18/11/2012

6ª regata de veleiros clássicos de Búzios

Bike Rio

Prezados amigos nautas e amantes da vela de plantão, raríssima são as vezes que não publico aqui assuntos náuticos, e só quebro o protocolo quando o assunto é up & cult ao extremo! Que da fato vale a pena. Assim sendo sai este post  Sobre o Bike Rio , um movimento dubaralho!! Conheça! e quando for ao Rio use e abuse, do samba, da bike e do samba bike.


O Sistema de Bicicletas Públicas SAMBA - Solução, é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro,
visando oferecer à cidade uma opção de transporte sustentável e nâo poluente. Implantado e operado
pela empresa SERTTEL, o projeto conta com 60 estações e 600 bicicletas, distribuídas nos bairros de
Copacabana, Ipanema, Leblon, Lagoa, Jardim Botânico, Gávea, Botafogo, Urca, Flamengo e Centro.
Conceitos do projeto

O Sistema SAMBA é composto de estações inteligentes, conectadas a uma central de operações
 via wireless, alimentadas por energia solar, distribuídas em pontos estratégicos da cidade do Rio
 de Janeiro, onde os usuários cadastrados podem retirar uma bicicleta, utilizá-la em seus trajetos
 e devolvê-la na mesma, ou em outra estação.
Projeto tem com objetivo
  • Introduzir a bicicleta como modal de Transporte Público saudável e não poluente.
  • Combater o sedentarismo da população e promover a prática de hábitos saudáveis.
  • Redução dos engarrafamentos e da poluição ambiental nas áreas centrais das cidades.
  • Promover a humanizãção do ambiente urbano e a responsabilidade social das pessoas.
Bicicleta SAMBA
  • Espelho Retrovisor *
  • Quadro em alumínio;
  • Celim anatômico com
  •  ajuste de altura;
  • Pedais e Rodas com 
  • refletores; *
  • Guidão emborrachado;
  • Suporte personalizado
  •  para artigos pessoais;
  • Buzina tipo campainha; *
  • Sinalização refletiva 
  • (dianteira e traseira); *
  • Suporte de descanso;
  • Pino de engate e 
  • travamento;
  • Etiqueta eletrônica
  •  para identificação da 
  • Bicicleta;
  • Câmbio de 6 marchas;
  • Para lamas
  •  personalizado para publicidade;
*Respeitando o Código de Transito Brasileiro
Estação de aluguel
  • Gerenciada por computador;
  • Uso de Energia sola
  • r e comunicação wireless;
  • Painel com Instruções
  •  de uso e mapa com a
    localização das estações;
  • Diversos modelos de
  •  estações;
  • Dispositivos
  •  eletromecânicos de travamento e
    liberação das
  •  bicicletas;
  • Lâmpadas d
  •  sinalização;
  • Liberação 
  • d bicicleta 
  • via aplicativos inteligentes
  • para telefone celular;

15/11/2012

Mini Transat, Kan Chuh e Marion Skipper inauguram a classe no Brasil.


Mini Transat - Skipper , o mundo encolheu!

SKIPPER MINITRANSAT -V03-completo.docx Histórico de versões
Carregar nova versão

  • Kan Chuh carregou um arquivo.
    Prezados amigos velejadores e fãs da Classe Mini

    É com imenso prazer que informo que amanhã 15-nov-2012, o estaleiro Skipper irá lançar o seu novo veleiro a ser produzido-entregue de forma continuada a partir de julho 2013.

    O veleiro será SKIPPER-MINITRANSAT (SM).

    O SM é um MINITRANSAT de SÉRIE (não é prototipo) e já será lançado homologado pela CLASSE MINI (França) pois as 10 primeiras unidades serão produzidas ao mesmo tempo com previsão de entrega entre julho-out-2013.

    PREÇO: R$ 125.000,00 (BASTANDO COLOCAR AS VELAS PARA VELEJAR)

    1) O projeto da classe Mini no Brasil só foi viabilizado devido ao incentivo do Sr. Jorge Nasser (Barracuda Composites) que fornecerá as fôrmas dos barcos e ao grupo dos 10 primeiros compradores por acreditar no projeto.
    2) Os 10 primeiros compradores terão um desconto bastante substancial (praticamente preço de custo) pois isto irá viabilizar a homologação do barco na Classe Mini.
    3) Em 14-nov-2012 temos já 8 barcos vendidos.
    4) Interessados neste projeto devem contatar diretamente o estaleiro Skipper para adquirir o Skipper-Minitransat (SM).

