04/09/2012

43ª Regata Aratu Maragogipe, resumito.


Regata Aratu Maragigipe.

Prezados amigos nautas e amantes da vela de plantão, no último dia 25 de agosto aconteceu a regata Aratu Maragogipe em Salvador da Bahia, e nada menos que 15 velejadores capixabas divididos em dois barcos do ICES e um soteropolitano participaram da regata mais bonita do país.
Estou sem tempo para fazer aquela tradicional crônica pitoresca, até por que daria para escrever um livro sobre este evento, e peço licença tal e qual sinceras  desculpas para os amigos e para publico que frequenta estas paragens, e vai aqui um resumo completinho mas sem muitos floreios nem jeb jaibes.
 Desta feita recorro a quantidades industriais de imagens para contar a historia da regata!, acho que na verdade mais sem inspiração do que sem tempo, não que não tenha gostado da regata, pois foi sem dúvida uma experiência única sensacional, mexeu comigo, decidi até vender o HPE, e maravilhosamente magnífica, mas por motivos de uma crise alérgica terrível que me assola há alguns dias, chega de introdutórias, e vamos as falatórias:

-  A “Aratu” como é carinhosamente chamada a prova, acontece todos os anos no mês de agosto, este ano comemorou a sua 43ª edição.

                       Aqui um vídeo ao som de supertramp para contar rapidinho como foi a regata!
 A regata começou como um evento para homenagear São Bartolomeu, santo padroeiro da cidade de Maragogipe, situada no fundo da Bahia de todos os santos, terra do tabaco e dos famosos charutos Suerdick, Best seller de outrora.



Nada menos que183 barcos se alinham para a largada as 10 horas de sábado.

Capixabas do Shark, Phantom e do Soteropolitano Plancton reunidos no arranca rabo , a festa foi dubaralho!!

Pose para foto, capixaba fora de casa é pior que nordestino quando vê água no sertão
.
Simbora rio adentro.

Aratu dá as boas vindas!

Luckipédia se junta a turma , todo mundo "alegre" a bordo e depois da festa, aí já é alta madrugada, acharam uma garrafa de cachaça a bordo: Perda total!

Phantom num clique do Navy Blue, na pessoa do Juca.

Saveirões , coisa linda de ver, e anda a beça!

Não é são joão, mas nunca vi tanto balão!

Falcão ,  como um pássaro voltando para casa.


Avelok com o gente finíssima comodoro do Aratu Wilder, e Marcelo Gama.

Esta foto é uma das mais bonitas que tenho em meu acervo, eu e Luckypéida navegando na Bahia, saravah!!!!

Poesia pura!!

Este evento tem características únicas , e a cada ano reúne mais e mais embarcações, sendo recorde nacional absoluto, além disto é uma prova que reúne as tradicionais e centenárias embarcações da Bahia : os saveiros, ao lado de naves de última geração como os open 40 e os catamarãs de alta performance.
Os saveiros  e seus anônimos tripulantes ,competem lado a lado com  feras internacionais como os meldalhistas Olímpicos Edu Penido, vencedor da prova este ano no Open 40, e Lars Grael, quarto colocado no trimarã 14 bis.
Para velejadores de todos os cantos do Brasil, esta é a regata mais festiva do calendário nacional, que reuniu esta edição 183 embarcações, de todos os tamanhos e modelos, e uma festa fenomenal no sentido da palavra. Antes, durante e depois da regata.
A organização do Aratu Iate Clube foi impecável, começando com uma magnífica festa na sexta feira, um prova organizadíssima e acompanhada por centenas de lanchas e Jet skis e 10 barcos da marinha ( dentre elas um navio)e culminando com outra após a regata já na cidade de Aratu.
O percurso de 30 milhas sai do Aratu Iate clube, passa ao largo da ilha de Itaparica e sobe o rio Paraguaçu até Maragogipe, foi percorrido de vento em popa e com balão em cima . A prova durou aproximadamente 4 horas,  ao chegar em Maragogipe foram para festa de premiação e na manhã seguinte retornaram para Salvador.
Organização exemplar e o sorriso eficiente da Nubia e da Nildete do Aratu.

Marcelon voltando da feira.

On Board na véspera depois da festa . Todo mundo de pileque!

Apesar da cara lavada a ressaca era monstra, pudera, uma festa destas tem tempo que não se tem noticias, o Aratu arrebentou a boca do balão!

Fim de regata, fomos o 27º barco a cruzar a linha de chegada, satisfeitos e cansados!

