29/09/2010
36a Rolex Ilhabela Sailing Week
Classe BRA-RGS abre a 37ª Rolex Ilhabela Sailing Week com muitas emoções
19/07/2010
Depois de um sábado chuvoso, o sol apareceu entre nuvens, para prestigiar a largada da principal regata da Semana de Vela de Ilhabela. A Regata Eldorado Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil contou com 74 embarcações da Classe BRA-RGS divididas em quatro categorias (A-B-C e Cruiser). Na raia provou mais uma vez a força que a categoria tem no maior evento de vela náutica da America Latina fazendo um belo espetáculo nas águas de São Sebastião.
Ás 10 horas e 03 minutos, o juiz de prova anunciava que era hora da BRA-RGS A e B dar inicio a Regata Eldorado Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil e seguir rumo a Ilha de Alcatrazes, cerca de 55 milhas náuticas ou 101 quilômetros do píer de Ilhabela.
Ás 10 horas e 03 minutos, o juiz de prova anunciava que era hora da BRA-RGS A e B dar inicio a Regata Eldorado Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil e seguir rumo a Ilha de Alcatrazes, cerca de 55 milhas náuticas ou 101 quilômetros do píer de Ilhabela.
Em seguida, às 10 horas e 14 minutos, a BRA RGS C e Cruiser largaram em direção a Ilha de Toque-Toque por Boreste (27 milhas ou 50 km), que teve como campeão o veleiro Zephyrus, de Santa Catarina.
e o comandante do veleiro Zephyrus, Tarcisio Mattos, define Ilhabela. Com ventos inconstantes, a Regata de Toque-Toque abriu a Semana de Vela para as Classes BRA-RGS C e Cruiser com 12 nós de vento e permaneceu oscilando até 20 nós, exigindo tática e estratégia da tripulação.
e o comandante do veleiro Zephyrus, Tarcisio Mattos, define Ilhabela. Com ventos inconstantes, a Regata de Toque-Toque abriu a Semana de Vela para as Classes BRA-RGS C e Cruiser com 12 nós de vento e permaneceu oscilando até 20 nós, exigindo tática e estratégia da tripulação.
O primeiro fita azul do dia da Classe BRA-RGS mostrou neste domingo que esta preparado para brigar pelo titulo da RGS C. “Ganhamos velocidade fora do canal e conseguimos manter a posição até o final da competição”, que completou. “Ganhar a Regata de Toque-Toque nos deixa mais aliviado para as próximas regatas”, finalizou Tarcisio que aproveita o dia livre desta segunda-feira, para arrumar o trilho da genoa.
Após 09horas43min20segundos, o veleiro Apoena foi o fita azul da divisão RGS Cruiser. Na RGS-A, o veleiro Inaê/Transbrasa, do comandante Bayard Umbuzeiro, cruzou a linha de chegada depois de muitas trocas de vela (peeling) no tempo de 8 horas e 56 minutos de muito desgaste físico.
Após 09horas43min20segundos, o veleiro Apoena foi o fita azul da divisão RGS Cruiser. Na RGS-A, o veleiro Inaê/Transbrasa, do comandante Bayard Umbuzeiro, cruzou a linha de chegada depois de muitas trocas de vela (peeling) no tempo de 8 horas e 56 minutos de muito desgaste físico.
Na BRA-RGS B, o único representante do Espírito Santo, o Phantom of Opera abriu uma diferença de apenas dois minutos para o segundo colocado ao completar a prova em 8 horas 58 minutos e 05 segundos.
A primeira regata da 37ª Rolex Ilhabela Sailing Week apontou que a competição na Classe BRA-RGS vai ser bem disputada do início ao fim. As competições voltam nesta terça-feira, com a regata Barla-Sota, com média de quatro pernas.
Fonte:Conexão Comunicação
28/09/2010
Capixaba frente a frente com ventos de 300km/h.
Rito de passagem é pouco.
26/09/2010
Final do Estadual de Oceano, um pega muito bacana!
(SCHEAFFER 31 G5)
Antes do macht, compromisso familiar, cedinho antes de ir para o clube agenda primordial e inadiável:
Pic-nic com a petizada do parque da pedra da cebola.
Depois do primeiro dia, triste com o cacete que tomamos do Rodrigo Stephan, mas teve revanche no segundo dia.
Rodrigo Stephan( boné legião estrangeira), Jens ( no estai de popa), Pablito( atrás do Jens), Billy ( com calças de balet e chapéu de indiana jones) Storm( de colete) e Cabral( elegantemente vestido com camisas de abotoar)
Prezados amigos, nautas e amantes da vela de plantão,Neste fim de semana aconteceu a final do estadual de RGS, com a realização de 4 páreos, 2 no sábado e 2 dominicais. Vento pra dar e vender( 28 a 33 nós), poucos barcos mas uma disputa incrível, que há muito tempo não se via em águas Capixabas.
O equilíbrio de desmpenho do Delta 32 racing ( ex Lucky e atual Aventureiro), e o Scheaffer 31 Phantom Of the Opera, deixou definitavamente a segundo plano ratings e tempos corrigidos, tal o palmo a palmo que se obeservou na disputa , onde os barcos andaram lado a lado.