    5) O estaleiro Skipper vai produzir o SM como um barco normal da sua linha de produção, portanto estes 10 primeiros serão apenas uma pequena parte de uma grande flotilha de MINIs nas nossas regatas.
    6) A escolha de Nestor Volker foi uma decisão natural da parceria do estaleiro Skipper com o projetista. Esta parceria é a certeza de um bom investimento em um barco bonito, rápido, campeão, forte e valorizado.
    ========================
    CONTATO/PEDIDO:

    Estaleiro Skipper – Sr. Marion

    Tel: xx(51) 3311-8476
    Email: skipper@skipper.com.br

    http://www.skipper.com.br/
    =========================
    Eu não sou vendedor ou parceiro comercial do estaleiro Skipper, portanto não recebo comissão, beneficio, bônus, desconto ou qualquer coisa pela vendas dos barcos.

    Sou comprador do casco-001 como qualquer outro sem nenhum desconto diferenciado ao preço praticado pelo estaleiro em relação ao do grupo.

    Um Grande abraço a todos

13/11/2012

Lançamento do Livro Clássicos do Iatismo de Antônio de Souza Mello Neto.

Lançamento do livro Clássicos do Iatismo | Brasil em São Paulo
1 de dezembro às 14:00 em UTC-02



Clássicos do Iatismo no Brasil, uma obra para ter em local vip na casa de todo nauta.

Prezados amigos , nautas e amantes da vela de plantão, durante a regata de veleiros clássicos de Búzios, promovida pela Mídia Mundi, realizada em fins de novembro de 2011, foi lançado este sensacional livro, uma publicação de luxo, com capa dura, perfeita para uma leitura prazerosa e lenta, aproveitando cada detalhe, como em uma velejada em dia clássico, indispensável na casa de um verdadeiro amante da vela, e um presente sem igual para amigos do mar, ou mesmo da terra e do ar.
Juntamente com uma réplica do Atílio Bermudez, é a receita do bom gosto para agradar a gregos e troianos, seja para seu bel prazer, seja para presentear aquele amigo especial, pois bem , pois bem... chega de Jeb Jeb e vamos ao que interessa, a apresentação do Livro:

"Uma obra inédita no Brasil, conta um pouco da história de veleiros que marcaram época e ainda desfilam sua beleza clássica em nossas águas.

As regatas de veleiros clássicos, promovidas no Brasil pela Media Mundi em parceria com o Iate Clube Armação dos Búzios, em Búzios, com uma etapa em Angra dos Reis, e pelo Sailing – Rio Yacht Club (Regata Preben Schmidt), em Niterói, vêm ganhando cada vez mais adeptos, com um número sensivelmente crescente de embarcações recuperadas se inscrevendo a cada evento. Até pouco tempo, entretanto, não havia um registro unificado de suas trajetórias.
O livro Clássicos do iatismo – Brasil vem preencher essa lacuna, contando um pouco da história desse esporte que conquista cada vez mais adeptos através de veleiros que marcaram época e cuja carreira não se encerrou, graças à intervenção desses apaixonados velejadores, cujo amor e dedicação mantêm vivas embarcações lindíssimas.
Essa é uma tendência que existe hoje no mundo todo, com vários eventos reunindo embarcações antigas reformadas, renovadas, colocadas em atividade ao modo mais tradicional, numa ação voltada, principalmente, para preservar a cultura náutica tradicional, a arte da marinharia e da navegação. Nesses eventos, as tripulações se reúnem para trocar importantes informações sobre restauro e conservação, além de disputar umas regatinhas à vera, pra ver quem está mais bem entrosado com seus barcos. Enquanto isso, as famílias confraternizam e se divertem...
E é nesse cenário que se desenvolve a história contada neste livro, desde as primeiras embarcações até a década de 1950, aproximadamente, no qual o autor, Antonio Luiz “Tonico” de Souza Mello, editor da nossa mui leal e heroica revista Velejar e Meio Ambiente, cruzando os dados fornecidos pelos proprietários dos veleiros e os obtidos em extensa pesquisa, situa, na história, os remanescentes brasileiros do iatismo clássico.
Um livro de belas imagens para curtir, presentear os amigos e rever, sempre que se quiser viajar um pouco nos ventos da imaginação, essas belas naves."