Na chegada a Maragogipe, a visão do pier, milhares de pessoas aguardam a chegada da regata.

Um pequeno saveiro.

Aqui um grande e um imenso, as cavernas são nucleares de proporções!!


Este super bem conservado!

O centro da festa no cais, música alto era o que não faltava, e põe alto nisso, fugi!

Luiz Henrique Abaurre, Wender de Paula, Fernando Mendonça, Luckipédia, e Marcelo Gama.

Aí dentro foi o jantar, ficou a desejar, sorry!

Ao fundo a ponte dos suspiros no centro de Maragogipe, uma passarela da fábrica da Suerdick mostra os tempos áureos de outrora da decadente Maragogipe.


O coreto super conservado  , na praça da matriz.


Esta mereceu uma foto, onde o futebol separa a vela une!!

A bordo a tripulação se ajeita para o pernoite .

O seu barcão e o meu barquinho.

Marcão verifica a atracação.

O retorno para salvador.








Luckipédia exausto.


5 horas depois de zarpar de maragogipe desembarcamos no Aratu.

See you soon!



Os Sharks descansam

Uma geleda , uma moqueca e simbora pra casa!

Os iatistas capixabas do iate clube do espírito santo  , dentre eles Luciano Sechin, Marcelo Tadeu, Eduardo Gomes, Marcos Albuquerque, Fernando Mendonça e Fábio Falcão, participaram  a bordo dos veleiros Shark II de Marcos Almeida,  Phantom Of The Opera de Renato Avelar e Marcelo Gama, e também  no barco soteropolitano Plâncton de Marcelo Montanhese, que dentre as 3 naves com marujos do ICES, foi o melhor colocado( 5º na RGS B) para alegria dos tripulanes Wender de Paula e Luiz Henrique Abaurre e Fábio Falcão, logo atrás veio o Phantom( 6º colcado rgs b) e o Shark 10º colocado na RGS A.
O Phantom of the opera segue caminho para Recife, e junto com o Madame de Ricaro Muller,  onde partiparão da Regata Recife Fernando de Noronha, o Shark retorna ao ices no percurso de 480 milhas, esta semana sob o comando do competente e experiente Skipper internacional Jens Olaf( associado do ICES) , que também cuida do transporte do Phantom Of The Opera para as competições no Nordeste do país.
Bons ventos a todos e em breve notícias da Refeno, vamos torcer pelos velejadores do ICES!

03/09/2012

A união da equipe do Phantom Of The Opera.


A vela capixaba é mesmo muito unida, na foto observamos a tripulação do Phantom Of The Opera composta por 6 marmanjos, super super unida!!!
Ou melhor imprensada a bordo de um minúsculo fiat uno no trajeto engarrafado de 1 hora do aratu iate clube rumo ao aeroporto luiz eduardo magalhães em salvador.
Não menos por isto, de estar curtindo cada momento da magnífica regata aratu maragogipe!
bons ventos a todos!

Aplicativo grátis, via Bombarco.com.br


Aplicativo pode ser baixado de graça para teste

03/09/2012
Aplicativo Adriatic está a disposição para teste
A Sysmarine nasceu com um ideal: tornar embarcações de passeio tão confortáveis e inteligentes quanto residências de luxo. Para isso, desenvolveu exclusivos sistemas de automação náuticos, que integram toda a tecnologia existente nos barcos. Desta maneira, é possível controlar iluminação, climatização, áudio, vídeo e diversos outros sistemas através de celulares e tablets.
Este mês a empresa lançou na App Store o aplicativoAdriatic, utilizado em seu sistema de mesmo nome para controle de embarcações de passeio por iPhone, iPad e controle remoto. O aplicativo permite, em poucos segundos, que você trace rotas, acesse cartas náuticas, mude a iluminação, som e vídeo de forma independente nos ambientes, entre muitas outras possibilidades, e pode ser baixado de graça para testar (http://itunes.apple.com/br/app/adriatic/id545775403?mt=8&ign-mpt=uo%3D2).

