04/02/2010

Violino dos Mares, em mundial no Rio, com Sheidt, Torben, Lars, Juan Kouyomdjian, Marazzi & CIA, por Lucky Sechin, nosso enviado especial.







De 12 à 23/12 rolou no ICRJ o mundial de Star. Estive no Clube nos dias 15 e 16 e aproveitei para ver o campeonato.

Em primeiro lugar, era impressionante o nível técnico do campeonato. Veteranos de America's Cup, Medalhistas Olimpicos, Campeoes da Volvo, de todo o mundo em 81 barcos.
Pelo Brasil, os principais destaques eram:
. Torben Grael (dispensa apresentações)
. Robert Scheidt (idem)
. Lars Grael (medalhista olimpico em 1988 e 1996)
. Gastão Brun (bi-campeão mundial de soling)
. Alan Adler (ex campeao mundial de Star e chefe da equipe Brasil 1)
Além da nossa equipe, entre os gringos destacavam-se:
. Ian Percy (membro da equipe Origin na Americas Cup)
. Juan Kuomidjan (projetista dos 2 ultimos campeões da Volvo)
. Flavio Marazzi (membro da equipe Alinghi de America's Cup)
Essa era só uma amostra.....
Outra coisa que impressionou foi a estrutura. Todos os 81 barcos eram colocados na água TODOS OS DIAS através de 4 guindastes do Clube. A Raia era fora da Baía de Guanabara por culpa da poluição, então todos os barcos eram rebocados. A maioria dos barcos tinha técnicos, que rebocavam os barcos para a raia, levando equipamentos reservas (peças e velas sobressalentes), além de tomarem medidas de correnteza e vento em diferentes pontos da raia. Não raro, as medidas eram passadas às tripulações por rádio, que não era usado depois do sinal de atenção.
Os barcos já eram um espetáculo à parte. O Star é conhecido como "violino dos mares" dada a quantidade de regulagens que os tripulantes podem fazer. São monotipos, mas a regra é bastante liberal e havia significantes diferenças entre os barcos. Dois barcos que me chamaram a atenção foram o do Flavio Marazzi (diziam ser feito no mesmo estaleiro que o Alinghi) que tinha os runners em posição mais recuada e a retranca em fibra de vidro. O Barco do Juan Kuomidjan tinha o desenho do casco um pouco diferente dos outros.
Os campeonatos do Star ainda são no formato mais antigo, com apenas uma regata por dia. As regatas duravam em média 2,5 horas e eram apenas barla-sota.
Pude ver a segunda regata do campeonato no bote do Guilherme Hamelman, amigo da época em que morei no Rio. Leste muito fraco e rondado, o que atrasou a regata em cerca de uma hora.
Os barcos queimaram a largada várias vezes, com varias chamadas gerais. A CR só consegui dar a largada com a bandeira preta.
No dia, devido à posição da raia e à mará vazante, o bordo era o da esquerda. O Alan Adler montou em primeiro, com o Marazzi em segundo.
Ao final da Regata o Marazzi venceu com folga (ele é muito rápido na merreca). O Alan chegou em 5o. O Torben Grael em 25o eo Robert Scheidt em 19o.
O que me impressionou é que as posições não mudavam muito, quem montou o 1o contravento no top 10 em geral continua entre os 10.
Ao final do Campeonato, o Ian Percy foi o vencedor, com o Marazzi em 2o e o Torben em 3o. Os demais brasileiros no top 10 foram:
. Lars Grael-4o
. Alan Adler-5o
. Robert Scheidt-9o
Ver uma regata do mundial de Star de perto foi ótimo, aprendi bastante. Seria fantástico se um dia pudéssemos ver algumas máquinas dessas em águas capixabas.

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