20/01/2012

Matéria de luxo: Vito Dumas, Francis Chichester, RKJ, Bernard Moitissier, Donald Crowhurst, Golden Globe 1967, etc.

Prezados amigos nautas e amantes da vela de plantão ,

Já há algum tempo tenho um post-it colado na tela do meu computador/redação , no escritório de meu apartamento aqui na Praia do Canto, na Cidade Presépio ou Ilha do Mel, como o cristão preferir chamar a nossa querida e lindíssima cidade de Vitória, no Espírito Santo.
Estas  anotações sempre faço para não esquecer os assuntos que renderão as próximas matérias da revista The Yacht Man, no caso estava escrito:
- série boas maneiras
-vitor dumas
-ices morgan stwart 1979
-classe hpe 25
-knox jonhston
-bruder 2

Fico enrolando enrolando, mas uma hora sento e organizo a pesquisa frenética e assim nasce um post novo deste veículo da web 2.0:


Pois bem , este lance da revista The Yacht-man( a revista feita orgulhosamente sem fins lucrativos) dá um trabalho da moléstia... tem que pesquisar direitinho, passar horas navegando entre livros e sites, futucar tudo a respeito, garimpar mesmo,  para a matéria  ficar  bacaninha e trazer a informação com um gosto  legal para os leitores saborearem , pois inexplicavelmente, uma pessoa que se propõe a escrever um blog, livro, revista, ou qualquer coisa que o valha, não o faz para ter fama, ganhar dinheiro, para ser conhecido e admirado, ou  por vaidades pessoais torpes e fúteis, o faz( como vi  a definição num livro de Vargas Llosa) somente por fazer, para colocar para fora o que pensa, mas eu vou mais além, levo ainda a seara para o setor da gastronomia, fazendo a seguinte analogia:

-Um verdadeiro cozinheiro , aquele que de paixão faz sua comida, tem como maior recompensa e objetivo único ver seu "comensal"( se é o termo aqui cabe), se deliciar com suas iguarias, no caso de um autor, o objetivo é que seus leitores sintam prazer com a leitura, se transportando para o universo retratado em suas linhas e mais nada.

Geralmente escrevo e pesquiso a noite, em casa, e nem sempre é possível, pois além da revista, temos a esposa, o filho, a leitura dos livros de trabalho, trabalho, compromissos socias, etc, etc, mas num exercício de auto disciplina a revista vai sendo feita,  algumas matérias bem curtas, outras mais trabalhadas, outras copiadas, outras republicadas, uma espécie maluca de pasquim/blog/revista/site que segue levando cultura e entretenimento náutico para atuais 53 mil leitores, o que é para mim um prazer ! O que me move e me impulsiona.


Pois bem , sem mais delongas ou jeb jeb, a matéria de luxo que aqui vai é fruto de dois livros que ganhei no meu aniverário de 38 anos, 5 anos atrás , um ganhei do Didão: "Um mundo só meu de RKJ" , e o outro "Sozinho ao redor do mundo" de Slocum, ganhei de  Lobão, dois clássicos da literatura náutica, e que me fizeram conhecer um pouco mais da história dos grandes navegadores.  Mais tarde li o livro sobre a expedição de Shakleton, " O Endurance", e aos poucos fui me apaixonando pelo universo dos grandes navegadores, criei este blog e aos poucos fui gostando mais e mais do assunto,  e ao pesquisar vi que havia um universo a ser explorado, tive no fimzinho de 2011, então uma idéia de escrever sobre Vito Dumas. Para quem não conheçe, Dumas foi um navegador "hermano" Argentino, que se enveredou pela parte de baixo da nave terra, e da curiosidade sobre ele e suas viagens fui me enfiando em pesquisa e acabei me deparando com a história da Golden Globe, que reúnea história que mudaria o curso do iatismo mundial, dentro de um só evento N coisas acontecem em paralelo, coisas que fizeram a história mudar, e obviamente irei compartilhar com vocês o fruto da pesquisa.
(9 homens zarparam em busca do prêmio de 5 mil libras, além de fama e glória, apenas um chegará ao fim, um  irá cometer o suicído, outro irá desistir da regata e continuar navegando por mais meia volta ao mundo abdicando de tudo e se tornando um mito. Um regata que construiu dois heróis e duas lendas, e destroçou a vida de dois homens, na revista The Yacht-man, a história completa.


Acabei por ler horas a fio, e assisti vários filmes, sendo o que mais me impressionou foi "deep water", que segue postado aqui para quem tiver interesse de saber em detalhes a história da Golden Globe e um personagem em especial Donald Crouwhurst, que é o arquetipo da vida de aparências, com um final infeliz, e que pode ser utilizado como "case" poderoso para se ilustrar a vida daqueles que buscam a glória ( seja ela qual for: grana , fama, mulheres,poder, etc), e se atolam numa vida sem sentido, engando a todos mas não conseguindo enganar a si mesmo.

Trailer.
parte 1
parte 2
                                                        parte 3
parte 4
parte 5
parte 6
                                                                     parte 7
                                                                Parte 8
                                                      Parte 9, e fim.

Começemos então por falar de Vito Dumas:

Argentino nascido em 1900 e falecido em 1965 em consequência de um derrame cerebral, Dumas  em sua juventude foi um exímio nadador , especializado em  probas de longas distâncias, tal qual Sir Robin Knox Jonshton que foi além de um grande nadador também um corredor de fundo, Vito também fora Boxeador, e como  magnânimo Sir Chichester também foi um aviador, um parêntese para Sir Chichester: este homem  deu a volta ao mundo  solo aos 65 anos, já diagnisticado como portador de cancer terminal em 1967 , com apenas 1 escala, e é tido como um grande herói em seu país e no mundo da vela.
Vito Dumas por volta de 1923  ,por 5 vezes tentou fazer a travessia da foz do Prata a nado e fracassou as 5,  em 1931 tenta atravessar o canal da Mancha, sem sucesso novamente.
Lá na Mancha foi onde teve o primeiro contato com os veleiros , no litoral Francês em Calais, esporte pelo qual ele se apaixona imediatamente .
 Ali mesmo  Dumas compraria seu primeiro barco, o Titave II , barco regateiro, veloz, campeão da classe Internacional de 1912.
Contrariando as superstições do mar, ( trocar o nome dá mau agouro)Dumas o rebatiza de Legh , que ao contrário do que diz no wikipédia não eram as inicias de sua amante, tampouco uma homenagem as embarcações escandinavas, mas orginário das iniciais das palavras: luta , integridade, hombridade e grandeza,  que em espanhol são:  Lucha, Entereza, Hombría, Grandeza , o lema, o código de honra do cidadão nascido em Palermo.
O Lengh chega a Nova Zelândia


 Estes fracassos coletados sequencialmente por Vito Dumas  foram importantíssimos para sua realização pessoal, pois como dizia Churchill, o sábio dos sábios dos anos das décadas de 1920/30 e 40:
"O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo."

Estes acontecimentos moveram este homem simples e determinado a sentir uma profunda necessidade interior de como fazer algo pela honra do esporte argentino, como se lê na carta ao amigo:

 "Bueno Aníbal: la razón de mi aventura es haber comprometido mi palabra en hacer algo de mérito para el deporte argentino.  Mis medios son reducidos y la vida que estoy pasando sólo yo se los sacrificios que me imponen.