Veleiro “Nanuk” de São Paulo naufraga próximo ao Porto do Recife


Veleiro “Nanuk” de São Paulo naufraga próximo ao Porto do Recife

O veleiro de 42 pés de alumínio “Nanuk” (foto) naufragou no Recife. Na noite do sábado (ontem, dia 1), o comandante embarcado avisou ao Cabanga Iate Clube que o motor do barco não estava funcionando e que precisaria de um reboque dentro do porto quando o dia amanhecesse. Por volta das 4h de hoje, domingo, o clube recebeu um comunicado da Marinha de que o veleiro havia batido nas pedras da localidade conhecida como Molhe do Inglês e naufragado.
Marcos Hurodovich, experiente navegador e que atualmente organizava charters no Nanuk para a Refeno esclareceu:
“É com muito pesar que comunico que nosso querido veleiro Nanuk foi ao fundo nesta madrugada naentrada do porto de Recife. O veleiro estava emprestado a uns amigos do Thierry Stump, e por algum motivo que está sendo investigado ele acabou se chocando contra as pedras na entrada do porto. Ninguém se feriu, eles estavam em quatro pessoas no momento do acidente. Estou embarcando hoje para Recife para acompanhar todo o processo de investigação junto a Capitania dos Portos”.
Ele também esclareceu que as pessoas que pagaram para participar da Refeno terão seus valores ressarcidos.
Leia também a matéria do G1:

30/08/2012

Volvo Ocean Race - Official Film 2011-12

43ª Regata Aratu Maragogipe, um FlashBack de 1972.

43ª Regata Aratu Maragogipe em fragmentos.

Prezados amigos , nautas e amantes da vela de plantão, nas brechas de horário do lavoro, postaremos fragmentos em imagens da soteroregata mais festiva destes Brasis, antes da regata em sí, daremos uma volta pelo local onde vi o mar pela primeira vez em minha vida, a praia da barra em Salvador, local onde morei de 1971 a 1973 quando papai trabalhava na USIBA, tempo bom que não volta mais.
Nestes longíquos anos 70 e era um pequeno ser, e lá, na Bahia tenho as primeiras memórias registradas em meu HD.


Assim que tivermos um tempo maior, provavelmente neste fim de semana, sentarei e farei a tradicional crônica, o título veio da inspiração de uma mensagem da Mônica Bermudez da Ilhabela:

Do Flashback  ao Déja Vú, uma Ação, reação e diversão entre amigos, onde o futebol separa a vela une!

Assim que estiver tudo ok, disparo o mail marketing da chamada para os cadastrados no banco de dados do pasquim , aguardem!! e de quando em quando passem para dar uma olhada  no blog.
 Minha satisfação é  somente levar a vocês informações náuticos para o dia a dia através da rede, fiquem api com as imagens da salvador de minha tenra infância, um beijo e um queijo e bons ventos a todos!


































23/08/2012

Aratu Maragojipe 2012.

Prezados amigos nautas  e amantes da vela de plantão,

Diretamente do Aratu Iate Clube, escrevo este post para o pasquim eletrônico mais molhado do Brasil, a revista eletrônica Avelok ,The Yacht Man.

A faina se iniciou no começo de Agosto, derivada da programação e planejamento que se iniciou em janeiro de 2012 numa reunião com a galera Phantasma lá no restaurate Taj.
Tudo mil por cento a bordo
Voltando a vaca fria, foi no começo do mês que o Skipper Jens Olaf fez o transporte do barco para Salvador, tendo em companhia o ex snipista, atual Catista e eterno velejador boa praça: Carlos Paraizo( com z  mesmo).
A dupla veio em condições bem favoráveis de navegação, todavia um problema na válvula do gás  fez com que fossem de Vitória a Caravelas comendo comida fria( Urghh), e  ao chegarem em Caravelas para acertar o fogo, Carlinhos comeu um camarão que deu zebra geral e foi parar no hospital, e de lá desembarcou, vindo o nosso grande skipper solo até o destino final.

"Auscutando" a vida no largo de São João, mais adiante vc vai entender.

Enquanto eu blogava, fui entrevistado e fotografado pelo principal jornal de Salvador, uma honra! deve ser por que não tinha mais ninguém na área!! 

Barco do Comodoro gente fina, Wilder: Torcedor  Bahia doente como podem ver!



Chegando na Bahia de todos os Santos, Jens nos relatou que esteve em contato com o Kan Chuh e com o Poesia e coversaram um bocado de amenidades náuticas, estes baianos são gente bacana e gente do mar, fica aí uma abraço para ambos! E encontrá-los logo no primeiro dia certamente foi um sinal de bom agouro.

