03/02/2013

Família Piccard: Auguste, Jacques e Bertrand. Três gerações de aventuras e conquistas formidáveis das fronteiras do inexplorado, das alturas as profudezas. Matéria enviada diretamente da suíça, museu dos transportes.

Prezados amigos , nautas e amantes da vela de plantão.

Neste familiar e deliciosos domingo, no seio do lar em companhia da família , reclusos do bem estar, sem por o pé na rua ao pé da letra, ficamos todos quietinhos assistindo a filmes de criança( O Lorax em busca da trúfula perdida), depois de um almoço ( delicioso, modéstia a parte) preparado com todo amor e carinho por este escriba , almoço este seguido de uma tradicional soneca, me ponho agora a trabalhar um pouco e escrever uma matéria no nosso blog, para não perdemos o costume e de levar aos amigos boa leitura, curiosidades,e outras cousas afins do universo que nos cerca, para alegrar nosso dia a dia.
Trieste, acima e abaixo


40 mil metros quadrados de cultura e história.



A matéria deste domingo, vou caprichar para vocês, alíás, só o tempo que passei estudando o assunto digo que ela já nasceu caprichada, e a faço com toda satisfação, hoje por que estou especialmente feliz e de altíssimo astral, talvez até pelo velejo de ontem , quando saímos no Phantom em companhia de bons amigos para um bordo a toa , com acepipes diversos e renomadas copas geladas , debaixo de um vento médio para forte singramos umas 15 milhas deixando na esteira todos os males possíveis.

O assunto de hoje, não é 100 por cento náutico, até para não sermos tão ortodoxos e navegarmos também por outras paragens, como já fizemos algumas vezes neste pasquim , e que de acordo com meus planos , se tornará mais constante este tipo de mudança de curso e variedades para termos um veículo de entretenimento cada vez mais prazeroso de ser lido e relido pelos meus queridos seguidore e visitantes.

A revista Avelok the yacht-man sailing magazine, é feita orgulhosamente sem fins lucrativos, e não tem a preocupação de ser um blog de notícias, e muito menos de só falar dos últimos acontecimentos do mundo náutico ou de grandes campeões. Nossa proposta é termos um pasquim eletrônico única e exclusivamente para levar assuntos agradáveis e proporcionar prazer aos leitores e simpatizantes, valendo-se muitas das vezes de fatos , curiosidades sobre pessoas anônimas do mundo da vela: o lado B da vela.

Acho que estou me estendendo muito, o jeb jeb tá comendo solto, e para finalizar os introdutórios, justifico a inspiração para esta postagem a uma visita que fiz na semana passa no museu dos transportes de Lucerna, na Suíça, onde em gélidas férias familiares no velho mundo , tivemos o prazer e a sorte de visitar este museu, onde me aguardava a o Orbiter 3, que me chamou demais a atenção, não só ele, e sim todo o contexto da familia de exploradores, e e resolvi então saber mais.

Do ar as profundezas, charge sobre Auguste, o patriaca.

Deixemos pois a conversa fiada de lado e vamos a pauta: A família Piccard.


Chegamos cedo ao prédio magnífico, as margens do lago, fomos diretamente ao café do Museu para nosso Breakfest, onde  simpaticos funcionários portugueses trabalhavam na cozinha, e que alí mesmo nos deram as primeiras informações das atrações , enquanto saboreávamos deliciosos croissants e tomávamos um cafezinho para espantar o frio.
Ao adentrarmos o ultra moderno e arrojado museu de 40.000 m2, que reúne todos os meios de transporte utilizados: das pirogas as astronaves, passando primeiro pelo setor das locomotivas onde gastamos uma meia hora.
Além das gigantescas dezenas de maquinas expostas,  uma maquete nos deixou maravilhados e ficamos por deliciosos minutos  apreciando os seus detalhes e seu funcionamento de precisão Suiça( ao pé da letra),

 em seguida passamos por um pátio e fomos para a área dos automóveis, que é simplesmente sensacional, com todos os tipos de carros que pode-se imaginar, dos primeiros carros aos fórmulas 1, tudo com muita interatividade e extrema criatividade , principalmente para as crianças. Meu filho de 8 anos ficou maravilhado com este museu, recomendo a todos que um dia passarem por Lucerna.
Auguste rumo a 17 mil metros, em 1933.

Auguste e Jacques

O orbiter 3 pousa no egito, após percorrer mais de 45 mil km na circunavegação

A  cápsula do balão de Auguste

O retorno do trieste a superfície.

Passando do prédio dos automóveis, para ao pavilhão aeroespacial, nos deparamos com um boeing no patio, ao lado de um DC-3,e tivemos a impressão que o melhor ainda estava por vir! E estava mesmo.
A belíssima ponte da capela, em Lucerna, o ponto mais fotografado da Suíça. Lar do museu dos transportes.
O setor é um sonho, o que se vê é simplesmente TUDO a respeito da aviação, da réplica do avião dos . irmãos Wright, a cápsulas espaciais, passando pela primeira asa Delta, pelos aviões da primeira e segunda guerra, e pela nave laranja fosforeçente, o ORBITER 3 de Piccard.

Avelok, e sua caderneta de anotações. Feliz da vida!