Trecho de uma carta ao seu amigo Aníbal,   escritas nas vésperas de sua primeira viagem , em 1931 de Arcachon na frança, a Buenos Aires, trazendo assim seu novo barco para casa.

 Ao chegar em Buenos Aires, Dumas  foi recebido com grande festa, pois essa travessia do Atlântico se constituiu na primeira aventura de vela em solitário da Europa para a América do Sul em todos os tempos.
http://www.navegantevitodumas.com.ar/

Inicia-se aí sua brilhante trajetória,  lançando sua nave ao mar novamente em 1942 na sua sensacional viagem dos" Cuarenta Bramadores": Uma volta ao mundo nas latitudes do mar gigante e congelante, passando pelos 3 cabos mais meridionais e mais terríveis do mundo:
- Boa esperança, Lewin e Horn, com apenas 3 escalas, Cape Town, Wellington e Valparaíso.
A chegada em Valparaíso, Vito está literalmente em frangalhos) fonte navegantevitodumas.com.ar

A circunavegação foi  feita no seu inseparável Yawl Legh II, que sequer tinha um  rádio ou um motor, em condições precárias e em plena segunda guerra mundial.  O  LEGH poderia ser torpedeado ou fuzilado por um navio ou submarino, despedaçado por um canhão, ou afundado por um avião.
Dumas dependia da água da chuva para saciar a sede,( a falta de água e o cansaço pela falta de horas de sono foram os maiores inimigos) , usando até mesmo jornal por baixo das roupas para não congelar, e principalemente utilizando-se de uma técnica que invetou para velejar e sobreviver em condições extremas naqueles mares dantescos: 
Navegando sempre de popa para o vento e num ângulo de 15 graus, correndo as tormentas e as ondas.

Durante uma tempestade no Pacífico , Vito sofreu um grave traumatismo craniano e teve alucinações,  precisou de toda a vontade de viver e consquente da verdadeira garra de um yachstman para se superar e  completar os ultimos 104 dias de viagem . Os terríveis dias finais,  justamente no trecho mais duro que enfrentou em toda epopéia, mas... ele triunfou, venceu a si mesmo, ele consegiu!
Vito estava imbuído de motivos nobres e idealistas , como afirmara :Voy,en esta época materialista,a realizar una empresa romântica,para ejemplo de la juventud“.
Agora imagina o leitor se naquela época o mundo era materialista hoje então... Jesus apaga a Lu!!
Estas duas fotos são cortesia do Atilio Bermudez, ele as fez no Museu Naval Argentino.


Devido a proibição e burocracia das autoridades argentinas naqueles terríveis dias da segunda guerra mundial, Vito que estava proibido de partir de Buenos Aires pelas autoridades, acaba por  zarpar de Montevidéo( uma ironia!), para  assim iniciar a legendária viagem  que durou 1 ano e exatos 36 dias, navegando num mar antes nunca enfrentado frente a frente por um veleiro, através das latitudes dos "Cuarenta Rugientes ":- as 21  mil milhas para se dar a volta ao mundo nos mares mais furiosos e gelados do planeta água, nas baixas latitudes.
                           Dumas é recebido como herói em Buenos Aires em 8 de agosto de 43.
                                     A chegada na capital portenha. (fonte navegantevitodumas.com.ar)

Uma piada reflete o espírito de Dumas:
AI partir, un amigo le preguntó cuánto dinero llevaba encima. Desconcertado, Dumas sacó su billetera y constató que solamente contenía un billete de 10 Pesos. "Y con eso piensas dar la vuelta al mundo?" le preguntó el amigo. Dumas replicó: "Y donde pretendes que gaste el dinero navegando?". El amigo no supo qué contestarle, pero le entregó diez libras esterlinas en billetes, "por las dudas..."
http://www.navegantevitodumas.com.ar/



Do site Brasileiro  que por sinal é muito bem feito, um primor de informação, e tem ótimo material de pesquisa, o site maresnavegantes.com.br, pego "emprestado" a parte final desta matéria que narra o ultimo cruzeiro de Dumas conhecido como :


-O Cruzeiros dos Imprevistos
Em 1945-46,nova aventura de Vito Dumas,que quase custou-lhe a vida –viagem de Buenos Aires à Nova Iorque. Seus problemas começaram justamente em frente à Coney Island,muito perto do porto de Nova Iorque,quando uma calmaria e corrente forte contrária o impediram de entrar no rio Hudson. A situação ficou tão complicada,com o Legh II sendo tão arrastado de volta para alto mar e em seguida entrando fortes ventos contrários (Vito Dumas nunca instalou motor em seu barco),  que ele foi obrigado a rumar para os Açores,atravessando o Atlântico,pois lhe seria impossível aportar na costa americana. Mas nunca chegou lá tampouco,ao invés disso esteve ao largo da ilha da Madeira,e depois avistou as Canárias,e de modo incrível a situação anterior se repetiu em ambas as vezes –ventos contra ou calmaria total,com forte correnteza desviando o Legh II para outra direção…Desistiu das ilhas,e com a fome levando-o ao desespero e tornando-se praticamente um esqueleto vivo,rumou para a costa africana,mas não precisou arribar,pois um cargueiro passando próximo viu seus sinais de socorro,e atirando-lhe alimentos,salvou-lhe a vida. Finalmente,o Legh II ruma de volta para a América do Sul,voltando a atravessar o Atlântico,e chega ao Ceará,no Nordeste brasileiro,depois de 106 dias sem escalas no mar…De lá retorna à Argentina,mas ainda tem o infortúnio de encalhar na costa uruguaia. Esta viagem lhe rendeu muitas críticas,com conterrâneos o desqualificando como navegador. No entanto,foram mais de 17 mil milhas percorridas em 234 dias no total da viagem. Da experiência ele escreveu o livro “O cruzeiro do imprevisto“.
Foi em 1955 que Vito Dumas empreendeu sua última viagem,novamente para Nova Iorque,num veleiro ainda menor que o Legh II,oSirio,quando novamente enfrentou graves problemas. Foi obrigado a desistir da idéia de chegar nos Estados Unidos sem escalas,aportando nas Bermudas com problemas de saúde. Recuperado,completou o desafio chegando em Nova Iork em 25 de setembro de 1955,depois de cobrir 7 mil milhas marítimas em 117 dias.
Vito Dumas faleceu em 28 de março de 1965,vítima de derrame cerebral. Escreveu os livros “Mis Viajes“,“Solo,rumbo a la Cruz del Sur“,“Los cuarenta bramadores”e “El crucero de lo imprevisto“.
Infelizmente,Vito Dumas quase acabou esquecido pelos seus compatriotas durante sua vida. Seu barco,Legh II,que provavelmente realizou a maior façanha náutica do século XX com a volta ao mundo pioneira pelos “cuarenta bramadores”ficou abandonado e perdido (ao contrário do barco de Moitessier,o Joshua,que foi recuperado e navega até hoje patrocinado por um museu marítimo francês). Mas depois de sua morte,seu valor foi aos poucos sendo reconhecido por todos os cruzeiristas do mundo,e sua fama teve grande novo impulso quando Bernard Moitessier confessou ser fã de Dumas,e ainda ter adotado técnicas de navegação do argentino para conseguir navegar nas altas latitudes.