No sábado, o Cmdte Rodrigo Stephan , ( cara determinado e tinhoso, afinal é um snipe-man)e sua tripulação venceram as duas regatas, já no domingo após longa reflexão a amargor pela derrota e uma noite de pensamentos e avaliações, foi nossa vez de ouvir o apito em primo plano, soando como boa música nas duas baterias disputadas.
Este macht( race), ao pé da letra, com todos os predicados foi um divisor de águas na vela Capixaba, com a chegada do Aventureiro e sob o comando de Rodrigo, termina a hegemonia da equipe das Jolly Rogers, que a partir daqui terá que se empenhar muito( muito mesmo) , suar, treinar, e não errar para poder pretender um pódio.
Esperamos em breve( o mais breve possível), para engrossar as fileiras dos que buscam o topo, o retorno do Delta 32 Matinata do Comandante Marcos Almeida( com novo enxoval), o Skipper 21 Galau( enxoval novo também ) do Comandante Chico Kulnig e JH Cabral, o Skipper 30 do Comandante Simão Bassul, e todos os comandantes que irão participar com seus tripulantes da RGS Cruiser, que será implementada em Vitória com a força toda, valorizando , e muito a turma que tem um estilo mais light, menos faca nos dentes, menos pirata eu diria, mas ao grande estilo de YACHT-MAN , com todas as vogais e consoantes.
Hoje além do prazer do velejo com os amigos, ficamos muito satisfeitos com a presença e vibração dos garotos do Optimist a bordo das naves:
-Lucas Quinamo no Aventureiro, e Bruno Falco no Phantom, a alegria e determinação dos petizes alimenta a disputa dos marmanjos.
O escrete das Jolly Rogers, composto pelos meus grandes amigos e companheiros, detém agora o Penta campeonato estadual, 4 com o Sir Wallace e uma com o Phantom.
Registro aqui os agradecimentos honrosos a equipe que correu neste fim de semana:
Léo Oliveira, Fabiano Porto, Fernando Mendonça, Marcos Albuquerque, e Marco Salmaso( convidado especial), e também ao Jens, ao Lucky , Julinho e Mac, membros efetivos de nossa equipe e, prinicipalmente gravo em nome de todo nosso time os parabéns ao Comandante Rodrigo Stephan , mandou muito bem e já mostrou que não veio para brincar.
Outubro vamos com tudo para o circuito Rio, e para a Rio Santos, como diria o Zarif:
- "Pra cima deles pessoal!!!"
Bons ventos a todos!
22/09/2010
21/09/2010
Lucas Storm, o futuro da vela e das crônicas capixabas.
Além de velejador, é CDF, pintor, escreve muito bem( blog contosdemarinheiros.blogspot.com) e é um bom sujeito, um Yachtboy.
O Fantasma rasga a noite com Luciano Secchin no comando da Ópera.
Exemplo de marinharia e responsabilidade, no detalhe em vermelho: CINTO DE SEGURANÇA, isto sim é uma atitude de Yacht-Man para enfrentar a noite sem pesadelos.
20/09/2010
19/09/2010
Sentindo a Taputera, infelizmente na carne mesmo.
Prezados amigos nautas e amantes da vela de plantão, hoje domingo de vento sul , a tripulação do Phantom se encontrou no ICES bem cedo, para um treino técnico visando nossa participação no circuito Rio, que acontece no começo de novembro, tal como na regata Santos Rio.
Estávamos lá Lucky, Fabiano Porto, Lèo Oliveira, Eu, e de bote voando baixo, com Angeloti no timão, muito atrasado, veio a nosso encontro ao Dr Marcos Albuquerque e embarcou em frente ao sacre couer, enquanto ainda adriçávamos o grande, porém já bem afastados do cais, uma chegada triunfal para este nauta inciante e que vem se destacando como bravo yachtman.
Dia especial, dia de 64 anos do clube, uma grande festa social, mas esporte mesmo não teve, salvo nossa incursão ao canal de vitória e um ou dois widsurfs que vimos a rasgar as águas, um deles certamente o Rominho, fominha mor da vela de pranchas.
O vento prometia, começava a roncar, e alguns de nós , como o Fabiano não velejavam desde Ilhabela, Lucky só de Snipes, e hoje seria o dia de tirar o atraso da galera.
Fomos então, num contravento delicioso, com muitas e muitas rondadas, canal da cidade acima, com o intuito de montar a pedra da Taputera, e treinar muitas cambadas, e controle da nave num mar de rondadas loucas onde o Phantom vira um cavalo selvagem , ou um cachorro doido, tem que segurar firme e com jeito senão é descontrole e momentos tabajaras em doses titânicas.
Ao entrarmos na boca do canal , avistamos um grande navio, e fomos o cortejando em bordos próximos porém sempre com muita margem de segurança, como verão nas fotos, até sua atracação final no porto de Capuaba.
Velejar neste percurso é muito bacana, vc tem a interação direta com o público, e leva para perto , bem perto das pessoas, a beleza de um barco a vela e seu balé sincronizado de movimentos, bordejando a 10 ou até mesmo 5 metros, das profundas margens do paredão de pedra da avenida beira mar, os cidadãos literalmente param para ver o barco passar, muito legal, não tem uma pessoa que não para para ver , e fotos então, são um festival. Certamente esta imagem do barco a vela traz um colorido especial ao domingo desta gente que está a passear pela orla da segunda capital mais antiga do país.
