28/09/2013

Regata Recife Fernando de Noronha( REFENO)

há um ano atrás tivemos o prazer e a honra de participar desta regata maravilhosa, e um grata surpresa nos foi agraciada : Esta magnífica foto exatamente no momento que nós chegamos a Noronha.
A foto foi tirada pela esposa do Bailly, e perpetuou este momento mágico na história de nossa equipe e de nosso barco.
Este ano não vai dar para participar, entretanto já confirmamos nossa participação no Circuito Rio no fim de outubro.
Afinal velejar é preciso!
Na ocasião da regata preparei este texto para a revista velejar, que pode dar dicas legais para quem quer participar do evento.
















A imperdível Refeno, Visão, depoimento, constatações e dicas de um cara fascinado pela vela, para quem quiser participar, no futuro, da Regata Internacional Recife Fernando de Noronha.



A imperdível Refeno

Visão, depoimento, constatações e dicas de um cara fascinado pela
vela, para quem quiser participar, no futuro, da Regata Internacional
Recife Fernando de Noronha.

Por Renato “Avelok” Avelar



Há muitos anos tenho ouvido histórias de velejadores que participaram
da Refeno, regata Recife Fernando de Noronha, e estes relatos vêm
povoando minha mente desde longínquos anos, deixando a certeza de que
um dia iria participar deste evento e decifrar seus enigmas, até mesmo
por nunca ter pisado na Ilha.


O interessante é que, de todo o material que lia ou que ouvia pelos
clubes e nas temidas “rodas de varanda” do Brasil afora, nenhum deles
conseguiu criar uma imagem determinada em minha mente. Tampouco
documentários televisivos acerca da ilha desenharam seus contornos em
linhas claras no meu cérebro. De fato, eu não tinha uma imagem da
ilha, ou, se tinha, era irreal, ao menos até conhecê-la de verdade.


Não sei se de propósito, ou porque nunca havia lido algo bem ou mal
escrito, que realmente despertasse a minha atenção, mas minha
consciência refugava predeterminações e imagens pré-concebidas, ou
mesmo pré-conceitos, uma vez que no meu âmago estava estabelecido que
um dia iria participar da regata.

Não foram raras as vezes que ouvi casos exageradamente aventurescos a
respeito dela, contados por velejadores que a fizeram e se
vangloriavam do feito, ou por varandeiros que nunca a fizeram e
preferiam mistificá-la a encará-la!

Concluí, para clarear as ideias que povoavam minha cabeça, que era
preciso participar da regata.



Participei – graças a Deus

Pois bem, amigos nautas e amantes da vela de plantão, estamos aqui
escrevendo sobre a Refeno; então, obviamente, realizamos o sonho.

O maior desafio para se participar da regata Recife Noronha, não é
travessia das 293 milhas que separam o Marco Zero do Recife antigo, da
linha de chegada no Boldró, em Fernando de Noronha, mas sim a
dificuldade de estar lá, na largada.





Exceto os barcos do Norte e Nordeste, os barcos do Sul e Sudeste fazem
uma gigantesca jornada para prestigiarem o evento. Para nós, que
partimos de Vitória, ES, foram 2.600 NM no total; para o Roberto
Bailly, de Niterói, foram quase 3.200 NM; para a galera de Porto
Alegre... 5.100 NM. Que tal? Até mesmo para a turma de Salvador, que
mora “ali ao lado”, são 1.500 NM, ida e volta.

Mas, a distância não é problema para quem quer fazer esta regata, nem
o tempo despendido e nem mesmo os altos custos são obstáculos, com
cada um encontrando a forma de realizá-la à sua maneira (se assim o
quiser de verdade). As opções são muitas e o cristão pode escolher a
que melhor lhe aprouver.



Senhores do Tempo

Os “Senhores do tempo” podem ir velejando em seu próprio barco,
especialmente se aproveitarem um grupo sensacional como o pessoal do
Cruzeiro Costa Leste, que se realiza de dois em dois anos e sobe
calmamente o litoral Brasileiro, saindo do Rio e indo até Recife,
gastando meses inteiros com várias escalas em portos, praias,
enseadas, festas e recepções, curtindo não menos a viagem do que o
destino final.

Esta opção tem um inconveniente: não serve para aqueles que ainda são
óleo para a máquina do dia a dia e que não são donos de seu
calendário. E mesmo para os libertos, o Costa Leste só acontece de
dois em dois anos. Mas é, sem dúvida alguma, a opção mais segura e
divertida para quem pode.



Sem lenço e sem documento

Pode-se ir, também, no próprio barco, sem lenço e sem documento, como
fez meu amigo Serginho Rossi em 2010, no Gato Xadrez, um pequeno Cal
9.2, quando iria completar 50 anos. Deu a si mesmo um presente de
aniversário inesquecível: tirou o relógio de pulso, desligou o celular
e entrou em 40 dias de férias para poder ir e voltar da Refeno sem
stress, saindo de Vitória em companhia de dois amigos, um bom violão,
muita picanha e curtindo a navegada com tempo suficiente para velejar
a favor do vento e sem relógio de ponto, curtindo cada momento.

