29/09/2014

Buscas ao Veleiro Tunante II



Impressionante vídeo das condições do mar enquanto da busca pelo rebocador Tritão.

28/09/2014

Phantom Of the Opera, agora na Classe IRC,

Uma foto inspiradora , divulgação da regata Aratu Maragogipe , com o nosso Phantom of The Opera ao centro e em primeiro plano.
Depois de mais de um ano afastado das competições do Grand Slam , voltamos a ativa, com direto a treinos noturnos e muito empenho da tripulação para estrearmos na classe IRC.
Dentro de 2 semanas , partimos com a nave para o Rio de Janeiro , para participarmos do Circuito Rio - ICRJ.
A IRC é uma classe de nível internacional e que tem como ponto marcante o equilíbrio REAL dos ratings X a realidade do desempenho dos barcos.
Navegar é preciso!

21/09/2014

Benneteau 40.7 a venda, tratar com meu amigo Luciano Gubert.

VENDE-SE
Beneteau First 40.7 - Campeão - (Ex-Odoyá) - Barco a toda prova, sempre usado exclusivamente para regatas, guardado em seco, muito pouco uso, Barco completo para regatas e/ou cruzeiro rápido. Segundo dono, barco se encontra em Florianópolis. O melhor 40.7 do Brasil.
Preço: R$ 480 mil.
Contatos: luciano.gubert@hotmail.com
(41) 8856-1763


Velejador solitário cai no mar , por Ricardo Pereira.

Passados alguns dias do ocorrido acho interessante disseminar o fato para,no mínimo,compartilhar a experiência,talvez prevenir uma malfadada repetição e até,para os que eventualmente navegam comigo,compreendam um ou outro procedimento de segurança que venha a ser adotado no futuro.
O susto em questão deu-se às 1200 do sábado,dia 15 último,dia este que apresentava-se com bastante vento,de SE,mar agitado e chuviscando.Um esclarecimento oportuno,com esta CONDIÇÃO PARTICULAR de vento reinante,de SE com alguma força,dependendo muito mais da direção do que propriamente da intensidade,crescem ondas,algumas realmente grandes,sobre um cordão de pedras denominado Cordão de Camburi,que está muito próximo do trajeto que temos que seguir para proceder para o Iate Clube do Espírito Santo.

Eis que vinha eu,retornando para o Iate,à bordo do MADAME,já com as velas recolhidas,motorando com 2.300 RPM,sem usar piloto,ou seja,levando o barco no manual,utilizando a roda de leme de BE,em solitário e sem usar nenhum aparato de segurança.Foi quando,chegando nas proximidades do Cordão de Camburi e través com as Ilhas Galhetas, ao sentir o barco se elevar,olhei para trás e vi uma onda enorme formando-se justo pela alheta de BE do barco.Ainda tentei descer a onda com o barco,carregando o leme para BB,porém o barco atravessou para BE e,após isso,a próxima imagem de que me recordo foi eu sendo,violentamente,empurrado para BB e,em seguida,na água.Ou seja,eu tinha sido varrido do barco por uma onda.
Uma vez na água constatei que o barco continuava navegando e estava completando uma rotação,por BE,aproximando-se bastante de mim,sendo assim tratei de deixar água para o barco passar e após a passagem,verifiquei que havia um cabo cujo chicote estava n'água.Na próxima volta(é,o barco estava com o leme carregado e navegando em círculos),agarrei-me ao dito cabo e passei a ser rebocado.Tentei por todos os modos subir a bordo,inclusive disparando a escadinha para emergência,que fica locada na parte inferior do espelho de popa.Aqui cabem algumas considerações:o cabo cujo chicote estava n'água era fino e liso;a dita escadinha é para ser utilizada com o barco parado,na ocasião ela ficava todo o  tempo quicando à flor d'água;a descarga d'água produzida pela rotação do hélice era muito forte,fazendo com que eu necessitasse usar,durante quase todo o tempo,as duas mãos para poder me manter sendo rebocado;como já comentado,o mar não estava propriamente calmo e,tenho força nos braços para me safar no dia a dia,mas não sou nenhum Hulk para conseguir içar-me nas condições que se apresentavam.Ou seja,eu tinha sido varrido do barco e não tinha como voltar para bordo.
Pensando nisso e na energia que eu estava gastando,sem resultados práticos,optei me largar do barco e nadar para o ponto de terra mais próximo,enquanto ainda tinha gás.Este ponto era a Ilha do Frade,que estava a,cerca de,meia milha,a sotavento. A prioridade então passou a ser meu couro,ou melhor,a preservação do meu couro,o que eu só poderia considerar garantida quando lá chegasse.Então,desfiz-me do casaco e sapatos que usava na ocasião,e lá fui eu nadando.O barco ficou rodando sozinho... Afortunadamente,não tive grandes dificuldades para me aproximar da ilha,além de ter o vento a meu favor,encontrei um pedaço de madeira que usei como uma destas pranchas usadas para natação.Uma vez próximo à ilha,contornei o paredão,aonde as ondas estavam arrebentando e subi nas pedras na área abrigada,após passar pelo canal formado entre as ilhas do Frade e Rasa.O couro estava safo,hora de pensar no barco.

