20/05/2012

Milionário e ex-olímpico, Neil Pryde diz que inclusão do kite na olimpíada é "desgraça absoluta" para a Vela


Por Antônio Alonso, Uol sobre as águas.

Neil Pryde já foi velejador olímpico. Foto: Daniel Forster/Rolex
Quem mandou essa frase foi um dos grandes entusiastas do kitesurf no mundo. O empresário Neil Pryde, que fabrica as atuais pranchas olímpicas (e também fabrica kites) disse que o kite não está preparado para ser esporte olímpico e que a pressa em colocar a modalidade no programa da Olimpíada do Rio pode ser ruim para o kite e para a Vela, que pode acabar fora das olimpíadas de vez. Para ele, a decisão da Isaf foi um erro "terrível e egoísta".
Neil Pryde, de 71 anos, certamente tem uma ligação mais íntima com o windsurf do que com o kite. A atual classe olímpica de wind, a Neil Pryde RS:X leva seu nome. Por outro lado, ele foi um dos defensores da introdução do kite no programa olímpico, mas para 2020, não para os Jogos do Rio.
Em uma entrevista para o South China Morning Post, ele começa dizendo que o kite não tem estrutura, organização ou trabalho no desenvolvimento de jovens atletas.
"A ISAF é representa por todos os países membros e a maioria vem da 'bancada dos iates'. O que eles fizeram foi defender interesses seus mesquinhos e sacrificador o windsurf. O que eles não percebem é o esporte da Vela como um todo corre o perigo de ser eliminado dos Jogos Olímpicos ", disse Pryde. 
"Como empresário, isso não me afeta. Eu vou continuar a fornecer o equipamento de vela. Mas de um ponto de vista pessoal, acho que é uma decisão terrível para o esporte da vela como um todo. É uma desgraça absoluta".
Originalmente, Pryde, que tem acesso aos corredores do poder da Isaf, era a favor do kite, mas retirou seu apoio em março deste ano.
"No começo, a idéia era de que a Vela brigasse por outra medalha nos Jogos Olímpicos, com a introdução de kitesurf. Não houve essa discussão de substituir o windsurf. Mas, de alguma forma, ao longo dos anos, as coisas evoluíram e como o número de atletas nos Jogos Olímpicos tem de ser diminuído, isso, infelizmente, ocorreu.
"Apesar de o kitesurf ser um esporte grande, é muito imaturo. Não há estrutura, organização e não há o desenvolvimento de jovens talentos. E o plano era introduzir kiteboarding nos Jogos de 2020, não em 2016. Apressar um esporte ainda em desenvolvimento é totalmente ridículo.
A matéria completa foi republicada pelo site americano Scuttlebutt e pode ser lida clicando aqui.
http://forum.sailingscuttlebutt.com/cgi-bin/gforum.cgi?post=13793 # 13793

Um comentário:

  1. Se na hora da regata o vento cair abaixo de 5 nós nenhum kite anda, quer dizer, pára, e se cair mais, nem a pipa fica no ar, aí vai ser um mico

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