18/03/2013

59ª Volta da Taputera , o maior evento da vela capixaba de 2013, foi lindo demais!

Prezados amigos nautas e amantes da vela de plantão,

Conforme previsto , estabelecido planejado e esperado, a regata volta da taputera aconteceu neste fim de semana dentro da mais alta pompa e circunstância, e em paralelo ao macth o concurso de fotos tendo a regata como tema.

Uma curiosidade para os senhores, e que faz desta regata única no mundo. Vitória é a única capital no mundo onde os navios andam lado a lado com os pedestres, e também onde rola a única regata onde a população pode chegar tão perto dos barcos, o que faz da Volta da Taputera um evento acima da média, uma regata magnífica, que faz parte do calendário da ABVO e reúne um "Q" de aratu Maragogipe, com uma prova de barla sota, humm... sei não, deleta. Não tem nada a ver com regata nenhuma que vc já viu, terás que vir participar para entender!

O que se viu foi maravilhoso, 6 dezenas de fotógrafos buscando os melhores angulos da regata, que teve nesta edição recorde  histórico de participantes , um evento que o Iate Clube jamais protagonizara em toda sua história, nunca em 65 de tradição esta regata levou tantos velejadores ao mar, até mesmo os brindes para os velejadores foram insuficientes para o quorum de nautas que em busca de um resultado desfilou graciosamente na avenida Beira Mar para as lentes atentas dos fotógrafos.

O esforço para fazermos o concurso foi muito grande, e a sinergia se fez presente , o sweepstake perfeito e o resultado é este aqui para os amigos verem aos poucos( estas fotos são só um tira gostinho de nada...aguardem).
O maior prêmio são as magníficas fotos da regata, que vamos postar estas aqui em caráter provisório( e olha só o nível do provisório), pois ainda iniciaremos a apuração do concursoe a divulgação das fotos.

A participação de tantos pessoas no concurso de fotos também nos surpreendeu, uma idéia simples que tive , em juntar 4 coisas que amo: a vela , as fotos, a regata e o centro de Vitória.

Tudo foi feito em apenas 35 dias, data da primeira divulgação

Agradeço aqui em primeiro lugar a todos os paticipantes do concurso, e também Maria Emilia Souza e Manel Porto , ela diretora social e ele vice comodoro do Iate Clube pelo apoio e divulgação, a todos meus parceiros de tarbalho que baixaram lá em peso, e  ao nosso  "eutrocinador ": a Locamaxx( que além do concurso patrocina os veleiros Phantom Of the opera, e Flying Phantom) .
Um agradecimento especial em especial ao Renato Lage que ralou sábado e domingo ,e também ao Vitão, e ao Edinho que fizeram o lance acontecer de fato!

Bom chega de jeb jeb e vamos a corrida.

Na manhã de sábado  16 barcos estavam alinhados na praia de Camburi,  aguardando o tiro de largada para a 59ª regata Volta da Taputera.

Largamos embolados com o grupo, descemos o canal pelo lado de Vila Velha num páreo particular com o Aventureiro( delta 32) de Rodrigo Stephan, seguidos pelo delta 36 Albatroz( Comte Jânio Rigo), e pelo lado da Ilha de Vitória, o Kironsete( Skipper 30) usou de uma estratégia arrojada que lhe garantiu uma aproximação ao porto no topo da flotilha, somente durante a passagem do Penedo teve furtada a liderança pelo Albatorz, mesmo que  por breves momentos, em terceiro vinha o fantasma.


Descemos o canal fazendo o melhor que podíamos, pois como podem ver nas fotos nosso balão tem proporções com predicados de um falo nipônico em relação as rivais , o que nos coloca, nesta mareação em desvantagem absoluta perante o Delta 32 em principal. O que nos obrigou a dar um sem número de jibes canal abaixo para tirarmos leite de pedra.

