03/10/2010

Erick Tabarly e a história dos seus "Pen Duick".

Eric Tabarly, um homem a frente de seu tempo e suas maravilhosas naves Pen Duick I, II, III, IV, V e VI.
O primeiro deles foi construído em 1898, herdado de seu pai, que o havia adquirido em 1938 , apodrecia nas margens de um rio no pós guerra, Tabarly o reformara totalmente em 1952 colocando um molde de fibra no casco.


O Pen Duick II de 1964 deu a Tabarly o título de sua primeira transat, e dada a falta de recursos ele utilizou peças de outras "máquinas" , como o assento de uma harley davidson, e uma bolha de vidro de um bombardeiro para ser usada como vigia nas tempestades( astrodomo).


O III, feito em 1967 é um barco impressionante , todo em alumínio, uma revolução para a época.
O quarto de de 1969, foi um trimarã e venceu a transat de 1972, e mais tarde adquirido par Alain Colas, fora rebatizado de Manureva, e nele, ao largo dos açores na regata da rota do rum em 1978, Colas também desaparece nos mares bravios sem deixar vestígios, a sua ultima radiofonia( publicada nesta revista , causa arrepios dadas as condições de vento e mar).


O quinto da série , também de 1968, lembra um pouco os Open atuais, afinal ele seria seu percursor, possuia tanques de lastro de água com bombas manuais, e vencera a regata transpacífico de 1969 com 11 dias de antecedência.
O Pen Dick VI , fora projetado para a Withbread de 1973, a primeira edição da regata volta ao mundo, hoje conhecida como Volvo Ocean Race, mas devido a duas quebras de mastro não pode demonstrar seu potencial.
Todavia na Transat em solitário de 1976, derrota Alain Colas por um pequeno hiato (Colas a bordo do mega quatro mastros "Mediterranée" de 250 pés, algo inacreditável e que vai merecer uma baita materia a respeito).
Manobrar este barco não era brincadeira, foi feito para 16 tripulantes , tudo era muito grande e pesado, e Tabarly desenvolveu aparatos "facilitadores"usados até hoje , como por exemplo a camisinha de balão , pois navegava sozinho na nave.




Os barcos seguem , da esquerda para a direita estão o VI, V, Pen Duick I , II e III .
O quatro jaz nas profundezas.( o único monocasco da série)
Na noite de 12 para 13 de junho de 1998 , a bordo do Pen Duik I, que estaria completando 100 anos, durante uma viagem trivial a irlanda , com vários tripulantes a bordo, a lenda que singrara os 7 mares em solitário, atravessando as mais duras condições ambientais, o verdadeiro mestre de marinharia( Tabarly ao chegar em qualquer destino, mesmo após dias /semanas /meses no mar, só deixava seu barco para ir a terra após ter organizado toda a faina no exemplo mais perfeccionista que se possa imaginar), cai no mar e desaparece para sempre, deixando a vida e se tornando a maior lenda da vela de todos os tempos, na minha opinião.

02/10/2010

Túnel do tempo: Billy Brown , nosso" directeur du voile" em 1974/1975 remando no Iate Clube.

O Centário foi enviado por Billy Brown, e serve como legenda para este momento antológico do ICES, num cenário pra lá de nostálgico, época maravilhosa da pequena cidade de Vitória de então, onde todos se conheciam, poucos carros nas ruas, quase nenhum prédio, a Praia do Canto e suas casas fantásticas e enormes, enfim época de saudade.
Chega de delongas e vamos a legeda:
"Boa Noite "Seu Wallace", meu caro, faltou citar meu algoz neste dia...Nosso falecido amigo, Ricardinho Xunga Xunga e ao fundo o Guanabara de seu pai, Cesar Abaurre. Sorte minha que Frank editou o filme de um antigo super 8 e cortou o choro dos derrotados ao fim da competicao!! Mas afinal, alguem gosta de perder?!"
William Brown.

Rogério, o bonito? que que é isto meu fiiiiiiilho!! trata-se de outra pauta.