Uma vez na ilha apressei-me em contornar a ponta xxxx e prosseguir para uma área próxima à praia das xxxx,onde tinha visto dois pescadores.Interessante notar que até este momento eu não tinha avistado ninguém,nem no mar navegando,nem na face exposta da ilha pescando,como é muito comum,tampouco nas casas.Aproximei-me destes homens,e perguntei se teriam um celular para me emprestar,expliquei que se tratava de uma situação de emergência e fui prontamente atendido.Por estas artes do destino que não conseguimos explicar,neste momento estava passando uma lancha da Praticagem,que após desembarcar um prático no Iate,estava retornando para Vitória.Liguei para a Praticagem e pedi ao plantão para entrar em contato com  mestre da lancha e instruí-lo para parar e me aguardar.Após isso fui para a praia,nadei para a lancha,embarquei e seguimos para fora.No momento que estava telefonando para a Praticagem também pedi para contactar o Iate clube e solicitar que mandassem uma outra lancha para auxiliar no resgate do barco.Assim foi feito e,rapidamente o Iate disponibilizou uma lancha que seguiu conosco para o MADAME.Quando saímos da área abrigada avistamos o MADAME,ainda navegando em círculos,só que  aproximando-se muito perigosamente do paredão de pedras da lha do Frade.Isto porque,embora o barco permanecesse rodando ,ele também permanecia sendo empurrado pelo vento em direção à ilha.Apressamo-nos em abordá-lo,o que foi feito sem maiores problemas,passei para o barco,assumi o leme e saímos daquela área de risco onde ocorreu o resgate e retornamos para o Iate Clube.
Avarias neste que escreve foram poucas,alguns hematomas e inchaços e o resto do final de semana meio que de molho,bastante doído,em casa.No barco,somente as calhas que fixam a parte inferior do "dog house",as secções de BB e central,que foram arrancadas,com os parafusos inclusive,devido à força do impacto da massa d'água.Note-se que esta calha está localizada a,cerca de,quatro metros a vante da posição em que me encontrava quando ocorreu  o acidente,daí dá para se ter uma ideia do volume de água embarcado...Porém como reza o dito popular:"entre mortos e feridos,salvaram-se todos".
Ainda na seção dos ditos populares,"o que não mata,engorda",ficou a experiência,que deverá servir para alguma coisa no futuro.Porém o objetivo aqui foi tão somente relatar o ocorrido,e não sair ditando regras de segurança,assim sendo fico por aqui.
abs 

17/09/2014

Circuito Rio 2014, classe IRC.

Circuito Rio - ICRJ: A equipe do Phantom of The Opera Locamaxx Rede NetimóveisTourlines Viagens e Turismo confirmou ontem a noite , após reunião entre os velejadores , sua participação da classe IRC. 
Por que IRC?
-A IRC, diferentemente de outras regras de rating, destina-se a uma gama muito ampla de barcos de todos os tamanhos e formas, desde os barcos de cruzeiro produzidos em série e os cruiser-racers (barcos de cruzeiro cujo projeto é moderno e veloz) até os barcos one-off de regata, desenhados exclusivamente para alto-desempenho, passando por modelos clássicos e tradicionais, todos dispuntando a mesma regata com as mesmas condições de vencer.

