11/06/2013

Eugênio Herkenhoff, o mago do centro, em mais uma matéria reconhecendo seu brilhante trabalho, agora só falta sair no New York Times!

O designer gráfico Eugênio Herkenhoff, 54 anos, sempre foi encantado pelo mar. Por essa paixão, inclusive, chegou a largar tudo e a  dedicar-se exclusivamente na juventude. Naquela época, enfrentou medos que iam além das tempestades, mas os venceu – com direito a transformá-los em boas recordações. Agora,   dedica-se à sua maior construção: está preparando um barco  que vai levá-lo, junto dos  filhos, para rever seu velho amigo novamente, do jeito de que mais gosta.

"Minha história com os barcos começou quando eu era pequeno, em Marataízes. Nasci em Cachoeiro, e era para lá que eu ia no verão. Meu pai era metido a inventor e adorava madeira. Ele vivia me levando para visitar os estaleiros tradicionais dos barcos de pesca. Naquele tempo, eles eram todos à vela. Aquilo tudo me encantou. Passei a acompanhar a chegada e saída dos veleiros no cais. Era incrível para uma criança ver os barcos lá no horizonte, brotando do infinito. Com meus primos, construía barquinhos de lata e pensava quando eu teria um de verdade. Aos 15 anos, velejei pela primeira vez no barco de um primo.

Seis anos mais tarde, já formado em Artes, decidi viajar. Sabendo disso, um amigo me indicou um conhecido que havia acabado de construir um veleiro e estava procurando tripulação para atravessar o Atlântico. Não pensei duas vezes: vendi meu carro, pedi uma licença sem remuneração de dois anos e, dentro de uma semana, já estava em alto-mar.


Ricardo Medeiros - GZ
Em oficina, no Centro de Vitória, o designer gráfico produz os barcos em que vai velejar junto dos dois filhos


Era um barco polonês, com 12 pessoas na tripulação de dez nacionalidades diferentes. Paguei 500 dólares e passei dois meses no caminho entre Brasil e Portugal. O veleiro era de aço e tinha 56 pés. Mas as tempestades davam muito medo, e os perigos eram grandes. Trocar uma vela à noite, por exemplo, era um risco danado. E, para completar, estávamos com o rádio quebrado. O aparelho só recebia mensagens, não emitia. Isso foi em 1986. Não havia GPS nem nada.

Mas o perigo também existe em horas de calmaria. Tarde linda, pôr-do-sol maravilhoso, eu estava tomando banho atrás do barco, como era de costume. A ordem era sempre alguém ficar vigiando quem estava no mar. Como demorei, meu colega saiu.

Nessa situação, o barco ficava a uma velocidade de dois nós, cerca de quatro quilômetros por hora. De repente, uma onda descompassada me pegou. Bati a cabeça no casco e desmaiei. Depois de alguns segundos, uma voz igual a do meu pai assoprou no meu ouvido: ‘Acorda agora senão você vai morrer’.

Fiz aquela força e voltei à consciência. O veleiro já estava a uns três metros de distância. Nadava, nadava e não tinha mais forças para chegar. Já tinha certeza de que iria morrer quando me lembrei do capitão falando sobre uma longa corda que ficava solta, boiando, na parte de trás.

Mesmo sem óculos, juntei forças, procurei e conseguir subir sozinho. Quando entrei, estava todo mundo rindo, se divertindo, jogando xadrez. Ninguém percebeu nada do que havia acontecido. Não faltou foi bronca para colega que me abandonou.


Foto: Ricardo Medeiros - GZ
Ricardo Medeiros - GZ
Em oficina, no Centro de Vitória, o designer gráfico produz os barcos em que vai velejar junto dos dois filhos
Toda a minha paixão veio de uma mistura dessas emoções. Tem gente que fala que a travessia no Atlântico faz a gente pegar o vírus do mar, e acho que foi isso o que aconteceu comigo.

Depois disso, cheguei a ter velas pequenas, entrei no Iate Clube e participei de algumas competições. Há cinco anos, decidi mudar de vida e comecei a me preparar para fazer mestrado. Queria dar aula, poder ensinar um pouco do que aprendi no mundo. Meu irmão, então, chegou até mim e disse que não sou da teoria, mas da prática. Isso me deu um estalo.