Cerca de 11 da manhã, com apenas uma hora de navegada nos aproximávamos da Taputera, que resolvemos montar por boreste e em seguida colocar o balão e voltar para o clube morro abaixo, e vimeos nos aproximando, algumas rajadas, e na minha mente uma premonição, premonição ruim , muito ruim.
O profundímentro , devido a chuvaca de ontem estava meio apagado, ( os eltrônicos só operam 100% quando usados diariamente, ou em tempos de seca absoluta), todavia de nada ele adiantaria.
O meu sexto sentido é terrível, fica no subconsciente a visão, e a visão que tinha era de um fundo cheio de pedras, e elas se aproximando do casco do phantom.
De súbito uma porrada, pow, crasshhshshsh, outra porradaça!!! e o barco subiu em cima de uma pedra, ficando apoiado pela quilha.
Todos mantiveram a calma, realmente muita calma mesmo, pois apesar da porrada , o barco não fazia água, mas chegou a subir quase meio metro sobre a água.
Primeiro tentamos com o motor( frente e ré), e o barco roda em seu próprio eixo agarrado em cima da pedra, depois o leme foi o premiado, começa a raspar e fazer ruídos, eu o solto imediatamente e deixo-o a vontade , não forçamos nada, o balanço e a calma nos tirariam dalí.
Neste ínterim tentamos radiofonia com a praticagem , mas obviamente, eles em manobra, atracando o navio que cortejamos , não poderiam nos dar suporte, somente depois deveriam nos responder decerto, pedi que meus parceiros aguardassem pois daríamos um jeito, e acredito que sozinhos teríamos mais chances de sair com o barco sem potencializar as avarias.
Nas horas que ocorrem acidentes, a calma é crucial , pois o pior pode vir depois se vc tomar a decisão errada, e o veleiro adernado é a única forma de sair de um encalhe, ou com vento, peso na borda ou com reboque na adriça , o que não tenho predileção alguma, dadas as possibilidades de quebra de mastro, de rasgo no casco, rompimento de peças, e tudo de ruim que puder passar pela cabeça.
Pensamos e fomos nos posicionado com o barco, de leve, bem de leve, sentindo o que fazer, muito temor pois o fundo era pedra pura, e de todos os tamanhos.
Eu e Fabiano temos uma boa sinergia, é interessante, exatamente como nas regatas no conjunto traveller/timão, que trabalham em sintonia silenciosa sincronizada, decerto nós dois sabíamos o que iria acontecer , mesmo sem falar um com o outro sobre o plano de fuga, ao ver uma rajada mais forte se aproximar, pedi a tripula todo peso a sota, Fabiano caça os panos com vigor e plena certeza, adernamos ao máximo a nave e saímos , de lado, arrastando, mas sem bater em nada, a única forma de sair sem detonar o barco, depois de uns 10 minutos onde ficamos muito calmos mas, momentos angustiantes.
Soltos, afastamos da pedra submersa , que em tupi guarani é taputera, e subimos o balão imediatamente, pois o leme não fora afetado a princípio, estava sendo manejado normalmente, e não dava para mergulhar naquela água podre do porto para ver o que aconteceu.
Tenho um bom anjo da guarda, e também sentia que a coisa não seria muito grave, ( torçia em silêncio para tal).
Surfamos o canal abaixo, em direção ao oceano com balão em cima, o prático passa acendo na encarnada lancha" Pilot" em alta velocidade, e quem era?? : - O Grande Velejador Ralph Rosa, que não deve ter entendido nada do que aconteceu, se entendeu deve achar que a gente é doido, mas fato é que estas pedras não existiam alí, a Taputera, a grande pedra submersa, fora dinamitada e os pedaços se espalharam num raio maior que a original , que tantas e tantas vezes contornamos em regatas, há 55 anos fazem isto.
Seguimos atravessando algumas vezes devidos as rondadas espetaculares, e numa delas, por um erro de montagem , o balão voou, mas rapidamente a tripulação com Lucky e Léo na manobra, safa a vela, e em seguida a reinflamos.
Em camburi, já em mar aberto a nave resolve voar, mas voar mesmo, estávamos andando uma barbaridade, marolas lindas ficando para trás, e surfando deliciosas ondas, mas a hora era de retorno ao clube e encarar os fatos.
Atracados, com toda calma e serenidade, Lucky se dipõe a mergulhar e constata que o leme não sofrera avaria alguma, mas a quilha sim , porém de pouca monta, arranhões, e um amassadinho na ponta do bulbo no bordo de fuga, ou seja, nada perante o susto que passamos, passadas as regatas do próximo fim de semana subimos o barco para acertar tudo e pintar o fundo pois a tinta já venceu.
Sentiremos a falta da carreta do barco, que compramos há um ano e 3 meses, e deve estar vindo de jegue de santa catarina, e o pior parou para fazer um pit stop, com um time formado por lesmas e preguiças, mas a gente pega outra emprestada, não seja por isto!