Alías, um parêntese:
-Nossos amigos Luiz Henrique Abaurre do Coringa e o Rommel Castro do Flying Phantom, em eventos isolados e em locais diferentes do percurso tentaram tirar leite de pedra de verdade, dando uma bela( belíssima com B maiúsculo) de uma porrada nas pedras do fundo do canal... ui..ui Vale aqui a máxima do Macintyre: "prudência, barlavento e caldo de galinha nunca é demais". Mas dentre mortos e feridos, tirando o prejuízo material, todos se salvaram e completaram a regata em segurança.

Voltemos  então a vaca fria:

Após a montagem de bóia no fundo do canal, nas imediações do palácio Anchieta, o Skipper 30 de Mr. Bassul arranca na frente já nas primeiras pernas daquele contravento "enjoado" , com dezenas de bordos no estreito canal , até a boca da baía aos pés do morro do Moreno, e logo atrás o Albatroz( já superado) e o Phantom formam o pelotão de frente, logo dos 3 atrás vinha o Aventureio, mas estava em dia ruim e não passou de uma breve ameaça na descida do canal ficando para trás( mesmo) no contravento que marca a segunda parte da regata.
Aventureiro

 Estas fotos são do Vitor Carvalho e do Fabrício Silva, que este aí de camisa azul e bermuda jeans.
Adicionar legenda

Kironste e Albatroz.


Durante a passagem de volta em frente ao gigante granítico ( Penedo) , onde uma multidão de fotógrafos se aboletava em busca do melhor ângulo em meio a outro tanto de curiosos, coisa que por si só já anima qualquer competidor, foi alí "mes amis"  quando o time do barco das velas negras protagoniza uma belíssima ultrapassagem por sotavento sobre o Albatroz, uma manobra que arrancou entusiasmados aplausos e gritos dos espectadores, mesmos os leigos, e nos encheu de estímulo para irmos atrás da linda nave do amigo Bassul, recém-vencedor da regata Vitória Guarapari e que vem atravessando ótima fase , neste sábado em especial o simpático e sempre cavalheiro Simão Bassul estava contando com tripulantes top em seu escrete, marujos do naipe de Jens Ulfeldt e Bruno Martinelli, dois dos maiores nomes da vela capixaba de todos os tempos.

A subida do canal com vento médio foi bem técnica, o Kironsete uns 500 mts a frente do Phantom , e a flotilha ficando para trás, bordo após bordo.
 Assim mesmo distantes o primeiro do segundo colocado, a dupla abriu uma margem muito boa sobre o restante da esquadra, mas seria muito difícil o Phantom vencer, a única chance era um erro de Mr Bassul e sua trupe.

Mas a nossa tradição é faca nos dentes, e a experiência também conta, todavia contudo porém  se acontecesse uma vitória seria algo muito especial para parte do grupo,  a gente não velejava junto há mais de ano: No caso o Fabiano e eu que estávamos afastados do grupo devido a incursão no HPE em 2012, e o Fabiano por motivos de trabalho e família, e além disto estávamos promovendo o concurso de fotos.

Pois bem caros leitores, a xeque mate viria... metro a metro fomos nos aproximando no Kironsete.
Só quem é alcançado numa regata sabe o desespero que é ver o barco crescendo atrás de ti, e quando começas a olhar para trás insistentemente, como diz Luckypédia: -" você desconcentra e assina o cheque de uma vez".

E desta feita não foi diferente: Quando estávamos montando a Ilha Rasa, na ponta da Ilha do frade, a distância já era de alguns metros,umas 3 dezenas ou menos eu diria, e aí entra em cena o fator psicológico:
 Brado para o comandante Bassul:
- Jibe, jibe, jibe!!( insinuando para ele dar o jibe, pois estaria sangrando o rumo) e ele cai na minha onda achando que era sacanagem minha e não dá o jibe, prolongando por desnecessários metros o curso rumo a linha de chegada.
Assim, quando vi que dava para montar a ilha, com o Kiron sangrado a minha proa que já virava través, foi só dar o jibe rapidinho e na frente dele e partir para o abraço.

Foi lindo, lindo demais. Não precisa falar mais nada, se tiverem fotografado entenderão o que estamos falando, a manobra foi puramente tática, e selou a fita azul para o Phantom e suas assombrações.


Feliz da vida , escrevo para os amigos leitores que a prova fora vencida no tempo real pelo Phantom of the Opera, sob o comando deste que vos escreve, tendo a participação decisiva do tático Fabiano Porto, dos proeiros Julinho Santos Marques e Léo Oliveira, do fouter deck Marcelo Gama e do secretário Fernando Mendonça. Este time trabalhou perfeitamente, um espetáculo de ver , fazer parte então é para ficar honrado sem frescuras.



A confraternização se desenrolou dentro do mais alto clima de camaradagem típica dos nautas e iatistas em geral, registrando a presença do Rommel Castro e do Marco de Brasília, convidados especiais, e no domingo a festa se repetiu com os monotipos velejando num dia abençoado de sol e muito , mas muito vento, e com uma festa magníficamente organizada pelo Iate Clube do Espirito Santo.

Bom mes amis, breve postamos mais notícias sobre esta deliciosa regata! e fica o convite : venham experimentar, é algo único, vamos então as imagens que elas vale por mais de mil palavras!

Um beijo e um queijo, e bons ventos a todos!!






Chose de loque!!!















MINICIRCUITO RIO 2013


Amigos da Vela de Oceano,

Segue em anexo, o Aviso de Regatas do Mini Circuito Rio de Vela de Oceano.

Acontecerá no Iate Clube Brasileiro.

Este ano, o evento estende o tamanho dos barcos para até (inclusive) 32 pés. ORC; BRA/RGS e Classes de Monotipos.

A data foi mantida na data prevista no calendário da FEVERJ.  27 e 28 de abril e 04 e 05 de maio.

O evento será válido para a Copa Brasil de Vela de Oceano (Ranking Nacional da ABVO).

Ajudem-me a divulgar e participem!

Bons Ventos,

Lars Grael

Veleiro “Stand By Me” – BRA-2016

MINICIRCUITO RIO 2013
VELEIROS DA CLASSE OCEANO ATÉ 32’

Embarcações medidas na ORC ou RGS
Classes Monotipo:
J 24, Velamar 22, Ranger 22, Veleiros 23, Skipper 21,
Angra 21 e Delta 21

Válido para a Copa Brasil de Vela de Oceano ORC e BRA/RGS (Ranking Nacional da ABVO)

27, 28 de Abril, 4 e 5 de Maio de 2013

O Iate Clube Brasileiro tem a honra de convidar VSa. e Exma. família  para participar ou assistir Mini Circuito Rio, que se realizará nos dias 27, 28 de Abril, 4 e 5 de Maio de 2013.
A re-edição do Mini Circuito Rio em 2012, que nos anos 80 reuniu os maiores nomes da Vela brasileira e internacional, fazendo surgir grandes velejadores e projetistas de barcos como Maurillo Queiroz, Tuzé, Cabinho, Marcio Schaeffer, entre outros, foi um sucesso. Tivemos a participação de 28 barcos que durante 4 dias, colocaram à prova seus mais de 100 velejadores, entre eles 4 medalhistas olímpicos, na raia e tripulações de Niterói, Rio de Janeiro, Angra dos Reis e Brasília,  buscando o desempenho máximo de seus barcos e suas tripulações. Ótima social e confraternização.
O Mini Circuito Rio de 2013 será o maior evento oficial e aberto para veleiros de oceano de até 32 pés de comprimento.

Maiores informações podem ser obtidas na Secretária Náutica do Iate Clube Brasileiro, em nossa sede, Estrada Fróes, nº 400, São Francisco, Niterói, RJ - Tel. e Fax.: (021) 2714-8224 / 2714-8252.

14/03/2013

Regata Volta da Taputera, 64 anos de tradição


Recado do Mon Ami, Billy, tenho obrigação de compartilhar esta jóia!!


Pessoal, o importante eh competir contanto que eu chegue em primeiro....rsrsrsr, galera, brincadeiras a parte, estou aqui nas minhas maos algumas reliquias (tacas) da nossa flotilha, sao elas:
Taca 1 - "VOLTA DA TAPUTERA"; 1948; "VENCEDOR" "TYPHOON"
Taca 2 - "CAMPTO"; 1948 ; "FLOTILHA 245"
Taca 3 - "VOLTA DA TAPUTERA" ; "Vencedor"; "Typhoon" ; 1953
Depois mando as fotos para vossas senhorias...
Nao eh para qualquer poder participar de uma flotilha tao antiga! Honremos os antigos, vivos ou mortos!
Abracos,
Billy

12/03/2013

Alerta barco encalhado.

Alerta solidário! O Veleiro EasyWind está encalhado na Praia de Botafogo no Rio de Janeiro. Se alguém conhecer o dono, por favor, avisem. Parece não ter sofrido maiores danos, mas corre o risco de ser saqueado. Compartilhem.

Man Overboard Rescue Tech...


10/03/2013

Volta da Taputera 2013, falta uma semana para a maior festa da vela capixaba!

A tradição remonta o longínquo anno domini de 1949!



A regata é uma das lindas do Brasil e do mundo, e não tem comparativos, graças ao seu magnífico percurso que sai da Praia de Camburi e vai até o Centro de Vitória , passando pelo canal do Porto, aos pés do convento da Penha, sob a gigantesca terceira ponte, e ao través do gigante de pedra( o Penedo).
Acho que em palavras fica um pouco difícil de explicar, então farei uso de imagens!

Voilá!



percurso.

                  Local exato do concurso de fotos, o miolo do porto da cidade mais bacana do Brasil.
O canal, a gente vai retornar antes das cinco pontes, a gente vem lá de cima; Aqui embaixo temos a "segunda ponte em primeiro plano, e as cinco ponte em seguida.


Aqui vemos o ICES e o canal com aponte, temos que dar a volta nas ilhas do frade e do Boi para entrarmos no canal, são 9 milhas de regata.

A Ilha

Olhando de baixo para cima, no centro da foto um pontinho branco é a pedra da taputera
está em cima da letra F de foto!
Os barcos entram no canal lá em cima aos pés do morro do moreno e vem até o museu ferroviário, a volta pe um contra-vento casca grossa!!

O mestre Alvaro com seus 837 mts a tudo observa.

Esta foto foi captada np convento da Penha, e vemos um rebocador adentrando o canal rumo ao porto.

Na primeira quarte parte da descida do canal rumo ao porto, passamos por baixo da colossal" Terceira Ponte.!



Recorte de jprnal 1950 e tal.


O porto, na outra margem é Vitória, no lado de cá Vila Velha. Neste trecho o vento ronda demais e a correnteza é fortíssima!

Ruínas da Alfãdega, fica do lado de Vila Velha no canal, em frente ao morro de jesus de Nazaré.


Farol da Taputera em clique de Tarquínio 1949, o idealizador da regata.

Visto do alto, do mar para o continente , o canal da baía Vitória.

03/03/2013

Velejadinha Rock and Roll, Carabelli 30, por Tarcísio Matos.

Velejadores,

No endereço http://www.youtube.com/veleirokaikias estão dois vídeos produzidos a bordo do C30 Kaikias durante a Regata Família Back, primeira etapa da Copa Veleiros de Oceano 2013, realizada no sábado, 2 de março, em Florianópolis.

Nordeste de duas dezenas de nós, popa, água invadindo o convés, atravessadas, velocidades alucinantes. Metade de um dos vídeos, o primeiro da fila, foi feito em time lapse. As imagens estão sincronizados (ou quase) com o antológico solo de bateria de John Bonham, no festival de Montreaux de 1976. Os 90 segundos finais mostram a primeira hora da regata.

Em outro endereço, o http://www.youtube.com/Sailingsevillano , estão as três regatas da segunda etapa da Copa Catarinense de Veleiros C30 sob a ótica e a edição de Sérgio Sevillano. As regatas foram corridas dia 23 de fevereiro.