Cada pirata tinha sua Jolly Roger, era como uma assinatura, uma logomarca do comandante e do navio.
Somente pelo fato de hastearem a bandeira antes de atacar , fazia com que a tripulação se rendesse imediatamente.
Mas , como bons corsários, eles tinham bandeiras de todas as nacionalidades possíveis a bordo, que hasteavam quando viam um navio daquela patria, somente quando a aproximação ser tornava segura e veloz, eles subiam as Lolly rogers.
O que fez com que todos temessem tanto os piratas?
- As histórias envoltas de sangue e atos cruéis ?!
- Sim ! Mas também e principalmete pela impossibilidade de fuga . A habilidade dos pirata era impressionante.
Perseguiam e alcançavam qualquer navio, de qualquer porte , durante dias ás vezes até semanas , dominavam as melhores técnicas e táticas de velejo, tinham grande conhecimento meteorológico, os melhores e mais completos mapas, os barcos eram roubados e completemente "tunados", onde tudo aquilo que fosse desnecessário era arrancado para desenvolver mais velocidade, e os canhões e armas!!, ah, aí era o ponto que eles mais tinham capricho na manutenção e uso, todos os canhões eram diferentes um do outro, pois eram roubados de barcos de diversas nacionalidades, cada qual com um calibre diferente, padrões diferentes.
Eles desenvolviam balístca própria com estranhas balas , como por exemplo: cortadas ao meio e imendadas as metades com um tubo de ferro, balas incendiárias, com ganhchinhos para rasgarem as velas, balas com correntes para derrubarem mastros , o mais interessante que eles tinham todo este capricho para as armas pois eram muito ruins no embate corpo a corpo, e muita coragem de sobra e levavam seus barcos a limites extremos, independente das condições inimagináveis de navegação como numa storm força 7 ou 8 nos "cuarenta bramadores"
Os piratas foram os melhores velejadores de seu tempo, talvez de todos os tempos, não há a menor dúvida disto

Clipe de 500 postagens com som do U2., bom para começar o dia!

Uma imagem vale por mil palavras.

Frase da semana, da série : "os velhos marinheiros".


"Reze em direção ao céu, mas reme em direção a praia"

29/09/2010

Hagar o Horrível , contribuição do amigo nauta e leitor Fernando Mendonça.

36a Rolex Ilhabela Sailing Week


Classe BRA-RGS abre a 37ª Rolex Ilhabela Sailing Week com muitas emoções
19/07/2010 


Depois de um sábado chuvoso, o sol apareceu entre nuvens, para prestigiar a largada da principal regata da Semana de Vela de Ilhabela. A Regata Eldorado Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil contou com 74 embarcações da Classe BRA-RGS divididas em quatro categorias (A-B-C e Cruiser). Na raia provou mais uma vez a força que a categoria tem no maior evento de vela náutica da America Latina fazendo um belo espetáculo nas águas de São Sebastião.

Ás 10 horas e 03 minutos, o juiz de prova anunciava que era hora da BRA-RGS A e B dar inicio a Regata Eldorado Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil e seguir rumo a Ilha de Alcatrazes, cerca de  55 milhas náuticas ou 101 quilômetros do píer de Ilhabela.
Em seguida, às 10 horas e 14 minutos, a BRA RGS C e Cruiser largaram em direção a Ilha de Toque-Toque por Boreste (27 milhas ou 50 km), que teve como campeão o veleiro Zephyrus, de Santa Catarina.

e o comandante do veleiro Zephyrus, Tarcisio Mattos, define Ilhabela. Com ventos inconstantes, a Regata de Toque-Toque abriu a Semana de Vela para as Classes BRA-RGS C e Cruiser com 12 nós de vento e permaneceu oscilando até 20 nós, exigindo tática e estratégia da tripulação.
O primeiro fita azul do dia da Classe BRA-RGS mostrou neste domingo que esta preparado para brigar pelo titulo da RGS C. “Ganhamos velocidade fora do canal e conseguimos manter a posição até o final da competição”, que completou. “Ganhar a Regata de Toque-Toque nos deixa mais aliviado para as próximas regatas”, finalizou Tarcisio que aproveita o dia livre desta segunda-feira, para arrumar o trilho da genoa.
Após 09horas43min20segundos, o veleiro Apoena foi o fita azul da divisão RGS Cruiser.  Na RGS-A, o veleiro Inaê/Transbrasa, do comandante Bayard Umbuzeiro, cruzou a linha de chegada depois de muitas trocas de vela (peeling) no tempo de 8 horas e 56 minutos de muito desgaste físico.
Na BRA-RGS B, o único representante do Espírito Santo, o Phantom of Opera abriu uma diferença de apenas dois minutos para o segundo colocado ao completar a prova em 8 horas 58 minutos e 05 segundos.
A primeira regata da 37ª Rolex Ilhabela Sailing Week apontou que a competição na Classe BRA-RGS vai ser bem disputada do início ao fim. As competições voltam nesta terça-feira, com a regata Barla-Sota, com média de quatro pernas.