Suspensas as buscas ao veleiro Tunante II, que Netuno os proteja.

Do Zero Hora.

Desaparecimento de veleiro argentino completa 20 dias e não há pistas sobre seu paradeiro

Embarcação ficou à deriva a aproximadamente 130 milhas de Rio Grande e buscas foram finalizadas sem encontrá-la

17/09/2014 | 15h33
Desaparecimento de veleiro argentino completa 20 dias e não há pistas sobre seu paradeiro Reprodução/Marinha do Brasil
O veleiro Tunante II partiu de Buenos Aires e rumava para o RioFoto: Reprodução / Marinha do Brasil
Desaparecido na costa gaúcha, o veleiro argentino Tunante II é um mistério que desafia as autoridades navais e angustia os familiares dos quatro tripulantes. Na última segunda-feira, dia 15, o Comando do 5º Distrito Naval deu por encerradas as buscas. A última comunicação do veleiro foi em 28 de agosto, às 23h54min (horário de Brasília).
veleiro desapareceu a 260 quilômetros de Rio Grande, cidade portuária no sul do Estado, quando viajava entre Buenos Aires e o Rio de Janeiro. Na ocasião, a região era atingida por ventos de até 70 km/h e ondas de sete metros de altura. Aquele trecho de mar, entre Rio Grande e Chuí, é conhecido como cemitério de navios – são 226 quilômetros de costa deserta onde foram jogadas pelas ondas várias carcaças de embarcaçãoes.

"Ninguém perdeu as esperanças", diz filha de tripulante
– Pela distância que o veleiro estava na costa (260 quilômentros), é pouco provável que as ondas o tenham atirado na praia. Para isso precisaria estar, no máximo, seis quilômetros da costa – explica Lauro Júlio Calliari, professor de oceonografia geológica do  Instituto de Oceonografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
 
Rebocador Tritão fez buscas ao veleiro | Foto: Marinha do Brasil/Divulgação
A augústia das famílias
O professor não arrisca um palpite sobre o paradeiro do veleiro e ressalta que há muitos fatores envolvidos. Depois de 20 dias de buscas, onde seis navios e dois aviões varreram uma área de 557 quilômetros quadrados – equivalente ao Estado da Bahia –, as autoridades do 5º Comando Naval deram por encerrada a procura.
– Só iremos reiniciar se surgir um fato novo – informou a assessoria de imprensa do  5º Comando Naval.
Os navios que estão navegando na área do desaparecimento estão recebendo, diariamente, pedidos de informes sobre sinais da embarcação através do "alerta aos nevagantes", um espécie de boletim da transmido pelas autoridades navais.
O veleiro desaparecido é um barco bem equipado. Inclusive tem um dispositivo que permite dar um giro de 360 graus caso vire. Esse fato faz com que os familiares apostem na hipótese de o barco ainda estar navegando em alguma região do mar para onde foi empurrado pelos ventos. 
– Considerando a possibilidade do veleiro ter sido empurrado pelos ventos para outra região, nós estamos pedindo que a Marinha do Brasil solicite ajuda a outros países, além da Argentina e do Uruguai – reinvindicou a  produtora audiovisual Luana Morales, 30 anos, filha de um dos tripulantes, Horácio Roberto Morales.
Luana está em Porto Alegre em contato pernamente com as autoridades navais brasileiras. Ela acredita no surgimento de novos fatos que irão ajudar o reinício das buscas pelo veleiro desaparecido.