Decidi ir por outro caminho: colocar a mão na massa. Tive a ideia de uma barco para cada filho – Davi, 9, e Cintia, 15 – para que eles pudessem viver a mesma experiência que eu tive. Os dois herdaram o meu gosto e já até participam de competição.

Comprei um projeto de um arquiteto sul-africano e estou produzindo dois veleiros que têm capacidade de fazer uma viagens na nossa costa, com equipamento completo.

Acredito que dentro de dois ou três anos tudo esteja pronto. Estou fazendo tudo sozinho e com ferramentas bem manuais, por isso demora. O mais legal está sendo o processo. Eu recebo muitas visitas, amigos, pessoas que querem conhecer esse trabalho. Costumo chamar minha oficina de bar sem álcool.

É um investimento grande. Só o material de cada barco custa R$ 40 mil, mas o que vale é a experiência. O mar é um grande desafio. Construir algo que vá ajudar a apreciar toda a imensidão do mar é superar mais um deles.” Fonte: A GAZETA

10/06/2013

Dumas El caballero del mar


A Classe Sipe surgem Buzios com um nome que pos si só já fala tudo e traduz o espírito destes yachtmen: Bruder!

Caros Amigos da Classe Snipe,

Desculpem o texto longo... 

No próximo fim de semana vamos organizar no BVC o Campeonato de Snipe Buzios 2013

Desde o primeiro momento em que idealizamos criar uma regata para a Classe Snipe em Buzios, planejamos, de alguma maneira, torna-la tradicional e perene.
Isso porque temos certeza de que a Raia de Manguinhos, em Buzios, tem a cara da Classe Snipe pois é um dos melhores locais do Brasil para regatas, ao mesmo tempo é social, pois a  raia fica a 3 minutos do Clube, e o BVC é uma casa de velejadores. Ir a Buzios para velejar de Snipe é uma combinação de sucesso , na certa.

Junto com a ideia dessa regata, ( que começa pequena, mas vai se ajustando ao longo dos anos, até quem sabe, ser um dos grandes eventos do calendário anual de snipe) ), temos a intenção de usar o momento para reforçar as tradições da Vela, em um ambiente autentico de velejadores.

Isso, principalmente porque percebemos que nos grandes Iate Clubes, a Vela vem perdendo espaço e identidade no dia a dia.

E a unica forma de se manter as tradições para o futuro é fazer com que os mais jovens conheçam o passado.

E o passado da Vela Brasileira foi escrito por velejadores absolutamente brilhantes, que navegaram e navegam por aqui.
Por conta dessas pessoas peculiares, a Vela Brasileira desfruta, como esporte, de um sucesso surpreendente comparado com os outros esportes olimpicos.

Sem esses genios desgarrados que tivemos ( e temos, por uma peculiar passagem de tradições ), certamente estariamos no mesmo patamar do Rugby Brasileiro.

No ano passado, demos inicio à ideia, idealizando uma regata em um fim de semana, uma regata Buzios-Cabo Frio, e juntando ao resultado do Leste Brasileiro, fazer um Mid-Winters de Snipe no periodo de inverno na Região dos Lagos.
Chamamos o Campeonato de Taça Roger Wright, para, com muita justiça, homenagear ao Roger, mas pensamos também em chamar de Taça Ivan Pimentel, ( que, educadamente não quis, por achar que seria melhor homenagear aos que já estejam no andar de cima).

Nesse ano de 2013, ---sempre focando em, daqui a 10 anos, e na formação de um núcleo que ajude na manutenção das tradições e desenvolvimento da Vela-- resolvemos modificar o formato, e dar um nome ao evento que identifique a Classe e o Local:

O nome será CAMPEONATO DE SNIPE BUZIOS 2013

E a cada ano, preimiar aos vencedores com um Troféu que tenha  o nome de uma personagem relevante para a Vela Brasileira
E a sinopse da atuação dessa pessoa na Vela, será publicada na Internet, no Site do Clube, nas Redes Sociais e onde puder ser dada repercussão.

O ano passado, que foi a primeira edição da Regata, homenageou ao Roger Wright.  

Nesse ano, vamos homenagear ao velejador que, espantosamente, muitos das novas gerações não sabem nem quem foi.

