fim da joão da cruz, tem saladas enormes e vc monta do jeito que vc quiser, tem sandubas excelentes também. SUPER DICA: Tem um restaurante chamando Saladeverte, que é buffet mas não é quilo, não tem nada igual e lugar nenhum que já viajei, é espetacular mesmo ! Fica na rua ferreira coelho na praia do suá, tem que ir de carro . A Comida do salade é sensacional , deliciosamente deliciosa, foco em saladas e grelhados. Sorveterias: A top do top, é a Cremino , que fica no” Loft “, rua Joaquim lirio , quase em frente ao mister pizza, é um sorvete que vc só com igual na Itália ( mesmo lá , em alguns lugares ). Chiquinho- rua joão da cruz, tem Comida típica: O restaurante da varanda do ICES é onde terá o melhor preço e qualidade da cidade, se preferir sair do clube vá ao partido alto, ou ao pirão, no triângulo das bermudas. O mais antigo e tradicional, é o restaurante são Pedro na rua ferreira coelho, praia do suá, estilão maneiríssimo , viagem no tempo. Se quiser fazer um programa, vá a ilha das caieiras, lá é o top do top, um bairro de periferia no canal da ilha , onde tem o que há de melhor na culinária capixaba. Pizzas: As melhores: - Don Camaleone, rua eugênio neto com desembargador Sampaio, bem descolado moderninho, barato e bom , muito bom , chopp top!! La salsa Pizza, pertinho do clube na Joaquim lírio, perto do kapos, e do day bu day, tem um chopp bacanézimo e pizzas de bacana. Mister Pizza, triãngulo das bermudas, bom bonito e barato. Para tomar umas : O MOTOR ROCKERS PUB, na rua chapot presvot , que começa quase em frente ao clube tem som ao vivo quase todo dia, é pequenino, rock na veia, lugar mágico, para pirar de alegria e se divertir numa boa, ambiente maravilhosamente familiar. Ficam os foods truks na porta diariamente. Butecos: Triangulo das bermudas: Didondon, chopp de prima. Bilac, carnes no espeto a kilo e cerva geladinha, fica em frente ao Didondon. No triãngulo, tem um monte de bares, vale bater perna por lá para curtir. Curva da Jurema tem o quisque chopp da brahma, espetacular!! Lá tem também o Braseiro da Ilha com espetos, o espetácollo com comidinhas , e o El toro espanhol, que junto com o quisque JB ( que tem o melhor arroz de mariscos da ilha) fazem um point bacana. Na jurema os 3 primeiros quiosques são barra pesada, passe direto. Os melhores ficam quase na ilha do boi. Na praia do canto sé tem um , o bar do henrique na rua Aleixo Neto, é feio, sujinho, mas tem os tira gostos mais espetaculares que vc pode imaginar. Se gostar de butecar, vá ao bar do joão perneta na rua do canal em jardim da penha, ( saturnino rangel mauro), ou no Bar do Pezão em Jardim da penha, na Anísio Fernandes Coelho. Cultura: Museu Galeria sesc glória, na costa pereira. Museu do palácio Anchieta,( programão) , na praça joão Clímaco, ambos no centro. Convento da penha, vila velha. Museu da vale( galeria de arte contemporânea, em paul, vila velha) Paneleiras de goiabeiras, para ver como fazecomprar uma panela de barro! Cine Jardins , em jardim da penha, filmes de arte, top, estilo cine club, fica no shopping jardins, na rua anísio Fernandes coelho, dá para ir a pé do clube. Cinemark, shopping Vitória, na enseada, perto do clube, tem de tudo. Vale uma chegada ao centro, na rua gama rosa a noite para curtir o ambiente por lá, uma ruazainha que tem 3 bares restaurantes bem descolados, o Casa de banda, o Grapinno e o Doca 183, lugar bacana , vale um passeio para curtir uma musica e tomar umas. Vale uma chegada também no parque estadual morro da fonte grande , onde ficam as antenas de TV, tem uma vista da cidade incrível, supere seguro , tem infra, policia ambiental, fica no centro da cidade, vale mesmo a visita. Para um bate volta : Praia de Manguinhos a 16 km de vitória, é um local agradabilíssimo com praia de ponta e infra de primeira, com excelentes restaurantes, vale a visita. Compras e conveniências: O posto iate, ao lado da ponte de camburi, tem m verdadeiro mercado lá, acha-se de tudo. O supermercado são josé ,de 1918, também de um amigo da vela, fica em frente ao posto, a 200 metros do clube e é um mercado de alto nível, tem de tudo. No Day by day, tem o sabor da terra , mercadinho que tem tudo. Artigos náuticos, tem lojinha no clube e a decatlon no shopping vila velha que vende roupa, sapato de vela, etc etc, tudo com preço bom por lá. Farmácia , tem uma em cada esquina. Se precisar de qualquer dica extra, não exite em me ligar, abraxx e compartilhe com a galera da vela!! Ps, vai cheio de erros , pois não revisei, foi feito na perna de sota!!! Para conhecer mais a história da praia do canto, veja este video que fiz para o programa rolê imobiliário: https://www.youtube.com/watch?v=9bb0e29K2t4

