15/04/2010
Este homem é o meu maior ídolo, Mr Morris Brown.
Tive a imensa oportunidade de conviver com Morris desde a tenra infância, para nós o Tio Morris, e que sempre me chamou de Baixinho, o que me deixava Puto.
Morris era muito amigo do Elder Zenóbio, colega de turma de Sir Wallace, na escola de minas de Ouro Preto formandos de 1958, e foi o Elder e sua esposa Marina( colega de mamãe nos anos 40 na rua espírito santo em BH), que me introduziram ao mundo da vela, e ao universo Morris Brown.
Os inesquecíveis passeios ao sítio do Larica para ver a Galera voar, no início dos anos 80, a bordo da Caravan 6 cilindros branca, junto com Frank, Leila, Roberta e Eduardo Zenóbio foram a minha iniciação no mundo sportivo, no universo de Morris.
Quando fui para meu primeiro Brasileiro de Optimistem 82 na paraíba, Morris me deu uma série aula de regras , com um livro do Paul Elvstrom, que começavam sempre as 6 ou 7 da noite , na sala da casa rústica e espetacular na Rua Eurico de Aguiar, onde na mesa havia uma enorme cabeça de escafandro de Bronze, uma peça e tanto.
Estas aulas de regras e táticas, forma a minha maior escola
O Clima na casa de Morris era sempre envolto em esportes e aventuras, para mim um mundo mágico, esportes por todo o lado, na sala de tv onde tinham os troféus na parede uma foto tirada na taputera de 79( tem a foto neste blog), gicanas nos aniversários do Frank, na ainda deserta enseada do suá, e mais tarde, já rapazola, morris passou meus primeiros treinamentos de atletismo, que seguia a risca, com toda a programação que ele me preparava, e paricipamos juntos de algumas corridas de bicicleta e uns 3 ou 4 triatlons do Exércio.
A proposito, a engenhosidade rustica de Morris era espetacular, tanto aplicada nas bermudas com suspensórios de câmaras de ar que usava para velejar, como o guidom "scott" pra dar aerodinâmica a bike no Triatlon, que nada mais era que um cano de alumínio parafusado a vante da bike, em cima do avanço do guidom, e que eu usei em diversas competições.
A última vez que encontrei Morris, foi a primeira vez que estive no Sítio do Urtigão, no aniversário do Davi, filho do Billy. Morris estava recostado num carro em frente a quadra de badmigton, junto com Elder Zenóbio, e quando me viu com o violão disse:
- pô baixinho agora vc subiu no meu conceito( soube depois que morris adorava musica ao vivo), não sabia que vc tocava violão?!
Eu respondi:
-Eu também não sabia disto Morris!
Numa terça feira de carnaval,eu estava em guarapari recebo pelo telefone e notícia da morte de Morris.
No dia seguinte , acordei as 5 da manhã e zarpei sozinho no sir wallace da praia de percanga rumo a Vitória, num dia lindo, maravilhoso, vim velejando a mil, num través fechado com a nave, triste, concentrado, cabeça nas memórias, uma sensação estranha, silencio absoluto, só o mar o vento, e as lembranças de tio morris, nada mais.
Ora ora, meus amigos me sinto as vezes preso no peito, tenho muita história bacana para contar para vcs destes anos que vivi, mas me falta tempo ou discplina para colocar tudo no papel, é tão fácil e tão difícil.
Hora destas, mando tudo as favas e viro um beatnik.
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