Bons ventos,

Tarcísio

Voiles et Voiliers: Vitória au Brésil, un voilier dans la rue







Vitória au Brésil, un bateau dans la rue.

"Vitória Brasil, um barco no meio da rua".

Prezados amigos,  nautas e amantes da vela de plantão, começamos mais uma semana no anno domini de 2013, e como é costume , mesmo após uma semana assoberbada com duas viagens de trabalho ao rio, uma a colatina, reuniões  de treinamento até tarde da noite  na Locamaxx( nosso ganha pão), e de ontem passar o dia todo em uma imersão de aprimoramento de cultura empresarial e alinhamento de valores, não posso deixar de postar nossa tradicional matéria dominical.

E hoje , vai ser bem especial! ( até rimou... que viadagem!), é tão importante este fato que estamos compartilhando com os senhores, que é como se fosse "tipo assim": " deu no new york times", só que o níu iorque táimes da vela, manja?!

Chega de Jeb Jeb e vamos então a pauta, que hoje vamos falar de um" Chévre de Peste", um cara determinado, bom amigo e conterrâneo , que teve sua história publicada no mais sagrado e idolatrado site de vela do mundo.
Há algum tempo atrás postamos neste pasquim uma matéria acerca do nosso incrível amigo, intitulada  Eugênio Geaquinto Herkenhoff, um cara fora de série. (http://www.avelok.com.br/2011/05/eugenio-geaquinto-herkenhoff-um-cara.html)
Na ocasião, fizemos este vídeo sobre a construção do Cape Henry 21, peço desculpas ao leitor, pois o nosso tosco vídeo( feito com um celular) mais pareçe uma piada de salão tendo em vista a qualidade do material dos franceses, mas mesmo assim ficamos muito satisfeitos em poder divulgar também este trabalho fantástico.
Atestando a importância e a grandeza da construção do Eugênio, este vídeo é um dos mais acessados do canal avelok no youtube, com 627 visualizações, e a postagem neste blog também um das campeãs de visitas.


Eugênio tem muita história para contar , dono um comportamento irrequieto,   de curiosidade aguçada e com um raciocínio e  fala ultra rápido, o "mestre"( como o chamo) já cruzou o Atlântico a vela e de carona por duas vezes, uma delas quase morreu quando foi inventar de tomar um banho na popa do barco sem estar amarrado em nada, e sem ninguém o vigiando, deu uma cabeçada na escada perdeu os sentidos por alguns segundos e fora salvo pela sorte e pelo cabo de 50 metros com o perfeito nome de : "Last Chance" lançado a popa. 
Cachoeirense membro de uma dos clãs mais inteligentes e intelectualizados destas terras abaixo do céu rosa branco e azul , casado com a Francesa Evelyn, pai dos pequenos velejadores David e Cynthia, alfabetizados bilíngues ( falam francês com a mãe e português com o pai) auto didata, designer , artista plástico, marceneiro amador, pedreiro, gesseiro, eletricista, funcionário público é ele quem com a próprias mãos reformou seu apartamento; Ele fez sozinho todo o serviço de pedreiro, levantou paredes, atuou como marceneiro, eletricista, bombeiro, gesseiro e trocou até o piso de madeira. O "mestre"  fabrica com muita facilidade tanto seus móveis( mesas cadeiras e armários), como os  pães que serve a família.
 Viciado em cafezinho ( sempre  anda com sua inseparável garrafa térmica , o amigo cachoeirense é adepto de uma linha de vida simples e saudável, ( praticamente não usa carro, usa bike para tudo), desapegado a bens materiais e ao consumismo,  um cara de fato dos padrões que todos podem imaginar, definitivamente Eugênio não é óleo para a máquina... ele é mesmo um cara fora de série.