Neste mesmo estilo, mas em outra vibe (mais regateira), o Roberto
Bailly, do Xeqmate, foi de Niterói num tiro só até Salvador, correu a
Aratu, deixou o barco lá e voltou para trabalhar. Depois, tirou
férias, foi de Salvador a Recife, fez a Refeno, voltou em nove dias de
navegada, saindo direto de Noronha e só parando em Búzios, rapidinho,
para comprar gás e, finalmente, chegando a Niterói. Cascudo esse
Roberto...



Para quem ainda é “óleo para máquina”

Para esses existe a opção de mandar um skipper levar o barco e ir de
avião, como foi nosso caso.

Primeiro despachamos o barco para Salvador, onde ficou por quase 40
dias, onde aproveitamos para participar da Aratu-Maragojipe (matéria
nesta edição), curtimos o fim de semana e voltamos ao nosso dia a dia.
Em seguida, dentro do cronograma da largada, o skipper o levou até
recife. Essa opção é uma mordomia e tanto, mas não sai barato, pois,
além do trabalho do skipper, existem os custos de refeições e
passagens aéreas, rancho, diárias para tripulantes, diesel, peças que
quebram etc., o que, numa viagem onde o barco ficou fora de casa por
cinco meses, acaba saindo caro. Mas, se planejado e rateado entre
todos os tripulantes, torna-se uma opção bem razoável, ao alcance de
escravos do tempo, como nós.



Para os inexperientes

A opção de comprar uma vaga como tripulante de algum veleiro também é
muito tranquila, talvez a mais “resort” de todas, ideal para quem quer
um cruzeiro ao pé da letra. É, sem sombra de dúvidas, a opção mais
acessível, pois não precisa nem saber velejar. Para os inexperientes
que tem barco, ou que tripulam barcos de amigos, ou que velejam
normalmente entre amigos, esse formato traz a desvantagem de não estar
rodeado de pessoas que costumam fazer parte de sua vida, os seus
amigos do peito; assim, o aspecto “regata” não tem muita importância!
Aliás, este “aspecto regata” fala muito baixo nesse evento, que
prefiro chamar de festa.



Para quem tem muitos amigos e um barco pequeno

Também é muito interessante alugar um belo barco de regatas, como fez
o João Ricardo Fernandes, de Niterói, que reuniu nove amigos e se
lançaram na regata a bordo de um sensacional Benneteau 40,7. Saiu mais
barato, por exemplo, do que a opção que escolhemos, com a vantagem de
ter à disposição um barco bem grande e confortável, o que, de fato,
faz a diferença na regata.



Para os fora de série!

Se você é um cara duro (no sentido de resistente e corajoso), faça
como o Kan Chuh, gigante da vela de oceano no Brasil: mande toda essa
conversa fiada as favas, pegue seu mini-transat e vá sozinho, sem
frescura e sem conforto, voando baixo e chegando rápido. Aliás, a
Refeno é um passeio de criança para este sino-baiano, que tem um
currículo como o daqueles velejadores francês malucos, para os quais o
mundo é muito pequeno.



E parafraseando Walt Disney: ”Você é do tamanho do seus sonhos!”

De uma forma ou de outra , você, querendo, vai participar da regata, o
Circo se arma!

Definida a forma da participação, a inscrição é super-organizada,
online, no site da regata, www.refeno.com.br, lembrando que deve ser
feita com bastante antecedência, pois o valor vai aumentando assim que
a largada se aproxima e o numero de participantes é limitado (neste
ano foram apenas 100 barco).


Marcos Medeiros( diretor da regata), Avelok, Marcão Albuquerque, Léo, Roberto Bailly e Suely( staff).

Pintura do Avelar , noite estrelada na refeno


Organização profissional

O pessoal da secretaria do Cabanga, a Suely, o Júnior e o Marcos
Medeiros (diretor da regata), são muito solícitos, estando à
disposição o tempo todo para tirar dúvidas e orientar os
participantes, e olha que eu liguei umas 30 vezes para lá, por conta
de sermos marinheiro de primeira viagem e estarmos preocupados com
todos os detalhes (a estadia do barco, as cartas náuticas exigidas
pela Capitania dos Portos, passando pelo rastreador Spot, e estação
navio da Anatel).

Pois bem, o staff da Refeno é profissional mesmo. Trabalham com
alegria e dão todo apoio necessário; não se vê ninguém estressado,
muito pelo contrário.

Os dias que antecedem a regata no Cabanga são sensacionais, o
movimento dos barcos na marina, todos nos preparativos finais, o
ambiente pré-regata... E cada barco de babar, como os catamarãs
gigantes, a exemplo do Guruçá; o lindíssimo Bavaria 55 Mussulo; o
Sessentão; o premiadíssimo Ave Rara; o Grand Luc, do François Moreau;
o impecável Brasília 32 mega-ultra-equipado Bear Ship e  tantos outros
barcos dentre o cento que aguardava a hora e o dia da largada.