Autor: Antonio Luiz de Souza Mello
Lançamento: Media Mundi
Preço: R$ 135 para um exemplar (há preços diferenciados para pacotes)



Boom!! Ave maria -cruz credo -fruta que fariu- Deus me livre, olha isto!!! Vestas Sailrocket 2 becomes a 60-knot sailboat!

Intercâmbio de velejadores, pedimos aos amigos para compartilhar e difundirmos a vela em todo o Brasil.

Uma proposta simples mas com resultados fantásticos:
Os velejadores locais abrirão vagas em seus barcos para receber velejadores de outras praças, e vice versa.
Explicando melhor: vc corre com seu amigo na raia/cidade dele, e ele e eu corre com você na sua raia, todos juntos!!

https://www.facebook.com/groups/velejadoresdeoceano

Vamos compartilhar e já já vamos formatar e avisar a todos!


07/11/2012

The best sailing photo in the world, vote in this contest.

Prezados amigos , nautas e amantes da vela de plantão, está acontecendo agora o concurso da melhor foto Náutica do mundo, e um amigo da Espanha( Luis Fernández) está concorrendo com esta foto magnífica, que sintetiza o que há de mais lindo numa regata: A ação, concentração, teamwork, ondas, muito vento, e um barco sensacional! Uma pintura como diria o meu amigo Waldionor Carlos de Mattos, ele já está classificado entre as 43 melhores , acesse veja se gosta e vote!
http://www.yachtracingimageoftheyear.com/award2012/luis-fernandez/
Bons ventos a todos!!

05/11/2012

Sugestão para desenvolvimento da vela de oceano no Brasil. Mensagem do Avelok ao grupo da ABVO e BRA RGS

Prezados confrades, amigos, nautas e amantes da vela de plantão.

Como representante do lado B da vela brasileira, e fazendo  parte  das fileiras e do cenário menos glamouroso do yachting  dos grandes centros e dos mega eventos, do time que não aparece nas mídias e nas súmulas, gostaria de deixar aqui algumas contribuições se válidas forem para os senhores, talvez não muito simpáticas minhas colocações para muitos nautas avarandados, acomodados ou aboletados, mas necessárias para um reavivamento do pensamento das causas e efeitos.

O primeiro problema é que Brasil de fato é gigantesco, mas nossos barcos são capazes de viajarem por todo o litoral sem mais problemas, a questão não são as distâncias, o problema é o tempo. E isto pode ser resolvido com a contratação de skippers, ou com a tripula fazendo trechos e ido revezando( um grupo leva, outro traz, etc), e com um planejamento a ser feito com a tripulação ajudando nas despesas, pois patrocínio só eutrocínio mesmo, pelo menos para mim. 
Tem que querer , esta é a primeira coisa.

A gente  mora no "u" do judas, em Vitóra-Es onde mal tem regata( e quando tem , são meia duzia de barcos NO MÁXIMO) , e que para a gente velejar de verdade tem que viajar , tem que velejar no oceano.

Olha o Roberto Bailly do Rio que veio da refeno num tiro só de 9 dias até Niteroi, isto é vontade, isto é exemplo. Por isto que ele vai ganhar todas as regatas que participar, idem para o Kan Chuh que é um monstro e dispensa comentários, também para a galera do Marujos de salvador, do Madame de Vitória e outros tantos que rodam mesmo por aí com pé na lata.

As vezes parece que tem um "muro" em Ilhabela, onde a grande maioria dos barcos não consegue passar para subir o litoral vindos do sul  , as vezes parece que tem outro no rio, que impede a saída dos barcos da baia de guanabara, além de outros muros destes pelos quatro cantos das marinas brasileiras...


Se analisarem as sumulas dos eventos brasil afora , verão que os barcos tem zonas de conforto, a maioria não sai para lugares a mais de 300 nm de casa..
 A maioria absoluta, lógico que existem as exceções e muitas são elas graças a Deus e a iniciativa de seus proprietários e tripulantes.. 

Os pouquíssimos barcos que estão viajando são sempre os mesmos, e na mesma proporção das maiorias das vezes quando não os mesmos absolutamente.

Falta acima de tudo é velejar, temos barcos de oceano não é mesmo? oceano lembra alto mar, viagens pelo mar afora, ira para longe...

Não estamos aqui fazendo palanque ou cena, estamos aqui como uma espécie de porta voz de Nelson Rodrigues, falando da vida como ela é, ou da vela como ela é.

Vejam os Franceses do que são capazes, e não precisa falar mais nada, eles velejam mesmo não é?!