Mas que foi, provavelmente o mais importante velejador que a Vela Brasileira já teve, pois viveu a seu tempo, uma carreira equiparável aos principais velejadores de todos os tempos na Vela Mundial. Isso tudo, ainda no final dos anos 60.
BRUDER foi, além de um velejador absolutamente fora da curva, um construtor de barcos de competição, que se espalharam pelo Brasil.

Muitos que velejam hoje de Snipe conviveram com o Bruder, e certamente tem historias para contar.

Vamos publicar o texto abaixo também no Facebook do BVC
www.facebook/buzios.velaclube, e comentários e enriquecimentos no texto feitos lá serão muito uteis para que o publico possa conhece-lo melhor

Esse ano, os vencedores em Buzios receberão portanto, com enorme espirito de reverencia, o TROFÉU JOERG BRUDER.

Para compilar essa sinopse, pedimos à filha dele, Georgia Bruder, que nos preparasse um texto.

Georgia foi absolutamente gentil em nos ceder as informações abaixo, e informa que está preparando um livro sobre o Pai.
É possivel até que muitos de voces, que também foram amigos do Bruder, possam ter contribuições para o livro e para a consolidação dessa especialíssima trajetória. 

JOERG BRUDER

Joerg Bruder nasceu em São Paulo no dia 16 de novembro de 1937.
Seu contato com o esporte começou bem cedo. Aos três anos de idade já pulava da plataforma mais alta da piscina do Clube Pinheiros, onde seus pais,Heinz e Ruth Bruder, davam aulas de Educação Física.
A família divertia-se  nos finais de semana com um antigo veleiro  Seagull na Represa Guarapiranga.Velejavam e nadavam durante o dia e ao anoitecer,faziam da retranca e lona uma cobertura para passarem a noite.
Mudaram-se para o Clube Banespa,onde Joerg fez parte da equipe de natação e pólo aquático.
Aos 18 anos,um acidente de moto quase custou-lhe a perna direita,ficando  muitos meses no hospital. Mesmo com muito esforço para recuperar os movimentos ,percebeu que não conseguiria nadar de maneira competitiva,voltando-se então para a vela.
Começou a velejar com amigos e barcos emprestados. A primeira regata foi disputada em 1959,ficando em último lugar!
Já em 1960,começou a revelar-se  como um velejador talentoso.Talento que foi conquistado com muita disciplina,garra,esforço,determinação e paixão !
Amigos contemporâneos  contam que ele tinha uma intuição e percepção aguçadas, o que destacava  suas  habilidades tanto na estratégia de uma regata,quanto na arte de regular seu barco. Essa última levou-o a desenvolver seu próprio mastro. Muitas vezes,velejou com seu Finn “Neguinho” ,doado pelo Yacht Club Paulista de onde fora sócio benemérito, parando algumas vezes na Ilha dos Amores para  lapidar seu mastro de madeira com uma plaina.Mastro que ,anos mais tarde ,foi fabricado com sucesso; primeiramente em madeira,depois em alumínio.
Cuidava bem de seu corpo.Não fumava , não ingeria bebidas alcoólicas e fazia ginástica religiosamente todos os dias.Chegou a desenvolver um suporte simulando o contrapeso em  um barco,ficando com os pés presos e tronco livre,forçando  um abdominal isométrico.Nesta posição,corrigia as provas de seus alunos da faculdade de Geologia da USP,onde lecionava.
Em contraste com seu comportamento rabugento dentro d’água,em terra Bruder era gentil, alegre e de uma certa maneira,sensível.Sensibilidade esta talvez construída pela sua paixão por música Clássica,especialmente Beethoven.
Seu esforço rendeu-lhe muitos títulos,mesmo com dificuldades em conciliar trabalho e a Vela,pois naquela época praticamente não havia auxilio para os atletas e ,por ser amador,não poderia ter nenhum  tipo de patrocínio.
Abaixo ,seguem as principais conquistas:
 