Rega bofe e porre, mas com energia positiva...

A organização preparou um sweepstake de primeira categoria. Teve
barril de Chopp todo dia, apresentação de maracatu, happy hour, muito
agito e convívio social e, coroando os dias da pré-regata, o magnífico
jantar na antevéspera da largada.

Aliás, este jantar, que eu vou ter que chamar de festa, merece
destaque, por ser na antevéspera e dar tempo para todo mundo curar a
ressaca; assim sendo, a festa vira festa mesmo! Este ano teve um grupo
de rapazes tocando Beatles, todos caracterizados com terninhos pretos,
perucas e tudo mais. Até o guitarrista era canhoto, como o Paul, e o
batera a cara do Ringo! Os caras arrasaram, tocavam muito! Os
velejadores vibraram com a música, todo mundo dançando em pé,
especialmente os mais “antigos”, como os velejadores mineiros
Deusdedit e  Célio (tripulantes do veleiro Madame), que foram
literalmente para o gargarejo no palco. O clima emanava energia
positiva!


O jantar foi realizado na quadra de esportes do Cabanga, onde deveria
ter umas 500 ou 600 pessoas. Cada barco tinha sua mesa reservada, com
o nome da nave em forma de vela, ornamentando uma caixinha de madeira
cheia de chocolates e bolo de rolo (especialidade recifense), um
presente de boas vindas da organização para as tripulações. O serviço
incluiu champanhe a rodo, cerveja gelada, salgadinhos o tempo todo e a
píece de resiténce: medalhão ao molho madeira, ou bobó de camarão! Que
maravilha!



Hora de coisa séria

No dia seguinte, reunião de comandantes com a Marinha do Brasil. Uma
reunião de comandantes de verdade, com nada menos que 3 horas de
duração, onde a segurança foi, de fato, levada a sério, um trabalho
bonito de ver, e a relação da Marinha com a regata e os velejadores,
mais bonita ainda!


Durante a reunião exibiram um vídeo amador, feito por um dos
tripulantes de um trimarã que capotou na edição de 2010 e que fora
salvo graças ao uso do rastreador “Spot”. Isso foi mais do que
suficiente para todos se convencerem da importância deste moderno e
obrigatório equipamento, que é um pé de coelho misturado com um Epirb
e custa o preço de um GPS.

Passada a festa, curada a ressaca, barcos vistoriados pela marinha,
solucionadas as pendências da vistoria, feita a reunião de
comandantes, barcos abastecidos, todos se preparam para a largada.
Fato curioso, pois, apesar da largada ser ao meio dia de sábado, todos
os que tinham mais de 1,60 de calado deveriam sair do Cabanga as
2:00hs da manhã de sábado, caso contrário, ficariam presos pela maré
baixa. Assim sendo, a partir de 1:00h da manhã praticamente toda a
flotilha se lançou para a região do porto antigo da cidade, a fim de
jogar o ferro e aguardar, em área profunda, a hora da largada.



A largada!

Mais uma vez a organização falou alto, mostrando toda sua experiência
na lida com a numerosa flotilha. Os barcos foram divididos em grupos,
com horários de largada e de check in separados por 30 minutos de
antecedência. A área da largada ainda fora definida por duas zonas: 1.
Zona de largada e check in, e 2. zona de “espera”, onde o grupo que
não iria largar deveria aguardar em área demarcada por boias, antes da
área de largada.


Assim que os grupos iam navegando no canal do porto rumo a área do
check in, havia uma multidão aboletada em arquibancadas no Marco Zero,
onde um locutor apresentava os barcos, um a um, ao público, que
acenava e aplaudia as tripulações. Confesso que meus olhos se encheram
de água, pois nunca havia visto nem sentido isto antes na vida: a
interação com o público, algo quase impossível neste  esporte sem
plateia, realizado mar adentro.



Velejando pra Noronha

As condições de mar e vento estavam tranquilas, exceto por um mar
desencontrado nas primeiras 24 horas, que fez com que os barcos
pequenos sofressem mais um pouco e deixassem o estoque de remédio de
enjoo reduzido. Nada demais! Um vento de 12 a 18 nós empurrou os
barcos tranquilamente, num través de um bordo único, em noites sem
lua, com uma miríade de estrelas no firmamento, acompanhando aqueles
marinheiros rumo à ilha dos sonhos.

Conforme definido pela marinha do Brasil, não obstante o uso
obrigatório do spot, a radiofonia, também obrigatória, se realizaria a
partir das 8 da manhã e em ordem alfabética, sendo que, quem não
conseguisse passar a posição, diretamente, para um dos dois navios da
Marinha, deveria fazê-lo via ponte com outro veleiro, com a pena de
não o fazendo ser desclassificado.