Posso listar 100 motivos que nos impediriam de correr fora de casa, como qualquer um de nós: custo altos, falta de tempo, esposa, filho, emprego, sogra, patrão, dívidas, falta de treino , falta de tripulante, barco velho, dor de barriga etc, mas o bom mesmo é ir ver como é, participar e deixar os obstáculos para trás.

Eu adoro uma varanda, amo de paixão ficar tomando gelada e batendo papo no clube, quem não gosta??!!

Mas descobri que fazer isto em clube que fica mais longe de casa, conhecendo gente diferente, lugares diferentes , tendo trabalheira danada para ir e coisa e tal, é muito, mas muito mais gostoso.

um abraço e bons ventos a todos!

Vamos velejar de oceano no oceano?

Durante um bate papo com um velejador internacional, ele me disse um lance que achei interessante:
-"Rapaz, tem gente que corre uma regatinha de 2 horas de barla sota , a bordo de um veleirão de todo tamanho, sai do clube e volta pro clube sem nem se molhar e diz: 
- "Hoje eu velejei prabaralho!!"
E acha que é o maior velejador de oceano do mundo... e nem saiu do quintal de casa.

Velejadores e lancheiros se encontram em Paraty, por Almanáutica.


Velejadores e lancheiros se encontram em Paraty

O fato inusitado acontece no final de semana prolongado de 15 a 18 de novembro, quando os participantes do Cruzeiro Costa dos Tamoios se reúnem com lancheiros participantes do fórum da Revista Náutica. Segundo Maurício Napoleão, presidente da ABVC, “o Costa dos Tamoios vem em 2012 se afirmar como um cruzeiro familiar de médio percurso assim com a possibilidade de conhecer locais e praias excelentes do litoral paulista e do carioca. O encontro com os lancheiros é uma excelente oportunidade de desmistificar o preconceito entre os seguimentos. Afinal, quem ama o mar não pode ter preconceitos”, explicou Napoleão. Para quem tem planos sair do pontão e cruzeirar, essa é um boa oportunidade. Mas corra, restam apenas 5 vagas e as informações e inscrições podem ser obtidas pelo site da ABVC emwww.abvc.com.br
Este post é um oferecimento de Mar Grill Churrasqueiras

Royal Huisman Sailing Yachts

04/11/2012

Refeno 2012, resumo completo do òpera.

Neste vídeo, compartilhamos com os amigos , nautas e amantes da vela de plantão, imagens da regata Recife Noronha 2012, desde a largada, passando pela travessia de 293 milhas, imagens da premiação, e também  com direito a um bordo no VMax 5 do Kan Chuh lá em Noronha, no dia seguinte da premiação, e para fechar a decolamos de Noronha com um take sensacional da ilha em sua plenitude. Um beijo   e um queijo a todos, espero que gostem!

Von Avelok

Neste fim de semana, com tempinho chuvoso, cercado da família e no aconchego do lar, resolvi me divertir um pouco e sairam estes dois trabalhos.
Um é a" Noite estrelada da Refeno "e o outro "A vela em Números".

Sem compromisso com técnica, sem lenço e sem documento, como a vida deve ser!

Tourist Routes of Espírito Santo, Brazil

02/11/2012

Refeno 2012, Vídeo completo do veleiro Phantom oh the Opera, antes , durante e depois da regata, sem corte , sem edição, e sem viadagem.

Lembrando do Sir Wallace.



 Hoje , neste dia triste e chuvoso de finados, estou sentindo muitas saudades  do meu querido pai, Sir Wallace, falecido em 2011, republico aqui um trechinho de nossa história neste plano.

Agora , a segunda geração da familia velejando, eu e meu filho dando uma planada .

Redação em 1978, por Avelok
O ano era de 1978, e eu acabava de voltar da aula no colégio Sacre-Couer, localizado no alto da Ponta Formosa, na Praia do Canto , onde todos os dias ia caminhando , ida e volta. A distância parecia maior que de fato era, talvez pela ansiedade mirim que meus 8 anos pré -adolescentes manifestavam , talvez pela ladeira que tinha que subir e descer, onde eu utilizava um atalho não convencional pelo meio do mato para cortar caminho, ou até mesmo pela vontade de chegar logo em casa e sair para andar de bicicleta, na época minha diversão predileta, ou de contar os dias para  o fim de semana quando eu ia velejar com meu amigo Laurentino Bicas no seu optimist Zebrinha, na função de "proeiro", para mim um mundo novo que se descortinava e me efeitiçava.
Avelok posando na frente da nave, foto do acervo de Sérgio Rabelo.