Avelok te leva ao Sail Amsterdam 2015, o maior evento náutico desta galáxia!!

15/03/2016

Amsterdam Sail 2015, o maior evento náutico do mundo!! Super programa de TV com cobertura exclusiva de Renato Avelok Avelar.

Para assistir o programa completo recorte o link e cole na barra de seu navegador: http://www.imagem.tv.br/videos/?v=1435
Assita ao programa neste link: http://www.imagem.tv.br/videos/?v=1435

13/03/2016

Amsterdam Sail 2015, a sapucaí da vela! Breve programa de 30 minutos sobre o evento, apresentação de Renato Avelar.

Peguei a postagem emprestada do Salinganarchy, ela fala do Sayula II, que deu um baile na primeira volta ao mundo, os mexicanos foram sacaneados e deram o troco!!

SFIOFF 2016- Trailer - The Weekend Sailor from SFIOFF on Vimeo.

Camisas Avelok super exclusivas, série comemorativa da BSW 2016, apenas 30 unidades. Available for sale.

veleiro capixaba "carioca 21" , velejando em Búzios, para matar a saudade , que semana santa tá chegando!

the yacht-man avelok sailing magazine, compilation # 1

62 regata volta da taputera

Regata Vitória Trindade , diário de bordo.

.... Até o terceiro dia, as condições de vento e mar melhoraram bastante, havia um vento médio o pouco mar , muito pouco mar, mas ... com muitos pirajás( pequenos temporais, com curta duração e localização específica, na forma de cogumelos).
A tripulação trabalhou o tempo todo, trocando velas, rizando, enrolando vela, põe... , tira, coloca , volta, etc.
O difícil foi aguentar a overdose de Reggae que a garotada colocava 30 horas por dia, já não dava mais para aguentar aquela música, por muita sorte eu e Guiga achamos um CD de Bob Charles( roberto carlos) e outro de Vivaldi, parace meio excêntrico, mas salvou a pátria.
Regata é regata, o tempo todo tentando tirar o maximo proveito da embarcação, cada centímetro, cada ondinha. Isto sem falar que cada tripulante passou 4 horas por dia no leme, pois não tínhamos piloto automático, revezávamos os 6 tripulantes, por quatro horas , a fim de fechar o dia, 24 horas.
Ficar quatro horas no timão é assim( principalemten se o barco estiver adernado), dói primeiro um pé, depois o outro, aí vc tenta se ajeita, depois dói a perna, depois a bunda , depois as costas depois o braço, pescoço, depois tudo junto e do outro lado, ao fim de 4 horas vc quer sumir e descer para descansar, já não aguenta mais.
Logo nos primeiros dias, fiocu nítido que o barco Rajada-Starcut era muito pobre na orça, haja vista calar somente 1,5 metros , mas mesmo assim estávamos andando bem, pois trabalhávamos o tempo todo em prol de um bom desempenho.
Na noite do quarto dia tentamos um bordo mais ao Norte..
veja o diário completo em
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O mestre dos mestres, Sir Morris Brown, o maior ícone da vela capixaba de todos os tempos!

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Na foto morris com 14 anos de idade , contando aos ouvintes como obtivera a proeza , de juntamente com Peter Gregor, sagrar-se campeão Brasileiro de Snipe na então capital federal Rio de Janeiro, ainda no mesmo ano, ele ficaria junto com seu pai( Mr. Brown) em sétimo lugar no campeonato mundial , conquistando a taça Sulacap, o primeiro título da Scira obtido por um não americano.

Royal Huisman, iates de prestígio, embaixadores da qualidade desde 1884.