Os barcos com mais linha d’água levaram grande vantagem neste
passeio/regata e, até mesmo o campeoníssimo “Ave Rara”, ficou atrás do
Sessentão, o Fita Azul, e do Mussulo, segundo colocado.



Surreal, mas sem mistérios

A Refeno não tem mistério nem muito jeb jeb. A travessia num bordo só
é algo bem simples de se fazer, com toda cautela, precaução e
segurança, obviamente. Não tem história de monstros marinhos,
redemoinhos, nem de furacões, tampouco sereias ou outros mitos, que
impossibilitam muitos de saírem de seus portos para irem a mares
azuis, deixando para trás a tranquilidade das baías e o aconchego do
lar.

A chegada à ilha foi surreal! Algo que esperei muito para ver com meus
próprios olhos e da qual, graças a Deus, não tinha nenhuma imagem
preconcebida!

Nós a avistamos as 9 da manhã de um dia de almirante, com vento de 18
nós, um mar roxo, céu azul, temperatura agradável e cruzamos o través
do Boldró às 13 horas e 3 minutos de uma segunda feira.

Como fomos num 31 pés, demoramos mais a chegar, gastando, ao todo, 48
horas e 3 minutos. As horas finais da chegada à ilha foram daqueles
momentos que se vive uma vida pra sentir. Não tenho como escrever aqui
páginas e mais páginas. O cidadão tem que ir e sentir o que é. Cada um
vai ter um gosto, um cheiro e uma cor diferente, mas, pode ter certeza
que estará beirando o seu Shangri-lá.

Tão logo cruzamos a linha final rumamos para o portinho, onde já havia
51 barcos nos aguardando. O visual é lindo, deixo as fotos para
registrar aqui!

Uma precaução na atracação: Use duas âncoras, muita corrente e muito
cabo e, se possível, mergulhe (cerca de 10 a 12 metros) para
certificar-se de que está bem ferrada (unhada), pois o local é bem
traiçoeiro e é comum barco sair a garra.



Fascinação é normal, mas tem um ladinho B...

A ilha de Noronha me fascinou, deixando-me maravilhado com tudo que vi
e senti. O que me chamou a atenção dentre muitas coisas foram as casas
em centro de terreno, herança dos americanos (bem diferente do estilo
europeu colonial entulhado). A ausência total de violência e da
epidemia do crack, um lugar onde todos trabalham e são solícitos. A
educação é de impressionar (oferecer carona é um hábito), não se
explora o turista (preços mais baixos que Búzios e Arraial d’Ajuda por
exemplo) e a beleza das praias é redundância falar.

Mas tem também o lado B: Ruas esburacadas nas vilas; acessos às praias
em péssimo estado; pavimentação na vila dos remédios em deterioração
absoluta; problemas com lixo (sucatas, especialmente); carros em
excesso (mil e quinhentos carros ao todo, numa comunidade de 4 mil
pessoas), mas nada que não seja de fácil solução.



Passa a régua e fecha a conta...

Bom, “més amis”, fica difícil resumir a experiência, mas espero que
meu relato não tenha atrapalhado os planos de ninguém. Se você quer
participar desta regata ou de qualquer outra, faça o seguinte: Just do
it! A gente chega cansado, molhado, todo esbagaçado, sem dormir nem
comer direito, cheio de roxo nas canelas, torrado de sol e doido para
começar tudo de novo!

Ano que vem tem mais causo para contar, se Eólo e Netuno nos permitirem!!



BOX

Dicas para quem vai de primeira viagem

Roupas: Você vai usar uma ou duas mudas de roupa durante a regata e a
roupa de tempo. Na ilha todos andam muito descontraídos e sem luxo.
Portanto, leve uma mochila compacta e nela só o necessário.

Rancho: opte por comidas que possa comer com a mão, tipo sanduíches
feitos na hora, Cup Nudles e barras de cereais, por exemplo.
Importante ter tudo nas menores porções possíveis, inclusive água. È
bem mais prático ter água em recipientes de 500 ml do que em 5 litros.
Gelo, não vale a pena, só se tiver onde conservar. Sofisticar no
cardápio pode significar que todos fiquem com fome, ou fica ruim para
cozinhar (devido ao balanço), ou fica ruim para comer (idem).

Lanternas: duas no convés e uma para cada tripulante

Objeto pessoal: um canivete para cada um também é importante e pode
salvar de um problemão.

Linha de vida: A noite sempre amarrados nela.

Escora: Para os que estão com as facas nos dentes, escora o tempo todo
(são só 48 horas!). Todo o peso colocado a barla! Faça um berço de
lona no beliche de barla e coloque tudo ali, tudo mesmo! Das mochilas
à água, das velas reserva à ancora. Faz uma diferença de umas 3 a 4
horas no tempo final.