Existe uma polêmica em se discutir que foi o maior navegante no site argentino navegantevitodumas.com.ar:
Chichester ou Dumas?
No meu ponto de vista o leque é maior para se comparar: Scott, Amundsen, Shakleton, Slocum, Tabarly, Moitissier, RKJ, Slocum, James Cook?! me lembrei de um post interessante que fizemos há algum tempo, que  recorro a piada deste próprio pasquim para colocar nosso ponto de vista:

Qual seria a expedição perfeita, perguntou Mac'Enroy?

Naquela longínqua tarde de 1920,após um  dia de verão sufocante e também extasiante em face a série de  regatas disputadas em seus novíssimos one design boats, literalmente com a faca nos dentes, os três amigos  davam uma atenção ao barco e cuidavam da faina .
O tempo passava voando, entre um comentário e outro lavoro seguia em ritmo acelerado,  o grupo formado por Mac'Enroy, Stanley Clifford, e pelo italiano Máximo Tedesco, sagrara-se naquela manhã o grande vencedor de 3 das 5 retagas da copa "Tansmanian" e já preparavam o barco para as regatas da semana seguinte, a fim de defenderem o título.
Com o fim do trabalho ao cair da tarde seguiram para o Pub para tomar algumas cervejas e celebrar a performance nas regatas e a vida ( este segundo motivo,  o faziam semanalmente),  e durante o caminho, conversavam sobre os grandes feitos dos recém criados heróis , os grandes aventureiros e desbravadores de terras inóspitas, que nas duas primeiras décadas do século com suas fantásticas expedições elimiram todas as fronteiras do desconhecido.
Após algum tempo em silêncio, caminhando ofegantes enquanto subiam a  suave colina que terminava as portas do Pub "Almirante Benbow", Mac'Enroy profere aquela perguta que daria origme a frase mais famosa pelos 30 anos seguintes em toda a Tansmânia e talvez em toda Austrália.
-Meus caros amigos, quem de vocês poderia me dizer  qual seria a expedição ideal?
Prontamente Stanley com seu ar professoral  imposta a voz , buscando um dó de tenor lá no fundo da garganta e responde, antes pigarreando :
-( aham)Ora, ora, a expedição ideal... a expedição ideal  deveria  ter a técnica de Scott , somada  a velocidade de Amundsen, esta sim seria uma empreitada perfeita!
Caminhando dois passos atrás vinha o Italiano, sempre muito perspicaz e sacana, as vezes até mesmo sarcástico, não á toa se chamava Máximo.
 Meio que resmungando ele profere a famosa máxima (em italiano), tentando desta forma dar um ar ainda mais aristocrático as sua observação:
-La spedizione ideale avrebbe la tecnica  Scott e  la velocitá di Amundsen, ma dal santo Dio che ci protegge, se tutto va storto prego che il vostro capo è Shackleton.
A expedição ideal teria a técnica de Scott e a velocidade de Amundsen, mas por Deus, se tudo der errado reze para que Shackleton seja seu chefe.
Na foto tirada por Mr. Montgomery Jonhson com uma Roleiflex vemos Stanley Clifford em primeiro Plano, Máximo Tedesco de macacão e chapéu, e Mac'Enroy ao fundo, em manutenção do belíssimo one design "Sweepstake Marriot"


Bom mes amis, agora se faz  muito tarde e tenho que dormir, por que amanhã tem trabalho e temos que pagar as contas, em breve voltaremos com a continuação do assunto deste post em breve, a regata sunday times golden globe, Sir Francis e muito mais. Fiquem ligados e acessem!!

 A revista avelok the yacht-man, também está  com uma página no facebook,  acesse e curtam!

http://www.facebook.com/pages/The-Yacht-man-avelok-sailig-magazine/189447521131320?ref=ts
Lembramos a todos que a revista Avelok, The Yacht-man é um canal aberto e democrático, e se vc tiver algum assunto bacana , um post, fotos, videos e ou matérias, publicamos com prazer, envie para avelok.com.br, um beijo e um queijo a todos!!

Bons ventos.

14/01/2012

Museu marítimo da França.

Uma grande viagem em uma animação de 10 minutos, atravessa 6 mil anos de história, dos marinheiros que se lançavam ao largo em busca do desconhecido, daqueles que fizeram grandes viagens de exploração , dos instrumentos mais rudimentares  aos mais sofisticados que tornaram possíveis estas aventuras, assista ao vídeo e aprenda um pouco mais das tradições e suas origens,


Un grand voyage animé à travers 6000 ans d'histoire de la navigation, celle des marins, qui ont osé affronter le large et linconnu, celle des grands voyages dexploration, celle des instruments, du plus rudimentaire aux plus sophistiqués qui ont permis cette aventure. 

This french animated film, tell the story of 6000 years of navigation. Story of the sailors, the travels, and the instruments which have made possible this adventure




O motim do Normandie

Prezados amigos, nautas e amantes da vela de plantão, na semana passada chegou em minhas mãos via Billy Brown este presente, um vídeo  feito em 2004, que relata o Motim do Normandie.
O caso foi o seguinte:
Os protagonistas  são: Arturo, Duda Bediaga, Fabiano Porto, Frank Brown e Nena  B, eles são os que aparecem nas imagens, e fora das imagens como pivô da questão, o grande Jadir Serra como algoz e de outro como salvador o Pat Bediaga, cmdte do Tangaroa.
A história é muito engraçada, esta turma esta aí articulando o golpe no  Jadir, nas vésperas da regata Eldorado Brasilis , de Vitória a Trindade , onde iriam participar com veleiro Normandie, um Judiado velamar 45, e teriam que pagar um valor ao comandante, e ainda rachar as despesas com comida e bebida. Ocorre que o barco não estava com a menor condição de navegação, cheio de gambiarras,e uma regata deste porte não é brincadeira, e todos queriam "pular" fora e estava ali decidindo como fariam.
Na véspera desta reunião que vemos nas imagens, chegara a vitória o Tangaroa, um Fast 500 que precisava de tripulantes para fazer a regata, e neste vídeo assistimos as negociações finais onde toda a tripulação abandonou o Comandante Jadir, indo todo o grupo participar da regata a bordo do barco do cmdte Pat, que teve ainda um reforço pesado na tripulação, ninguém menos que Morris Brown, deve ter sido um passeio e tanto! mas isto é assunto para outro dia!
Bons ventos a todos!

Mr. Lars Grael, the gentleeman of the seas, God bless you.

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13/01/2012

Lazer sailing big air and waves

Regata Vitória Guarapari abre a temporada 2012.



Vem aí a Regata Vitória X Guarapari!

As inscrições já podem ser feitas no Departamento de Vela.

Sábado, (04/02), acontece no ICES a Regata Vitória X Guarapari para a classe de Oceano (RGS I, RGS II, Bico de Proa). O evento é classificado como categoria “C”, conforme o Regulamento 20 da ISAF 2009/2012.

E as inscrições já podem ser feitas na secretaria do Clube no horário de expediente no Departamento de Vela.