Num jornal antigo que tenho, da década de 50, te uma matéria com o seguinte título, " Ouvindo e sentindo a Taputera", pois é ...
Hoje, 60 anos depois a gente entedeu o recado.
bons ventos a todos e uma ótima semana!!!
Estávamos lá Lucky, Fabiano Porto, Lèo Oliveira, Eu, e de bote voando baixo, com Angeloti no timão, muito atrasado, veio a nosso encontro ao Dr Marcos Albuquerque e embarcou em frente ao sacre couer, enquanto ainda adriçávamos o grande, porém já bem afastados do cais, uma chegada triunfal para este nauta inciante e que vem se destacando como bravo yachtman.
Dia especial, dia de 64 anos do clube, uma grande festa social, mas esporte mesmo não teve, salvo nossa incursão ao canal de vitória e um ou dois widsurfs que vimos a rasgar as águas, um deles certamente o Rominho, fominha mor da vela de pranchas.
O vento prometia, começava a roncar, e alguns de nós , como o Fabiano não velejavam desde Ilhabela, Lucky só de Snipes, e hoje seria o dia de tirar o atraso da galera.
Fomos então, num contravento delicioso, com muitas e muitas rondadas, canal da cidade acima, com o intuito de montar a pedra da Taputera, e treinar muitas cambadas, e controle da nave num mar de rondadas loucas onde o Phantom vira um cavalo selvagem , ou um cachorro doido, tem que segurar firme e com jeito senão é descontrole e momentos tabajaras em doses titânicas.
Ao entrarmos na boca do canal , avistamos um grande navio, e fomos o cortejando em bordos próximos porém sempre com muita margem de segurança, como verão nas fotos, até sua atracação final no porto de Capuaba.
Velejar neste percurso é muito bacana, vc tem a interação direta com o público, e leva para perto , bem perto das pessoas, a beleza de um barco a vela e seu balé sincronizado de movimentos, bordejando a 10 ou até mesmo 5 metros, das profundas margens do paredão de pedra da avenida beira mar, os cidadãos literalmente param para ver o barco passar, muito legal, não tem uma pessoa que não para para ver , e fotos então, são um festival. Certamente esta imagem do barco a vela traz um colorido especial ao domingo desta gente que está a passear pela orla da segunda capital mais antiga do país.
Cerca de 11 da manhã, com apenas uma hora de navegada nos aproximávamos da Taputera, que resolvemos montar por boreste e em seguida colocar o balão e voltar para o clube morro abaixo, e vimeos nos aproximando, algumas rajadas, e na minha mente uma premonição, premonição ruim , muito ruim.
O profundímentro , devido a chuvaca de ontem estava meio apagado, ( os eltrônicos só operam 100% quando usados diariamente, ou em tempos de seca absoluta), todavia de nada ele adiantaria.
O meu sexto sentido é terrível, fica no subconsciente a visão, e a visão que tinha era de um fundo cheio de pedras, e elas se aproximando do casco do phantom.
De súbito uma porrada, pow, crasshhshshsh, outra porradaça!!! e o barco subiu em cima de uma pedra, ficando apoiado pela quilha.
Todos mantiveram a calma, realmente muita calma mesmo, pois apesar da porrada , o barco não fazia água, mas chegou a subir quase meio metro sobre a água.
Primeiro tentamos com o motor( frente e ré), e o barco roda em seu próprio eixo agarrado em cima da pedra, depois o leme foi o premiado, começa a raspar e fazer ruídos, eu o solto imediatamente e deixo-o a vontade , não forçamos nada, o balanço e a calma nos tirariam dalí.
Neste ínterim tentamos radiofonia com a praticagem , mas obviamente, eles em manobra, atracando o navio que cortejamos , não poderiam nos dar suporte, somente depois deveriam nos responder decerto, pedi que meus parceiros aguardassem pois daríamos um jeito, e acredito que sozinhos teríamos mais chances de sair com o barco sem potencializar as avarias.
Nas horas que ocorrem acidentes, a calma é crucial , pois o pior pode vir depois se vc tomar a decisão errada, e o veleiro adernado é a única forma de sair de um encalhe, ou com vento, peso na borda ou com reboque na adriça , o que não tenho predileção alguma, dadas as possibilidades de quebra de mastro, de rasgo no casco, rompimento de peças, e tudo de ruim que puder passar pela cabeça.
Pensamos e fomos nos posicionado com o barco, de leve, bem de leve, sentindo o que fazer, muito temor pois o fundo era pedra pura, e de todos os tamanhos.
Eu e Fabiano temos uma boa sinergia, é interessante, exatamente como nas regatas no conjunto traveller/timão, que trabalham em sintonia silenciosa sincronizada, decerto nós dois sabíamos o que iria acontecer , mesmo sem falar um com o outro sobre o plano de fuga, ao ver uma rajada mais forte se aproximar, pedi a tripula todo peso a sota, Fabiano caça os panos com vigor e plena certeza, adernamos ao máximo a nave e saímos , de lado, arrastando, mas sem bater em nada, a única forma de sair sem detonar o barco, depois de uns 10 minutos onde ficamos muito calmos mas, momentos angustiantes.