Calçados e luvas sempre: Dia e noite, leve a sério, pode acabar que
sua regata vire um inferno por causa de um machucado. Eu, por exemplo,
felizmente machuquei o calcanhar a apenas 2 milhas da ilha, mas foi o
suficiente para me impossibilitar de calçar sapatos, o que me rendeu
mais quatro machucados sérios posteriores, adquiridos em passeios nas
trilhas e praias.

Chegue antes ao Cabanga: Leve seu barco para o Cabanga com a maior
antecedência possível, chegar antes significa tranquilidade na regata.

Planejamento: Use a abuse do planejamento e lembre a todos que é
barco, é um só, e todos são igualmente responsáveis pelo sucesso da
regata.

Piloto: tenha sempre dois, quem tem um não tem nenhum.

Leme e estaiamento: Revise seu leme e o estaiamento, para evitar o pior.



Na Refeno, o importante mesmo é chegar inteiro e feliz! Um beijo e um
queijo, bons ventos a todos!!

PICTURES




25/09/2013

Américas Cup results: Oracle goes to the oracle of winners!

Américas Cup finals in my point off view.

A inacreditável e espetacular Vitória do Oracle(favoritos, críticas, condenações e torcedores a parte) foi sem dúvida alguma uma das maiores lições de tenacidade, trabalho em equipe e persistência já vista neste mundo pós-moderno.

Virar um jogo como eles viraram é digno de aplausos de pé.


Aplaudo de pé, pois então!



The Phantom Of The Opera. Vitória ES Brazil, Scheaffer 31 .





08/09/2013


Pedro Bolder, diário de bordo em Santander.

Diário de bordo, 

    Olá meus amigos, irei passar para vocês um pouco da experiências que estou vivendo aqui em Santander, Espanha onde estou participando do Ciudad de Santander Trophy ( evento teste para o mundial da ISAF em 2014). 
    Desembarquei em Santander na sexta-feira  dia 06 na parte da tarde, num dia muito molhado e bem frio, nada convidativo para nós brasileiros hahaha. Localizei o barco que aluguei e me recolhi o hotel. No dia seguinte, sábado, o frio permanecia, porém foi um dia de trabalhar, montei  "la maquina" por mim apelidada, e fui para água tentar vestir o barco e me entender com a condições de velejo na área de regata. 
    É a primeira vez que estou velejando num Finn Devoti (um dos fabricantes da classe aqui na Europa) pois no Brasil o meu barco é um Lemieux ano 2000 feito no Canadá. Estes barco tem tocadas totalmente diferentes, o meu é muito duro, caturra mais e chega a ter 10 cm a menos de boca (largura) que outros fabricantes, enquanto este devoti que aluguei de um espanhol aqui, é um barco mais mole, faço menos força para equilibra-lo e existe uma facilidade para surfar as ondas e de acelerar o barco... São coisa positivas mas que eu to me adaptando.
    Aliás, tudo o que estou vivendo aqui esta sendo novo, estou tendo que me adaptar, as pessoas, os comportamentos, a alimentação, a infraestrutura, o barco e as condições de velejo. Eu me senti um pouco assustado com isso, mas hoje já comecei a me sentir mais em casa por aqui, acordamos com o céu bem mais limpo e ao meio dia já não vestia mais o casaco, creio que a temperatura foi a uns 25 a 30 graus celsius e também fiz umas amizades com os espanhóis e com algumas pessoas da organização porque precisei da ajuda deles para obter autorização para participar das regatas sem ter a bandeira do Brasil na vela, é uma regra nova da ISAF, mas ainda está em período de adaptação, pois apenas uma empresa é autorizada a fabricar os adesivos com as bandeiras nacionais de cada país, essa empresa é na Inglaterra e as bandeiras que eu comprei para usar neste campeonato ainda estão no frete vindo para cá... Então fiz uma carta hoje solicitando esta autorização, e só as 17 horas da tarde saiu da esperada autorização, logo usei o dia para calibrar "la maquina" mudar umas regulagens, como alça de escora, burro, bolinha, testa e caimento de mastro.
    As meninas do 470 Renata Decnop e Isabel Swan estão me ajudando bastante aqui a me concentrar, ter cuidado com a alimentação e tem sido ótimas companheiras de viagens, ontem a noite fomos até uma loja decathlon pois precisamos de botas, luvas e uns casacos, nas volta tivemos um momento de descontração muito legal, com um show de rock que rolou de abertura do evento, para a nossa sorte foi do lado do hotel que por sinal é em frente ao clube onde guardamos "las maquinas", eu realmente estou mais tranquilho por estar do lado dessas duas feras da nossa vela que já tem ótimas bagagens como títulos mundiais e medalha olímpica.
    Estou me sentindo bem inspirado para as regatas de amanhã (segunda-feira), escrevo aqui para vocês já na cama e assistindo um documentário da CNN international sobre a America's Cup, que conta o começo da história, desta que é a regata mais tradicional e almejada da vela mundial. 
    Amanhã escreverei um pouco sobre a cidade, as primeiras regatas e minhas experiências, desejo a todos uma boa semana.

