Do Zero Hora.
Desaparecimento de veleiro argentino completa 20 dias e não há pistas sobre seu paradeiro
Embarcação ficou à deriva a aproximadamente 130 milhas de Rio Grande e buscas foram finalizadas sem encontrá-la
por Carlos Wagner
Desaparecido na costa gaúcha, o veleiro argentino Tunante II é um mistério que desafia as autoridades navais e angustia os familiares dos quatro tripulantes. Na última segunda-feira, dia 15, o Comando do 5º Distrito Naval deu por encerradas as buscas. A última comunicação do veleiro foi em 28 de agosto, às 23h54min (horário de Brasília).
O veleiro desapareceu a 260 quilômetros de Rio Grande, cidade portuária no sul do Estado, quando viajava entre Buenos Aires e o Rio de Janeiro. Na ocasião, a região era atingida por ventos de até 70 km/h e ondas de sete metros de altura. Aquele trecho de mar, entre Rio Grande e Chuí, é conhecido como cemitério de navios – são 226 quilômetros de costa deserta onde foram jogadas pelas ondas várias carcaças de embarcaçãoes.
"Ninguém perdeu as esperanças", diz filha de tripulante
– Pela distância que o veleiro estava na costa (260 quilômentros), é pouco provável que as ondas o tenham atirado na praia. Para isso precisaria estar, no máximo, seis quilômetros da costa – explica Lauro Júlio Calliari, professor de oceonografia geológica do Instituto de Oceonografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
"Ninguém perdeu as esperanças", diz filha de tripulante
– Pela distância que o veleiro estava na costa (260 quilômentros), é pouco provável que as ondas o tenham atirado na praia. Para isso precisaria estar, no máximo, seis quilômetros da costa – explica Lauro Júlio Calliari, professor de oceonografia geológica do Instituto de Oceonografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
Rebocador Tritão fez buscas ao veleiro | Foto: Marinha do Brasil/Divulgação
A augústia das famílias
O professor não arrisca um palpite sobre o paradeiro do veleiro e ressalta que há muitos fatores envolvidos. Depois de 20 dias de buscas, onde seis navios e dois aviões varreram uma área de 557 quilômetros quadrados – equivalente ao Estado da Bahia –, as autoridades do 5º Comando Naval deram por encerrada a procura.
– Só iremos reiniciar se surgir um fato novo – informou a assessoria de imprensa do 5º Comando Naval.
Os navios que estão navegando na área do desaparecimento estão recebendo, diariamente, pedidos de informes sobre sinais da embarcação através do "alerta aos nevagantes", um espécie de boletim da transmido pelas autoridades navais.
O veleiro desaparecido é um barco bem equipado. Inclusive tem um dispositivo que permite dar um giro de 360 graus caso vire. Esse fato faz com que os familiares apostem na hipótese de o barco ainda estar navegando em alguma região do mar para onde foi empurrado pelos ventos.
– Considerando a possibilidade do veleiro ter sido empurrado pelos ventos para outra região, nós estamos pedindo que a Marinha do Brasil solicite ajuda a outros países, além da Argentina e do Uruguai – reinvindicou a produtora audiovisual Luana Morales, 30 anos, filha de um dos tripulantes, Horácio Roberto Morales.
Luana está em Porto Alegre em contato pernamente com as autoridades navais brasileiras. Ela acredita no surgimento de novos fatos que irão ajudar o reinício das buscas pelo veleiro desaparecido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário