04/09/2013

Alaska , a última fronteira. Matéria de nosso correspondente do Caribe e Alaska: Mr. Igor C. Mestriner.

Alaska, a última fronteira. Tais são os dizeres abaixo dos números nas placas dos automóveis que circulam pelo maior de todos os estados dos Estados Unidos da América. Nem mesmo nos meus mais remotos sonhos marítimos sequer imaginei que um dia navegaria por essas frias, misteriosas, perigosas e interessantíssimas águas. 



















Cheguei à encantadora cidadezinha de Homer, na Península do Kenai por volta das 3h da madrugada do dia 18 de Junho após passar o dia todo em trânsito vindo de New Port, Rhode Island, do outro lado do imenso país. O sol seguia alto no céu dando sequer sinal algum de que baixaria em algum momento... e tal foi minha primeira impressão dos 59⁰ de Latitude Norte onde eu agora caminhava tranquilamente metido em minhas botas e trazendo o velho saco de marinheiro ao ombro. Não fazia frio ou calor, o dia, digo, a noite estava linda e o porto pesqueiro junto ao final do chamado Homer Spit impressionou-me logo de saída com a quantidade de embarcações docadas ali e as outras tantas que entravam e saiam pela única e estreita entrada do porto que, aquelas alturas, eu nem sabia pra que lado ficava... mas o tempo e a boníssima gente do lugar não tardou a apresentar-me o pedaço, assim como parte das aguas locais.
Nordwind foi construída na Alemanha no ano de 1939, na cidade de Bremen. O construtor, H. Gruber, e sua equipe construíram o barco para a Marinha Alemã da época e, como todos sabem, aquela foi uma época bastante séria da história daquele país portanto, o barco era solido! Mais de 80 pés de madeira sustentadas por costelas de ferro fundido, belamente ornamentada com carpintaria de ponta em seu interior luxuoso, armada em Yawl, como muitos W. Fifes, entre outros tantos belos clássicos costumavam ser. Barco lindo, cheio de histórias não contadas e detalhes interessantes em bronze e madeira, assim como porcelanas nos banheiros, daquelas azul e branco, que davam gosto de contemplar e pensar em quem já havia escovado os dentes ali...
Teríamos menos de um mês para reanimar o grande barco que ali literalmente hibernava(tipo um urso!) e levar o dono e sua simpática esposa para um cruzeiro de exploração pela península do Kenai por 10 dias, após o qual a embarcação seguiria para Vancouver, no Canadá, onde a mesma enfrentaria outro longo e frio inverno sem ninguém a bordo. Assim sendo,  nos enfurnamos a trabalhar e não paramos nem mesmo no feriado da Independência norte-americana – 4 de Julho e, ainda assim, a turma nos trouxe cachorros-quentes e “biscoitinhos da Liberdade”, muito gentil da parte deles por sinal! Fiz bons amigos ao longo dos muitos dias de trabalho pesado que realizei e se tem uma coisa que seja verdade sobre essa gente é o fato de eles respeitarem e tratarem com consideração aqueles que pesado trabalham.  Gente como o bom Dave do “Ashore watertaxi”, ao longo das semanas, me presentearam com carne de alçe, ostras frescas da fazenda-ali-do-outro-lado-da-baía, mexilhões, bacalhau negro defumado que eu-nunca-havia-comido-igual! Salmão e salmão e mais salmão... Nunca jamais havia pensado que comeria ou se podia comer tanto salmão e tão fresco...  Mamma mia!!! E também foi a vez do Senhor Mogar, o genial eletricista, levar-me pra jantar num restaurante de verdade por aqui, ir num bar, ouvir música local e falar com as pessoas que jamais-viram-um-brasileiro na vida. Tudo muito divertido e bastante tocante a forma como fui muitíssimo bem recebido aqui em Homer, no Alaska!
Aqui a coisa funciona nos termos da pesca comercial. Existem barcos e mais barcos entre 30 e 50 pés totalmente preparados para pescar toneladas de salmão de primeira qualidade pelas seis semanas por ano onde tal prática é permitida.  A maré é imensa, passando fácil dos 6 metros de amplitude, são quase 4.4 pés de agua subindo ou descendo a cada hora e daí o amigo já consegue imaginar as correntes do lugar. São perigosas as águas que esses homens e mulheres se aventuram para buscar seu peixe e também aqui se pratica aquela perigosíssima “pesca mortal” do caranguejo que tem até programa de tv a respeito, mas isso é no inverno e Deus me ajude de passar o primeiro inverno da minha vida tropical aqui! 
Era o dia da partida, o proprietário estava para aparecer a bordo a qualquer momento aquela manhã ensolarada e todos estávamos em nossos uniformes. Sabe como é, a vida de marinheiro tem dessas também... Veio o homem, carregamos sua bagagem a bordo, o mesmo desembarcou depois de meia hora e, trazendo sua senhora pelo braço, foi visitar Homer e seus pequenos encantos. Encantadora a pequenina Homer e fascinante é a palavra que me vem para descrever o Spit, esse prolongamento de terra adentrando o mar quase que em linha reta por cerca de 6 milhas, criando assim um porto ideal e único para aqueles que aqui vivem das iguarias que somente o Oceano sabe produzir e prover.
O zarpe aconteceu por volta das sete da “noite” do dia 11 de Julho, o céu estava claro como somente um dia de verão saber ser e as máquinas que tão bem preparara para nossa navegação realizaram seu trabalho sem maiores incidentes. Ancoramos a primeira noite ao largo da pitoresca comunidade pesqueira de Seldovia e ali passamos a noite sem desembarcar. Acordamos às quatro e meia da manhã seguinte e “motoramos” ao redor da ponta “Adam”, fazendo assim proa a deixar as ilhas “Chugach” a bombordo. O tempo estava bom, o mar bastante liso e quando adentramos o primeiro fiorde de nossa aventura, o “Northwest Fiord”, todos aqueles dias de muito trabalho e noites mal dormidas pois-nunca-fica-escuro fizeram sentido de uma tacado só! ...Ô coisinha mais linda que é o gelo!
Aquele paredão azul silencioso, aquelas montanhas nevadas se erguendo até onde dói o pescoço de tanto olhar pra cima, aquele verde de inverno e todo aquele gelo e mais gelo por ao redor do barco, aquilo sim fez o sangue correr nas veias verde-amarelas do marujo aqui como há anos eu não sentia! Como é lindo esse encontro quase que desafiante do homem com a natureza onipotente bem ali na vossa frente! E o melhor é que o dono do barco queria mais e queria chegar mais perto e empurrar gelo com a proa e, uma vez ali, foi pedido que o bote fosse lançado e lá me fui com o proprietário, empurrando gelo e achando caminhos entre essas maravilhas flutuantes para que o mesmo tirasse as fotos que vocês agora veem. Tudo bom demais, fascinante demais e, quando a proa chegava perto daquelas paredes de muitos mil anos de gelo sólido, gelado demais!
Havia focas a descansar sobre o gelo flutuante, pássaros mil, a tal águia da cabeça pelada símbolo dos Americanos (um animal bastante imponente devo dizer), baleias e seus filhotes a nadar tranquilamente, golfinhos de coloração negra e branca e bico bastante curto, peixe saltando por todas as partes, tudo muito espetacular. E assim foi o ritmo e assim foi o tom de nossa viagem pelos fiordes da península do Kenai. Todos os dias acordávamos bem de manhãzinha e, com o potente motor Man de 6 cilindros turbo com seus velhos 400 cavalos de potência, conduzíamos aquela embarcação histórica de madeira sobre as águas do Alaska até outro fiorde e mais uma geleira e outra! Tinha dia que navegávamos a 3 fiordes diferentes um mais lindo que o outro e o barulho de trovão, o estouro que no gelo faz quando se rompe, aquele tiro de canhão seguido do desabamento de toneladas de gelo que levam cerca de alguns segundos após cair na água para emitir o som perturbador de coisa-grande-caindo-na-água. As forças da natureza se pronunciando e você ali, testemunha pequenina e humilde daquele espetáculo natural, por vezes assustador, totalmente sem igual. Um privilégio, isso é aquilo que essa viagem me foi. 
A madrugada do dia 19 de julho foi-me especialmente marcante. Às 19:20h da noite adentramos uma baía muito pequenina após negociar uma entrada até perigosa, eu diria. Uma “cove” como chamam eles , localizada na parte sul de “Derickson Bay”. Haviam 3 metros abaixo de nossa quilha e um longo cabo foi mandado à terra junto à minha pessoa para evitar que o barco girasse sobre as rochas em todo o redor. Uma vez seguramente amarrada a embarcação à duas árvores, aproveitei que ali estava, puxei o bote sobre as rochas que a maré ainda baixa expunha e fui explorar aquele lugar tão interessante. Mal havia rompido entre os ramos das árvores da subida da costa, adentrei o campo nem 300 metros e lá estava o gelo, espalhado por sobre a grama, amontoado junto à encosta dos pequenos morros. Havia até um rio que se acumulava ali antes de seguir por terras mais baixas até o mar, não distante nem meia milha. Era o lugar perfeito e madeira não faltava ali! Retornei ao barco e chamei a todos, “temos de acampar aqui, o lugar é perfeito e temos tudo o que precisamos a bordo!”.  A turma meio que não se animou muito e desconversou o caso. Eu, sendo como sou, insisti, mas ninguém realmente se manifestou contra ou disse que sim. E terminou comigo num clássico “então vou eu!” e fui-me. Agarrei o machado de emergência de bordo (no caso um grandão de duas mãos bem daqueles bom de rachar lenha!), uma garrafa grande de água, uma salsicha, uma cerveja (claro, né, gente, por favor!), isqueiro, saco de dormir e pedi passe de desembarque pela noite.
-          Tem ursos lá fora.
-          Melhor que tenha, jamais vi um!







E assim construí, digo, arrastei umas toras, empilhei umas pedras, cortei várias madeiras que achava secas e boas pra queimar, fiz fogo, preparei o espeto, assei a salsicha, tomei a cerveja que botei pra gelar naquele gelo mencionado e acumulado lá; dormi no saco de dormir abaixo das e observando as mesmas estrelas que o céu do Alaska tinha para mostrar-me aquela noite.
Não vi urso algum, só rastros dos mesmos quando explorava as redondezas do meu acampamento selvagem, mas ainda assim foi ótimo! Barcos por vezes te colocam em situação de convivência intensa com pessoas que não necessariamente se gostam o que, convenhamos, é normal. Você não precisa amar seus companheiros de trabalho para realizar um bom trabalho com eles. E se, todos gostarem de todos no grupo, ainda melhor, pois o trabalho se realiza de forma mais leve, harmônica e divertida. Oras, quem entre nós não gosta de trabalhar com amigos e afins?! Eu precisava de um tempo a só comigo mesmo e também eles, a tripulação, precisava de um tempo sem mim. Vento aqui nao há, exatamente como me disseram todos os pescadores e capitães das balsas motorizadas de embarque-desembarque pela rampa da proa e rebocadores que conheci em Homer e a turma da coberta não andava nada feliz com aquilo. Nenhuma vela foi içada, a não ser por meia hora logo na saída do porto de  partida e, após panejar a buja e a mezena por alguns momentos, os poucos panos foram baixados e dali por diante apenas o motor roncou e a hélice impulsionou e os dois geradores mantiveram tudo funcionando, exatamente como eu havia preparado os mesmo para fazer com a devida atenção e cuidados não havia nem um mês atrás... e eu estava bastante feliz com aquilo.
A única coisa que não funcionou mesmo foi a rapaziada dos serviços de imigração canadense a qual entrou em greve pouco antes do Igor dar entrada no visto dele, o que não só rendeu uma falta de visto de entrada para ele, como também atrasou a viagem do nosso terceiro tripulante em mais de 20 dias, o que botou um peso muito maior nas minhas costas pois o Capitão havia rompido suas próprias costas anos antes, não podia pegar peso e sobrou pro meu lado e era comigo mesmo a parada. Por fim, o barco foi, seguiu viagem e eu não pude seguir adiante até o Canadá. Cada qual sabe porquê fazer ou entrar em greve e eu não culpo ninguém por isso. Aconteceu justo quando era minha vez de ir navegar as águas deles e paciência. Devo dizer, no entanto, que o pessoal da Embaixada Brasileira de New York me foi muito solícita e prestativa, fornecendo-me a orientação necessária nas horas de dúvida e até indignação. Não pude seguir adiante num trabalho o qual vim até aqui para realizar e isso lá molesta, sabe?! Paciência...
Terminei não indo ao Canadá, ao invés disso desembarquei no mesmo porto, dia e hora que o dono do Nordwind e sua esposa, e após uma boa refeição num dos únicos restaurantes do diferente entreposto de Whittier, subimos todos a bordo da histórica Ferrovia do Alaska e, de trem, seguimos para a maior cidade do maior estado do pais com mais Estados Unidos, lá mesmo onde tudo começou: Anchorage. Chegava ao fim mais uma viagem... ou não!
 Epílogo:
Comprei uma van verde metálica bem da grande dessas americanas dos anos 90. Não era bem esse o meu plano, mas, por 500 dólares, como é que o sujeito não compra uma van e roda o Alaska?!? Minha querida namorada tirou um mês de ferias do Super-Yacht de 116 pés em que ela trabalha como imediata e voou pro Alaska. Retornamos a Homer, botamos um colchão de casal, lençóis e cobertores, dois travesseiros e fronhas que compramos no Exército da Salvação por 25 dólares tudo e, agora, vivemos nosso amor pelos últimos dias do verão dessa terra fantástica, livre e selvagem, ficando na casa dos bons amigos que fizemos aqui, acampando, dormindo na nossa van, fazendo fogueiras e churrascos na companhia de pessoas únicas e diferentes de todo daquilo que conhecíamos. Pescadores comerciais, caçadores de alçes e ursos e bodes montanheses e lobos e tudo o mais que o governo, com todas as restrições e legislações possíveis, ainda deixa dar tiro nos bichos; gente que trabalha a terra, que constrói casas de madeira, que opera pás-carregadeiras e outras máquinas pra remover neve no inverno que eu sequer imagino, pilotos de hidroaviões desses que tem aqui como eu nunca vi em lugar algum do mundo. E claro, cruzando a sublime baía de “Kachemak” nos diferentes barcos dos amigos, comendo salmão e mais salmão e... “– Quer mais salmão?!” .  Claro...
Há um barco esperando por um marujo como eu na costa Leste do imenso país norte-americano. Há vários, na verdade. Basta ir até lá, conhecer os marinheiros, conversar com as tripulações, ser apresentado aos capitães, fazer os amigos que você nem sabia que tinha e estavam lá esperando só você chegar. Por hora ficamos por aqui pois aqui está bom. Mais um mês apenas e o frio e o gelo tomarão esse lugar e tudo ficará escuro por muitos meses, melhor aproveitar essa inesquecível terra antes que a longa noite cubra tudo, campo, montanha, mar e floresta, com sua gélidas trevas. As flores estão por toda parte aqui para nos lembrar exatamente disso: que depois de todo longo inverno vem sempre o verão, e o verão é a celebração da vida em seu ápice, seu Solstício. Aproveite a vida enquanto o sol brilha e faz calor!
Bons Ventos a Todos.        
        Igor Mestriner
  Agosto de 2013 – Homer -Alaska


03/09/2013

Taça Rei Olav, Iate clube do Rio de Janeiro, por Pedro Bolder.



Tripulação
Timoneiro- Pedro Trouche
                  Amauri Lopes
                  Mauricio Thomé -proa
                  Antonio Moreira -proa

Largamos muito mal, tinham bastante barcos na linha entre os 9 hpe e uns 7 j24... Tivemos que cambar para sair do beck dos caras e com isso pegamos um bordo meio ruim da direita com maré ajudando na esquerda.... Mas recuperamos apartir da segunda metade do contravento montamos a boia juntos ( do terceiro ao quinto barco) uns 6 barcos de distancia do lider celso quintella que travou uma linda disputa durante toda a regata com a tripulacão do segundo colocado otto assis que por sua vez sempre levava vantagem nos popas e perdia nos contraventos.
  Durante as 7 pernas do barla sota andamos juntos o hpe da escola, o hpe escuro e o fabuloso phanom na reta o barco estava indo muito bem, mas nas manobras (curvas- para uma tripula destreinada) derrapávamos um pouco, com descida e subida de balão e nos contraventos com as cambadas sem a preciosa manicaca a qual a tripulação foi incapaz de achar no interior do barco... Vou te contar que fez uma falta, num dia classico de velejada no rio com ventos de sueste com intensidade de 8 a 12 nós.
No balanço final, foi otima a velejada, conseguimos manter os concorrentes que estavam atrás, examinando nosso leme e seguimos nos divertindo a regata toda com algumas animadas crises dr risos! Ahuahauahuaa
O phantom pode até não ter levado medalha nessa regata mas com certeza saiu bem na fita!
Peguei o troféu e medalhas da regata paolo pirani.

Renatão estou realmente muito grato pela confiança a qual o senhor depositou em mim, o barco esta perfeito sem arranhões, foi pra água hoje mesmo pela manhã e subimos logo após a regata. Ele (o flying phantom) também me falou que prefere um timoneiro chamado Renato Avelar, que ja se entende com ele e tals ahuaahuaahau.
Abração Campanheiro!








Abraços e Bons Ventos
Pedro Henrique Trouche de Souza - "bolder"
55-21-99758040
Enviado via iPhon

30/08/2013

Flying Phantom, Iate Clube do Rio de Janeiro.

Regata Paolo Pirani.
Fotos Fred Hoffman.

Regata longa, muito longa , percurso dificil! Obtivemos um segundo lugar sensacional, ultrapassando o adversário a 100 mts da chegada, ele estava a mais de 1 milha na frente, e fonos tirando metro a metro a diferença, trabalho em equipe perfeito.








29/08/2013

Aluguel de barcos, uma opção interessante!

Pessoal,

Para quem ainda não sabe, o Norman MacPherson e Thomas Lowbeer  estão lançando um site exclusivo para anúncio de aluguel de barco.


segue a apresentação da dupla de nautas empreendedores!

Além de ser uma ferramenta inédita no mercado, que vai facilitar a vida de quem busca barco para alugar, pretendemos expandir no Brasil o costume e a cultura de alugar barcos e mostrar que é possível, com poucos dias de aluguel, custear as despesas anuais com guarda e manutenção, por exemplo.
Para isso estamos formando uma lista de interessados na prestação dos serviços junto ao cliente final e conquistamos uma ótima condição em seguro marítimo, oferecendo os melhores preços do mercado.
Ainda não começamos nossas campanhas de divulgação e marketing, mas já temos 22 barcos anunciados e cerca de 30 se preparando (tirando fotos, por exemplo) para cadastrar.
Neste último final de semana, por exemplo, dezenas de velejadores puderam conhecer a regata Aratu - Maragojipe (com mais de 300 barcos inscritos) graças a barcos alugados em Salvador.
Ainda estamos fazendo alguns ajustes, fiquem à vontade para nos ajudar com suas dicas, críticas e sugestões. Elogios também são bem vindos, claro...



Muito Obrigado,


20/08/2013

A pesca com barcos a vela é incentivada pelo governo no Nordeste.( por Eugênio Herkenhoff)

Prezado Renato,
Estou enviando este link muito interessante sobre a pesca a vela no Nordeste (com incentivos do governo local inclusive):
que serve para lembrarmos que em todo o litoral do Brasil era assim até os meados da década de 60. No final não estamos longe dos nossos colegas pescadores e lancheiros. A pesca a vela acabou por uma questão de comodidade e por causa da forte propaganda e incentivos oferecidos por parte dos fabricantes de motores. Andei pesquisando um pouquinho o assunto e vejo que ainda há tempo, meios e pessoas que detém conhecimentos suficientes de resgatar esta tradição no nosso estado. Tanto as redes de pesca quantos as velas feitas de sacos de farinha emendados (costurados com fio Urso) eram cozidas em casca de aroeira (mangue vermelho?) para evitar o apodrecimento. Estas cascas tem muito tanino, de cor vermelha. Na Europa eram utilizadas plantas locais (carvalho,castanheira, pinho e outras) e plantas trazidas da Africa (catechu) e Índia.
Por aqui as vergas eram feitas de Taquaruçu, um bambú da Mata Atlântica muito resistente e durável. Todos os desenhos de barcos de madeira no estado são feitos para a vela (bojudos e com quilha) e não para motor (fundo mais chato pois não navega inclinado)  

Conheço uma pessoa que pesca assim até hoje, vai na Bahia e volta. Conheci outro que tem uns desenhos das geografia de diversos locais do litoral....
Aqui eles também molhavam a vela como no vídeo para aumentar a potência, fechando os poros do tecido.
Grande abraço
Eugênio

18/08/2013

Iate Clube do Espirito Santo, uma boa fase acontece na agremiação da Praia do Canto.

A vela capixaba vem vivendo uma fase próspera, que em médio e longo prazo promente trazer grandes resultados ao simpático clube da Praia do Canto, que neste ano completa 67 anos.