A largada será a partir de 10h30, na Enseada de Camburi e a chegada na Praia do Morro, junto ao Morro da Pescaria. A inscrição está no valor de R$ 30,00 (Trinta Reais) por velejador.

Os detalhes do percurso serão fornecidos nas “Instruções de Regatas” que será entregue na sexta-feira, (03/02), na Secretaria de Vela do ICES.

Os sócios podem fazer a inscrição pela internet através do site do ICES (www.ices.com.br), basta solicitar sua senha na secretaria, caso ainda não tenha.

As inscrições estão abertas para velejadores de todo Brasil!

Participe!

Federação capixaba de iatismo.



Of. nº FECAI 01/2012
Vitoria, 10 de janeiro de 2012.
Prezados Velejadores e Filiados,

Vimos por meio deste, informar aos nossos filiados que a nova diretoria tomou posse no dia 29/09/2011, tendo como integrantes:

DIRETORIA:
Presidente – Jovair Voelzke Junior
Vice Presidente Adm/Financeiro – Jose Helder Rebouças
Vice Presidente Vela – Romulo Finamore Neto

CONSELHEIROS:
- Francisco Leonardo Mitleg Kulnig – ICES
- Manoel Vicente Porto – ICES
- Fernando Balieiro – CLUBE ITALO BRASILEIRO 

ENTIDADES FILIADAS:
- IATE CLUBE DO ESPIRITO SANTO
- CLUBE ITALO BRASILEIRO
- CLUBE DE REGATAS ALVARES CALBRAL

Como todos sabem, a FECAI tem como receita para manter as despesas de Contador, Taxas da Confederação, expedientes, etc..., e somente como receita as anuidades dos atletas federados, entidades filiadas, doações e possíveis patrocinadores.
Começamos o ano de 2012 com toda a documentação em dia, certidões negativas, e sem débitos com governos Federais, Estaduais e Municipais.
Fixamos para 2012 a anuidade para atletas de R$ 70,00 e para entidades de R$ 1.200,00 , sendo que para pagamento ate 31/01/2012, haverá um desconto de 10%
Para pagamento das anuidades, solicitamos aos velejadores e entidades que procurem a Sra. Evelin na secretaria de vela do ices, tel 3225-0422 ramal 4
 Informamos que para homologações de resultados, certidões para bolsas atletas e outras demandas que porventura os atletas necessitem, os mesmos deverão estar em dia com sua anuidade.
Mais uma vez contamos com a compreensão e participação de todos para promovermos juntos o crescimento da vela capixaba.


Jovair Voelzke Junior
Presidente

10/01/2012

Clássicos do Iatismo no Brasil, uma obra para ter em local vip na casa de todo nauta.

Prezados amigos , nautas e amantes da vela de plantão, durante a regata de veleiros clássicos de Búzios, promovida pela Mídia Mundi, realizada em fins de novembro de 2011, foi lançado este sensacional livro, uma publicação de luxo, com capa dura, perfeita para uma leitura prazerosa e lenta, aproveitando cada detalhe, como em uma velejada em dia clássico, indispensável na casa de um verdadeiro amante da vela, e um presente sem igual para amigos do mar, ou mesmo da terra e do ar.
Juntamente com uma réplica do Atílio Bermudez, é a receita do bom gosto para agradar a gregos e troianos, seja para seu bel prazer, seja para presentear aquele amigo especial, pois bem , pois bem... chega de Jeb Jeb e vamos ao que interessa, a apresentação do Livro:

"Uma obra inédita no Brasil, conta um pouco da história de veleiros que marcaram época e ainda desfilam sua beleza clássica em nossas águas.

As regatas de veleiros clássicos, promovidas no Brasil pela Media Mundi em parceria com o Iate Clube Armação dos Búzios, em Búzios, com uma etapa em Angra dos Reis, e pelo Sailing – Rio Yacht Club (Regata Preben Schmidt), em Niterói, vêm ganhando cada vez mais adeptos, com um número sensivelmente crescente de embarcações recuperadas se inscrevendo a cada evento. Até pouco tempo, entretanto, não havia um registro unificado de suas trajetórias.
O livro Clássicos do iatismo – Brasil vem preencher essa lacuna, contando um pouco da história desse esporte que conquista cada vez mais adeptos através de veleiros que marcaram época e cuja carreira não se encerrou, graças à intervenção desses apaixonados velejadores, cujo amor e dedicação mantêm vivas embarcações lindíssimas.
Essa é uma tendência que existe hoje no mundo todo, com vários eventos reunindo embarcações antigas reformadas, renovadas, colocadas em atividade ao modo mais tradicional, numa ação voltada, principalmente, para preservar a cultura náutica tradicional, a arte da marinharia e da navegação. Nesses eventos, as tripulações se reúnem para trocar importantes informações sobre restauro e conservação, além de disputar umas regatinhas à vera, pra ver quem está mais bem entrosado com seus barcos. Enquanto isso, as famílias confraternizam e se divertem...
E é nesse cenário que se desenvolve a história contada neste livro, desde as primeiras embarcações até a década de 1950, aproximadamente, no qual o autor, Antonio Luiz “Tonico” de Souza Mello, editor da nossa mui leal e heroica revista Velejar e Meio Ambiente, cruzando os dados fornecidos pelos proprietários dos veleiros e os obtidos em extensa pesquisa, situa, na história, os remanescentes brasileiros do iatismo clássico.
Um livro de belas imagens para curtir, presentear os amigos e rever, sempre que se quiser viajar um pouco nos ventos da imaginação, essas belas naves."

Autor: Antonio Luiz de Souza Mello
Lançamento: Media Mundi
Preço: R$ 135 para um exemplar (há preços diferenciados para pacotes)



07/01/2012

Para fechar a noite desta sexta feira, fica aqui o magnânimo Thomas Lipton

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Por que nunca la tradición pasa de moda!

Pra começar feliz o fim de semana :
Muito bacana as tradições serem mantidas em plena era da informática, recebi agora mesmo um carta de Rafa Fournier de Gijón, com direito a selo de cêra( com brasão da rosa dos ventos) e o adesivo da Real Federação de vela Espanhola, um obrigadíssimo ao Rafa, grande árbitro de regatas, e um abraçõ a Jesús Suárez González, ao Nicolas Hernandez , ao @marcelino , amigos de Gijón, Astúrias , no mar Cantábrico, terra de Pelayo, da Sidra e do Ataulfo( mariscos e pecados como tem que ser), e do belíssimo Laboral!! e vamos nessa que amanhã tem a primeira taça  moqueca de Hpe 25 na raia capixaba, valendo 12 cervas e uma moqueca de camarão, 2 regatas. Percurso: 1, ida até ilha das garças, 2, da ilha das graças ao iate.
Bom fim de semana a todos!!
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Leitura dinâmica.

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04/01/2012

Clássicos de Búzios no Esporte Espetacular, vídeo com Tande e Tino Marcos.