Estava pois escrito, que no empenho, nos sonho e determinação deste patrício do Rei Roberto  cedo ou tarde , a  coroação e o reconhecimento de seu trabalho seria feita. 
Pois bem meus caros leitores, o fato se deu no mais alto nível, em  grau e patente possíveis e imagináveis:
-Uma matéria exclusiva no canal da revista Voiles et Voiliers, principal veículo de comunicação da vela no principal país da vela do mundo, a melhor revista da frança , a terra dos soberanos velejadores já canonizados e celebrados em todos os 7 mares, seres interestelares como "Saint" Tabarly, Frank Cammas, Pascal Bidegorry, Gabart, Bernard Moitissier, Coville,  Thébalt, e outros habitantes do olimpo da "vela de gente grande e macho chevre de peste"!

Segue a mensagem do Eugênio nos dá uma explicação da entrevista, e do contexto de sua obra.
Espero que gostem da matéria! 
Bons ventos a todos, um beijo e um queijo e uma ótima semana aos amigos , nautas e amantes da vela de plantão, com muito vento, pouca onda, velocidade constante, estabilidade e rumo!
 .

"Renato,
Na reportagem feita por Hugues e Caroline, dois navegadores que por
ironia do destino são nascidos e criados numa cidade totalmente longe
do mar, que é Paris, falam que Vitória é uma das cidades mais
prósperas do Brasil e chamam o nosso Iate Clube de muito chique.
Observam a presença de poucos veleiros de viajantes e acham pitoresco
o campeonato de pesca e os "matadores de peixe"(pescadores de marlin).

Traduzindo um pouco, no início eu falo que a melhora da situação
econômica do país e a exploração do petróleo no estado fizeram os
preços dos imóveis subirem absurdamente na cidade. Daí uma oficina tão
pequena: "foi o que consegui comprar..."

Falo que a oficina no meio da rua gerou efeitos muito positivos, como
novos amigos entre os vizinhos e, a parte que mais me deixa
satisfeito, a divulgação da construção naval amadora (...qualquer um
pode chegar e bater um papo"). Durante o dia a coisa é mais normal,
mas pela madrugada recebo as mais variadas e inesperadas
visitas...prostitutas, viciados em crack, andarilhos, entregadores de
pizza, bebados que choram emocionados, ladrões que oferecem produtos,
e por aí vai... enfim, uma experiência da vida real ( ou surreal?) em
todos os níveis. É um pouco arriscado as vezes, mas conto co a
proteção de deus e dos vizinhos com insônia que de tempos em tempos
checam a situação das janelas dos apartamentos e já intercederam
pessoalmente algumas vezes as 2 ou 3 da madrugada, prevendo algum
perigo).

Na reportagem falo que em respeito aos vizinhos me senti na obrigação
de trocar algumas ferramentas elétricas pelas manuais, como foi o caso
da plaina. Hoje agradeço por terem me dado esta oportunidade, pois
estas ferramentas manuais, além de silenciosas, são muito mais
precisas e menos perigosas que as elétricas. Falando em vizinhos, fiz
grandes amigos, e vejo isso quando recebo cachos de banana sem
agrotóxico do quintal ou ovos de galinha caipira do sítio da avó ou
crepes quentinhas do restaurante natural. São estes mesmos vizinhos
que estão sempre presentes no nosso "bar sem alcool" (aonde só são
permitidas conversas boas e construtivas), sempre prontos para me
darem uma "mão" quando preciso.

Cynthia, minha filha fala sobre o nome escolhido por ela e o irmão
Davy: Pachakamac - o Deus do sol dos incas, e nome de um navio das
hsitória do Tintin.

Falo do estilo "tradicional/antigo" e ao mesmo tempo moderno e do
casco meio "planador" do projeto do arquiteto Dudley Dix, que deverá
dar um barco de performance. Falo também da madeira "cedro rosa"
utilizada na construção, e do problema das altas taxas de importação
para ferragens, velas e outros materiais nauticos que tanto dificultam
a construção naval no nosso país.

Grande abraço
Eugênio"

RISW 2011, Regata Edorado Alcatrazes por Boreste.

02/03/2013

Atílio Bermudez Modelismo Naval.

Prezados amigos , nautas e amantes da vela de plantão, estamos nos preparando para receber o Atílio e a Mônica aqui em Vitória na ocasião da 59ª regata volta da Taputera, quando na oportunidade irá ser entregue a minha réplica.