Naquele dia, ao chegar em casa papai estava me esperando, e eu não entendi bem porquê. O trabalho na Vale do Rio doce , onde Seu Wallace, engenheiro metalurgico, civil e de minas, formado na turma de 58 em ouro preto, era gerente da pelotização , exigia muito do tempo e responsabilidade, e além disto eu ainda tinha mais 3 irmãos para dividir a atenção do amado pai, e não entendi o porquê dele me esperar para almoçar tão cedo.
Equívoco mirim , não era para almoçar que ele me aguardava, haviam outros planos no ar .
sir wallace jovem

Sir Wallace( violão) e Maria Lucia no namoro em Ouro Preto, 1961



Papai me leva até a garagem dizendo que precisaríamos sair rapídamente e depois voltávamos para almoçar,  entramos no maverick GT branco e saímos para passear, sob o pretexto de irmos cortar cabelo( ele sempre me levava no salão Garcia na praça Costa Pereira,  no centro de Vitória, mas isto era aos sábados, e meus irmãos Alvaro e Léo também iam juntos,  assim , mais desconfiado eu ficava a cada esquina que passavamos , será que eu aprontei alguma e vou levar uma bronca? ficava me indagando.


O casal nos anos 80.

Pegamos a aveninda "Navegantes", o V8 do mavera em marcha lenta, borbulhando baixinho, ganha a avenida e fomos em direção ao iate clube, aí eu perguntei por que estávamos indo naquela direção, se o salão era no centro?
turma da vela em 1981, Alexandro, Frank Brown, Avelok, Dudu Zenóbio, Albert Bitran, Paulinho Tomassi e Renato Zanol, embeixo, Jesus Soares, Bruno Tommasi, Juliana Queiroga e Helvio Pichamone.

-Ah nós temos que dar uma passada no Iate para deixar o dinheiro da mensalidade da escolinha de vela com a tia Marina Zenóbio, ele disse num tom calmo enquanto dava um longo trago em seu "Minister", olhou para  mim , piscou e o olho direito meio que dizendo, confia em mim filho! E tocou direto para lá, sempre na marcha lenta e devagar , curtindo seu cigarro e as suas músicas no tocafitas TDK, para ele o carro era um prazer e a música uma paixão.
Chegando no clube ele me chama para descer e acompanhá-lo até a secretaria, e para lá fomos juntos.
O clube era muito deferente do que é hoje , e a garagem de vela ficava anexo a portaria e o mar logo "alí", depois foi tudo sendo aterrado e lanchas e mais lanchas chegando, naquela época a maioria eram os barcos a vela.
Fomos caminhando pelo pátio e eu aproveitando para mostrar para ele os barcos dos meus amigos, falando o nome da cada um dos barcos, quem era o dono, se era bom velejador ou não, e tagarelava solto encantado em estar acompanhado de meu pai no meu novo meio social, junto comigo, só comigo sem nenhum irmão para dividir a atenção.
De repente estranho e vejo um barco numa capa verde escura parado em frente a garagem e falo:
- Papai, este  barco deve ser novo aqui, não conheço nenhum barco que tem uma carretinha destas e uma capa, o pessoal coloca os barcos em cima de pneus, e capa nunca vi.
Ele responde:
- Vamos lá perto para ver melhor sô!( num mineirês atêntico).
E fomos nós. Ao pararmos em frente ao barco, ele começa a tirar a capa como que curisoso para ver o que tinha dentro, e eu digo:
-Pai , não mexe não, depois o dono pode não gostar , reclamar com a gente ,  achar ruim, sei lá...
Aí ele olha para mim abre um sorrisão, e com aquele vozeirão diz, este é o seu, se chama "Xande ", mandei o dinheiro para o seu tio Lilino  e ele comprou o barco no Iate Clube do Rio e mandou para cá de caminhão, você gostou da supresa? perguntou.


Este é o Capixa( 1728), ainda na ativa na escolinha do ices,eu magrelo e sem camisa, no barco preto, o Ferramenta Paulinho Tommasi, acervo Roberta Ruscui.