Fonte:Conexão Comunicação

26/09/2010

Final do Estadual de Oceano, um pega muito bacana!

AVENTUREIRO( DELTA 32 R)

THE PHANTOM OF THE OPERA
(SCHEAFFER 31 G5)

Antes do macht, compromisso familiar, cedinho antes de ir para o clube agenda primordial e inadiável: 
Pic-nic com a petizada do parque da  pedra da cebola.

Bruno Falco no leme

Léo Oliveira

Fabiano

Rizado na primeira forra, genoa 2 e adernado , vento força 7

Bruninho estreando no oceano

Jolly Roger, ever and ever.

Faina da saída

Faina na volta

Depois do primeiro dia, triste com o cacete que tomamos do Rodrigo Stephan, mas teve revanche no segundo dia.

Segundo dia, saindo da marina

Os vencedores comemoram a Vitória do sábado.
Rodrigo Stephan( boné legião estrangeira), Jens ( no estai de popa), Pablito( atrás do Jens), Billy ( com calças de balet e chapéu de indiana jones) Storm( de colete) e Cabral( elegantemente vestido com camisas de abotoar)
Léo acerta o Tuf-Luf
Prezados amigos, nautas e amantes da vela de plantão,
Neste fim de semana aconteceu a final do estadual de RGS, com a realização de 4 páreos, 2 no sábado e 2 dominicais. Vento pra dar e vender( 28 a 33 nós), poucos barcos mas uma disputa incrível, que há muito tempo não se via em águas Capixabas.


O equilíbrio de desmpenho do Delta 32 racing ( ex Lucky e atual Aventureiro), e o Scheaffer 31 Phantom Of the Opera, deixou definitavamente  a segundo plano ratings e tempos corrigidos, tal o palmo a palmo que se obeservou na disputa , onde os barcos andaram lado a lado.
No sábado, o Cmdte Rodrigo Stephan , ( cara determinado e tinhoso, afinal é um snipe-man)e sua tripulação venceram as duas regatas, já no domingo após longa reflexão a amargor pela derrota e uma noite de pensamentos e avaliações, foi nossa vez de ouvir o apito em primo plano, soando como boa música nas duas baterias disputadas.
Este macht( race), ao pé da letra, com todos os predicados foi um divisor de águas na vela Capixaba, com a chegada do Aventureiro e sob o comando de Rodrigo, termina a hegemonia da equipe das Jolly Rogers, que a partir daqui terá que se empenhar muito( muito mesmo) , suar, treinar, e não errar para poder pretender um pódio.
Esperamos em breve( o mais breve possível), para engrossar as fileiras dos que buscam o topo, o retorno do Delta  32 Matinata do Comandante Marcos Almeida( com novo enxoval), o Skipper 21 Galau( enxoval novo também ) do Comandante Chico Kulnig e JH Cabral, o Skipper 30 do Comandante Simão Bassul, e todos os comandantes que irão participar com seus tripulantes da RGS Cruiser, que será implementada em Vitória com a força toda, valorizando , e muito a turma que tem um estilo mais light, menos faca nos dentes, menos pirata eu diria, mas ao grande estilo de YACHT-MAN , com todas as vogais e consoantes.
Hoje além do prazer do velejo com os amigos, ficamos muito satisfeitos com a presença e vibração dos garotos do Optimist a bordo das naves:
-Lucas Quinamo no Aventureiro, e Bruno Falco no Phantom, a alegria e determinação dos petizes alimenta a disputa dos marmanjos.
O escrete das Jolly Rogers, composto pelos meus grandes amigos e companheiros, detém agora o Penta campeonato estadual, 4 com o Sir Wallace e uma com o Phantom.
Registro aqui os agradecimentos honrosos a equipe que correu neste fim de semana:
Léo Oliveira, Fabiano Porto, Fernando Mendonça, Marcos Albuquerque, e Marco Salmaso( convidado especial), e também ao Jens, ao Lucky , Julinho e Mac, membros efetivos de nossa equipe e, prinicipalmente gravo em nome de todo nosso time os parabéns ao Comandante Rodrigo Stephan , mandou muito bem e já mostrou que não veio para brincar.
Outubro vamos com tudo para o circuito Rio, e para a Rio Santos, como diria o Zarif:
- "Pra cima deles pessoal!!!"
The Phantom of the opera rests
Bons ventos a todos!