Acabo de receber este email da Mônica, esposa do Mago, e confesso que fiquei de queixo caído com a perfeição dos detalhes do barco, SURREAL! o que me faz na obrigação de divulgar esta arte magnífica , e sem comparativos no Brasil, para todos amigos, nautas e amantes da vela de plantão.

Encomende a sua já, pois como vêem , com esta riqueza de detalhes impressioanates, esta obra de arte é única e magnífica  , e obviamente não  se compra nas casas bahia, nem na amazon.com, e demora um tiquinho para ficar pronto, mas é uma peça única com alma e vida própria.

Contatos: http://atiliobermudes.blogspot.com.br/













26/02/2013

MANUAL AMADOR DE NAVEGAÇÃO EM TEMPOS DE VENTO FORTE


Este texto é do amigo Escriba , el grande "capitán" Caê Guimarães.

 

.   

MANUAL AMADOR DE NAVEGAÇÃO EM TEMPOS DE VENTO FORTE

É possível navegar usando o mapa luminoso das estrelas. Olhe para o céu. O mapa está lá, desde que não haja nuvens encobrindo a crosta terrestre, pele fina de areia, terra e minérios que impede que voemos pelos ares implodidos pelo magma que borbulha lá embaixo. Deixe-se levar pela grafia do tempo. Isso que você vê com o pescoço virado para cima é o que há de mais antigo a ser captado pelo olho humano. Variará de acordo com a hora da noite e a época do ano. Mas será sempre o mesmo céu. Só muda quando você cruza a linha do Equador. Lá, são outras estrelas a guiar faroleiros, marujos e bucaneiros. 

A constelação de escorpião escorre sinuosa no final da tarde. As Três Marias, dentro do retângulo de Ôrion, brilham como meninas tristes, paralelas sem nunca poder se tocar. O Cruzeiro do Sul é o marco de quem vive nessa parte do planeta. Uma cruz imensa, completa por uma testemunha discreta, pequena, posicionada no quadrante inferior esquerdo, como se fosse uma intrusa aceita pela benevolência dos pontos mais luminosos.  Também tem Vênus, com suas insinuações mitológicas e sensoriais. Primeiro sinal a aparecer, é a luz mais sensual e hipnotizante dos corpos celestes que nos são dados observar. O que vemos são chamados corpos austrais. No do norte do planeta são boreais. É outro céu, mas também é uma carta de navegação, de onde se pode definir o rumo de uma rota, a distância pra chegar daqui até aí e o tempo certo para ancorar ou içar velas.

Outra ferramenta de navegação é a leitura do vento. Um olho na vegetação e outro na pele de pantera do oceano. As folhagens indicam o sentido e intensidade, como um movimento de esgrima. Na Patagônia, por exemplo, todas as árvores crescem para o norte, deformadas pelo constante vento sul. Às vezes ele chega forte aqui. Imagine lá. Vento é ar em movimento. Pode suavizar o calor escaldante e derrubar os muros erguidos sobre as convicções confortáveis. Pode ser mudo ou cantar uma nênia que língua alguma traduz sem os contornos da subjetividade. O lado contrário ao sentido de onde vem o vento é chamado sotavento. Seu oposto é o barlavento. De forma simplificada, um é onde sopra e o outro de onde sopra.
Também há ferramentas inventadas pela mão humana. A mais comum é a bússola, uma agulha imantada que aponta sempre o norte. A partir daí sabemos onde fica seu oposto, o sul, e seus escudeiros, leste e oeste. Por isso as palavras nortear e orientar se incorporaram ao nosso vocabulário com uma segunda função, que é indicar o caminho certo, a direção, o ponto aonde se quer chegar
Certa vez, parodiando a melosa frase “longe é um lugar que não existe”, alguém me disse que “norte é um lugar que não existe”. Pode ser. As agulhas das minhas bússulas sempre subvertem a lei da natureza. No lugar de apontar ao norte magnético, elas giram incessantemente. Como moinhos engarrafados. Por isso as estrelas, o vento.....