Foi cumprida com maestria e zelo a missão do Jens, barco já estava apoitado no Aratu, tudo certinho, sendo super bem recebido pelo gerente náutico Sr Marcelo e toda equipe do clube.
Em seguida ele embarca num vôo e vai ao Rio de Janeiro buscar o Lucky do Ralph Rosa, para vir correr o circuito de vela da Bahia. Este de fato foi o motivo do barco ter chegado aqui com tanta antecedência.
O Flash, só não gostei do nome: Capeta.

Eu cheguei  ontem de manhã por precaução, mas( que bom!!) nada precisa ser feito , a não ser uma limpeza no fundo, o barco estava realmente a ponto de bala , com tudo organizadíssimo a bordo( velas , cabos, ferramentas, e tudo mais), me restando então um tempo livre para gastar fazendo nada, só flaneando.

Após um almoço de primeira qualidade no restaurante do Aratu: um spaghetti com camarão por 19 reais,  um par de cervejas e um pudim no final, entupido com a farra alimentícia fui para o barco dar aquele cochilo! Cochilo este que se estendeu até as seis e meia da tarde, também pudera acordei 5 da madruga para ir para o aeroporto!

Barcos na poita.
O clube ainda está calmo, poucos velejadores chegaram bem poucos, a galera baixa mesmo é na sexta feira, então não há o que fazer no clube, sequer tem pessoas para conversar. Para piorar tudo, aqui o lugar é bem distante de Salvador e o  fica num lugar chamado Ilha de São João, no município de Simões Filho.
Trata-se de um lugar de gente simples, uma periferia de capital baiana, onde moram os que lá trabalham e dão duro para garantir o sustento.

Desembarquei  as sete e meia da noite, trazido pelo barqueiro do clube o qual fica de plantão no VHF canal 68, e fui então dar uma volta pelas dependências do clube e ver os barcos.

Recebido pelo Fróes, um dos organizadores, recebo o cartão e faço questão de divulgar o programa de rádio, anotem aí!
www.metro1.com.br

O Aratu é um clube super cordial e organizadíssimo, um primor! e 99,9% de vela, tem na água apenas 1 lancha, e um sem números de veleiros, e o que me impressionou foi  a quantidade de Delta 36 que tem aqui, sem medo de errar tem mais de 30, pois só num dos píers contei 10, e olha que são 4 piers, e ainda tem as poitas com uma quantidade enorme de barcos.
Me chamou também a atenção o pequeno Flash 205, com dois lemes, quilha profunda e bulbo com  uma popa da largura de uma de um barco de 30 pés. Um barquinho muito bacana, deve andar!
Passeando pelos pátios, em seco encotrei o Marujo ( aqui chamado de Marujão), este barco achoe que é o ex Poli Brasil do irmãos Grael,( que estão em voga nesta edição, olha aí abaixo!). O skipper do Marujo é o Léo" Lacrau", um simpático russo soteropolitando que tivemos a oportunidade de conhecer no ICES quando ele de transporte do barcaço que acabara de ser adquirido , vindo de Niterói rumo seu novo lar em Salvador, em meados de 2011 ou 2011 não me lembro bem. Tive a oportunidade de encontrá-lo novamente na semana de Búzios deste ano, e pelo que ví os marujos baianos este ano correram também em Ilhabela( buzios, circuito de Salvador, Refeno... se bobear até circuito rio eles vão), salve salve a fomeagem!! Coisa linda de ver!!

Pois bem , já visto e revisto o clube , ainda eram oito da noite, e nenhuma alma viva, o restaurante fechado, tudo escuro, chovendo, um cenário triste e depressivo se instalava( Deus me livre e guarde de na folga fica num lugar sem gente !) ... o pessoal do Costa Leste nem parece estar por aqui, e se estiver estão escondidos...

Perguntei aos funcionários o que se tinha para fazer aqui e eles me disseram curto e grosso:
- Nada.( em tom seco - seco)
Como não me abato facilmente, mesmo com a oitiva negativa, seca, depressiva e  desanimada do marinheiro em fim de turno, resolvi ganhar a rua  e dar um volta pelo local.

 Grata experiência.

Saí pelo portão do clube a exatas 8 horas da noite, e deveria retornar até as 10 , hora que se encerra o vai e vem da "catraia" que nos leva a poita, e pus a caminhar pela rua vazia e mal iluminada.