Domingo é dia da família, e de preferência velejando!

19/09/2010

Sentindo a Taputera, infelizmente na carne mesmo.

Prezados amigos nautas e amantes da vela de plantão, hoje domingo de vento sul , a tripulação do Phantom se encontrou no ICES bem cedo, para um treino técnico visando nossa participação no circuito Rio, que acontece no começo de novembro, tal como na regata Santos Rio.
Estávamos lá Lucky, Fabiano Porto, Lèo Oliveira, Eu, e de bote voando baixo, com Angeloti no timão, muito atrasado, veio a nosso encontro ao Dr Marcos Albuquerque e embarcou em frente ao sacre couer, enquanto ainda adriçávamos o grande, porém já bem afastados do cais, uma chegada triunfal para este nauta inciante e que vem se destacando como bravo yachtman.
Dia especial, dia de 64 anos do clube, uma grande festa social, mas esporte mesmo não teve, salvo nossa incursão ao canal de vitória e um ou dois widsurfs que vimos a rasgar as águas, um deles certamente o Rominho, fominha mor da vela de pranchas.
O vento prometia, começava a roncar, e alguns de nós , como o Fabiano não velejavam desde Ilhabela,  Lucky só de Snipes, e hoje seria o dia de tirar o atraso da galera.
Fomos então, num contravento delicioso, com muitas e muitas rondadas, canal da cidade acima, com o intuito de montar a pedra da Taputera, e treinar muitas cambadas, e controle da nave num mar de rondadas loucas onde o Phantom vira um cavalo selvagem , ou um cachorro doido, tem que segurar firme e com jeito senão é descontrole e momentos tabajaras em doses titânicas.
Ao entrarmos na boca do canal , avistamos um grande navio, e fomos o cortejando em bordos próximos porém sempre com muita margem de segurança, como verão nas fotos, até sua atracação final no porto de Capuaba.
Velejar neste percurso é muito bacana, vc tem a interação direta com o público, e leva para perto , bem perto das pessoas, a beleza de um barco a vela e seu balé sincronizado de movimentos, bordejando a 10 ou até mesmo 5 metros, das profundas margens do paredão de pedra da avenida beira mar, os cidadãos literalmente param para ver o barco passar, muito legal, não tem uma pessoa que não para para ver , e fotos então, são um festival. Certamente esta imagem do barco a vela traz um colorido especial ao domingo desta gente que está a passear pela orla da segunda capital mais antiga do país.
Cerca de 11 da manhã, com apenas uma hora de navegada nos aproximávamos da Taputera, que resolvemos montar por boreste e em seguida colocar o balão e voltar para o clube morro abaixo, e vimeos nos aproximando, algumas rajadas, e na minha mente uma premonição, premonição ruim , muito ruim.
O profundímentro , devido a chuvaca de ontem estava  meio apagado, ( os eltrônicos só operam 100% quando usados diariamente, ou em tempos de seca absoluta), todavia de nada ele adiantaria.
O meu sexto sentido é terrível, fica no subconsciente  a visão, e a visão que tinha era de um fundo cheio de pedras, e elas se aproximando do casco do phantom.
De súbito uma porrada, pow, crasshhshshsh, outra porradaça!!! e o barco subiu em cima de uma pedra, ficando apoiado pela quilha.
Todos mantiveram a calma, realmente muita calma mesmo, pois apesar da porrada , o barco não fazia água, mas chegou a subir quase meio metro sobre a água.
Primeiro tentamos com o motor( frente e ré), e o barco roda em seu próprio eixo agarrado em cima da pedra, depois o leme foi o premiado, começa a raspar e fazer ruídos, eu o solto imediatamente e deixo-o a vontade ,  não forçamos nada, o balanço e a calma nos tirariam dalí.
Neste ínterim tentamos radiofonia com a praticagem , mas obviamente, eles em manobra, atracando o navio que cortejamos , não poderiam nos dar suporte, somente depois deveriam nos responder decerto, pedi que meus parceiros aguardassem pois daríamos um jeito, e acredito que sozinhos teríamos mais chances de sair com o barco sem potencializar as avarias.