O belíssimo modelo retrô, Maria Cativa;




Aqui vemos o Ethereal, com e sem os mastros.



Além de belos, são flexas! aqui vemos o pequenino Gliss de apenas 32 metros dando um cacete no Mary Cha, e olha que o helmsman do Mary Cha era Mike Sanderson( Abn 1 , lembra da besta fera?!) Athena, puro luxo e classe. Meteor, 52 METROS Nas minhas andanças pelo Brasil, temos a oportunidade de encontrar algumas jóias da literatura náutica nas livrarias e revistarias dos aeroportos , pois bem , tive a grata sorte de encontrar uma revista de vela portuguesa, denominada "navegar" , onde me deparei com uma matéria sensacional sobre este legendário estaleiro neederlandês, responsável pela construção de ícones da vela mundial, tal como o "Saudade" vencedor da primeira edição da Volta ao Mundo em 1973, e também do "Flyer" , vencedor da Admiral´s Cup de 1975.



O estaleiro edifica seus veleiros espetaculares totalmente em alumínio , numa planta de 30 mil metros quadrados, e atualmente produz naves de 30 a 100 METROS, de comprimento, ou seja , bichos para briga de cachorro grande, e põe grande nisso, seguem as fotos de algumas destas pérolas holandesas.

Sem dúvida , os mais cobiçados barcos do mundo.


Prepara o babador mon ami!

Evgeny Gvoznev, um grande navegador em seu pequeno barco, uma homenagem do velejador Roberto Rodriguez.







Segue matéria ecaminhada ao nosso amigo Marcelo Gusmão, do Iate Clube de Santa Catarina, que gentilmente enviou para postagem em The Yacht-man.
Prezados amigos apaixonados por vela
Eu( Roberto Rodriguez), sabia que "aquele Russo que deu a volta ao mundo num pequeno barco à vela" tinha construido seu veleirinho em uma sacada de apartamento (já reformei muito barco em terra firme e imagino como deve ter "sofrido" para fazê-lo), eu, sabia que ele tinha dado uma volta ao mundo, eu, sabia que era com um barco muito pequeno (menor que um Marreco 16 - eu que já tive vários "Marrecos" e nem por sonho me via em alto mar com um barco desses, apesar de achar muito seguro e gostar muito do Marreco 16)), eu, sabia que ele havia falecido, mas nunca tinha me inteirado exatamente como?
Por ser um admirador desse notável velejador (que voltou no tempo ao inverter o progresso da navegação de cruzeiro, sem motor, etc), lendo um artigo em um dos sites que participo da Argentina (ADAN - La Asociación Deportiva Argentina de Navegantes), paginando por seus artigos, me deparei com esse "grande navegante" e acredito que muitos devam conhecer sua história, mas também acredito que muitos não o conheçam, porisso tomo a liberdade de narrar alguns fatos desse notável velejador,mais como uma forma de homenageá-lo, pois esse merece e ficarei muito feliz de compartilhar com aqueles que tem o espírito aventureiro e cheio de sonhos que nem eu.
Evgeny Gvoznev, um grande navegador em seu pequeno barco.

"O anúncio demorou muitos dias em se conhecer". Evgeny nunca foi de ocupar as primeiras páginas dos jornais e muito menos das revistas náuticas (apesar que faço menção da Revista Náutica ter publicado um artigo à respeito bem interessante na época).Seu sonho era de navegar em sua pequena nave, fazer amigos em cada porto (quem o conheceu, com certeza concorda), porém, infelizmente isso não é notícia, mas com certeza é um exemplo de vida.
Zarpou em Maio de 1999 e no dia 29 de novembro de 2008 (poxa, um dia antes do meu aniversário?), seu barco atual o Getan II, foi açoitado por um forte vendaval que quebrou seu mastro e a corrente o levou sobre as costas de Ostia, Itália no dia 30 de novembro (pô, no dia do meu aniversário?).
Evgeny se comunicou com seu amigo David Muhumaev de Makhachkala, sua cidade natal, comentando o sucedido e que se preparava para chegar ao porto mais próximo para reparar seu barco.
Infelizmente nunca chegou.
Uma fria crônica de um jornal em 2 de dezembro de 2008, comentou que fora encontrado por um carabinero seu barco o Getan II sobre a costa e a poucos metros dalí, jazia Evgeny sem vida, com uma ferida na cabeça.
Para a náutica é uma enorme perda. Evgeny era um modelo de navegante, tinha persistência, garra, determinação e sobretudo, muita humildade.
Seu exemplo, sempre estará presente em todos os navegantes.
Imagine você que veleja, partindo sozinho?
Agora imagine você, partindo sozinho e num pequeno barco à vela (e bota pequeno nisso)
É pessoal, temos que dar muito crédito à esse velejador solitário que partiu para navegar, mas com certeza, agora está navegando nos mares do céu.