Assista ao Vídeo bem maneiro e muitíssimo bem feito, e mais ainda bem humorado no link abaixo, ou mais fácil ainda , clicando na imagem acima desta postagem.

http://video.globo.com/Videos/Player/Esportes/0,,GIM1751263-7824-TINO+MARCOS+TANDE+E+CRIS+DIAS+SAO+DESAFIADOS+A+PARTICIPAR+DE+REGATA+DE+BARCOS+CLASSICOS,00.html

03/01/2012

3 velejadores do Brasileiros, do Iate Clube do Espírito Santo ficaram entre os top 10 no mundial de Formula One Desing

Brasil no topo do mundo na Formula One Design, por Rominho Finnamore.
 
Com uma incrível performance, o capixaba velejador do Iate Clube, Fernando Urubu é Campeão Mundial Master de Formula One Design 2011 e ainda garantiu a segunda colocação geral, entre os 46 competidores desta edição. 

O velejador começou bem o campeonato, vencendo as duas regatas de merreca no primeiro dia de competição, sendo que sua especialidade é o vento forte. Ainda assim conseguiu se manter em primeiro geral até o final do segundo dia, mesmo com ventos bem fracos, mas daí em diante a recuperação do carrasco Nicolas Schreier, atual tri-campeão mundial, foi ainda mais incrível, vencendo simplesmente as 6 últimas regatas e cravando outro título mundial pra coleção.

Outros dois velejadores do time capixaba também foram vice campeões mundiais em suas categorias: Leozinho Venturini foi o vice mundial na Sub-17 (Junior) e Gabriel Bastos Pereira foi o segundo do mundo na Sub-20 (Youth).

Na colocação geral eles também se saírem muito bem, ficando Gabriel em 5º e Leozinho em 10º.

Completando a equipe brazuca, o carioca Andrés Rodriguez se manteve entre os 15 melhores até o penúltimo dia de competição, mas não pôde correr no último dia, perdendo posições e terminando em 21º, enquanto o seu companheiro de equipe Thomas Villalobos ficou com o 24º lugar geral.

A classe se mostra em plena ascensão, pois numa data não muito fácil para a maioria das pessoas viajar, ainda assim participaram da disputa 46 atletas de 12 países. 

O formato one design vira regra a partir de 2012, mas já neste mundial praticamente todos os competidores já utilizavam os novos rigs Severne Overdrive 2011 ou 2012, que só mudam esteticamente (o shape da vela será idêntico do modelo 2011 pra frente), assim como a pintura externa do casco foi a única mudança em relação à prancha anterior), comprovando o que já era de se esperar: mais disputa e chances iguais para todos.

Para 2012 já temos as sedes do Mundial, que será em Paracas, Peru, e também do Sulamericano, que será na Bahia. O Circuito Brasileiro e os circuitos estaduais também prometem muito intercâmbio neste ano que se inicia, com um calendário intenso em todo o país, onde muitas trips serão realizadas.

Para ver os resultados, fotos e tudo mais, acesse o site oficial do evento: http://www.twa-mexico.com
Nicolas Schreier: o cara a ser batido

Urubu absoluto no primeiro dia de competição

Uma das largadas

02/01/2012

Velejada do descarrego.

Para um bom ano, e despedirmos do que passou uma boa receita:
10a 12 nós de vento, um barco a vela, um mar tranquilo, recheamos com bons amigos, temperamos com a alegria das crianças, colocamos tudo em cima da água salgada por 4 horas, no final um mergulho para refogar, e pronto a receita fica uma delícia!

01/01/2012

Fique por dentro e tenha assunto para conversar nas rodas de varandas e marinas do Brasil e do Mundo , segue o Resumão de fim de ano do master escriba náutico do Brasil, Murillo Novaes!!

Resumão de fim de ano! Resumão mesmo! Restrospectiva 2011!!

Este jornalista, um King-Jon-Un da sopa de letrinhas vélicas nacionais, elegeu, democraticamente, Kan Chuh o Velejador Brasileiro do Ano de 2011. Arrebentou!
Bom dia querido amigo e mais que querida amiga,
Parece mentira, mas… Transmitindo direto do covil (yeah!!), no sempre caliente verão do Cabo Frio, vamos a mais um clássico dos clássicos do jornalismo vélico intergaláctico, o seu, o meu, o nosso resumão de segunda, na terça quarta, quinta, sexta, etc. (ou como diriam os australianos: I only drink in days that end in Y). Desta feita, resumão este em versão retrospectiva e levemente prospectiva no ponto fulcral do biênio 2011-2012. Vamos aproveitar o primeiro dia do ano para… trabalhar um pouquinho… Bem, isso foi para fazer certo charme, já que o prazer em escrever para o amigo e as amigas é, claro, imensurável. Que venha o 12!! Saravá meu pai!!
Como o amigo está careca de saber (o gaúcho Xandi e o cabofriense Edu, obviamente…) este 2011 que passou foi um ano de muito trabalho, algumas conquistas e a retomada desta nossa relação postal-literária, ainda que de maneira quase tímida já que as poucas 24 horas do dia, os três, filhos, as duas ex-mulheres, as duas casas, os cinco empregos e as inúmeras viagens, para dizer o mínimo, acabam sempre conspirando contra esta cartinha-resumo do que se passa nas águas de Gaia-Terra, a navilouca nave-mãe, vulgo planeta Vela, que alguns tripulantes estão doidinhos para destruir. No comments…
Claro, que os mais jovens e os mais antenados (alô clássicos da vela e outros sofredores do analfabetismo digital), sabem que no www.murillonovaes.com (que tem à sua esquerda a reprodução dos tuítes mânzicos, portanto das notícias do momento e, às vezes, até ordem de montagens de boia de certas regatas) e no meu perfil do FaceBook estão lá sempre, à medida do possível, as últimas novidades. Aqui vão sete ondinhas especiais de sucesso para minha querida sub-manzinha que lá das terras de nossos pais lusos ajuda a manter atualizado o sítio deste mané. Valeu Mari Pecci! E para não causar ciúmes, outro salve para a Mari Thamsten minha sócia na Velassessoria que segura as pontas brilhantemente por lá com a graelada toda! Viva as Maris! Sem elas não teríamos tido mais de 100 mil visitantes únicos no site em 2011, só pra citar um número. Merci, merci!
Mas vamos parar de RP e cair direto do que interessa. A título metodológico, elegi alguns temas-chave, que estão destacados em negrito e não precisam ser lidos de vez (resumo anual é texto grande, meu chapa). Mas antes da sensacional, imperdível, inesquecível retrospectiva do incrível, portentoso e glorioso ano de 2011, vamos contando que algum gênio da raça marcou regata valendo no Mundial (2011, diga-se) de Optmist lá em Napier, Nova Zelândia. Ou seja, já temos novidades novidadosas no planetinha vélico  hoje mesmo. Sucesso ao técnico Giga Haddad e seus pupilos brasucas!!
E já atualizando também o amigo, a VOR, a volta ao mundo, está “suspensa”. Outro gênio da raça resolveu colocar os seis bólidos (na verdade cinco, né, porque oSanya já tinha quebrado de novo e ido para Moçambique) em um navio e transformar“the ultimate adventure” em um cruzeiro para as tripulações. Isso, porque quando entraram na stealth zone (a zona cega para evitar a suposta pirataria somali) os caras estavam apenas a 1500 milhas da costa africana. Caraca! Esses piratas devem ter botinhos turbo-alucinógenos do século 25!! Abordar um barco a mais de mil milhas da costa naquelas lanchinhas abertas com motor de popa não é para qualquer um não… Tô começando a admirar o espírito aventureiro e marinheiro dos corsários africanos! Enfim… Acho que alguém não contou a história verdadeira ou houve um mega-hiper-excesso de preciosismo por parte da organização.
Bem, o fato é que daqui a pouco os caras ressurgem depois do estreito de Ormuz (em cujos fiordes, pelo lado de Omã, não do Irã, claro, tive o prazer de navegar e recomendo fortemente!) e já no emirado de Sharjah serão desembarcados para fazer o showzinho da chegada em Abu Dhabi que valerá 20% dos pontos da segunda perna pelas quase 100 milhas navegadas. Mico total! A coisa boa é que oTelefônica de Joquinha Signorini e do Diretor Técnico Horácio Carabelli venceu a primeira parte da segunda perna(!?) praticamente no photochart e lidera o torneio Volvo Ocean Race. Uhu!!
Por falar em photochart, a chegada no tasmânico porto de Hobart, a capital do estado insular australiano, terra natal do demônio Taz, na edição 2011, a 67ª da Rolex Sydney-Hobart foi pra lá de emocionante. A regata que larga no dia seguinte ao natal e tem como principal categoria a fita-azul pura e simples viu os maxis de 100 pés brigarem bonito. O Investec Loyal (infelizmente nada a ver com o nosso Loyal, de Ilhabela) cruzou a linha, depois de mais de 600 milhas e um match race rio Derwent acima, apenas 3 minutos e 8 segundos à frente do Wild Oats XI. Foi a quarta chegada mais apertada da história da prova. Em 1982 o Condor of Bermuda bateu oApollo por apenas 7 segundos! Sinistro!! E para finalizar: no tempo corrigido venceu o Reichel Pugh 63 Loki.
Mas vamos aos retrospectos do ano findo. Já adiantando que é lóoogico que vou esquecer de algo ou de alguém, pelo que já peço desculpas antecipadas e lembro que meu e-mail está, como sempre aliás, abertíssimo a TODOS que quiserem mandar suas notícias e/ou divulgar seus resultados, eventos, clubes, classes, pontos de vista, etc. Eu sou vocês! E já aviso também que não pretendo esgotar nada e tão somente dar uma pincelada geral no ano que passou para entrarmos 2012 zeradinhos de resumões… De leve!! Ah, e também não vou entrar na questão política: da confederação, das federações estaduais, clubes, classes, Isaf, etc. Pelo menos, não hoje. Para deixar o ressacado amigo de cuca leve neste abre-alas do ano bom.