Soltos, afastamos da pedra submersa , que em tupi guarani é taputera, e subimos o balão imediatamente, pois o leme não fora afetado a princípio, estava sendo manejado normalmente, e não dava para mergulhar naquela água podre do porto para ver o que aconteceu.
Tenho um bom anjo da guarda, e também sentia que a coisa não seria muito grave, ( torçia em silêncio para tal).
Surfamos o canal abaixo, em direção ao oceano com balão em cima, o prático passa acendo na encarnada lancha" Pilot" em alta velocidade, e quem era?? : - O Grande Velejador Ralph Rosa, que não deve ter entendido nada do que aconteceu, se entendeu deve achar que a gente é doido, mas fato é que estas pedras não existiam alí, a Taputera, a grande pedra submersa, fora dinamitada e os pedaços se espalharam num raio maior que a original , que tantas e tantas vezes contornamos em regatas, há 55 anos fazem isto.
Seguimos atravessando algumas vezes devidos as rondadas espetaculares, e numa delas, por um erro de montagem , o balão voou, mas rapidamente a tripulação com Lucky e Léo na manobra, safa a vela, e em seguida a reinflamos.
Em camburi, já em mar aberto a nave resolve voar, mas voar mesmo, estávamos andando uma barbaridade, marolas lindas ficando para trás, e surfando deliciosas ondas, mas a hora era de retorno ao clube e encarar os fatos.
Atracados, com toda calma e serenidade, Lucky se dipõe a mergulhar e constata que o leme não sofrera avaria alguma, mas a quilha sim , porém de pouca monta, arranhões, e um amassadinho na ponta do bulbo no bordo de fuga, ou seja, nada perante o susto que passamos, passadas as regatas do próximo fim de semana subimos o barco para acertar tudo e pintar o fundo pois a tinta já venceu.
Sentiremos a falta da carreta do barco, que compramos há um ano e 3 meses, e deve estar vindo de jegue de santa catarina, e o pior parou para fazer um pit stop, com um time formado por lesmas e preguiças, mas a gente pega outra emprestada, não seja por isto!
Num jornal antigo que tenho, da década de 50, te uma matéria com o seguinte título, " Ouvindo e sentindo a Taputera", pois é ...
Hoje, 60 anos depois a gente entedeu o recado.
bons ventos a todos e uma ótima semana!!!
16/09/2010
Marlon Oliveira, atleta revelado pelo projeto Gael, em Vitória, é destaque no blog do Axel Grael.
Segue trecho da matéria, que dentre outras coisas discursou sobre a causa do fim do Projeto Grael em Vitória, clique no título para ler na íntegra.
Os 28 barcos participantes enfrentaram um vento sul de aproximadamente 15 nós, durante cerca de três horas de prova. A largada foi dada às 12h15 com término da competição às 15 horas.
Terminou, nesta segunda (06), a 56ª Taça Cidade de Vitória de Vela. Os 48 velejadores representaram o Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina e concorreram nas categorias Dingue, Laser 4.7 e Standart. O dia marcou também a etapa final do VIII Campeonato Sudeste de Dingue.
Os 28 barcos participantes enfrentaram um vento sul de aproximadamente 15 nós, durante cerca de três horas de prova. A largada foi dada às 12h15 com término da competição às 15 horas. A raia de prova da praia de Camburi foi considerada muito boa pelos participantes por não apresentar um trajeto viciado.
O campeão da 56ª Taça Cidade de Vitória de Vela foi Marlon Oliveira, que obteve 4 pontos contra 7 pontos de Willian Brown, que conquistou o segundo lugar.
O terceiro lugar ficou com Manoel Vicente, que chegou a 11 pontos. O campeão Marlon tem 18 anos e começou a velejar aos 11 anos com o apoio do Projeto Lars Grael, desenvolvido pela Prefeitura de Vitória...
...É com elevado orgulho e muita saudades que vemos Marlon Oliveira e Juliétty Tesch, dois atletas que ainda muito jovens aprenderam a velejar no Projeto Grael de Vitória e que, oito anos depois da desativação do Projeto Grael, ainda figuram com destaque no cenário náutico capixaba.
O Projeto Grael de Vitória foi inaugurado em 1999 e operou com muito sucesso até que a Prefeitura da cidade, por incapacidade de reconhecer o potencial do programa, que era desenvolvido para o benefício exclusivo dos estudantes da rede pública, decidiu por interromper o apoio à atividade. Na época fomos frustrados pela justificativa apresentada: o Projeto Grael seria uma iniciativa elitista. Como poderíamos ser elitistas se servíamos exclusivamente ao público atendido pela rede de educação da própria Prefeitura? A afirmativa revelou a visão preconceituose e a evidente desinformação dos tomadores de decisão daquela ocasião.
Mas ficamos felizes de constatar na notícia acima, que bons resultados ficaram. A comovente persistência de Juliétty Tesch e Marlon Oliveira, que às duras penas ainda mantêm-se ativos no esporte, permite que o Projeto Grael ainda seja lembrado naqueles mares, desvendando o desperdício de oportunidade e o equívoco que foi praticado.
Ainda sonhamos com a possibilidade de voltar a atuar em Vitória. Quem sabe, a tênue fagulha que ainda resiste acesa, mantenha viva a esperança e volte a iluminar corações e mentes".