            Direto de Santander para meus familiares, amigos e amantes da vela.
   
   Abraços e Bons Ventos 
   Pedro Trouche- "Bolder"
   

Abraços e Bons Ventos
Pedro Henrique Trouche de Souza "BOLDER"
55-21-99758040

Copa America : 2 para os mocinhos, e zero para os vilões.

07/09/2013

Avelok orgulhosamente apresenta a trajetória de Pedro Bolder , um cara fora de série!

 Prezados amigos nautas e amantes da vela de plantão, apesar do luto pela morte do Niteroiense Sandro Sartorio,compartilho com os senhores e senhoras este texto magnífico, que conta a história de um novo amigo , o Pedro Bolder, que tem velejado conosco no nosso  HPE no Rio de Janeiro.

 O mais novo integrante da equipe fantasmagórica comandada por este que vos escreve, Renato Avelar. Pedro Trouche embarcou nessa quinta feira 05/07 para seu primeiro desafio internacional da classe Finn a qual ingressou em 2011 e hoje é o número dois do Brasil na categoria. O evento será na cidade de Santander com início das regatas no dia 09 e encerramento dia 14 de setembro, será uma preparação pessoal para o mundial organizado pela isaf na mesma data porém em 2014 chamado de Santander 2014 world championship ou ISAF World Championship.
 Pedro Bolder como é conhecido no mundo da vela, leva na sua mala o manto sagrado a camisa do FLYING PHANTOM veleiro da classe Hpe 25 integrante da flotilha fantasma. O manto foi entregue na sua segunda regata a bordo do Phantom a qual fomos segundo lugar na Regata Paolo Pirani realizada no dia 24 de agosto.

Estamos aqui em Vitória na torcida pelos sucesso deste obstinado!

Este cara é fora é série, como atleta e como pesso

Na primeira velejada que tivemos, já constatamos que o garoto é um cara fora de série, e é mesmo.
Pedro tem apenas 22 anos, o que atesta a minha afirmação que estamos diante de um dos maiores nomes que a vela Brasileira terá notícias em todos os tempos.
Não somente pelo talento e principalmente pela pessoa que é; um  cara fora de série como diria meu amado Sir Wallace com sua voz de trovão.
Bolder neste momento está em santander na Espanha participando do mundial da ISAF e nós daqui de Vitorinha ficamos na torcida! 
Para cima deles Bolder!!
Bom , chega então deste jeb jebe e vamos ao texto , apresento a vocês Pedro Bolder:





Olá Renatão, tive uma semana muito corrida... Estou escrevendo agora para você durante o voo ja que irei ficar sentado aqui umas 14horas até Madri, contando um pouco da minha história. Quem sou eu, uma regata marcante e o meu atual desafio.


 Niteroiense fanático, nascido e criado nas águas do índio Araribóia. Tive meu contato com a vela ainda muito criança, quando meus pais entraram para o Clube Naval Charitas. Eu tinha uns 5 anos e ficava andando pelos optimists e querendo subir nos barcos.... Na época as crianças da flotilha e os optipais (pais de velejadores de Op) falavam para os meus pais -coloca ele na escolinha ele vai gostar. Dito e feito quando estava com 7 anos meus pais me colocaram no Op, foi uma das melhores escolhas deles.

 Velejei 5 anos de Op, meu primeiro campeonato brasileiro foi o famosa brasileiro de VENTÓRIA em janeiro de 2001, que teve 10 das 12 regatas com mais de 20 nós de vento. Meus pais pensaram que eu iria largar a vela no meu primeiro grande desafio... Completei apenas 5 das 12 regatas, desisti de todas as outras, era muito pequeno e medroso. Foi um grande aprendizado mas voltei pra casa muito triste por não ter tentado me superar, naquele momento falei para mim mesmo nunca mais irei largar uma regata.

 Saí do Op aos 12 anos após o campeonato brasileiro de 2003 no mês de janeiro em São Sebastião- SP, meu pai já havia comprado um laser pois eu estava bem grande para Op, e em novembro de 2002 eu participei de uma copa laser no qual consegui a terceira colocação foi amor a primeira vista... ops digo velejada! Não quis mais saber da famosa caixinha de fósforo que é o Optimist, virei para o meu pai e disse: - ai papai, pode vender meu Op que agora vou velejar de laser. Ele na mesma hora me deu a maior força, fiquei extremamente feliz, e começei a me dedicar ao laser, sempre que podia estava na água.

 Na minha carreira no laser, participei de 7 campeonatos brasileiros, Búzios 04, Ilha Bela 05, Brasília 07, João Pessoa 08, Búzios 09, Vitória 10 e Jurerê 11. Os dois primeiro de 4.7 e os restantes de standard. Participei de dois mundiais de laser radial um open e um junior onde fiz uma das regatas mais emocionantes e linda da minha vida, participei também de alguns campeonatos regionais e de 14 campeonatos estaduais.