A classe Optimist reuniu 14 barcos no estadual,  reunindo um escrete que há mais de 15 anos não acontecia, a classe snipe, que quase se extinguiu conta com 10 barcos, dentre eles um novézimo Lemão do versátil  velejador Rodrigo Haje,( conhecido como Magoo) , que o próprio Kurt trouxe rebocado . 
A classe windsurf  fez por estas bandas grandes nomes, com seus campeões mundias Ricardo Conde , Léozinho e Gabrielzinho, e dingue trouxe da semana de Búzios colocações espetaculares, sendo que os capixabas André Rocha, e seu filho Gabriel Firme( em barcos diferentes)derrotaram na raia do ICAB feras do nível de Maurício Santa Cruz.

Todo este movimento positivo, fruto do trabalho obstinado de pessoas como o comodoro Evandro Daher, como o gerente voluntário da escolinha de optis Mr. Lucky Secchin , Rominho Finammore sinônimo de qualidade quando o assunto pé aulas de windsurf, e do diretor de vela Francisco Kulnig, somado a uma legião de entusiastas não poderia dar em outra senão um circulo virtuoso.

Classe Oceano: O campeonato estadual de vela de oceano do Iate Clube do Espírito Santo realizou sua terceira e última etapa no dia 3 agosto, encerrando com chave de ouro o maior e melhor macht de todos os tempos no clube capixaba, atestando a evolução e a boa fase da sexagenária e tradicional agremiação, que já foi palco de eventos históricos como a primeira competição internacional de snipes do brasil ocorrida em 1949, junto a tradicional Taça Cidade de Vitória, reunindo Brasileiros e Argentinos.

Nada menos que 15 tripulações se alinharam na praia de Camburi, para disputar o olimpo do certamen capixaba, um quorum respeitável até mesmo em grandes clubes do país.
A disputa foi acirrada,  haviam pegas em todos os blocos da flotilha, o que fez com que o evento tivesse um sabor mais que especial, dada a quantidade e a qualidade das regatas realizadas na raia de Camburi!

Na RGS 1, o belíssimo Skipper 30 Kirionsete do comandante Simão Bassul, que teve a bordo ninguém menos que Felipe Linhares , o fera do Iate Clube de Santa Catarina no reforço da tripulação na última regata levou a  melhor e derrotou o Scheaffer 31 Phantom of The Opera de Renato Avelar, que correou com uma tripulação de convidados na última etapa , dentre eles o boa praça Ricardo Montenegro do ICRJ, e também  o Aventureiro de Rodrigo Stpehan, que contou com a presença de William Brown, primogênito do legendário Morris Brown, campeão brasileiro de snipe 1949 no ICRJ, com apenas 14 anos.

NA RGS B, o pequeno  veleiro Kuem Kuem do Comandante Wender de Paula.levou a melhor sobre o Brasilia 32 de Ronado Damázio( que merecia uma placa preta de tão original e conservado!!)

Fica o convite enviado pelos velejadores da terra do céu rosa azul e branco. Em fevereiro acontece a regata de oceanos: Vitória Guarapari, em Março a volta da Taputera e em setembro a Taça cidade de Vitória, 3 eventos super especiais, onde sentirás o prazer de velejar entre amigos! Estamos no aguardo dos amigos de todo Brasil!!

Bons ventos a todos!!
Fernando Mandonça ( coordenador da RGS, Lucky Secchin( Gerente voluntário da escola de vela), e Marcelo Gama ( Proprietário do Phantom Of The Opera) mostram com os dentes o astral do clube da Praia do Canto.

Está um dia de vento e eu gosto do vento...

"Era a voz da onda da proa: Dá-me vento e eu dar-te-ei milhas!"




Está um dia de vento e eu gosto do vento
O vento tem entrado nos meus versos de todas as maneiras e
só entram nos meus versos as coisas de que gosto
O vento das árvores o vento dos cabelos
o vento do inverno o vento do verão
O vento é o melhor veículo que conheço
Só ele traz o perfume das flores só ele traz
a música que jaz à beira-mar em agosto
Mas só hoje soube o verdadeiro valor do vento
O vento actualmente vale oitenta escudos
Partiu-se o vidro grande da janela do meu quarto
Ruy Belo

Fotos e texto extraídos do melhor blog de clássicos que eu conheço:
e você ainda ao acessar o blog do Patrício Português, curte um som maneiríssimo do Talking Heads, de David Byrne.