Comecemos pela Vela Olímpica. Bem, como é do conhecimento do amigo(a) este escriba passou o dezembro à serviço da CBVM no oeste australiano onde rolou o mundial unificado das classes olímpicas da Isaf que classificava 75% dos países para a olimpíada vindoura: Londres 2012 (no casa da Vela, Weymouth 2012). Por lá o fim de ano foi muito bom para os olímpicos brasilianos do ponto de vista das vagas para os jogos. Conseguimos 7 vagas entre as 10 classes em disputa contra apenas 5 em Cascais 2007, no evento análogo. No entanto, nos resultados individuais a coisa não foi tão boa e caímos no quadro geral de medalhas e em algumas súmulas de classes importantes. Só entramos em duas medal races e muitos dos favoritos acabaram em posições intermediárias.
Robert Scheidt e Bruno Prada arrebentaram de novo e faturaram o inédito bi-mundial de Star em dupla (Marcelo Ferreira também é bi, mas uma com Torben e outra com o alemão A. Hagen), o 10º título mundial de Robert (pooootaquelospareeel!!). No 470, a filhinha de peixe, Martine Grael, junto à proeira medalhista olímpica, Bel Swan, venceram regata e terminaram em um consistente 8º lugar, aumentando o gás da fervura na rivalidade com a dupla gaúcha Fernanda Oliveira (que ganhou o bronze chinês junto com Bel) e Ana Barbachan. Já explico que os velejadores que classificaram o Brasil em Perth ganham um ponto na disputa pela vaga individual. Outro ponto estará em disputa na primeira quinzena de fevereiro, na Pré-Olímpica de Búzios e, caso haja empate, o Troféu Princesa Sofia, em Maiorca, será o desempate.
Sendo assim, saem à frente: Star – Robert e Bruno; 470F – Martine e Bel; RS:X M – Bimba (11º em Perth); RS:X F – Patrícia Freitas (29ª na Austrália); Laser – Bruno Fontes (15º); Laser Radial – Adriana Kostiw (41º); Finn – Jorge Zarif (32º). No 49er, 470M e Match Feminino a chance de classificação está nos mundiais 2012 de cada classe e quem conseguir o feito (ou for o melhor colocado, se houver mais de um barco brasileiro) já está automaticamente em Londres. A se ressaltar a boa estrutura da nossa equipe em Fremantle, que, se medirmos pelo nível de investimento, não deixa nada a dever à dos principais países (a Inglaterra, p.ex., investe 50 milhões de Euros por ciclo olímpico, aqui chegamos perto do 10 milhões de Reais juntando patrocínio e lei Agnelo-Piva…) e o excelente trabalho dos líderes do time, Kadu, pela Confederação e o nosso Diretor Técnico Cláudio Bieckark, uma aula de vela ambulante.
Uma nota rápida sobre Fremantle, distrito de Perth. Os caras respiram vela!! O Museu Marítimo é de ver de joelhos (com direito a Skiffs de 1920, Moths de 1960, pesqueiros a vela históricos, canoas aborígenes e o próprio Austrália II e sua quilha revolucionária), sem falar na réplica perfeita do Endevour de James Cook (que refez a viagem original do descobridor inglês) que fica no cais ao lado e na incrível raia onde o tal “Doctor”, o vento maral local, sopra em cima de uma água translucida e um fundo lindo. Dimassss!!!

Na Vela de Monotipos (incluindo aqui as classes olímpicas e pan-americanas também em seu “estado regional”) o ano de 2011 foi profícuo. Destaque para nosso ídolo juvenil Alexandre “Amiguinho” Tinoco e seu superproa, Gabriel Borges, o Coveiro, que faturaram o mundial de Snipe, o ouro no Pan do México e dos jogos de praia, no Snipe. Destaque também para a Marinha do Brasil, com Giga Haddad e companhia, no Match, e as meninas lideradas por Martine Grael, no HPE25, que arrebentaram nos Jogos Mundiais Militares, no Rio. E não posso deixar de citar, no Star, meu amigo-irmão Lars Grael que além do tri sul-americano, foi também tricampeão brasileiro de Star e vice-campeão norte-americano. No lazer!
No Pan 2011 a coisa foi melhor em Puerto Vallarta do que já havia sido no Rio 2007. A equipe brasileira levou cinco ouros, uma prata e um bronze, totalizando sete pódios de nove possíveis. Na J/24, Santinha e cia., o agora tricampeão Ricardo “Bimba” Winicki, na RS:X, a supracitada dupla do Snipe, e, por antecipação, Patrícia Freitas na RS:X e Matheus Dellagnello na Sunfish, todos trouxeram o ouro asteca para Pindorama. Uhuu! O Brasil sediou, no ICAB, em Búzios, o Mundial de Lightning e Cláudio Bieckark e tripula levaram o título na categoria máster. Isso para falar só dos eventos interacionais.