Surfando de Proto 6.5, mini transat.

What a hell is this?

Fotos para não perdermos o hábito de sempre colocarmos algo para distrair nossos convivas, good night and sleep well!!
Uma ponte sobre um rio, ou um túnel abaixo de uma ponte?

Brinquedo de criança, ou uma criança que não teve brinquedo?

Uma casa flutuante ou uma cama redonda?

Windsurf no Espírito Santo, as origens remontam o fim da década de 70...

Boa Tarde Renatinho!Faltou te mandar esta foto, em anexo, para aqueles desavisados que acham que foi Tubarão que introduziu o Windsurf em Vitória (sic)...Veja a data, escrita pela minha mãe: 12-06-1980. Eu tinha então 20 anos e Claudio 18. Na realidade foi um alemão que tinha um restaurante no início da Reta da Penha, próximo ao Praia Tênis Clube ( restaurante Bierstube, grifo avelok)que velejou pela primeira vez com um windsurf em águas capixabas. Paulo Cesar Bonino( campeão mundial de pesca submarina, grio avelok) conhece melhor esta estória pois ele foi o primeiro que trouxe para o ICES uma prancha de Wind. Era Vermelha em cima e branca em baixo. Muito pesada. Mas, como o negócio do Paulo era mergulhar, eu comprei a prancha dele (achava aquilo um "brinquedinho" interessante) e comecei a ganhar as primeiras regatinhas no ICES, culminando com a premiação de uma wind da marca "Offshore" na boite Papagaio, como consta na reportagem anexa. Depois vieram as clássicas "Wingliders" e posteriormente, Simone Chieppe com uma prancha de madeira laminada envernizada - linda (as duas hehehehee...). Deixei de competir de wind pois as regatas eram no mesmo dia das de Laser, sendo estas na parte da manhã, e as de wind na parte da tarde com ventos mais forte. Eu saía de uma regata de Laser para em seguida encarar uma de Wind. Quando se tem 20 aninhos é mole....Tive então que optar pelo Laser pois era muito custoso manter em dia o rapidíssimo avanço tecnológico daquele "brinquedinho", que a cada 3 meses tinha um novo "up-grade", enquanto que no Laser, monotipo, não mudava nada, como em todos os clássicos. Criou-se então o "folclore" das más línguas que diziam que eu saí do wind pois começava a perder nesta categoria, mas, na verdade faltava-me o din-din e decidi permanecer na classe Laser, monotipo olímpico, que tantas medalhas nos deu nas olimpíadas.Vale uma camiseta Avelok anunciada no seu Blog???Forte Abraço,Mário Caros leitores, agora seguem os cometários sobre a matéria complementando-a: a loja era a Mesbla Náutica, onde hj é a Casa dos Brinquedos eu acho, "comprei" de Natal a minha primeira Windglider ali, vc na época escolhia as cores da vela e eles fabricavam em SP... e ela já vinha com um numeral mundial silcado com uns 600 dígitos!!! eu tinha uns 14 ou 15 anos... ! ----- Original Message de rominho ----- Foi isto mesmo. Apenas uma retificação: o Detlef não é meu tio, era amigo e cliente de meu pai (ele trabalhava na Garoto) e como ele sabia que eu gostava de velejar de Laser me chamou para ir a praia experimentar o modelo que ele havia trazido da Alemanha.. Era um trambolho de umas 15 toneladas com retranca, vela, prancha - enfim, tudo - feito por ele. Eu tinha uma vela antiga e leve do Laser e dei para ele fazer uma vela menor e deu certo. Depois ele fez mais umas 3 ou 4 pranchas (inclusive esta que vc citou, a Tandem). Ele mora atualmente em Hamburgo e vou pedir a ele fotos disto. Resumindo, quem introduziu o windsurf em nossas terras foi realmente o Detlef. Depois vieram as windgliders e havia apenas uma loja destes artigos em Viória, a Náutica, se não me engano. Isto foi no século passado e eu estava chegando aos 20. A vida passa rápido. 2009/9/14 Romulo eu soube que quem trouxe o 1º windsurf pra cá foi um tio de Christoph se não me engano, o alemão Detlef, era uma prancha tandem, de 2 velas e com 3 partes que vc podia optar por velejar solo ou em dupla, e dependendo montava ela inteira com 3 pedaços ou só com 2, confirme isso com ele aqui....