Andei uns 100 metros na ladeira que desce do largo de São João( uma pracinha) e vai dar no clube, e me deparei com um som alto pracaramba, em um lugar simples, e ao chegar mais perto percebi que se tratava de uma academia, e a galera animada na malhação e no axé altíssimo. Continuei andando, vendo as casas pobres, a maioria sem reboco, carros antigos pelas ruas, igrejas evangélicas e mais igrejas evangélicas com pastores berrando no microfone( numa delas o pastor berrandíssimo e  altíssimo e apenas duas pessoas( com cara de sofrimento ou arrependimento por sei lá o que fizeram na vida ) assistindo o espetáculo no minúsculo e barulhento imóvel, uma espécie de Ipad de Jesus.

O contraste de estar em um bairro suburbano em meio ao povão, me fez acordar da minha existência burquesa, rodeado de todos os confortos, e que frequenta apenas o lado "A" das cidades, sem passar por lugares que são formados por pessoas que não "comparecem as festas", em faces caladas, sofridas, desgastadas por tantas feridas, e manchas de fome.

10 minutos depois , chego ao "largo", e continuo anônimo flaneando por entre as pessoas, como um observador antropofágico, comendo tudo com os olhos e imediatamente digerindo e assimilando, num processo louco de "acordar" para uma realidade real que não vemos que não convivemos , que não sabemos como existe, sem jeb jeb. A maioria dos que estão lendo isto devem passar a milhas desta realidade.

A vida comunitária segue... pessoas conversando, churrasquinho na esquina, vários butecos, alguns com apenas 2 mesas, trailler de salgadinho, açouque e vendinha, tudo muito diferente do mundo dos diplays coloridos, do marketing e das lojas decoradas e refrigeradas, e com comidinhas requintadas, o lance aqui é a realidade da maioria dos Brasileiros, gente trabalhadora, gente digna e de bem com a vida apesar da aparente de conforto do mundo pasteurizado. Eu andava e olhava tudo, andava e olhava.

Lá pelas tantas, senti em um buteco em frente a praça, estava passando jornal nacional e no estabelecimento haviam umas 6 ou 7 pessoas conversando sobre politica , PT e o escambau, papo interessante, ainda mais com aquele sotaque bacana dos baianos!
Pedi uma cerveja ao rapazinho, ele me serviu uma Devassa, que me custou apenas R$ 3,50, sentei numa escada ao lado do boteco, pois as mesas estavam ocupadas, e de onde poderia ver o vai e vem na rua, o  grande movimento  dos trabalhadores que vinham dos mais diferentes pontos de Salvador, e estavam desembarcando dos ônibus que chegavam,  um depois do outro na praça, e iam em seguida num ritual calmo e pacífico, caminhando para casa ver a família e descansar.

Fiquei alí, vendo,  escutando, e pensando...

Vagou uma mesa, me sentei e pedi mais uma cerva, ao lado sentou-se uma família que acabara de sair do estabelecimento vizinho que vendia salgadinhos e pães recheados. Um casal na faixa dos 40 anos e um filho na faixa dos 11/12.
Sentaram-se e pediram um coca para o garoto e uma cerveja para eles. Um programa família . Os três arrumados, bem vestidos e alinhados, via-se que sairam de casa para um lanche juntos.
O garoto colocava kechup com toda a calma do mundo, curtindo cada mordida naquele pão recheado com salsicha, os pais conversavam com um largo sorriso e sem a ansiedade , esta que marcam as imagens que comparecem as festas.

Ficaram alí, por meia hora ou um pouco mais, via-se claramente a felicidade emanando do trio, o astral. Conversavam e sorriam, com uma calma gostosa de ver.

Aí aquela velha história:
- A gente vive num mundo de aparências e status, correndo atrás do proprio rabo, num frênesi insano em busca de metas e resultados, reconhecimento e outras merdas a mais, e no fim que tudo é uma bosta e que somos burros manipulados e acima de tudo alienados.

Existe vida  fora do mundo burguês pasteurizado, e digo mais a vida feliz existe ali, na simplicidade. Não perca seu tempo buscando de outra forma , você com certeza não vai encontrar, nem com psicanálise.

Terminei minha cerveja, pedi mais duas para viagem , que o rapazinho gentilmente acomodou num saco plástico junto com umas pedras de gelo e retornei para o clube, para ir para o barco dormir.

Aratu é duca!

Fiz um arroz com azeitona velha e sardinha, coloquei um azeite e fiquei ali.. pensando e pensando.

E você o que pensa disto tudo?



Harry Manko, sempre com filmes sensacionais e gozadíssimos!

Um vídeo de compilações da Volvo Ocean Race, a volta ao mundo.

Os nós mais usados no mundo náutico, uma vídeo aula, aprenda para não chamar cabo de corda!