11 vezes Campeão Paulista Finn
8 vezes Campeão Brasileiro Finn
3 vezes Campeão Sul Americano Finn
2 vezes Campeão Norte Americano Finn 
3 vezes Campeão Mundial Finn
2 vezes Vice-Campeão Mundial Finn
2 vezes Campeão Jogos Panamericanos Finn
1 vez Campeão Campeonato África do Sul Finn
1 vez Vice-Campeão Europeu Finn 
2 vezes Campeão Paulista Iole Olímpica
1 vez Vice-Campeão Brasileiro Iole Olímpica
2 vezes Campeão Paulista Sharpie
1 vez Campeão Paulista Snipe
1 vez Campeão Brasileiro Snipe
1 vez Vice-Campeão Mundial Star
1 vez Campeão Norte Americano Star
2 vezes Campeão Bacardi Cup Star
5 vezes Campeão Brasieliro Star
5 vezes Campeão Paulista Star
1 vez Campeão Semana de kiel Star
1 vez Campeão Copa Ouro Brasil-Argentina Star
2 vezes Campeão Sulamericano Star
1 vez Vice-Campeão  Europeu Star
1 vez Vice-Campeão Brasileiro Lightning
3º lugar Campeonato Mundial Soling
1 vez Campeão Intenacional Marstrand Soling
 
 Seu grande feito foi ter conquistado 3 vezes o Mundial de Finn consecutivamente nos anos de 70,71 e 72 
 Faleceu  em 11 de julho de 1973,aos 34 anos num acidente de avião rumo à França para disputar a Finn Gold Cup,onde tentaria conquistar seu 4º título Mundial.
40 anos depois de sua morte,sua ausência ainda é sentida pela família.

Georgia Bruder

09/06/2013

Sir Thomas Lipton o homem que mudou a Americas Cup, este cara devia ser matéria especial nas escolas na matéria : Formação e desenvolvimento de caráter.






Entre 1899 e 1930, o Irlandês  Thomas Lipton , condecorado Sir por sua majestade,  foi agraciado com o título inédito e sensacional  de o mais célebre perdedor da copa América, competição esportiva mais antiga do mundo, mais antiga 49 anos que a olimpiada moderna, a copa é representanda por uma jarreteira de prata, curiosamente  sem fundo, conhecida como "Auld Mug" , taça esta , que misticamente  o caminho certo para o " escoamento" de muitas vaidades e fortunas.

O magnata do chá, pionieiro no marketing esportivo, velejando com seus veleiros sempre barizado de Shamrock( I,II,III,IV e V) tentou por não menos que cinco vezes levar
a taça, e teve o exito de ser o desafiante por cinco vezes obviamente, o que por sí só já uma honra e um mérito acima da média, acima de tudo aliás.
Perdeu 3 vezes para os Columbia, uma para o Veshelda e outra para o Relliance.










                                 Vídeo de Thomas Edisson, de 1899, da américas Cup, como Columbia vencendo o Shamrock.

Todas as cinco vezes ele perdeu, mas perdeu de uma forma que nos ensinou o que é ser velejador, o que é saber perder, e  com muito bom humor, sendo inclusive presenteado pelo prefeito de Nova York com uma taça em ouro para celebrar sua força de vontade e espírito desportivo.
Lipton , foi o célebre autor desta frase que é o sobretítulo desta revista:

"Business with everyone , sailing only with gentlemen".


É atribuída a ele também esta frase:

"Eles me dizem que tenho um belo barco. Eu não quero um belo barco. O que eu quero é um barco para erguer a Taça - um Reliance. Dê-me um barco simples, o barco mais simples já feito, desde que ele seja mais rápido que o Reliance."

O comandante dos Shamrocks, ficou multimilionário antes dos 30 anos trabalhando no negócio do chá e mercearias, fez o caminho inverso dos imigrantes irlandeses e voltou á terra natal , vindo dos EUA, numa época que milhares de compatriotas vinham ao novo mundo.

Na Irlanda , Lipton iniciou um próspero negócios de mercearias( seus pais já eram merceeiros) , e casas de chá. Até então inacessíveis as massas.
Lipton também foi o percursor do chá em saquinhos.

Grande esportista, através do seus amigos, o  rei Gulherme VII e do rei George , inciou-se no mundo do Yachting.

Mas não foi só pelo seu desempenho em regatas que ficara famoso, Litpon era um cavalheiro de verdade, solteirão, contribuidor voraz de causas sociais , filantropia e caridade e também um "bon vivant", namorador , chegou a morar anos em um "Yacht" para que ficasse mais próximo das regatas e viajar a todo o tempo, mas acima de tudo , Sir Thomas, era um expert em marketing.
                                           A Jarreteira sem fundo. The Auld Mug.