.
Axel Grael
Presidente
Instituto Rumo Náutico/Projeto Grael
Tempestade de papéis no Espirito Santo, matéria publicada no site sailabout.com.
Segue trecho da matéria enviado pelo amigo Nauta Eduardo Grafulha de Porto Alegre, comandante do Fat 303 Halftonner, Ex-Tipapo e atual Sir Wallace, BRA 880 .
O rigor aplicado pela capitania dos Portos do Espirito Santo é extremo, a ponto de todos os nossos barcos serem vistoriados antes de cada regata, mesmo as regatas dentro da baia de camburi, o que não foi diferente ao nauta argentino que amargou uma experiência pra lá de burocrática. segue o texto
"A tempestade que um cmte argentino passou no porto de Vitória, em sua subida para participar da Refeno:
Puedo con las tormentas
Puedo con las calmas
hasta con las averías
pero no puedo con la burocracia"
(Capitán Guillermo)
index.php?option=com_content& task=blogcategory&id=92& Itemid=95"
O rigor aplicado pela capitania dos Portos do Espirito Santo é extremo, a ponto de todos os nossos barcos serem vistoriados antes de cada regata, mesmo as regatas dentro da baia de camburi, o que não foi diferente ao nauta argentino que amargou uma experiência pra lá de burocrática. segue o texto
"A tempestade que um cmte argentino passou no porto de Vitória, em sua subida para participar da Refeno:
Puedo con las tormentas
Puedo con las calmas
hasta con las averías
pero no puedo con la burocracia"
(Capitán Guillermo)
" Uma vez no Iate clube do Espirito Santo, Capitão Guille corre atrás dos tramites do barco enquanto a tripulação descansa e arruma um pouco o barco. Na Secretaria do Clube, informaram que era necessário fazer todos os tramites de entrada. A Policia Federal, neste porto, vai até a embarcação e precisa ser agendada a visita. Já na Capitania dos Portos, era necessário ir pessoalmente com o passe de entrada da Policia Federal. A visita da Policia Federal ajudou muito porque reduziu o trabalhão de ir e vir por uma cidade desconhecida. O pessoal foi muito profissional, simpático e o desembaraço ocorreu muito bem, fato que o Guille disse que gostaria de elogiar e agradecer muito. Com este papel e os documentos do barco foi à Capitania dos Portos. A Capitania dos Portos de Vitória não decepcionou, entravaram o processo o máximo que a burocracia deles permitia. (...)"
Ver restante do blog em: http://www.sailabout.com.br/13/09/2010
Jesús Soares Gonzales, um espanhol que ganhou o amor pelas vela no ICES.
Jesús veio morar em Vitória no início dos anos 80, acompanhando seu pai o engenheiro Soares Gonzales, sua Mãe Marevi, sua irmã Ana Vitória e seu Irmão Jorge.
A família de Gijon, Espanha, viera par o Brasil para o patriarca, engenheiro, trabalhar na Hispanobrás, na época uma concessionária da vale do rio doce, moravam no Ed Bertrand Russel ao lado do clube, e estudavam no sacre-couer, onde na época eu também estudava, somado a isto, Sir Wallace( meu Pai) era colega de "Vale" do Soaeres, e logo criamos laços de amizade familiares que foram dar nas regatas e no convívio infanto/adolescente no Iate Clube, que era bem diferente de hoje, um clube 100% esportivo, e onde a garotada gastava as tardes diariamente.
Não me lembro bem quando , neste cenário os irmãos começaram a velejar, primeiro de optimist, onde a caçula Ana se destacou como um jovem talento, mas antes disto, os irmãos fizeram várias temporadas conosco nas regatinhas locais, e em seguida partiram para o Snipe.
O "Espanhol" como era chamado por todos correu regatas por um bom tempo com Jacaré, tendo inclusive viajado com a delegação capixaba( eu e fernando mendonça, ele e jacaré) para o mini norte-nordeste de Snipes em Aracaju, no longínquo ano de 1986.
Este campeonato merece um destaque a parte, pois foi lá que ví a cena mais insólita numa competição em toda minha vida:
- Haviam duas tripulações rivais, mais rivais mesmo, um era do Valtinho e a outra não sei o nome do cara. Pois bem o tal do Valtinho era um cabra destemperado e doido, apesar de velejar muito bem, e durante a regata ele discutiu com seu arqui rival e o couro comeu.
O Valtinho inicia então uma perseguição ao alvo(o caboclo rival), esqueçe da regata e vai atrás do cara, velejando o máximo, trimando tudo na perfeição, fazendo o que podia e não podia para alcançá-lo, passaram o lay line e foram embora canal acima, mas nada do Valtinho pegar o cara.
O caboclo perseguido, talvez pelo desespero, ou talvez por que era bom mesmo em regatas e fugas, deixou o cabra macho para trás, e ele foi dando a volta lá em cima do canal de Aracajú, rondando com a corrente , deu um olé no Exu caveira, e depois vem voltando para o clube para salvar o cour, e se ver livre do facão enorme que Valtinho empunhava numa mão, o leme na outra, como que num filme de índios e mocinhos.