 Desde de 2008, eu ja estava procurando, pesquisando, estudando tudo que eu podia saber sobre a classe Finn, muitas pessoas falavam pra mim, você tem corpo para um finnista, investe nessa classe... Conclusão no meio de 2011 comprei o meu primeiro e atual Finn, usado é um casco do ano 2000, feito no Canadá. Começei a treinar e ganhei o meu primeiro campeonato o carioca de 2011, no ano seguinte em janeiro participei do meu primeiro campeonato brasileiro, no início eu pretendia fechar o campeonato entre os 5 primeiros. Mas no decorrer do camp. percebi que eu poderia querer mais, faltando dois dias para fechar o campeonato eu estava ganhando alguns pontos do fenômeno Jorge Zarif, mas nas regatas seguintes escolhi mal alguns bordos e conclui o campeonato com a medalha de prata, fiquei muito animado com o meu desempenho, principalmente nos contraventos pois montei 8 das 10 regatas na primeira  posição a primeira bóia, porém percebi que o Finn tem um popa castigador e eu teria me dedicar muito para chegar no nível do campeão.

 Em seguida fui vice campeão pré olímpico de 2012 e 2013, estou muito animado com a expectativa do rio ser a próxima sede olímpica, tenho certeza que se o governo souber investir junto com as suas confederações podemos colher ótimos frutos, frutos em forma de medalha. Treino firme e forte para buscar o meu sonho olímpico. Estou nesse momento viajando para Espanha onde irei participar do Evento test de Santander 2014, evento organizado pela isaf (international sailing federation) na cidade de Santander-ES que reúne todas as classe olímpicas no mesmo evento para disputar vagas para a olimpíada. Será meu primeiro campeonato internacional de Finn, coincidindo com minha primeira viagem para Europa, fortes esperanças e sentimento de determinação tomam conta de mim nesse momento tem que agradecer a MARINHA DO BRASIL por me apoiar e me auxiliar nesse viagem, e ao meus amigos e familiares que me dão todo o apoio para treinar e competir.


A regata da minha vida:
  Dia 17/12/2005 Fortaleza -CE
  Mundial Junior da classe laser radial.

   Foi uma das melhores quinzenas da minha vida, embarquei no dia 02 de dezembro para participar de dois campeonatos mundiais seguidos, o primeiro foi o open o qual eu com 14 anos de idade, não tive um resultado muito positivo, mas ganhei uma bagagem e um ritmo de regata que me ajudou bastante no evento seguinte o mundial Junior, para velejadores com menos de 19 anos.
   Lembro de todos os momentos desse segundo campeonato como se estivesse descrevendo minha palma da mão, com todos os detalhes. Foram 10 regatas durante o campeonato sendo 6 classificatórias para determinar flotilha ouro, prata etc e mais 4 finais para cada uma das flotilhas. A cada regata que passava eu melhorava e as minhas chances subiam exponencialmente, porém na 6 regata tive uma quebra que me fez começar a fase final na série prata em 5 colocado entre 55 barcos, fiquei extremamente triste, fui consolado pela minha fiel escudeira e físioterapeuta mamãe, me falando: - "meu filho você deu seu máximo, mas na vida é assim mesmo, as vezes é melhor ser cabeça de peixe do que ser rabo de tubarão, se concentra que amanhã você vai brilhar."
   No dia seguinte mantive uma boa média e subi para o 4 lugar na flotilha, o campeonato inteiro teve bastante vento o que me agradava bastante e eu sabia que estava veloz. Fui para o ultimo dia determinado a fechar o campeonato com duas boas regatas, na primeira do dia fui 5 colocado, fiquei cheio de moral, e o vento aumentou um pouco de 12 nós para uns 15 com rajadas de 17, o percurso era o inner-loop a largada estava mais para a bóia, fui para a bóia mas faltando uns 40 segundos para largar o vento torceu para a direita favorecendo muito a largada na comissão, mas eu não teria mais tempo para chegar lá e ainda achar um lugar numa linha com 55 barcos, larguei mal pelo lado esquerdo e na primeira oportunidade cambei para tentar buscar a flotilha da direita, quando ja estava com amuras a bombordo indo para a direita da raia, percebi que estava muito rápido, então não pensei muito apenas coloquei na reta da galera que estava na frente e eu fui me aproximando e comecei a atropelar todo mundo, quando me dei conta estava no final do primeiro contravento e estava liderando a regata com uma vantagem considerável, mas os bordos de folgado me assustavam um pouco, pois eu não era um dos mais rápidos neles. A cada minuto que passava eu ficava mais nervoso e ansioso para a regata acabar, montei a segunda marca em primeiro ainda e caprichei muito no segundo contravento segurado a flotilha no meu beck e protegendo o precioso bordo da direita, com isso montei a terceira marca com folga em primeiro mas quando entrei no través para a quarta marca o cabo de regulagem da esteira entrou por dentro do moitão catraca e eu não conseguia nem folgar a vela nem caçar, o nervosismo que ja não era pequeno fez com que o meu coração viesse até a boca, pois o segundo começou a se aproximar era um americano, que estava nervoso, bombando e me assustando ahuahuhauahuha, mas como a sorte prevalece numa mente preparada a bandeira amarela apareceu e penalizou ele, naquele momento o coração voltou pro devido lugar e consegui soltar o bendito cabo que me atrapalhava e voltei para a regata, liderei na ponta da cana até a chegada... Com uma voz do meu pai dizendo no meu ouvindo Pedrão a regata é toda sua, agora é só trazer para casa, lembrando que de quando assistia aos domingos de madrugada e de manhã as corridas do super campeão da F1 schumacker ( esqueci como escreve o nome dele), mas lembro do detalhe que a equipe falava no radio no finalzinho das corridas para os pilotos levarem as maquinas de volta para o padock com cautela.
  Foi um momento muito magico pra mim, eu sei que pode não significar tanto para algumas pessoas, mas esse regata foi tão especial que eu ainda não senti essa mesma emoção, eu tinha apenas 14 anos, assim que eu cruzei a linha de chegada comecei a comemorar como se fosse o campeão mundial, e fui curtindo o momento até a marina onde guardávamos o barco... E então virei o barco e fiquei em pé na bolinha gritando e comemorando junto com a minha mãe que torcia no píer o dia todo... Algumas pessoas chegaram a perguntar se era eu o campeão mundial, pois eu sorria muito mais que o frio neozelandes que ganhará o mundial e assim fechei o campeonato em terceiro lugar da série prata.

