dois mastros quebrados, na primeira foto o mastro quebrou embaixo da terceira ponte durante a regata da volta da taputera, defeito de fabricação.
A farol arcou com outra peça, a quebra foi devido a um mero rebite que prendia a chapa "fêmea" do cachimbo do estai de força de boreste.
A segunda foto, é como o barco me foi entregue pelo skipper que trazia o barco.
Renato Avelar
Hoje, em setembro, no mesmo mês que chegou aqui em Vitória exatamente há 5 anos atrás , em setembro de 2004, o veleiro Sir Wallace encontrou um novo dono.
Hoje, em setembro, no mesmo mês que chegou aqui em Vitória exatamente há 5 anos atrás , em setembro de 2004, o veleiro Sir Wallace encontrou um novo dono.
Sinto agora um misto de tristeza e alegria.
Um barco que trouxe muitas alegrias e muita batalha , desde o começo, vindo de floripa em 2004 o mastro quebrou e foi ablaroado pela embarcação da marinha . Foram 4 meses docado no rio arrumanto tudo( indo e voltando todo fim de semana), depois na volta da taputera de 2005, o mastro novo também caiu( mais 3 meses de faina)!
O barco foi chamado de "seu creisso" nas suas primeiras regatas chegando nas rabeiras, sendo apelidado de Sir Wallace pelo gentlemen sueco Arney Lindval(Arlin 39, "Charlotte") e com muito treino e vontade foi 3 vezes campeão estadual,( está em primeiro faltando apenas uma etapa para o tetra) duas do ranking, vice na semana de vela de búzios, e muitas outras alegrias.
Velejamos nele a vera, juntamos um time de craques , e a bordo dele muitos velejaram pela primeira vez, ou retornaram a vela muitos anos depois, levamos cegos para velejar, crianças em recuperação de tumores, fomos várias vezes a santa cruz, guarapari, meaipe, enseada azul, velejamos a noite( principalmente nos 2 primeiros anos), nas regatas, nas farras com o viloão e as músicas de sempre, muitas tardes na Jurema , fomos ao rio, a búzios, tiramos tudo dele, aprendemos cada macete, cada reação, e finalmente, estava como um relógio.
Velejamos nele a vera, juntamos um time de craques , e a bordo dele muitos velejaram pela primeira vez, ou retornaram a vela muitos anos depois, levamos cegos para velejar, crianças em recuperação de tumores, fomos várias vezes a santa cruz, guarapari, meaipe, enseada azul, velejamos a noite( principalmente nos 2 primeiros anos), nas regatas, nas farras com o viloão e as músicas de sempre, muitas tardes na Jurema , fomos ao rio, a búzios, tiramos tudo dele, aprendemos cada macete, cada reação, e finalmente, estava como um relógio.
Hoje fiz a penúltima mandobra como seu comandante, a bordo sozinho, o tirei da poita, no lado de fora da marina , onde ele estava há mais de 45 dias "parado", cheio de pó de minério, como o motor fica guardado na garagem , para eviatar muita trabalheira, rebocamos com o inflavel , e o coloquei numa vaga no pier, lavei seu convéz calmamente, penteei os cabos, trabalhei a tarde toda na faina, arrumei por dentro ,conversando com meus botões , lembrando dos momentos que ele me proporcionou, boas recordações.
O marinheiro irá limpar seu fundo amanhã cedo, para sua despedida de gala, que será a nossa última regata também.
A última etapa do estadual , sábado dia 26.
Estarão odos a bordo com o tradicional uniforme de honra, o mesmo da BSW 2009, de bermudas azus e camisas amarelas, com as Lolly Rogers, como sempre( faca nos dentes), na popa nossos amuletos, o garlhadete amarelo do Halftonner Half Moon do presidente mundial da classe, a desgastada jolly roger, e a bandeira do brasil tremulando em par.
Simão Bassul Neto, Lucky, eu , Jens, Eduardo Luz de Floripa e Lobão Santos Neves, seremos os protagonistas desta cerimônia.
A parte Boa é que o barco fica em Vitória com seu novo dono, e assim poderemos travar bons pegas com ele.
As coisas mudam, tempos mudam, tudo evolui, um dia os filhos vão embora, agora nós vamos partir para as regatas da disputadíssima classe ORC, colocaremos a cara na reta, com o Phantom, um degrau acima, uma estrada enorme a percorrer, uma vida de aprendizado ainda não é o suficiente para chegar lá.
Como disse no blog da revista da vela na semana passada, "A proa disse para as ondas:Dai-me vento e dar-te-ei milhas".E vamos em frente.
Que sejam atendidas as preçes da proa para a onda,
Me dê vento , que lhe retribuirei milhas...
e:
....Cambamos