27/12/2015

A expedição perfeita, a última fronteira. Scott, Amundsen e Schakleton? Por Avelok.

Qual seria a expedição perfeita, perguntou Mac'Enroy? Naquela longínqua tarde de 1920,após um dia de verão sufocante e também extasiante em face a série de regatas disputadas em seus novíssimos one design boats, literalmente com a faca nos dentes, os três amigos davam uma atenção ao barco e cuidavam da faina . O tempo passava voando, entre um comentário e outro lavoro seguia em ritmo acelerado, o grupo formado por Mac'Enroy, Stanley Clifford, e pelo italiano Máximo Tedesco, sagrara-se naquela manhã o grande vencedor de 3 das 5 retagas da copa "Tansmanian" e já preparavam o barco para as regatas da semana seguinte, a fim de defenderem o título. Com o fim do trabalho ao cair da tarde seguiram para o Pub para tomar algumas cervejas e celebrar a performance nas regatas e a vida ( este segundo motivo, o faziam semanalmente), e durante o caminho, conversavam sobre os grandes feitos dos recém criados heróis , os grandes aventureiros e desbravadores de terras inóspitas, que nas duas primeiras décadas do século com suas fantásticas expedições elimiram todas as fronteiras do desconhecido. Após algum tempo em silêncio, caminhando ofegantes enquanto subiam a suave colina que terminava as portas do Pub "Almirante Benbow", Mac'Enroy profere aquela perguta que daria origme a frase mais famosa pelos 30 anos seguintes em toda a Tansmânia e talvez em toda Austrália. -Meus caros amigos, quem de vocês poderia me dizer qual seria a expedição ideal? Prontamente Stanley com seu ar professoral imposta a voz , buscando um dó de tenor lá no fundo da garganta e responde, antes pigarreando : -( aham)Ora, ora, a expedição ideal... a expedição ideal deveria ter a técnica de Scott , somada a velocidade de Amundsen, esta sim seria uma empreitada perfeita! Caminhando dois passos atrás vinha o Italiano, sempre muito perspicaz e sacana, as vezes até mesmo sarcástico, não á toa se chamava Máximo. Meio que resmungando ele profere a famosa máxima (em italiano), tentando desta forma dar um ar ainda mais aristocrático as sua observação: -La spedizione ideale avrebbe la tecnica Scott e la velocitá di Amundsen, ma dal santo Dio che ci protegge, se tutto va storto prego che il vostro capo è Shackleton. A expedição ideal teria a técnica de Scott e a velocidade de Amundsen, mas por Deus, se tudo der errado reze para que Shackleton seja seu chefe.
Na foto tirada por Mr. Montgomery Jonhson com uma Roleiflex vemos Stanley Clifford em primeiro Plano, Máximo Tedesco de macacão e chapéu, e Mac'Enroy ao fundo, em manutenção do belíssimo one design "Sweepstake Marriot"

Breve introdução ao mágico mundo de Slocum.

Slocum é autor do livro "around the world alone", o maior best seler da vela mundial. O Canadense naturalizado americano fez a primeira circunavegação em solitário entre 1895 e 1898. Não é só a pessoa que primeiro circunavegou o globo sozinho, ele foi o primeiro a construir uma ponte entre as massas e vela. Antes dele, a vela era reservado aos homens que praticavam-la como um trabalho. Joshua Slocum fez vela popular por escrever livros maravilhosos, que as pessoas lêem com a mesma emoção e fascínio como faziam quando os livros saíram primeiramente no século 19. Slocum teve uma passagem interessante de sua vida pelo Brasil, onde após naufragar com seu navio de carga a caminho de montevidéu, juntou os destroços e construiu o barco de apenas 10 metros com o qual navegou com sua esposa e filhos de volta aos EUA, meio junco chinês, meio alguma coisa qualquer e batizou-o de liberdade( 1887), esta viagem gerou um libro chamado " A viagem do liberdade". Na sua viagem com o Spray, não podendo contar com equipamentos eletrônicos ou lemes de vento, comuns hoje em dia mas inexistentes na época, Slocum utilizava um conjunto composto por cabos e polias para controlar o leme e manter o barco sempre alinhado no vento, uma vez que não podia alternar turnos com companheiros de viagem. Um lado da cana do leme era amarrado à escota da genoa e o outro no cabo da vela grande, com o auxilio de polias corretamente colocadas. Podia então dormir por breves períodos ou cuidar do restante do barco sem ter que permanecer ao leme todo o tempo. Dependendo do lado em que o vento variava, alterava diferentemente uma das velas, que pelo cabo atado ao leme, corrigiam a posição e evitavam que o barco virasse. Solução simples e engenhosa que aprendera com antigos pescadores, do tempo em que todos os barcos eram à vela.Aqui em Vitória no ES, temos uma réplica do barco em suas dimensões originais, chamado de Zé Adega, construído pelo mestro honônimo e pretencente ao médico Santanna.