Naquele momento minha cabeça entrava em parafuso, um flash!, não conseguia acreditar que teria meu próprio barco, deixaria enfim de ser um proeiro do Zebrinha e seria comandante! ainda mais de um barco que veio do Rio de Janeiro!Eu seria o máximo perante meus amigos.
Dei um abração daqueles nele, e agradeci em êxtase, tagarelando sem parar!
Então começamos a tirar a capa do barco, e foi revelado um belíssimo e ultra bem tratado casco negro, com um interior envernizado com maestria , com flutuadores "Bruder" amarelos e transparentes, catraca "elvstrom" mastro de alumínio e uma vela vermelha "la Rochelle" que tinha o percurso olímpico como logo, e um cheiro... ah!! mas um cheiro de barco, de barco de madeira misturado com maresia, e velas e tudo mais, o mais fino dos perfumes da minha memória, que agora escrevendo isto o cheiro me veio a mente e eu fiz uma viagem no tempo vivendo de novo o momento.
Ranking 1983, assinado pelo Sir Wallace

Até hoje, toda vez que vejo um barco de madeira, chego bem perto para ver se tem aquele cheiro! para mim o cheiro da vela, do iatismo!
Naquele instante, junto com papai, não foram só as narinas que o cheiro invadiu, ele invadiu  a minha alma e desde este instante passei a me dedicar a este maravilhoso esporte, o iatismo , que na época tinha um mito recém criado pela morte prematura e pela carreira sensacional, Joerg Bruder( o mesmo do flutuador), um tri campeão mundial que morrera no auge de sua vida, com 36 anos indo participar de um campeonato mundial na frança, num acidente aéreo.
Eu e Guará, a camisa é do Gupo dos Shurmann em passagem por Vitória na sua primeira volta ao mundo , presente de Pierre, o primogênito.

Bruder habitou todos os meus sonhos infantis e juvenis, sonhos de glória e triunfo, de obstinação e garra , imaginava aquele barco para homens gigantes( o Finn) planando em uma regata com 100 barcos e ele na frente ostentando o numero 3, junto com o BL, o legendário BL3 e voando como um "fliyng duchtman"!
Papai e eu em 1983.

NO ultimo dia 15 de Junho, meu Pai foi dar um bordo no Céu, restando apenas agora as lembranças, o que me faz pensar no sentido da vida. A gente guarda da vida só lembranças, pois o que passou no minuto passado ja é lembrança, e o que passou a 10 ou 30 anos é também lembrança, aí tive a conclusão mais feliz da minha vida,: se tudo é lembrança,  e elas são atemporais, então que se viva a vida a cada momento, para montar o se repertório de lembranças que ficarão gravados em nossa memória para eternidade, e nesta vida o que fica é o seu legado a sua memória, e desta forma, meu pai foi o maior craque , pois como disse meu tio e padrinho João Henrique no Funeral,. a respeito da vida do Sir Wallace, citando Neruda: " posso dizer que vivi!"
Obrigado Pai, obrigado Deus! por tudo, e agora irei multiplicar os ensinamentos para meu filho!

Thomas Cavendish and Peter Heinz. Piratas em Vitória, conheça um pouco mais a história desta cidade maravilhosa.




O Holandês que levou uma carreira da meretriz Maria Ortiz, e abaixo o inglês que subestimou o povo capixaba, como já dizia o Macintyre, os templários são daqui!


Thomas Cavendish, o mau que se deu mal.
Thomas Cavendish , em 1592 arrasou com a Vila de Santos, saqueou o que pode, e veio para Vitória a fim de repetir o feito em nossas terras.Cavendish, encalhou com um de seus 3 barcos na altura da Ilha do Boi, eleimindao o fator supresa , assim a população teve tempo de se prepara contra o ataque eminente, e com a ajuda dos Indios, se posicionaram no local onde é hoje o forte do Saldanha, e mesmo antes dos piratas desembarcarem , uma rajada de flexas dizimou metade dos homens da Jolly Roger.Dos que restaram , muitos estavam gravemente feridos, e não tiveram outra alternativa senão recuar.Cavendish, em face a humilhação da derrota diante de oponentes tão "insignificantes", estes ilhéus da Vila de Vitória, comete o suicídio.