Nas horas que ocorrem acidentes, a calma é crucial , pois o pior pode vir depois se vc tomar a decisão errada, e o veleiro adernado é a única forma de sair de um encalhe, ou com vento, peso na borda ou com reboque na adriça , o que não tenho predileção alguma, dadas as possibilidades de quebra de mastro, de rasgo no casco, rompimento de peças, e tudo de ruim que puder passar pela cabeça.
Pensamos e fomos nos posicionado com o barco, de leve, bem de leve,  sentindo o que fazer, muito temor pois o fundo era pedra pura, e de todos os tamanhos.
Eu e Fabiano temos uma boa sinergia, é interessante, exatamente como nas regatas no conjunto traveller/timão, que trabalham em sintonia silenciosa sincronizada, decerto nós dois sabíamos o que iria acontecer , mesmo sem falar um com o outro sobre o plano de fuga, ao ver uma rajada mais forte se aproximar, pedi a tripula todo peso a sota, Fabiano caça os  panos com vigor e  plena certeza, adernamos ao máximo a nave e saímos , de lado,  arrastando, mas sem bater em nada, a única forma de sair sem detonar o barco, depois de uns 10 minutos onde ficamos muito calmos mas, momentos angustiantes.
Soltos, afastamos da pedra submersa , que em tupi guarani é taputera, e subimos o balão imediatamente, pois o leme não fora afetado a princípio, estava sendo manejado normalmente, e não dava para mergulhar naquela água podre do porto para ver o que aconteceu.
Tenho um bom anjo da guarda, e também sentia que a coisa não seria muito grave, ( torçia em silêncio para tal).
Surfamos o canal abaixo, em direção ao oceano com balão em cima, o prático passa acendo na encarnada lancha" Pilot" em alta velocidade, e quem era?? : - O Grande Velejador Ralph Rosa, que não deve ter entendido nada do que aconteceu, se entendeu deve achar que a gente é doido, mas fato é que estas pedras não existiam alí, a Taputera, a grande pedra submersa, fora dinamitada e os pedaços se espalharam num raio maior que a original , que tantas e tantas vezes contornamos em regatas, há 55 anos fazem isto.
Seguimos atravessando algumas vezes devidos as rondadas espetaculares, e numa delas, por um erro de montagem , o balão voou, mas rapidamente a tripulação com Lucky e Léo na manobra, safa a vela, e em seguida a reinflamos.
Em camburi, já em mar aberto a nave resolve voar, mas voar mesmo, estávamos andando uma barbaridade, marolas lindas ficando para trás, e surfando deliciosas ondas, mas a hora era de retorno ao clube e encarar os fatos.

Atracados, com toda calma e serenidade, Lucky se dipõe a mergulhar e constata que o leme não sofrera avaria alguma, mas a quilha sim , porém de pouca monta, arranhões, e um amassadinho na ponta do bulbo no bordo de fuga, ou seja, nada perante o susto que passamos, passadas as regatas do próximo fim de semana subimos o barco para acertar tudo e pintar o fundo pois a tinta já venceu.
Sentiremos a falta da carreta do barco, que compramos há um ano e 3 meses, e deve estar vindo de jegue de santa catarina, e o pior parou para fazer um pit stop, com um time formado por lesmas e preguiças, mas a gente pega outra emprestada, não seja por isto!
Num jornal antigo que tenho, da década de 50, te uma matéria com o seguinte título, " Ouvindo e sentindo a Taputera", pois é ...
Hoje, 60 anos depois a gente entedeu o recado.
bons ventos a todos e uma ótima semana!!!

Harry Manko, sempre com filmes sensacionais e gozadíssimos!

Um vídeo de compilações da Volvo Ocean Race, a volta ao mundo.

Os nós mais usados no mundo náutico, uma vídeo aula, aprenda para não chamar cabo de corda!