Dose de flamejante.


Uma aventura na terra da ùlima fronteira.

Breve na revista Avelok, uma super matéria de nosso correspondente do Alaska, Igor Mestriner,  a bordo do Norwind, um Yawl de 1939.
Não percam!

Volta ao mundo em um 20 pés. Este cara foi um gigante em seu tempo!

Trekka, John Guzwell Around the World, alone.
























Um barquinho projetado por J.Laurent Giles, um yawlzinho de apenas  20,6 pés fez história em 1959, quando seu dono e construtor J.Guzzwel , retornou ao seu porto de partida em Victóira , em British Columbia, 4 anos depois de zarpar para uma viagem sem grandes pretenções e sem muito alarde, mas que se tornou uma volta ao mundo singular.
Sem planejar uma circunavegação , John zarpou em 1955 , com apenas 25 anos para uma viagem até o Hawai, e o que veio foi um dos maiores feitos da navegação deste inglês radicado na Austrália, e que posteriormente escreveu um dos best selleres da vela mundial.
Ele construíra seu barco nos fundos de uma loja de peixes, o cara voltou para casa com 2 recordes, o primeiro "brit"( australiano radicado) a dar a volta ao mundo e o menor barco a fazê-lo, este segundo recorde pedrdurou até 1987, quando Serge Testa o quebrou a bordo de seu 12 pés.
Jonh também fez parte da Tripulação do Tzu Hang, numa trégua durante sua circunavegação, e para quem leu o livro( este foi primeiro livro de aventuras no mar que eu li) sabe que do que se trata, um yacht-man de verdade, que cortou o maior dobrado a bordo deste ketch de 46pés, o barco capotou no Horn e ficou sem mastro, e parte do convés, e graças as habilidades de marcenaria de Jonh , o Tzu Hang não foi para os braços de netuno, de lá foram para o chile , ficaram meses arrumando o barco, que depois de zarpar acontece  tudo de novo: sem mastro , capotagem e o escambau, mas esta história fica para outro dia, vamos também publicá-la em breve.
O intrépido navegador nasceu para a faina, aos 3 anos, zarpou com sua família num Kecht de 53 pés chamado de "our boy", da Inglaterra rumo a Cape Town, terra natal de sua mãe, e durante a viagem eclodiu a segunda grande guerra, sendo feitos prisioneiros toda a familia Guzzwel, que fora enviada a um campo de concentração onde permanceram de 1942 a 1945.
O conteúdo desta matéria foi sugerido por JACKSON BERGAMO, o professor dos Woodens Boats do Brasil.
www.jacksonbergamo.com.br
Bons ventos a todos!

15/08/2013

Aviso aos navegantes! Navio naufraga e fica a flor da água no NE

Favor informar ao máximo de navegadores possível, principalmente os que estão navegando em direção ao norte do Brasil e vão passar pelo Ceará.Enviado pelo Biné do Frevo.


Caros amigos, olhem aí que triste missão à qual fomos encarregados esta semana,
fomos enviados para prestar socorro e prevenir derramamento de óleo à esta
embarcação que pegou fogo e estava à deriva, naufragando horas depois de agonizar
em chamas na costa do Ceará. Felizmente, "todos" os tripulantes conseguiram abandonar
o barco e foram resgatados por duas  outras embarcações que chegaram antes de nós e já
estavam no combate à incêndio. Para os meus amigos velejadores informo e solicito que
repassem aos demais Capitães de veleiros a posição do naufrágio:
Lat: 03° 49.710' S  Long: 037° 50.551' W (Lâmina d'água 24,5 m).

Antes do naufrágio a embarcação emborcou e a proa tocou no fundo, como a popa criou
um "bolsão de ar" na casa do leme a popa está visível, com os 2 hélices e lemes à vista (fora d'água)
(MUITO PERIGOSO À NAVEGAÇÃO).

Grande abraço!


Harry Manko, sempre com filmes sensacionais e gozadíssimos!

Um vídeo de compilações da Volvo Ocean Race, a volta ao mundo.

Os nós mais usados no mundo náutico, uma vídeo aula, aprenda para não chamar cabo de corda!