Piet Heyn (Piet Pietersz Heyn), "tratava-se de um dos mais notáveis almirantes holandeses. Nasceu em Delfshaven, a 15 de novembro de 1577. Entrou no serviço da Companhia das Índias Ocidentais, em 1623, como vice-almirante. Em 1628, tomou a famosa Armada Espanhola de Prata, perto da baía de Matanza, e chegou à mesma baía. A Armada seguia, do México, para a Espanha. O feito perdura numa canção popular holandesa. Morreu, na batalha naval de Dungeness, a 18 de junho de 1629, em combate à Inglaterra. Contava 52 anos de idade".
Maria Ortiz era uma prostituta, dona de um bordel, na Vila de Vitória, e seu ato de heroísmo foi ter iniciado a resistência, à um ataque neerlandês surpresa na vila, no ano de 1625. Da janela do sobrado onde morava começou a jogar sobre os invasores, inclusive no próprio almirante Piet Pieterszoon Hein, água fervente, pedras, paus, brasas, dejetos etc.O seu ato foi imitado por outros moradores, o que, retardando os inimigos, deu condições para que o contra-ataque fosse organizado pelas tropas armadas de combate portuguesas, além de ter capturado uma peça da artilharia neerlandesa, o que fez os neerlandese ficarem consideravelmente debilitados, acanado por serem rechaçados.

Este é um pouco na nossa história!

velejando com os cegos do Braile

29/10/2012

Roberto Bailly, é por estas e outras que sinto que somos mais varandistas que velejadores!

Avelok( varandista de primeira) ao lado dos casca grossa da vela Brasileira, Kan Chuh e Roberto Bailly.


Xucrut na borda na BSW 2012.

Segue email recebido agora há pouco do grande Roberto Bailly do Xeqmate, o terror da RGS!

Prezados amigos Renato, Kan Chuh e Marion.
Já estou de volta!
Zarpei de Noronha na noite do dia 18/10 (eu e mais 2 tripulantes) e velejei direto para Niterói (com uma parada rápida numa padaria de Búzios, pois o gás de cozinha havia acabado). Total 9 dias incompletos. 3 dias de contravento, 30 horas de calmaria no motor e o restante com ventos favoráveis. 6,6 nós de média, menor singradura medida 110 milhas, maior 180.
O barco se comportou muito bem: Chegamos com uma luz de bussola queimada, 2 cabos puídos e a antena do VHF do tope do mastro quebrada devido as sacudidas dos primeiros dias de contravento entre Noronha e Maceió. Por sorte eu dispunha de uma reserva (recomendável).
Posicionamento durante a jornada.


Já estou pensando na próxima!
Abraços,
Bailly

True Chinese Jibe, by sailing anarchy.


Agenda!



Mini Transat test drive em Noronha, Refeno 2012, by Avelok ,the yacht man sailing m...

Prezados amigos nautas e amantes da vela de plantão, durante nossos dias em Noronha após a regata, tivemos a oportunidade  de conhecer pessoalmente a lenda viva: Kan Chuh.
Como os bem informados da vela sabem ele é um cara acima da média:  Vencedor em Ilhabela ( em estréia!), vencedor de várias regatas Eldorados Brasilis( Vitória Trindade), vencedor da Mini Fastnet, um cara modesto e humilde , que se acha um velejador comum( !!!) um homem que coleciona títulos e milhas como poucos, que agora se dedica a classe mini que se incia no país, pontapé dado graças a seu emprenho e determinação.
Recentemente ele participou da regata Mini-Transat, da França a Salvador, provando aos nautas tupiniquins que podemos velejar a baixos custos em regatas de alta performance e de nível profissional, e que a vela oceânica ( que atravessa oceanos de fato) é palpável  e  alcançável , traçando o destino da classe em nosso Brasil.
Esta realidade separará os homens dos meninos, e dará o verdadeiro sentido ao termo "vela de oceano" aos velejadores que se laçarem ao mar, possibilitando meros mortais como eu e você de velejarem em regatas de alto nível mundo afora.
Neste post segue um  vídeo do gigante da vela Brasileira, que gostaria de coroar com o título do rei da modéstia , ele nos dá uma demonstração de técnica apurada ao manejar com destreza e tranquilidade o seu VMax 5, um mini transat , que embora de projeto antigo voa baixo(abaixo:  imagens do novíssimo modelo do estaleiro skipper , com projeto de Volker ).





Kan Chuh deve ser um primo Taiwanês do Spectraman, do Nacional Kid ou do ultra-Seven , veja o relato dele em email enviado ontem para a redação, falando da travessia de Noronha a Salvador , voltando para casa após a refeno:
"Retornei hoje de Recife no Mini e dessa vez foi dureza!!! os 3 pilotos quebraram e voltei totalmente no braço e no leme " amarrado!!! " para descansar...Dessa vez eu acho que estou ficando duro na queda!!! foi quase 3 dias e noites sem dormir direito, muito sol e braço no leme. No total foram 1400 milhas, ou um terço da travessia da MINITRANSAT que são 4200 milhas"


O que dizer de um cara destes?