12/09/2014

Veleiro Tunante II ainda não foi localizado


O Comando do 5º Distrito Naval continua com as buscas ao veleiro Tunante II, desaparecido há 13 dias. A informação de que imagens de satélite, capturadas no domingo (7), mostravam uma embarcação à deriva, a leste da costa do litoral do Rio Grande do Sul, foi conferida, mas não confirmada.
Toda informação e imagem que chega até a Marinha são repassadas para a Força Aérea Brasileira (FAB), que até a terça-feira (9), não havia localizado nenhum sinal de embarcação no local assinalado. A embarcação argentina, corveta Gomes Roca, está se deslocando para o ponto. As buscas continuam e não há prazo para encerrar.
O veleiro Tunante II saiu da Argentina, com destino ao Rio de Janeiro com quatro tripulantes, todos eles velejadores experientes. São eles Jorge Benozzi, Mauro Capuccio, Horacio Morales e Alejandro Vernero. A previsão era de que a viagem a passeio levasse 15 dias até o destino final.
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01/09/2014

Desaparecimento do veleiro Tunante II, noticia do site da ABVO.

O Veleiro Argentino TUNANTE II, que saiu de Buenos Aires com destino ao Rio de Janeiro, teve problemas na costa sul do Brasil, e está desaparecido desde terça-feira.
Apesar de todo o trabalho das embarcações e aeronaves envolvidas no resgate, ainda não se tem sua localização.
Foi reportado que o veleiro estaria sem mastro e sem propulsão mecânica, tendo sido avistado por um navio mercante, que, entretanto, não conseguiu prestar auxílio.
Caso vc ou algum dos velejadores que nos lêem por cópia tenham alguma informação ou sugestão de ação, peço que entrem em contato com o Tenente Marconi pelo e-mail salvaero.cw@gmail.com, ou fone (41) 3251-5309 .
Abraço a todos
José Jacob


24/08/2014

Gustavo Pacheco e os veleiros clássicos.

Estes são os Sharpies, as velas tem nada menos que 68 anos e são de algodão.
Material envidado pelo Gustavo Pacheco. o "Rato".
"Preparando o Nautilus para a regata de amanha, ao lado do Boa Vida, de Minas Gerais. Velas de algodao de 1946."




" Rato".

18/08/2014

Fortuna.

Fortuna era a deusa romana da sorte (boa ou má), da esperança. Corresponde a divindade grega Tyche. Era representada com portando uma cornucópia e um timão, que simbolizavam a distribuição de bens e a coordenação da vida dos homens, e geralmente estava cega ou com a vista tapada (como a moderna imagem da justiça), pois distribuía seus desígnios aleatoriamente.

Official Film: The Whitbread 1981-82 | Volvo Ocean Race Legends

sailing numbers, by avelok.

Acrílica sobre tela, avelok 2012.

Sonhando dia destes saiu isto.


Boas maneiras com o meio ambiente,



Prezados amigos, nautas e amantes da vela de plantão, na terceira edição da nossa coluna falaremos sobre as boas maneiras com o meio ambiente, e como praticantes do esporte dito de cavalheiros devemos seguir a etiqueta ambiental, pois de nada adianta respeitarmos os navegantes, termos bons modos nos locais de atracação, conhecermos as normas e os bons modos do navegadores , mas deixarmos o meio ambiente em segundo plano.
Iniciando nossa pauta, reproduzimos abaixo algumas dicas para preservar nosso meio ambiente em um aspecto macro, elas  são de uma campanha do Green Peace  chamada “Entre nessa onda “ , e tem como objetivo informar como melhorar a preservação do meio ambiente, as dicas  parecem  óbvias , mas  costumo dizer que no óbvio é que mora o perigo, e nos detalhes ele se cria, portanto não custa nada tomar nota da cartilha do Green Peace para começarmos nossa prosa.
1- Pratique o turismo sustentável nas áreas marinhas e costeiras.
2- Não deixe lixo nas praias.
3- Não construa ilegalmente em áreas costeiras.
4 - Economize energia e incentive uma matriz energética limpa.
5 - Coma apenas espécies que não estão ameaçadas.
6 - Quando presenciar atividades ilegais nos mares, denuncie.
7- Não compre artesanatos feitos com animais marinhos - é crime.
8 - Participe de campanhas com a caça de baleia e incentive a criação do Santúario de Baleias  do atlântico sul.
9 - Colabore com o clima do planeta: quanto menos emissões, menor impacto nos oceanos.
10 -Cobre do governo uma fiscalização eficiente dos mares nacionais.