Joshua Slocum - Sailing Alone Around the World

A Liberdade de Joshua Slocum . Por Eugênio Herkenhoff.

O lado B de Joshua Slocum, artigo assinado por Eugênio Herkenhoff. Josua Slocum A 2ª vida de um capitão louco pelo Brasil Aquele velho marinheiro de paletó surrado e chapéu de aba longa, o Josua Slocum que conhecemos, o primeiro homem a completar a volta ao mundo em solitário a vela (e sem motor, diga-se de passagem) a bordo do Spray é apenas uma ponta da história passada na fase final da vida deste valoroso homem do mar e cidadão do mundo. Slocum colecionava um passado não apenas de fama, de aventuras (5 voltas ao mundo) e de glórias, como respeitado capitão de longo curso de alguns importantes navios de comércio no final do século XIX, mas também de perdas e miséria material, de derrotas em processos, de luta em mares tenebrosos, e de perda de pessoas da família e de grandes amigos à bordo. Breve Histórico Canadense de origem e naturalizado americano na idade adulta, Josua veio de uma humilde família marinheiros e artesãos da baía de Fundy, na Nova Escócia. Aos 11 anos já trabalhava com seu pai na confecção de botas de pesca para regiões alagadas, e as escondidas produziu uma maquete de um grande navio à vela que ao final seria o seu destino. Aos 14 fazia sua primeira experiência como cozinheiro de bordo e moço de convés de uma goleta de pesca entre o Canadá e o Alasca. Aos 16 anos embarcava em sua primeira viagem transatlântica como marinheiro rumo a Dublin, e a partir daí nunca mais abandonou o mar. Com o declínio da vela como propulsão de navios comerciais no final do século XIX muitos dos grandes capitães de longo curso logo procuraram novas posições em companhias que usavam navios a vapor. Josua, resistia, já que, incessantemente, ascendia numa carreira firme como capitão de grandes navios, dentre os quais o Washington, aos 25 anos e o B. Aymar a seguir, entre portos do mundo inteiro, como China, Hong Kong, Filipinas, Rússia, Alasca, Estados Unidos, Europa, América do Sul e Austrália, Aparentemente fez apenas 2 experiências como capitão na navegação a vapor e logo viu que para permanecer com vantagem no apaixonante e animado transporte à vela deveria ser ele mesmo o proprietário do barco. Assim possuiu o veleiro Pato (45 ton.), o Amethyst (350 ton.), uma parte na sociedade do imponente e famoso Northern Light (1.800 ton. e 220 metros), e o Aquidneck (365 ton.). No dia 2 de julho de 1895, aos 51 anos, parte para a sua histórica aventura de volta ao mundo, atravessando o Atlântico até Gibraltar e em seguida nova travessia em direção ao Brasil, estratégia escolhida para aproveitar os ventos Alísios. Em seguida para o cabo Horn, Pacífico, Austrália, África do Sul até os Estados Unidos novamente. Em 14 de novembro de 1909, com 65 anos, em meio a uma situação meteorológica hostil, desaparece no mar a caminho da Venezuela e do Brasil (queria explorar os rios Orinoco e Amazonas). ’’Você não possui um barco, você cuida de um’’ (antigo ditado inglês) Seu estilo próprio que misturava o caráter duro, obrigatório no ofício, com um inegável gosto pelo lado lúdico da profissão e a preocupação de deixar registrada a sua experiência para a posteridade, tornava-o diferente da maioria dos outros capitães do seu tempo. Slocum aproveitava de situações de pausa como capitão para reescrever e organizar seus escritos e, para nossa sorte, e deixou alguns bons livros ricos em detalhes sobre cada uma de suas grandes navegações, todos de fácil leitura e com uma grande quantidade de detalhes instigantes e interessantes sobre as diversas faces de suas aventuras(‘’The Voyage of the Liberdade’’, "Voyage of the Destroyer from New York to Brazil",’’The Voyage of the Aquidneck and its Varied Adventures in South American Waters’’, "Sloop Spray Souvenir Booklet", "Voyage around the Horn" e ‘’Sailing Alone Around the