Outras experiências:
Em 2010 fui selecionado para integrar a equipe de vela da marinha do Brasil, afim de participar de campeonatos militares e civis representando a marinha.

Começei as velejar de oceano (barcos quilhados) aos 13 anos quando fui timoneiro de um fast 230 na categoria RGS e ganhamos o circuito niterói, aos 16 comecei a velejar de hpe25 no priemiro campeonato brasileiro Junior de match race, um ano antes comecei a velejar de j24 participei de alguns campeonatos, entre eles match race no Chile e match race Petrópolis, desde 2004 fiz parte de tripulações do match race Brasil ao lado de torbem, scheidt e Daniel Glomb e outros tops da vela basileira, 3 participações na rolex ilha bela, 2006, 2010 e 2012. Campeão na categoria orc na refeno de 2010, vice campeão santos rio 2010.


Priemeiro campeonato brasileiro de vela vitoria 2001



Treino para Espanha 2013 classe Finn


Brasileiro de laser 2010 vitoria-es sexto lugar geral laser standard


Abraços e Bons Ventos
Pedro Henrique Trouche de Souza "BOLDER"
55-21-99758040

Nota de luto.

Nosso blog está de luto.

O Sandro Sartorio, da 30 Nós se foi.

Seguem palavras do amigo do Sandro, o Rodrigo.




Amigos velejadores, muito me doem escrever essas palavras, mas por ter sido quem foi, além de meu grande amigo, assíduo participante desta nossa pequena comunidade que é a vela, creio que merece a homenagem, e muitas outras.
 
Ontem, 6/set, durante a primeira regata do Circuito Oceanico de Niterói, veio a falecer o Sandro Sartório, vítima de um infarto fulminante a bordo. Sandro amava muito a vela, e que bom que partiu fazendo exatamente o que mais amava. Pena que um tanto quanto cedo, aos 40 anos. Sandro velejava de tudo que se podia imaginar, laser, dingue, fast23, ranger22, j24, oceanos, snipe. Depois que teve o primeiro contato ainda no Colégio Naval, não largou mais. Fez travessias, correu inúmeras vezes a Santos-Rio, Ilhabela e a Refeno, e estava cheio de planos, inclusive de regatas internacionais.
 
Sua paixão ultrapassou a prática do esporte, e o levou a empreender na área, com o comércio Náutica 30 Nós, cuja linha de produtos estava se espandindo cada vez mais, e patrocinou muitos eventos. Era um incansável, buscando conciliar esta atividade empresarial sem deixar de velejar. Quem não o viu nessa última Ilhabela, onde antes e após as regatas, estava lá no seu standezinho, num grande bom humor, curtindo estar entre vocês todos, ouvindo suas histórias na água?
 
Sandro, você foi um grande parceiro. Deixa muitos amigos, família e a comunidade da vela, órfãos de sua alegria e energia.
 
Seu corpo será velado hoje, 7/set, entre 10 e 16hs, no Parque da Colina, sala 1, na estrada para Itaipu, Niterói.
 
Bons ventos a todos,
 
Rodrigo Claessen

Harry Manko, sempre com filmes sensacionais e gozadíssimos!

Um vídeo de compilações da Volvo Ocean Race, a volta ao mundo.

Os nós mais usados no mundo náutico, uma vídeo aula, aprenda para não chamar cabo de corda!