Suas participações na Americas Cup fez com que seu chá ficasse famoso em todo o mundo.

Sir Ernst Shakleton & Sir Thomas Lipton, dois mitos do mundo náutico.
Além do Yachting , é atribuido a Lipton o início das copas do mundo de futebol, ele foi o patrocinador e idealizador dos primeiros torneios internacionais de futebol, em 1909 e 1911.
Ao morrer,  doou a sua fortuna a obras de cunho social, e sua fundação, até mesmo seus troféus foram na leva.

Este cara foi demais, é o meu ídolo número 1 , e me foi apresentado pelo amigo Luciano Secchin, o Lucky.

Ainda esta semana Billy Brown mandou este link de umas ações protagonizadas por Larry Ellison,  outro cara rico prabaralho e também muito importante, mas que desta vez está destruindo a Copa América: http://gcaptain.com/larry-ellison-destroying-americas-cup/

Fica aí um pouco da história do maior ídolo da vela mundial, o ídolo da revista Avelok, Sir Thomas Lipton.


Uma ótima semana a todos!!

Procissão de São Pedro, tradição a ser vivida1 Tome nota , enfeite seu barco de alegria e venha receber a benção do santo pescador !


Campeonato Estadual de Vela , segunda etapa, coisa linda de ver, tudo perfeito!

Fim de semana de regatas no ICES: campeonato estadual segunda etapa, nada menos que 13 veleiros na água, um dia lindo, vento perfeito de 12 nós de sudeste-leste, mar limpíssimo, um astral sensacional na água e também a bordo, um papo agradabilíssimo e só energia positiva, aproveitei este dia com meus amigos Marcos AlbuquerqueNeto NetoJulio MarquesFernando MendonçaRenato Lage,Leonardo Teodoro de Oliveira, a propósito andamos bem nas duas regatas, principalmente na primeira, que chegamos na frente dos nossos amigos do Kironsete de Simão Bassul Neto e do Aventureiro de Rodrigo Stephan, na segunda o Stephan mandou bem e nos venceu. As regatas foram muito legais mesmo, muito muito mesmo!
 A vela capixaba está numa fase muito legal! que continue assim sempre!
O clube tem caprichado no Sweepstake e a galera tem comparecido com fervor! 
Viva a vida, viva a vela!!




Acontecerá dia 10 de agosto o 1º Rallye Náutico do Espírito Santo, uma iniciativa da Locamaxx Imobiliária.

Prezados amigos nautas e amantes da vela de plantão, no dia 10 de agosto realizaremos um evento que vai reunir velejadores e pilotos de lanchas em um passeio recheado de alegria e alto astral, com direito a um sweepstake de primeiríssima qualidade!! Uma iniciativa inédita em nossas águas, fiquem ligados que esta semana sairá a divulgação completa do 1º Rallye Náutico Locamaxx Rede Netimóveis com apoio do Iate Clube Espírito Santo

27/05/2013

HISTÓRIA DO IATISMO NO RIO DE JANEIRO

Taça comodoro ICRJ, a estréia do Phantinho

Uma nova escola se inicia, iremos agora também velejar no ICRJ, em nosso HPE Flying Phantom, e a estréia foi um dia inesquecível, perfeito!!

Resumo do Ópera na estréia no RIO: Sábado não deu para velejar pois o barco não conseguia descer na cinta devido a ondulação, o risco era imenso, o saldo para mim foi mais que positivo, dentro do esperado: foram duas regatas no domingo, 8 horas na água, de um dia sem vento a um leste maravilha, seis barcos, e como eu previa: um último e um penúltimo, mas com direito a andar meia regata na frente da flotilha. Faina forte para velejar no Rio, a galera do Iate Clube Espírito Santo tá muito mal acostumada!! Atravessamos a noite na estrada na volta, saímos do rio as 1;30 da manhã, chegamos em Vix as 9. De carro nunca mais! Próxima regata em águas cariocas dia 23 de junho, taça da Jornada Mundial da Juventude. Obrigado aos tripulantes, Carlos Galo,um agradecimento em especial pela super força na faina ao Mauricio Vieira Thomé e também ao amigo Roberto Bailly.




19/05/2013

Da época do onça, o magnífico light crest Typhoon, projeto de German Frers protagoniza a foto histórica.

O barco da foto é o Typhoon, da familia Brown , construído em 1958 no estaleiro do Mago Manoel Varetta, com projeto do renonado arquiteto naval argentino German Frers( Pai),a foto mostra o incío do enrocamento da ilha do boi, e presumo que seja no início dos anos 70, ou fim dos 60.
Uma pérola que encontrei aqui no face , esta manhã, com a assinatura da magnífica página "capixaba da gema".


Belíssimo pensamento traduzido em poema, enviado getilmente pelo amigo Ronaldo Damázio, vulgo Dida.

"Brigam Espanha e Holanda pelos direitos do mar

O mar é das gaivotas, que nele sabem voar

O mar é das gaivotas e de quem sabe navegar.

Brigam Espanha e Holanda pelos direitos do mar,

Brigam Espanha e Holanda porque não sabem que o mar é de quem o sabe amar."

Leila Diniz

Four Man on a Raft,( Orson Welles) Vídeo em HD , completo.

Orson Welles , 4 homens em uma jangada do Cerá ao Rio de Janeiro, numa saga épica.


4 men on a raft, uma incrível saga nordestina .




Orson Welles e as jangadas.

De viagem ao casório de meu amigo e sócio no Phantom, Mr, Marcelo Piras em Puerto de las Galinhas, em Recife, tive o prazer e a curiosidade de andar, ou melhor velejar de Jangada.
Pois bem , feito o passeio com o jovem jangadeiro de 25 anos , Jardel, na praia do Muro Alto, despertou-me o imenso interesse em saber mais deste universo.
Lembrei-me que já havia ouvido alguma coisa por alto falando que uns caras tinham ido a num sei quanto tempo atrás, na época de vovô calça curta, do nordeste ao Rio de jangada, acho que ouvi pelo meu Tio Zé Guilherme Pimentel Avelar, velejador de veleiros cabinados em BH.

Ò Kápa, ò kapa!!! Pesquisa feita na rede e a história segue para meus leitores:


Em 1923 , uma flotilha de 4 jangadas foi do Rio Grade no Norte a então capital federal RJ para participar das festividades do centenário da indepedência, um feito fantástico, tanto pelas condições precárias, tanto pela distância, tal como pela inexistencia de qualquer apoio, comunicação ou algo que o valha.
Mas... esta viajem não foi a que me chamou a atenção nas pesquisas, e sim a viagem de JACARÉ, TATÁ, MANÉ PRETO E MESTRE JERÔNIMO, eles  a fizeram em 1941 da praia do Peixe, hoje praia de  Iracema em Fortaleza até o Rio de Janeiro, em 61 dias de viagem , nu percurso de  aproximadamente 1300 milhas a bordo da Jangada São Pedro, a maior parte de contra vento, e contra as fortes correntes do NE.
"Às nove horas em ponto, quando soprava um bom nordeste, empurramos a jangada pra dentro d'água. Ia começar a nossa aventura. O samburá estava cheio de coisas, a barrica cheia d'água e os nossos corações cheios de esperança. (...) Partimos debaixo de muitas palmas e consegui ver de longe os meus bichinhos acenando. Mais de vinte jangadas, trazidas por nossos irmãos de palhoça e de sofrimento, comboiaram a gente até a ponte do Mucuripe. A igreja branquinha foi sumindo e ficou por detrás do farol. Rezei pra dentro uma oração pedindo que a Padroeira tomasse conta dos nossos filhinhos, pois Deus velaria por nós. E assim começou nossa viagem ao Rio."( jacaré)

A aventura virou notícia na TIME de 8 de dezembro de 1941 com o título “4 men on a raft” , e ninguém menos que Orson Welles leu a matéria e , e teve um estalo: ali estava o segundo episódio brasileiro de It's All True , um filme pan americando que ele estava rodando com apoio do pres. Roosvelt.

Orson chegou ao Brasil em 8 de fevereiro de 1942, filmou o carnaval carioca, e em 8 de março fez uma viagem de reconhecimento a Fortaleza, onde participou de uma regata de nove jangadas (foi a bordo da Urano, ao lado de Mestre Jerônimo), assistiu a um espetáculo de coco-maracatu e jantou no Jangada Iate Clube, na companhia do cônsul dos EUA em Fortaleza, cujo sobrenome, curiosamente, era Rambo.