Acompanhei a aventura do Piccard em 1999, quando numa competição frenética e digna de um filme, os arqui rivais : O americano velejador, aviador, aventureiro Mr. Steve Fosset, o milionário Britânico Richard Branson e o Suiço Bertrand Piccard disputavam a ultima fronteira do mundo das aventuras do século XX,
fronteira esta superada pelo cavalheiro Helvetico ,ao pousar nas areias quentes do deserto do Egito,
O claustrofóbico interior da nave.
retornado da volta ao mundo de balão, sendo o primeiro a realizar a circunavegação no ar , movido pelo vento apenas . Bertrand , psiquiatra  de formação e especializado em hipnose, é filho e neto de outros  gigantes do mundo das conquistas épicas: Auguste Piccard, seu avô, o inventor do batiscafo( juntamente com seu irmão gemeo)e  primeiro homem a chegar a estratosfera num balão em 1933( a quase 17 mil metros), e seu pai Jacques Piccard, o primeiro e único homem a chegar no ponto mais profundo do oceano, as fossas Marianas , a bordo do basticafo Trieste, a 11 mil metros de profundidade.
Auguste foi inspiração para Hergé criar personagem na série Tintin.

Jacques

A nossa inconfundível mala verde limão avelok, saindo de paris rumo a Lausanne, onde de carro seguimos viagem.

Setor Piccard no Museu dos transportes da Suiça.


o lancamento de Auguste

A cápsula de 1933.

1933

O batiscafo construído por Auguste e Jacques.

Auguste


Eu conhecia a história do Trieste, até mesmo por que sou um fã de carteirinha dos relógios Rolex e a marca patrocinou e filmou a expedição,  onde o Trieste submergiu as profundezas abissais, sob a pressão de 1 tonelada por cm 2, levando um relógio amarrado ao lado de fora do bastiscafo para atestar a sua qualidade( vide vídeo), mas jamais ouvira falar do seu avô, tampouco a relação entre os três e as suas aventuras.
Naquele momento, ali dentro do museu, parado defronte a cápsula da ORBITER, lendo a história da família e vendo as fotos, fiquei maravilhado com o espírito de aventura, pela coragem, inovação, ousadia , determinação e planejamento destes obstinados de uma mesma família. Passei uma meia hora numa viagem mental nunca antes experimentada.


Para uma apresentação mais formal dos Piccard , recorro ao texto abaixo transcrito:

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Família mirou o ar e o fundo dos oceanosDA REPORTAGEM LOCAL
A família Piccard produziu várias gerações de exploradores e pesquisadores.
O avô de Bertrand Piccard, Auguste Piccard (1884-1962), fez os primeiros vôos na estratosfera em balões com cabines pressurizadas em 1931 e 1932. Ele atingiu um recorde de 16.201 metros de altitude, estudou raios cósmicos e foi o primeiro homem a ver a curvatura da Terra, visível nessa altitude.
Auguste em seguida mirou as profundezas, inventando o batiscafo. Junto com o filho Jacques (1922- ) mergulhou em 1953 a 3.150 metros no fundo do mar. Por subir à estratosfera e descer em fossas abissais dos oceanos, ele ficou conhecido como o homem "dos extremos".
O filho, pai de Bertrand, foi mais fundo. Nascido na Bélgica, Jacques, e o colega Don Walsh, chegaram em 1960 a uma profundidade recorde de mais de dez quilômetros no fundo do mar a bordo do batiscafo "Trieste".
Bertrand e Brian Jones voaram no balão Breitling Orbiter 3 a partir da Suíça em em março de 1999 para uma viagem sem escalas de volta ao mundo. O vôo percorreu 45.755 km e durou 19 dias, 21 horas e 47 minutos.
Auguste é considerado a inspiração do personagem Professor Tornassol, da história em quadrinhos Tintim, criado pelo belga Hergé, pseudônimo de Georges Prosper Remi (1907-1983).
A saga subaquática dos Piccard também virou samba. O compositor e pesquisador Paulo Vanzolini citou a família na música "Samba Erudito": "Fui ao fundo do mar / Como o velho Piccard / Só pra me exibir / Só pra te impressionar". (RBN)
 Bertrand Piccard agora se prepara a volta ao mundo num avião solar, o solar impulse, os acompanhe neste vídeo os preparativos:



Pois bem meus caros amigos ,  nautas e amantes da vela de plantão, a  magia e a atração que as grandes aventuras nos proporcionam, a viagem que elas nos levam são assuntos que por demais me interessam , tal qual as grandes aventuras pelos sete mares deste mundo!
Espero que tenham gostado do assunto de hoje, aproveitamos e desejamos uma semana maravilhosa a todos, e breve teremos a matéria sobre dois kite surfistas que fizeram uma "arribada" singrando todo o litoral capixaba, e uma outra saborosíssima matéria com o velejador, escritor e gourmet "Mauríçio  Rosa", que deixou a vida  "normal"em Brasília onde era funcionário de carreira dos Correios, e hoje leva a vida a bordo de um veleiro em Brachuy, uma coisa que muitos de nós temos vontade de fazer mas não sabemos por onde começar! 
Fiquem ligados e de vez em quando venham nos fazer uma visita! 
Bons ventos, e um beijo e um queijo a todos!!

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