Pois bem, meus caros navegadores tupiniquins, o assunto é sério de deve ser levado a sério, e certamente talvez até por falta de informação nós já cometemos pecados terríveis contra a mãe natureza.
 Mas sem penitências, e com uma postura pró ativa que todo homem do mar encorpa e pratica como religião e devoção, vamos então aprender um pouco mais sobre  as regras internacionais, e como nos comportarmos em relação ao meio ambiente em  nossos cruzeiros,  regatas e  até mesmo quando fundeados ou atracados curtindo a vida com amigos e a com a família a bordo.

Regra de ouro: Lugar de lixo é no lixo, principalmente o lixo inorgânico.
 Todas as marinas estão equipadas com soluções e conteiners para a eliminação de lixo. Nós, portanto, não temos desculpas para jogar nossas garrafas vazias, vidros, embalagens, plásticos, absorventes, latas, restos de comida,  nossos ovos ou nossos caroços de azeitona no mar, muito menos nossas cinzas e guimbas de cigarros, então vamos ver como isto pode ser feito de uma forma educada.
Há um antigo ditado que diz : “-  o que o peixe come pode ser jogado no mar”.
Mas não é bem assim, é uma questão de boas maneiras também.
Imagine que existam 50 barcos ancorados em uma enseada ao lado de uma praia paradisíaca e todos resolvam   jogar fora o que sobrou do almoço , pode parecer cômico( o peixe come isto!), mas a praia ao lado vai virar uma imundície certo? E até os peixes comerem tudo o local se transformou em um lixão.
Então acomode seu lixo orgânico em sacos plásticos bem fechados e acondicione-os em local isolado em seu barco, e assim que chegar a próxima marina desembarque-o , e de preferência em um centro de coleta seletiva. Todos os clubes e marinas hoje em dia possuem locais para descarte de lixo, e você não é tem mais desculpa para não o fazer.
Lixo não orgânico então nem se fala, é moleza! Direto para o lixo, acondicionado e ao chegar em terra descartá-lo em locais de coleta seletiva, veja bem : Locais de coleta seletiva. Não custa nada e vale muito. Se seu clube ainda não tem coleta seletiva, que tal sugerir aos administradores que se providenciem! Além de contribuir com o meio ambiente, pode-se gerar renda.
No nosso clube há um fato deveras curioso: Os peixes abatidos na pescarias dos lancheiros são levados para serem limpos em bancadas construídas nos piers, e depois de limpos os pescadores  jogam as cabeças e as vísceras dos peixes no mar. Nada agradável você chegar com a família para um passeio e ver aquela porqueira fedorenta boiando no mar, atraindo moscas , propiciando um ambiente insalubre e de péssimo odor.
Lugar de lixo é no lixo, a única coisa que não é considerada lixo pela Marpol, é peixe fresco, e em mar aberto o resto é tudo lixo..
O resto deve ser acondicionado e levado para terra, caso não seja possível, você deverá descartar o lixo orgânico no mar a uma distância maior que 6 milhas da costa. Mas somente em casos extremos.
O uso dos WCS, e mais complexo. Imagina a cena de 50 barcos com 50 pessoas indo ao banheiro ao mesmo tempo! Uh-lá-lá, e fez-se o salseiro!!!
No Brasil os tanques de dejetos ainda não são obrigatórios ( por enquanto), assim sendo vale a lei do bom senso. Libere os dejetos somente se não houver banhistas e outros barcos no entorno, caso contrário mantenha o dejeto no vaso e somente dê descarga quando ganhar o mar aberto. O mau cheiro é suportável e  pode ser enclausurado, basta fecha o banheiro e baixar a tampa do vaso, depois de esvaziá-lo basta arejar o ambiente que tudo volta ao normal.
As estatísticas têm mostrado que o papel higiênico é reciclado em menos de uma semana. Se  não puder evitar de jogá-lo fora, que não o faça em águas costeiras e, especialmente, em ancoradouros e enseadas. 
Cuidado com papel reciclado: ele é carregado de cloro, e é muito menos biodegradável do que o papel virgem. É a falsa ecologia.
Países como a Turquia, possuem leis ultra-rigorosas neste aspecto, e as multas custam muito mais caro que a instalação de um tanque de dejetos.
Caso você tenha um tanque, fique atento para a regra de esvaziá-lo somente a mais de 6 milhas da costa.
Outro pecado que parece pequeno e é terrivelmente letal a muitas espécies marinhas, é a guimba de cigarro. Para o fumante que ainda não tomou consciência de estar detonando seu meio ambiente mais importante (seu corpo), e insiste em fumar, fica uma dica:
Fume somente a sotavento para não incomodar os outros, e coloque as cinzas de seu cigarro e a guimba dele, dentro de uma garrafinha de água com tampa. É fácil: pegue uma garrafinha usada, coloque meio copo de água dentro, e tampe. Quando for fumar use-a como cinzeiro( hermético!), a mãe natureza agradece, e os companheiros de velejo mais ainda, principalmente se você decidir parar de fumar de uma vez por todas.
Mantenha seu motor regulado, e evite ficar com ele ligado em locais onde está fundeado ou atracado, a fumaça incomoda e sempre há algum tipo de resíduo a se acumular em locais onde a água não circula normalmente, assim sendo , use os passeios para carregar as suas baterias, desta forma você tem até um motivo a mais para tirar seu barco da poita ou da vaga, e sair mais com ele para navegar! Ele vai adorar !
Use somente detergentes bio-degradáveis, e se possível deixe para lavar a louça ao término do passeio, nas pias do seu porto/clube/marina, onde há estação de coleta e tratamento de esgoto, caso não seja possível, faça o mais longe possível da costa. Uma dica legal: use a água quente que sai do cano da refrigeração do motor para fazer a limpeza primária das panelas e pratos, ou até mesmo os amarre em redinhas e os coloque para mergulhar na sua esteira  enquanto você veleja, deixe-os lá “tomando banho” por horas a fio, assim quando for usar o detergente e enxaguar a sujeira já estará praticamente toda removida e os resíduos serão otimizados, alem de você ter muito menos trabalho!