Os jangadeiros queriam chamar a atenção do País e do governo para o estado de abandono em que viviam os 35 mil pescadores do Ceará. Morando em toscas palhoças, nem do Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Marítimos eles recebiam ajuda. O presidente da República precisava saber daquilo. Ficou sabendo.
Vivíamos no estado novo, ditadura, assim sendo Getúlio colocou o dops de olho nos 4, imagina se os comunas pegam este bonde!? ia dar a maior merda!
Durante as filmagens , numa manobra numa praia da Barra da Tijuca , onde estava sendo reconstituida a chegada triunfal do quarteto na Baia de Guanabara, a lancha que rebocava a jangada fez uma manobra e virou.
Os 4 foram ao mar, que estava muito agitado, 3 se salvaram , todavia o corpo de Jacaré nunca foi encontrado.
O morto, líder do grupo, era uma ameaça para o estado novo, muito engajado em movimentos comunitários e alfabetizado já adulto, a tragédia de jacaré poderia muito bem ter sido articulada pelo petit gaúcho suicida, até hoje fica a dúvida, mas na minha opinião foi queima de arquivo.



De toda forma, o acidente causou um profundo abalo na equipe, que mesmo assim continuou a rodar o filme, mesmo estando Welles chocado com a morte de jacaré e encurralado por Hollywood, e sob pressão da imprensa carioca totalmente manipulada.

"Nenhum parente ou amigo da vítima culpou Welles pela tragédia. Mas parte da imprensa carioca não se mostrou tão compreensiva. Especialmente naquelas publicações mais suscetíveis a pressões do governo - àquela altura indignado com o excesso de negros, favelas e pobres filmados pelo cineasta - It's All True passou a ser sistematicamente hostilizado e sua equipe exortada a pegar o primeiro avião de volta para Hollywood.
Ainda assim, Welles foi em frente. As coações, quase sempre veladas, da ditadura getulista o perturbavam bem menos que o assédio crescente da RKO e do governo americano, que o acusavam de gastar dinheiro a rodo, filmar coisas sem nexo e repetidas e ser generoso além da conta com os jangadeiros. Na primeira semana de junho, a RKO deu um basta no projeto, cortou o crédito do cineasta e mandou toda a equipe voltar para casa. Welles conseguiu convencer o chefão do estúdio a prolongar sua estada no Brasil por mais um mês, o tempo de que necessitava para filmar, em Fortaleza, toda a primeira parte de Quatro Homens e Uma Jangada. Em troca, trabalharia com uma equipe mínima, levaria apenas 40 mil pés de negativo, filmaria tudo em preto-e-branco e sem iluminação artificial, com uma câmera Mitchell silenciosa, emprestada pela brasileira Cinédia.
Welles e sua miniequipe desembarcaram na Base Aérea de Fortaleza às 15h30 do dia 13 de junho. Apesar do que ocorrera com Jacaré, foram acolhidos com enorme simpatia. Para assegurar maior tranqüilidade aos trabalhos, estabeleceram-se nas areias do Mucuripe e ali rodaram a história de amor do jovem pescador (José Sobrinho) com uma bela morena (Francisca Moreira da Silva, então com 13 anos), o casamento dos dois, a morte do jangadeiro e seu enterro nas dunas, a conseqüente revolta dos pescadores pelas suas precárias condições de vida e a decisão política do reide até o Rio de Janeiro. No papel de Jacaré, puseram seu irmão Isidro.
Em Fortaleza, Welles revelou-se um homem radicalmente diferente do garotão farrista e mulherengo que os cariocas conheceram. Não deixou de ir a festas (chegou a marcar quadrilha num folguedo junino), nem de freqüentar o Jangada Clube, mas parou de beber e deu um duro danado nas seis semanas que lá passou, correndo contra o relógio e fazendo malabarismos com o orçamento. Sempre alegre, passou a viver com os pescadores, que o tratavam de "galegão legal" e admiravam o seu desprendimento de confortos materiais e sofisticações culinárias. Dormia numa cabana rústica, mal protegida dos raios solares, e à noite, depois de encarar um portentoso prato de feijão com arroz e peixe, recolhia-se para escrever madrugada adentro. Em 14 de julho, encerrada a faina em Fortaleza, a equipe de It's All True rumou para o Recife, seguindo três dias depois para Salvador, chegando ao Rio no dia 22. Dez dias mais tarde, Welles deixaria o Brasil, para nunca mais voltar."
fonte:jangada@nantes
Orson Welles no Ceará, de Firmino Holanda (Edições Demócrito Rocha, 205 págs., R$ 28), pode ser comprado pelo telefone (0--85) 255-6270 ou por fax (0--85) 255-6276
saiba mais em: www.uv.com.br/tangatamanu/jacare.htm