World’’). Casou-se com Virginia Walker, uma australiana de origem americana, com quem teve 7 filhos (dos quais 3 morreram a bordo ainda bebês. O toque feminino de Virginia na decoração interna e externa do Northern Light foi elogiado no New York Tribune na época, se referindo sua cabine de luxo que se assemelhava a um verdadeiro palácio, onde inevitavelmente eram embarcados o piano da esposa e a biblioteca de Josua. Na época não era comum a presença de mulheres à bordo. Alguns fatos marcantes na vida de Josua se passaram a bordo deste navio que não cessava de singrar os mares do mundo inteiro. Seu prezado 2º capitão foi assassinado com uma facada em um motim. Na ocasião o próprio Josua foi salvo pela esposa fortemente armada e que cuja ação foi decisiva no controle da rebelião e prisão dos amotinados. Em, outra situação, com o leme quebrado e o navio inundado escapou de um eminente naufrágio na África do Sul. Na cidade de Antonina - PR, Josua lutou corpo a corpo com ex-tripulantes, armados de faca, que queriam se apoderar do Aquidneck e terminou por ferir 2 e matar 1 deles a tiro. Por este fato foi processado e absolvido. Virginia o acompanhou a bordo até a sua morte, de causa desconhecida, aos 34 anos na Argentina. Este fato marcou a vida de Slocum, agora com 39 anos. Estas lembranças tristes o acompanharam pelo resto da vida. Brasil - Terra do amor e da boa maldição
Josua era apaixonado pelo Brasil, e mais ainda pela região da baia do Paranaguá que já conhecia de outras viagens, Em seu livro ’’The Voyage of the Aquidneck’’ elogia o carinho, o jeito amoroso da população e o fino respeito que havia entre os membros das famílias que os receberam. Descreve também, com grande riqueza de detalhes, as características canoas a remo do litoral do Paraná. Grande parte de suas viagens incluíram aportagens e permanência em diversas outras cidades brasileiras, cujas principais citações foram nos estados de Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, além do Paraná, sempre com elogios à boa recepção do povo. Com o Aquidneck adentrou pela bacia do Prata e subindo pelo rio Paraná alcançou a cidade de Rosário, na Argentina onde carregou uma boa quantidade de fardos de alfafa com destino ao Rio de Janeiro. Após alguns carregamentos entre cidades do sul uma nova tripulação formada por brasileiros foi contratada em Montevidéu, após o abandono de sua tripulação original devido a uma suspeita de contaminação pelo cólera, ocasião em que foi obrigado a passar por um período de quarentena e desinfecção à bordo, na Ilha Grande - RJ. Fortemente elogiados como excelentes marinheiros, Josua ressalta que os brasileiros melhoraram muito o humor a bordo. Porém, mais uma vez perseguido pela falta de sorte, a tal tripulação acabou por se contaminar por uma epidemia de varíola, ocasião na qual 2 deles faleceram. Diante desta situação de caos, e a formação de uma enorme tempestade, o característico ’’Pampero’’. Josua, pessoalmente, ajudado por seu filho e o único marinheiro que ainda estava de pé conseguiram controlar o navio estabelecendo algumas poucas velas, aportando novamente em Montevidéu e salvando o restante da tripulação.
De retorno ao Brasil com nova tripulação parte desconhecida e parte da inicial americana, decidiu carregar com madeira nobre em um porto improvisado à margens de um rio na baía de Paranaguá-PR, com destino aos Estados Unidos. Após uma situação de dificuldade de virar de bordo, causada pela forte corrente e ventos muito fortes o Aquidneck terminou por encalhar em um banco de areia na baía dos Pinheiros. Conforme suas próprias palavras o fato de perder este navio foi para ele ’’uma grande dor, difícil de suportar’’... O Aquidneck, segundo ele, era a ’’obra-prima da beleza e da graça’’. ’’A presença do barco americano e seu infortúnio causaram, como é fácil imaginar-se, enorme impacto entre o povo daqueles