De pouco em pouco a gente constrói uma cultura positiva para a navegação e para o meio ambiente, vamos fazer a nossa parte, e levar a sério estas dicas, pois se bobearmos cometemos sacrilégios com o meio ambiente por descuidos primários e banais.


Bons ventos a todos! 

Kinds of sailboats, timeline.


17/08/2014

Classe Snipe, década de 50. Iate Clube do Espírito Santo.

Registro de um dia de outrora entre cavalheiros do Iate Clube do Espírito Santo, num flagrante que antecedeu o Match do certamen estadual.

08/08/2014

Iate clube. Um local que não pode ser plastificado, é um lugar para se viver a náutica e nada mais. por Christian Franzen.

Essência !
Nasci dentro de um Iate Clube e, ao longo da vida cresci e passei por mais outros dois.
Quero aqui declarar a essência de um Iate Clube; os quais foram fundados por pessoas e famílias em doação e trabalho voluntário por sua Essência
- “Incentivar e dar condições ao esporte do Iatismo e da Pesca esportiva.“
Em segundo plano, o lazer e recreio náutico.
Essência que congraçavam famílias e amantes de navegar que por fim gerou as disputadas festas nos Iate Clubes de outrora, tanto temáticas como de premiação.
Os Iate Clubes precisam de Comodorias que vivam e atendam esta Essência e, não que tenham reformas, construções mirabolantes e lucros recordes; isto é, prerrogativa das Marinas, e suas gestões empresariais, senão, teríamos um Presidente remunerado e, não um Comodoro.
Os Barcos tem Almas e, os navegadores de Iate Clube, sofrem com os acidentes e naufrágios, com sentimento de suas almas por essência.
Conheço muitos Iate Clubes e Marinas no Brasil e lá fora... Muitos perderam já sua essência em receber seus sócios e visitantes com seus propósitos de nascimento.
Peço aos Amigos e Amigas que salvem os Iate Clubes em sua Essência e Alma,
Salvem o meu Iate Clube !