Como sempre, os eventos nacionais estiveram concentrados no eixo tradicional da vela brasuca: RJ-SP-RS-SC-DF-BA fora uma coisa aqui e outra acolá. Não sinto que tenha havido um crescimento significativo da prática das regatas de monotipos e, em algumas classes, rolou até certo desânimo. Exceção para os monotipos de oceano, HPE25 e S40, que bombaram, mas por motivos alheios. Salvo engano e melhor juízo, acho que o tão propalado crescimento econômico do país e ascensão social não chegou ainda ao mundo da vela básica de competição. Claro que a classe de acesso, os Optmists, continuam em grande número nos enchendo de esperança. Mas poderia ser melhor, acho.

Na Vela de Oceano a coisa foi animada. A semana de Ilhabela, como sempre, bombou, embora hoje tenha ganhado ares mais de um evento para os patrocinadores do que para os velejadores. E se isso é bom pelo lado profissional, há que se manter o “charme” para o galerão da vela porque sem eles tudo fica sem graça. Como falei acima, a onda agora são os monotipos de oceano: HPE25, S40, Carabelli 30 e outros prometem acabar com a complicação das regras de rating e resgatar a emoção de vencer na água. No entanto, o contraponto sempre há de ser feito, e as regras (ORC, IRC, RGS, etc.) também têm seu valor e permitem que barcos diferentes possam participar das regatas com resultas que buscam alguma justiça na correção dos tempos. Na ORC, neste 2011, meu amigo Ernesto Breda, antes de vender o Touché, para o não menos amigo Sergio Cardoso, lá de Recife, fez barba, cabelo e bigode. O pequeno notável, San Chico 2, também aprontou das suas e se destacou. Os eventos se profissionalizaram seguindo a tendência dos últimos anos. Mit Sail Cup à frente. Copa Suzuki Jimny, no YCI, atrás (repararam o dedo de alguém nos dois…). E por falar em S40 e Souza Ramos, no evento que nosso mecenas criou para os espantosos monotipos de 40 pés, destaque para os uruguaios (de bandeira argentina) do Negra, e para o ânimo e alto nível de argentinos e chilenos. Lindos barcos, grandes tripulas, incríveis disputas. Sem sombra de dúvidas, a classe S40 deixou nossa vida mais interessante em 2011!
Nos tradicionais circuitos, como Salvador, Rio e a Búzios Sailing Week a ausência de grandes patrocinadores acaba os colocando um patamar abaixo (pena…), mas sempre com a possibilidade de atrair mais investimentos e, portanto, dar uma subidinha fácil. E na arena internacional um resultado excepcional para o grande André Mirsky, que, além de virar genro do Edu Penido, pôde comemorar o vice-título mundial da ORC em 2011. Dá-lhe Andrezinho!! E em águas do Mediterrâneo, Turbina Grael se juntou à francesada de Bertrand Pacé e conquistou o Tour de France a la Voile, ou a Volta da França a Vela. Pacé e sua tripulação do Sud de France / Languedoc-Roussillon ganharam com a ajuda do tático Torben Grael na última etapa da competição. Esse sabe das coisas!
Em termos regionais, apesar do ânimo de algumas lideranças locais e da tradição de raias cheias em Porto Alegre e Brasília, só para citar dois bons exemplos, o que me informaram é que, em número de barcos participantes, a coisa deu uma caída geral Brasilsão afora. Fica aquele gostinho de que poderia ter sido melhor assim como nos monotipos.

Na Vela de Cruzeiro, como sempre, a galera se esbaldou. Talvez tenha sido aí onde o reflexo da inesperada pujança econômica do pós-Lula se fez sentir no mundo dos paninhos brancos sobre a água. Por definição uma turma mais díspar (afinal, para cruzeirar basta pegar o barco e velejar, não é necessário inscrição, clube, federação, nada…). pelo que acompanho no blog do meu guru cruzeirista, Dom Helioca de Mara² (Catu e da Mara mesmo), o www.maracatublog.com  , cada vez mais temos brasileiros dando voltas ao mundo, cruzando oceanos, se lançando aos mares e curtindo a vida embarcados. A sempre competente ABVC – Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro ampliou o número de eventos e hoje, além do já internacionalmente consagrado Cruzeiro da Costa Leste, tem o da Costa Sul , da Costa Verde, da Costa Fluminense e os maneiríssimos cruzeiros para o interior, como o da linda hidrovia Tiête-Paraná e o encontra da Vela Caipira. Sucesso em 2012 para a galera que veleja sem compromisso é que ama, sobretudo, o simples prazer de navegar!! Aqui faço singela homenagem ao Galdo, grande cruzeirista que se foi de forma trágica neste 2011… E com o nome dele, a todos os velejadores que foram para outras raias neste ano passado.

Falando da Vela Clássica, o ano foi de sucesso total. A pioneira iniciativa do RYC de homenagear o patriarca do da família Schmidt-Grael, na Regata Preben Schmidt, teve em 2011 uma edição histórica, cheia de barcos, clássicos ou não, e animadíssima. A iniciativa pioneira de Alain Joullié, Comodoro do ICAB, que inspirado na Voiles Saint-Tropez iniciou a Regata de Clássicos de Búzios, que  com a organização do franco-carioca Loic Grosselin cresceu e chegou também a Angra, foi sucesso, sucesso em sua sexta edição. Para mim, pessoalmente, a oportunidade única de ser o navegador do Comandante Grael, no belo 50 pés 1969,Lady Lou, e tomar bronca com os amigos, para todos que participam, a oportunidade, não menos exclusiva, de rever belas joias marítimas e participar de uma confraternização sempre elegante e divertida. Até surgiu uma associação dos veleiros clássicos nacionais e para coroar estas iniciativas, meu eterno companheiro de letras náuticas, Tonico Souza Mello, o herói que edita a Revista Velejar e Meio Ambiente, lançou maravilhoso livro sobre os “Clássicos do Iatismo”. Sucesso absoluto!

Match Race viu o seu crescimento continuar desde que o gênio de Enio Ribeiro e Alan Adler “inventou” o Match Race Brasil há quase uma década. Com a introdução do match feminino como disciplina olímpica, a coisa pegou fogo entre a mulherada e hoje o Brasil já começa a colher os frutos do investimento feito nelas. Se ainda não chegamos a conquistar títulos ou mesmo a vaga olímpica, o panorama é promissor e posso quase garantir que é apenas questão de tempo. Bem, basta dizer que a tricampeã mundial, Lucy Macgregor, está virando ‘freguesa’ de Juju Senfft… Entre os homens o cenário é um pouco diferente. Nossos melhores especialistas, Henrique “Gigante” Haddad, o sul-americano melhor colocado no ranking da Isaf,  e Daniel Glomb, nem são tão especializados assim e não se dedicam integralmente ao match. Os eventos, como o já citado, profissa, delicioso e consolidado Match Race Brasil e até o simpático match race na lagoa dos Ingleses em Minas Gerais, vão se multiplicando e o fato da regata barco contra barco ser bem simples de se entender pela plateia e mídia, faz com que a disciplina cresça. Destaque para o Veleiros do Sul, em Porto Alegre, que no programa de solidariedade olímpica, trouxe os barcos olímpicos Elliott 6M, sediou torneios importantes, como a Nation´s Cup, e virou centro de referência do cone sul em termos de Match Race. Gauchada de sucesso!! Uma ilha de nome Nelson sempre na vanguarda também!