êrmos do nosso litoral’’ nos conta Newton Carneiro, em um número da Revista Letras em 1974 (assim como diversos outros detalhes deste artigo). Renascendo do Caos O Brasil foi, possivelmente, o país aonde Josua permaneceu por mais longo tempo em suas viagens. E por ironia do destino foi também aqui que se inicia uma grande mudança na vida de Josua, agora com 44 anos, que perde praticamente tudo de material que possui e passa para a classe da vela de lazer e de escritor propriamente dito. Posteriormente Josua desce na escala social pois o trabalho como capitão da marinha mercante ficou escasso. Viver como escritor no final do século XIX, época de crises e mudanças culturais não devia ser tarefa das mais fáceis. Inicia-se para Josua um período, se não em dificuldades financeiras, mas de dependência da colaboração de velhos companheiros. De acordo com um texto publicado na revista francesa Chasse Maré nº 77, Josua queria voltar ao seu país de ’’peito erguido’’. Não era um homem de ficar ’’no chão’’. Então, como um remédio para uma grande doença, nasceu uma inspirada e feliz ideia que misturava humildade e persistência: Retornar aos Estados Unidos com toda a família pelos próprios meios... Josua contou com o apoio de sua 2ª esposa, de seus filhos e das pessoas que o acolheram em Guaraqueçaba na concepção e fabricação do ’’Liberdade’’, um pequeno veleiro (apenas 9,67 metros), híbrido, com o casco de fundo chato inspirado no ’’doris’’ americano e armação do tipo sampan chinês, de velas com talas (similar ao junco) construído, em grande parte, com madeiras e equipamentos que conseguiu recuperar do seu navio Aquidneck (o restante foi vendido como sucata). Todos colocaram, literalmente, a mão na massa. O nome Liberdade foi escolhido em homenagem a Abolição da Escravatura do Brasil, em 13 de maio de 1888, mesma data do término do barco. E assim , partindo no dia 27 de julho de 1888 da pequena Guaraqueçaba - PR na companhia de Henrietta e dos 2 filhos Victor e do pequeno Garfield, em uma viagem difícil, percorreram 5.510 milhas em 53 dias. Do Paraná para São Paulo, em seguida rebocados para o Rio, aportaram em Cabo Frio para reparar o barco danificado numa colisão com uma baleia de mais de 20 metros, depois rumo a São Paulo (BA) na ilha de Tinharé, a seguir Salvador (forte tempestade no litoral baiano), Recife, Barbados, Porto Rico, Carolina do Sul e finalmente Washington em 27 de dezembro. O barco foi doado ao Smithsonian Institution onde durante muitos anos ficou exposto a visitação pública. Um detalhe contado posteriormente pelo próprio Slocum foi de que a idéia de fazer a circunavegação em solitário a vela nasceu nesta viagem com o Liberdade. No ano 2000 David Sinnett-Jones, um navegador Inglês homenageou o feito de Josua fazendo o mesmo percurso em uma réplica do Liberdade, o "Zane Spray": Um dia irei a Guaraqueçaba e Antonina, na baía de Paranaguá-PR, respirar um pouco daquele ar de natureza que deixou Josua maluco... e ver se encontro o timão, o sino ou um pedaço do mastro do Aquidneck, que devem ainda estar na casa de um humilde pescador a minha espera... Eugênio Herkenhoff Alguns sites consultados: Livro ‘’Viagem do Liberdade’’: http://www.eldritchpress.org/js/liberdade.htm http://www.gutenberg.org/files/18541/18541-h/18541-h.htm Partes do livro sobre a viagem do Aquidneck: http://library.la84.org/SportsLibrary/Outing/Volume_41/outLXI04/outLXI04o.pdf http://library.la84.org/SportsLibrary/Outing/Volume_41/outLXI05/outLXI05i.pdf Sobre a viagem comemorativa com uma réplica do Liberdade, o "Zane Spray": http://cruisenews.net/liberdade/aboutdsj.html http://www.stexboat.com/slocum/liberd1.htm

Harry Manko, sempre com filmes sensacionais e gozadíssimos!

Um vídeo de compilações da Volvo Ocean Race, a volta ao mundo.

Os nós mais usados no mundo náutico, uma vídeo aula, aprenda para não chamar cabo de corda!