18/02/2013

A história da regata Volta da Taputera em jornal de1957.


A história da regata se mistura com a história da sociedade Capixaba, matéria do site MorrodoMoreno.com.br


Desde 1949 é realizada a Volta da Taputera, evento náutico que percorre aproximadamnte 16 km na baía de Vitória e que vai até a Taputera, pedra submersa marcada por uma bóia em frente ao Museu da Vale, em Argolas.
Encontramos na Revista Vida Capichaba que circulou no ES em 1957 (cedida gentilmente pela Casa da Memória de Vila Velha), matéria sobre esse evento. Interessante constatar a evolução da mídia. Se antes o evento era noticiado em revista impressa em preto e branco e narrado por radialistas, hoje é possível acompanhar o evento na Internet, com imagens coloridas, sons e movimentos.
Leia a matéria publicada na época (1957).

Volta da Taputera
Taputera é uma bóia localizada na altura de Argolas. E é também uma competição náutico-esportiva das mais famosas e bem organizadas do Brasil. Idealizada pelo iatista Tarquínio da Silva,a Volta da Taputera foi corrida pela sétima vez, patrocinada pelo Iate Clube do Espírito Santo.
Dando um toque de calma poesia à manhã, os pequenos iates cortavam as águas da baía como brancas garças, com suas velas largadas ao vento como asas. Multidões de entusiastas aglomeraram-se à entrada da baía para torcer melhor à passagem de seus preferidos, enquanto outros, mais comodamente, ficaram-se em suas casas a ouvir os lances da corrida através do rádio.
No final da competição, Vitória inteira aplaudiu o feito de Fernando Jackes e Murilo Horta, os campeões, que na  montagem, posam ao lado do barquinho, cansados mas felizes. O iate campeão tinha um nome sugestivo: "Barbaridad".
Mario Menezes e Manuel Rodrigues foram os lanterninhas e ganharam uma taça alusiva.
Mister Brown, o homem da Central Brasileira de Força Elétrica, foi juiz-auxiliar na raia e um cronista especializado garantiu que gastou muita "energia".

Texto publicado originalmente na Revista Vida Capichaba, de 1957.
Autor: Mickey
Fotos de Pedro Fonseca e Arquivo.

Nota do Site: Consultamos Willian Brown, para mais informações sobre o Mister Brown da foto publicada na matéria. Veja o que ele nos informou:
"Mister Brown, só tem um! Meu avô, nascido em Leicester na Inglaterra, em 1908... Que é o da foto, histórica por sinal."

Willian Brown é filho do famoso velejador Morris Brown e irmão do nonacampeão brasileiro de Vôo Livre Frank Brown.

Dica para Volta da Taputera, preparo físico por Douglas Calazans.

Fisioterapeuta velejador pensando na Volta da Taputera.

Vida sedentária, excesso de exercícios e má postura podem prejudicar sua coluna vertebral.
Faça sua preparação física para a regata em doses homeopáticas, cerca de 40 a 50 minutos por dia, sempre se lembrando dos alongamentos. Não esqueça da cruel retranca, sua coluna tem de ser flexível e resistente durante todo o percurso. Além disso, você deve corrigir as más posturas, e se for o caso tratar os desvios músculos-esqueléticos.
Quem melhor que um velejador pode compreender que os músculos da coluna vertebral são comparáveis aos estais e ovéns? Se eles se encurtam, se enrijecem, o mastro se achata, perde sua capacidade de adaptação ao vento e, mesmo, deforma-se!
Boas vértebras e… bons ventos!

Regata Volta da Taputera 2013, uma novidada para trazer o público a beira mar! Participe, compartilhe , divulgue!


Vem aí a regata Angra-Rio, inscrições gratuitas para os afiliados a ABVO!!!


Harry Manko, sempre com filmes sensacionais e gozadíssimos!

Um vídeo de compilações da Volvo Ocean Race, a volta ao mundo.

Os nós mais usados no mundo náutico, uma vídeo aula, aprenda para não chamar cabo de corda!