Em termos de Vela de Altura (ou offshore para os anglofônicos desesperados), aquela que, não escondo, é a preferida deste navegador, o ano, como acontece há tempos, foi quase um desastre. Claro que a sempre linda Refeno, a Regata Recife-Fernando de Noronha, foi sucesso novamente com a presença ilustre de Torben e Andrea Grael no Índigo, o fita-azul nos monocascos (na cola do multi, sempre ele,Ave-Rara) e a tradicional Santos-Rio também atraiu aqueles 20 e poucos barcos de sempre. Mas enquanto o Brasil achar que regata de 300 milhas de través ou de 200 milhas retas é prova de vela oceânica de verdade, estaremos fadados ao fracasso eterno. A iniciativa de Plínio Romero e João Lara Mesquita, ainda na Eldorado FM, de fazer a Vitória-Trindade-Vitória, com suas 1.300 milhas foi um alento que durou pouco. Estamos formando gerações inteiras que acham que regata longa é ir até as ilhas Maricás ou a Alcatrazes. Ridículo!! Sem falar que há anos somente os estrangeiros participam da Buenos Aires-Rio. E pensar que nem tão antigamente assim as regatas médias do Circuito Rio vinham até Cabo Frio montavam a ilha dos Papagaios e voltavam. E tinham uma que montava o Montão de Trigo em Santos e a ilha de Santana em Macaé(!!)… Claro que a disponibilidade de tempo do mundo moderno mudou, mas não justifica o assassinato de um ramo inteiro da Vela nacional.
Enquanto no cenário internacional surgem cada vez mais provas (em duplas, tripuladas, solitário, Pro-Am, de Open 60, Classe 40, Multicascos, etc., etc.) aqui a coisa está muito mixa e só tende a piorar. Salvo a honrosa exceção de Joca na VOR e daquele que elegi como o Velejador do Ano de 2011 (elegi sozinho, democraticamente, em votação e cédula única) o baianinho gostoso com sabor de pastel chinês Kan Chuh, nosso herói solitário na Mini-Transat, o Brasil é incapaz de produzir um nome ou tripula para correr as Transats, Transpacs, Sydney-Hobart, Middle Sea Races, Cliper Races, Global Ocean Races, Barcelonas, Solitaire du Figaro, Fasnets, Vendée Globes, circuitos de Mini 6,50, Chigaco-Makinac, Newport-Bermudas da vida! Só para citar algumas… Algumas mesmo!! Nem que fosse a Fremantle-Bali, com suas 1440 milhas! Alô meu povo, alguém aí se habilita a fazer uma ABVA – Associação Brasileira de Velejadores de Altura? Tô dentro!
Bem, lá nas gringas a coisa bomba. E além dos grandes eventos como a própria Volvo Ocean Race, a Barcelona Race, Rota do Rum, Transats, a Jacques Vabre e a B to B, e a Clipper Race, p.ex., temos as sempre interessantes e alucinantes tentativas de quebra de recordes. Neste momento o maxi-tri de Loïc Peyron, Banque Populaire V, está aniquilando o recorde mundial absoluto de volta ao mundo a vela, o Troféu Júlio Verne, com mais de 3 dias de vantagem sobre o tempo anterior do Groupama 3de Franck Cammas (os já incríveis 48 dias e 7 horas). Vamos velejar no marzão alto em 2012?

E do mais aberto ao mais fechado… A Vela de Rádio-Controle que sempre tem muitos aficionados e ajuda a aprimorar a tática de muita gente, quase não teve notícias em 2011. Por minha culpa, ou da ausência dos nossos principais informantes, como o Adinho, de Nikiti e o Nicareta, de Brasília, nós ficamos meio órfãos. Alô (des)controlados!! Mande notícias para este Manza em 2012!! Já a Vela Virtual vai bem, obrigado. Nosso mestre dos magos, Roberto Negraes, está arrebentando no “joguinho” da VOR Virtual que de jogo não tem mais nada e distribui premiações que chegam a um automóvel 0 km e na esteira dele milhares de outros brasileiros participam da regata. Bem legal e uma boa aula de meteorologia oceânica!

Por fim, em uma categoria à parte, temos a Copa da escuna América, a famosa America´s Cup que viu 2011 iniciar a ACWS – America´s Cup World Series, sua série de atos preparatórios para a copa propriamente dita nas águas de São Francisco em 2013. Como o amigo sabe, mudou tudo. Em 2013 serão maxi-cats de 72 pés e por enquanto a coisa rola nos irmãos menores de 45 pés, todos com velas-grande do tipo rígidas como a asa de um avião. A despeito do evidente embaraço que os multicascos representam para a prática do match race e do formato a princípio um pouco estranho das regatas e percursos, o balanço final foi positivo. O evento, capitaneado pelo bilionário Larry Ellison e seu assecla Russell Coutts, retomou seu prestígio como o principal da Vela mundial (Com a VOR deste jeito então…) e voltou a atrair o melhor da nossa “indústria” e dos talentos disponíveis.
A cobertura de TV, um dos pontos-chave da proposta dos ianques californianos, realmente está impressionante e as imagens dos catamarãs capotando (que antes vinham da antiga iShares, hoje eXtreme Series, de EX40, que promete etapa no Brasil em 2012) sempre agrada a audiência leiga (tem um vídeo nowww.murillonovaes.com  sensacional com isso tudo). Resta saber se realmente os cats maiores vão funcionar e ver quantos times realmente continuarão no longo termo em tempos de crise financeira no cerne do mundo capitalista. De qualquer forma, os italianos do Luna Rossa/Prada resolveram aderir e sempre há uma possibilidade de Torben (ou até mesmo Robert) se juntarem a eles para a 34ª Copa América. Tomara!!

Bem, o fato é que aqui chegamos e deixo você com um “Entre Aspas” especial. O manjadérrimo poema do Drummond que sintetiza melhor que ninguém esta linda mania que nós humanos temos de fatiar o tempo para renovar nossas próprias esperanças.
“CORTAR O TEMPO
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente”
Carlos Drummond de Andrade

Feliz tudo para você, meu amigo!! Um ano de muito sucesso e alegrias!!
Murillo Novaes

Pare ou ímpare.


Por fim acabou o ano ímpar!
o par já reinará na próxima manhã.
tudo em dobro para todos pra nós e para você, para todos os pares
não se esquecendo de compartilhar para multiplicar, isto sim é ímpar
Ano novo, novos modos, que tal mudar a vida para melhor?!
Começar aprendendo a velejar...

Harry Manko, sempre com filmes sensacionais e gozadíssimos!

Um vídeo de compilações da Volvo Ocean Race, a volta ao mundo.

Os nós mais usados no mundo náutico, uma vídeo aula, aprenda para não chamar cabo de corda!