Na chegada ao clube , o sujeito entra com tudo na rampa, joga o barco de qualquer jeito para riba da terra sem carreta sem nada, encalhe selvagem mesmo, e Valtinho vem logo atrás, soltando fogo pelas ventas. Chegando segundos depois , o cabra macho desvairadamente louco, tal qual cordel de fogo, um gogol bordelo alucinado com um facão na mão , e não um violão, pois aí o adversário não tem alternativa e empunha a cana de leme de seu novíssimo e lindo snipe para se defender, senão virava picadinho de charque, pois o baixinho tava possuído pelo demo, e saiu dando porrada para tudo que é lado com a cana para não morrer.
A turma do deixa disso( ou do S.O.S) intervem e segura os os dois, o caboclo perseguido dá no pira do clube, e o Valtinho pega um formão daqueles parrudos e faz uma dúzia de furos no casco chubasco novinho do cabra, coisa de maluco mesmo! O espanhol achaou naquele dia que tourada é esporte para garotos , imaginei com meus botões, pois Jesús, apesar da pouca idade era e sempre foi um cavalheiro.
O máximo que fazia quando ficava nervoso, era ficar com o rosto vermelho igual a um pimentão.
Voltando a vaca fria, os irmãos "Espanhóis" , incentivados pelo pai e gente finíssima Soares, que passava as tardes na varanda do bar golfinho( na época o unico bar do ICES) a tomar uns tragos com papai, na mesma mesa, a esquerda da porta principal, sempre servidos pelo garçon Lutigal e seu terno piguin, alinhadíssimo ,apesar da casa ser uma mistura de cantina e boteco. pois bem , os irmãos logo receberam de su padre, um belo barco de presente, ideal para velejarem em regatas.
Merecidamente pois a dupla estava em ótima performance.
O barco era o "hai-kai", um exemplar de madeira( lindenburguer, acho que é assim que escreve) todo envernizado, até os costados, lindo de morrer, que pertencera ao Danilo, um velejador de Brasília que mudou-se para Vitória e logo passou para a vela de oceano, vendendo o barco tratado a pão de ló aos irmãos, que passaram a andar na cabeça da flotilha.
Durante uma regata de vento muito forte( toco mesmo), não me lembro bem, acho que Volta da Taputera, o barco virou ao largo da ilha do frade, e os irmãos não conseguiam desvirá-lo.
Por perto havia uma lancha da marinha que foi prestar socorro, foi onde o desastre aconteceu.
Os navais não tinham muita noção de salvatagem , tentaram rebocar o barco emborcado, com mastro vela e tudo pra baixo, e não conseguiram obviamente, aí o barco foi dar nas pedras da ilha do frade, exatamente na frente da casa de Bruno Tommasi, e literalmente se despedaçou.
O pouco que restou fora saqueado durante a noite.
No fim dos anos 80 a família retornou para Gijón, cidade natal da prole, onde vivem até hoje, infelizmente Jesús me deu a má notícia que Soares falecera há uma ano.
O "espanhol" nunca parou de velejar, ficou no sangue, e sangue espanhol é brabo! ele tem tido ótimos resultados com seu belíssimo J80( o da foto), sendo inclusive destaque na mídia local, e também obteve êxito no certamen espanhol de Snipes, Ana ainda velejou de Kadet um tempo mas parou.
Seguem umas fotos do Espanhol ontem e hoje,
Salve Jesús, quando puder venha nos visitar e velejar conosco!
Jesús agachado no canto esquerdo ao lado de Bruno Tommasi, Juliana Queiroga, e o Hélvio( camisa escura), de pé da esquerda para direita, Alexsandro, Frank Brown, Renato Avelar, Eduardo Zenóbio, Albert Bitran, Paulo Tommasi, e Renato Zanol Santos Beves, 1981.
Bons ventos amigos que os levem e os tragam para nos visitar!
A família de Gijon, Espanha, viera par o Brasil para o patriarca, engenheiro, trabalhar na Hispanobrás, na época uma concessionária da vale do rio doce, moravam no Ed Bertrand Russel ao lado do clube, e estudavam no sacre-couer, onde na época eu também estudava, somado a isto, Sir Wallace( meu Pai) era colega de "Vale" do Soaeres, e logo criamos laços de amizade familiares que foram dar nas regatas e no convívio infanto/adolescente no Iate Clube, que era bem diferente de hoje, um clube 100% esportivo, e onde a garotada gastava as tardes diariamente.
Não me lembro bem quando , neste cenário os irmãos começaram a velejar, primeiro de optimist, onde a caçula Ana se destacou como um jovem talento, mas antes disto, os irmãos fizeram várias temporadas conosco nas regatinhas locais, e em seguida partiram para o Snipe.
O "Espanhol" como era chamado por todos correu regatas por um bom tempo com Jacaré, tendo inclusive viajado com a delegação capixaba( eu e fernando mendonça, ele e jacaré) para o mini norte-nordeste de Snipes em Aracaju, no longínquo ano de 1986.