Meu  saudoso pai, Sir Wallace , um homem de sabedoria e cultura incríveis nos diria que ele é simplesmente "FORA DE SÉRIE".

Através de sua iniciativa, e ações como a clínica em Salvador que contou com a presença e prestígio de autoridades da vela nacional e internacional, como Murillo Novaes e o  próprio projetista da versão Brasileira da nave, o Nestor Volker,  a classe  de fato começa a se formar no Brasil, com a primeira fornadafabricando os 10 primeiros barcos que serão  fabricados pelo estaleiro Skipper , este será um barco de ultima geração, uma nave espacial a custo de apenas 135k aproximadamente.
A classe que a exemplo do seu sucesso na França. por aqui promete uma legião de adeptos. Por 5 motivos básicos:
1- custo baixo,
2- versatilidade( para passear simplesmente, correr regatas de circuito ,  ou voar de balão numa regata offshore)
3- segurança( é insubmergível)
4-simplicidade , facilidade de manejo e estabilidade
5-não necessita de tripulação numerosa.
Neste vídeo feito mal e porcamente com um iphone( sorry leitores, somos um pasquim eletrônico sem fins lucrativos e não dispomos de recursos tecnológicos avançados, nem cinegrafistas e afins, e o tempo para edição e digitação é curtíssimo, perdão duas vezes : pela qualidade e pelos erros ortográficos), todavia onde o cristão pode ter a sensação do que é o barco, que é nosso objetivo pura e simplesmente: Informar e entreter.
Nesta primeira tomada, veja em especial a estabilidade do barco sem mãos no leme( apesar do timoneiro ficar condicionado a retomar o timão rapidamente !! ato reflexo??!!), e também o macete que kan Chuh apresenta aos Nautas de plantão ao  lançar  as adriças na água para baixar o balão mereçe um destaque mais que especial .
No coquetel , Kan Chuh abre seu sorriso ! sempre com uma humor acima da média, trazendo ainda um sotaque interessantíssimo para  sua estampa! que peça, como diria Luckipedia:- Kan Chuh é mais que uma persolanlidade, é um personagem!

As 12 horas toca o badalo,e  conforme combinado na noite anterior, seguimos para o test drive do mini.

Lay out de convés, pura inteligência e funcionalidade.

Leme duplo, estabilidade em poucos movimentos. O apoio para os pés proporciona excelente ergonomia a navegação.


Despensa.

O espaço a bordo acomoda facilmente 4 pessoas para pernoite.
O que vemos não é uma bagunça, está tudo organizado e em seu devido lugar, Kan Chuh não liga para frescuras.


O fogão.



Uma aula para o Marcão., e para mim também!

O Boldró a tudo observa ao fundo emoldurando e  sendo ele o único testemunho a nossa experiência em Noronha.

Um orgulho ver o uniforme do Phantom lado a lado com o manto do Vmax.

Cockpit de barco 40 pés. A impressão que se tem no mini, é que se está num quarenta pés que teve sua proa cortada.

A agilidade do Sino Baiano é um capítulo a parte, parece uma versão de mangá de um  saci-branco-gigante- esguio, com um jeito "super desajeitadamente flexível", ágil como um lince e com uma disposição juvenil de fazer inveja, apesar de seus 50 e poucos anos, devidamente paramentado, calçado , com joelheiras e luvas que se move a bordo saltando para lá e para cá na pequena embarcação numa rapidez danada,  onde faz tudo sozinho , durante o test drive nós só fizemos o papel de expectadores pura e simplesmente , e  também de "piloto automático" para sentir o gostinho.
O vídeo abaixo é a edição de umas 6 ou 7 tomadas, retratando todas as mareações e nuances do barco: o cockpit, o contra vento, o través, o popa, a atracação, o interior  etc. Tem 16 minutos, caso queiram ver apenas os fragmentos , acessem o canal avelok( renato avelar) no youtube.
Bom mes amis, é isto aí, a classe veio para fica, aos interessados existe um grupo mini transat no facebook,  onde todos poderão saber mais.
Um beijo, um queijo e bons ventos a todos!!!

Harry Manko, sempre com filmes sensacionais e gozadíssimos!

Um vídeo de compilações da Volvo Ocean Race, a volta ao mundo.

Os nós mais usados no mundo náutico, uma vídeo aula, aprenda para não chamar cabo de corda!