Simon Le Bon , Rock and Roll!


sufoco na fastnet.

Sir Arnold Clark e Le Bon a bordo do Drum.
O Maxi velejando hoje

O escrete reunido para a fastnet 2005,
Design puro anos 80 de Ron Roland.
Le Bon fazendo pose enganchado no mastro gigantesco em mídia da época.

Simon Le Bon o mega pop star do grupo "Duran Duran" , o segundo grupo inglês mais popular na Europa depois dos Beatles, e seu maxxy yacht de 78 pés "Drum" na regata da morte:

-"Drum a Journey of a lifetime".

Este é o título do filme de Simon Le Bon , sobre a história de seu maxxy projetado por Ron Rolland para o skiper Skip Novak. Foi construído para participar  da Whitbread de 1985 e quase o leva a morte na Fastnet do memo ano .
A Fastnet ficou conhecida como a regata da morte depois da edição de 1979 que levou 15 almas para o lado de São Pedro , numa tempestade "pau pereira", como diria Macintyre, e com barcos talvez sem a preocupação devia com a durabilidade e segurança, o fato fez com que fossem repensados os conceitos dos projetos dali em diante.
Em companhia de Le Bon estavam a bordo ninguém menos que Bruno Peyron ( o mago dos catamarãs e vencetentor do troféu Jules Verne), Skip Novak, velejador top 10 da épca e também montanhista e aventureiro, seu irmão  Johnny, um médico osteopata,  Paul e Mike Berrow, Phil Wade e Janne Gustafsson que morreu em um acidente de motocicleta cinco anos atrás , dentre outros 24 jovens cristãos.
O barco perdeu a quilha de 14 toneladas durante uma pauleira heavy-metal naquela Fastnet de 1985 , e capotou nas águas geladas da grã-bretanha ao sul da cornuália, e quase ceifou a vida do jovem milionário do Rock.
Eles passaram 40 minutos presos no casco emborcado na gélidas águas e foram resgatados por mergulhadores.
Apesar da quase tragédia, Le Bon recompõe-se rapidamente e inscreve o Drum para na volta ao mundo de 85, levando em sua tripulação , talvez a sua grande arma secreta, o figuraço bem humorado lobo do mar "Sueco Baiano" Magnus Olson( Skipper do  Ericsson 3 na VOR )
Eles chegaram num glorioso terceiro lugar.
Exatos 20 anos depois do episódio ao largo da costa escocesa Le Bon , reuniu 15  dos 24 componentes do escrete original da época , todos a bordo do Drum ,
Agora Arnold Clark Drum, pois fora vendido em 1988 ao milionário do setor de automóveis, Sir Arnold Clark  que gentilmente o cedeu para Le Bon e seu time participaram novamente da Fastnet .
E viva a vela & Rock and Roll.
Aproveito a dica para recomendar aos amigos a música mais bonita do mundo, Lay lady lay de Robert Zimmerman( Bob Dylan), interpretada pelo Duran Duran, escute esta maravilha e boa viajem!!!!

15/05/2013

Fortuna

Fortuna era a deusa romana da sorte (boa ou má), da esperança. Corresponde a divindade grega Tyche. Era representada com portando uma cornucópia e um timão, que simbolizavam a distribuição de bens e a coordenação da vida dos homens, e geralmente estava cega ou com a vista tapada (como a moderna imagem da justiça), pois distribuía seus desígnios aleatoriament

Harry Manko, sempre com filmes sensacionais e gozadíssimos!

Um vídeo de compilações da Volvo Ocean Race, a volta ao mundo.

Os nós mais usados no mundo náutico, uma vídeo aula, aprenda para não chamar cabo de corda!