Este campeonato merece um destaque a parte, pois foi lá que ví a cena mais insólita numa competição em toda minha vida:
- Haviam duas tripulações rivais, mais rivais mesmo, um era do Valtinho e a outra não sei o nome do cara. Pois bem o tal do Valtinho era um cabra destemperado e doido, apesar de velejar muito bem, e durante a regata ele discutiu com seu arqui rival e o couro comeu.
O Valtinho inicia então uma perseguição ao alvo(o caboclo rival), esqueçe da regata e vai atrás do cara, velejando o máximo, trimando tudo na perfeição, fazendo o que podia e não podia para alcançá-lo, passaram o lay line e foram embora canal acima, mas nada do Valtinho pegar o cara.
O caboclo perseguido, talvez pelo desespero, ou talvez por que era bom mesmo em regatas e fugas, deixou o cabra macho para trás, e ele foi dando a volta lá em cima do canal de Aracajú, rondando com a corrente , deu um olé no Exu caveira, e depois vem voltando para o clube para salvar o cour, e se ver livre do facão enorme que Valtinho empunhava numa mão, o leme na outra, como que num filme de índios e mocinhos.
Na chegada ao clube , o sujeito entra com tudo na rampa, joga o barco de qualquer jeito para riba da terra sem carreta sem nada, encalhe selvagem mesmo, e Valtinho vem logo atrás, soltando fogo pelas ventas. Chegando segundos depois , o cabra macho desvairadamente louco, tal qual cordel de fogo, um gogol bordelo alucinado com um facão na mão , e não um violão, pois aí o adversário não tem alternativa e empunha a cana de leme de seu novíssimo e lindo snipe para se defender, senão virava picadinho de charque, pois o baixinho tava possuído pelo demo, e saiu dando porrada para tudo que é lado com a cana para não morrer.
A turma do deixa disso( ou do S.O.S) intervem e segura os os dois, o caboclo perseguido dá no pira do clube, e o Valtinho pega um formão daqueles parrudos e faz uma dúzia de furos no casco chubasco novinho do cabra, coisa de maluco mesmo! O espanhol achaou naquele dia que tourada é esporte para garotos , imaginei com meus botões, pois Jesús, apesar da pouca idade era e sempre foi um cavalheiro.
O máximo que fazia quando ficava nervoso, era ficar com o rosto vermelho igual a um pimentão.
Voltando a vaca fria, os irmãos "Espanhóis" , incentivados pelo pai e gente finíssima Soares, que passava as tardes na varanda do bar golfinho( na época o unico bar do ICES) a tomar uns tragos com papai, na mesma mesa, a esquerda da porta principal, sempre servidos pelo garçon Lutigal e seu terno piguin, alinhadíssimo ,apesar da casa ser uma mistura de cantina e boteco. pois bem , os irmãos logo receberam de su padre, um belo barco de presente, ideal para velejarem em regatas.
Merecidamente pois a dupla estava em ótima performance.
O barco era o "hai-kai", um exemplar de madeira( lindenburguer, acho que é assim que escreve) todo envernizado, até os costados, lindo de morrer, que pertencera ao Danilo, um velejador de Brasília que mudou-se para Vitória e logo passou para a vela de oceano, vendendo o barco tratado a pão de ló aos irmãos, que passaram a andar na cabeça da flotilha.
Durante uma regata de vento muito forte( toco mesmo), não me lembro bem, acho que Volta da Taputera, o barco virou ao largo da ilha do frade, e os irmãos não conseguiam desvirá-lo.
Por perto havia uma lancha da marinha que foi prestar socorro, foi onde o desastre aconteceu.
Os navais não tinham muita noção de salvatagem , tentaram rebocar o barco emborcado, com mastro vela e tudo pra baixo, e não conseguiram obviamente, aí o barco foi dar nas pedras da ilha do frade, exatamente na frente da casa de Bruno Tommasi, e literalmente se despedaçou.
O pouco que restou fora saqueado durante a noite.
No fim dos anos 80 a família retornou para Gijón, cidade natal da prole, onde vivem até hoje, infelizmente Jesús me deu a má notícia que Soares falecera há uma ano.
O "espanhol" nunca parou de velejar, ficou no sangue, e sangue espanhol é brabo! ele tem tido ótimos resultados com seu belíssimo J80( o da foto), sendo inclusive destaque na mídia local, e também obteve êxito no certamen espanhol de Snipes, Ana ainda velejou de Kadet um tempo mas parou.
Seguem umas fotos do Espanhol ontem e hoje,
Salve Jesús, quando puder venha nos visitar e velejar conosco!
Jorge, Andrea Noccetti, e Jesús na quadra do ICES O espanhol no timão de um open 60
Jesús agachado no canto esquerdo ao lado de Bruno Tommasi, Juliana Queiroga, e o Hélvio( camisa escura), de pé da esquerda para direita, Alexsandro, Frank Brown, Renato Avelar, Eduardo Zenóbio, Albert Bitran, Paulo Tommasi, e Renato Zanol Santos Beves, 1981.
Bons ventos amigos que os levem e os tragam para nos visitar!
A poesia da pintura a óleo retratando o Yachting em seus primórdios.
Somente para contemplar, sem maiores pretensões, pois nem precisa.
Um pintura destas é pra se ver com calma, realmente ver, que é diferente de olhar, e captar todos os detalhes fazendo uma viagem ao passado.
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