02/08/2014

Whale hunt cancelled.


Iate Clube do Espirito Santo, 1978.

Ano: 1978.
Numa manhã cinzenta de chuva fria, este mineirinho aí da foto chegava desajeitadamente e em total fora de compasso com o mar, para sua primeira aula na escolinha de vela do Iate Clube do Espírito Santo, onde o professor Guará ministrava as aulas para a garotada.
São raríssimas as fotos da época, e esta feita em 1979 pelo amigo Sergio Thome Rabello, que recentemente me enviou a preciosidade, é a única que tenho dos meus primórdios
A vela vermelha BL 334do "Xande" , meu primeiro barco( na foto) , tenho até hoje, graças da Dona Maria Lúcia que guardou-a carinhosamente por mais de 30 anos.
Como diria o artista:
-"Bons tempos aqueles...





MANUAL AMADOR DE NAVEGAÇÃO EM TEMPOS DE VENTO FORTE


Texto  do amigo Escriba , el grande "capitán" Caê Guimarães.

 

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MANUAL AMADOR DE NAVEGAÇÃO EM TEMPOS DE VENTO FORTE

É possível navegar usando o mapa luminoso das estrelas. Olhe para o céu. O mapa está lá, desde que não haja nuvens encobrindo a crosta terrestre, pele fina de areia, terra e minérios que impede que voemos pelos ares implodidos pelo magma que borbulha lá embaixo. Deixe-se levar pela grafia do tempo. Isso que você vê com o pescoço virado para cima é o que há de mais antigo a ser captado pelo olho humano. Variará de acordo com a hora da noite e a época do ano. Mas será sempre o mesmo céu. Só muda quando você cruza a linha do Equador. Lá, são outras estrelas a guiar faroleiros, marujos e bucaneiros. 

A constelação de escorpião escorre sinuosa no final da tarde. As Três Marias, dentro do retângulo de Ôrion, brilham como meninas tristes, paralelas sem nunca poder se tocar. O Cruzeiro do Sul é o marco de quem vive nessa parte do planeta. Uma cruz imensa, completa por uma testemunha discreta, pequena, posicionada no quadrante inferior esquerdo, como se fosse uma intrusa aceita pela benevolência dos pontos mais luminosos.  Também tem Vênus, com suas insinuações mitológicas e sensoriais. Primeiro sinal a aparecer, é a luz mais sensual e hipnotizante dos corpos celestes que nos são dados observar. O que vemos são chamados corpos austrais. No do norte do planeta são boreais. É outro céu, mas também é uma carta de navegação, de onde se pode definir o rumo de uma rota, a distância pra chegar daqui até aí e o tempo certo para ancorar ou içar velas.

Outra ferramenta de navegação é a leitura do vento. Um olho na vegetação e outro na pele de pantera do oceano. As folhagens indicam o sentido e intensidade, como um movimento de esgrima. Na Patagônia, por exemplo, todas as árvores crescem para o norte, deformadas pelo constante vento sul. Às vezes ele chega forte aqui. Imagine lá. Vento é ar em movimento. Pode suavizar o calor escaldante e derrubar os muros erguidos sobre as convicções confortáveis. Pode ser mudo ou cantar uma nênia que língua alguma traduz sem os contornos da subjetividade. O lado contrário ao sentido de onde vem o vento é chamado sotavento. Seu oposto é o barlavento. De forma simplificada, um é onde sopra e o outro de onde sopra.
Também há ferramentas inventadas pela mão humana. A mais comum é a bússola, uma agulha imantada que aponta sempre o norte. A partir daí sabemos onde fica seu oposto, o sul, e seus escudeiros, leste e oeste. Por isso as palavras nortear e orientar se incorporaram ao nosso vocabulário com uma segunda função, que é indicar o caminho certo, a direção, o ponto aonde se quer chegar
Certa vez, parodiando a melosa frase “longe é um lugar que não existe”, alguém me disse que “norte é um lugar que não existe”. Pode ser. As agulhas das minhas bússulas sempre subvertem a lei da natureza. No lugar de apontar ao norte magnético, elas giram incessantemente. Como moinhos engarrafados. Por isso as estrelas, o vento....

ZÉ DA ADEGA , o homem que construiu a réplica do Spray de Slocum e Vitória-ES.

"Drum a Journey of a lifetime".

 


Duran Duran , o lado b do conjunto que passou um sufoco na fastnet.

Sir Arnold Clark e Le Bon a bordo do Drum.
O Maxi velejando hoje

O escrete reunido para a fastnet 2005,
Design puro anos 80 de Ron Roland.
Le Bon fazendo pose enganchado no mastro gigantesco em mídia da época.

Simon Le Bon o mega pop star do grupo "Duran Duran" , o segundo grupo inglês mais popular na Europa depois dos Beatles, e seu maxxy yacht de 78 pés "Drum" na regata da morte:

-"Drum a Journey of a lifetime".

Este é o título do filme de Simon Le Bon , sobre a história de seu maxxy projetado por Ron Rolland para o skiper Skip Novak. Foi construído para participar  da Whitbread de 1985 e quase o leva a morte na Fastnet do mesmo ano .
A Fastnet ficou conhecida como a regata da morte depois da edição de 1979 que levou 15 almas para o lado de São Pedro , numa tempestade "pau pereira", como diria Macintyre, e com barcos talvez sem a preocupação devia com a durabilidade e segurança, o fato fez com que fossem repensados os conceitos dos projetos dali em diante.
Em companhia de Le Bon estavam a bordo ninguém menos que Bruno Peyron ( o mago dos catamarãs e vencedor do troféu Jules Verne), Skip Novak, velejador top 10 da época , também montanhista e aventureiro, seu irmão  Johnny, um médico osteopata,  Paul e Mike Berrow, Phil Wade e Janne Gustafsson que morreu em um acidente de motocicleta seis ou sete anos atrás , dentre outros 24 jovens cristãos.
O barco perdeu a quilha de 14 toneladas durante uma pauleira heavy-metal, destoante do melódico pop característico da banda, o funesto evento se deu na longínqua Fastnet de 1985 , o maxxy capotou nas águas geladas da grã-bretanha ao sul da cornuália, e quase ceifou a vida do jovem milionário do rock.
Eles passaram 40 minutos presos no casco emborcado na gélidas águas e foram resgatados por mergulhadores.
Apesar da quase tragédia, Le Bon recompõe-se rapidamente e inscreve o Drum para na volta ao mundo de 85, levando em sua tripulação , talvez a sua grande arma secreta, o figuraço bem humorado lobo do mar "Sueco Baiano" Magnus Olson( Skipper do  Ericsson 3 na VOR )
Eles chegaram num glorioso terceiro lugar.


Exatos 20 anos depois do episódio ao largo da costa escocesa Le Bon , reuniu 15  dos 24 componentes do escrete original da época , todos a bordo do Drum ,
Agora o magnata Arnold Clark é o dono Drum, que o comprou em 1988. Ele é um milionário do setor de automóveis e um cavalheiro também.
 Sir Arnold Clark  gentilmente o cedeu para Le Bon e seu time participaram novamente da Fastnet citada neste post .
E viva a vela & Rock and Roll.
Aproveito a dica para recomendar aos amigos a música mais bonita do mundo, Lay lady lay de Robert Zimmerman( Bob Dylan), interpretada pelo Duran Duran, escute esta maravilha e boa viajem!!!!
Bob Dylan:https://www.youtube.com/watch?v=N6ODMKSWzT4
Duran Duran: https://www.youtube.com/watch?v=VlWKYVZQRAs

Harry Manko, sempre com filmes sensacionais e gozadíssimos!

Um vídeo de compilações da Volvo Ocean Race, a volta ao mundo.

Os nós mais usados no mundo náutico, uma vídeo aula, aprenda para não chamar cabo de corda!