11/07/2012

Comissão de Regata (CR) escolheu fazer as provas no canal. Competição, considerada a maior da América Latina, segue equilibrada em todas as classes

Ilhabela (SP) - O assunto desta quarta-feira (11) em Ilhabela era onde seria realizada a regata do dia e a solução da Comissão de Regatas privilegiou o público. Com a entrada do vento Sul, no início da tarde, a prova da Rolex Ilhabela Sailing Week foi disputada no canal, bem perto do Yacht Club de Ilhabela (YCI). A intensidade entre de 10 a 20 nós e muito sol, garantiram duelos equilibrados e técnicos e um belo espetáculo para o público que estava na orla de ilhabela e de São Sebastião dos 150 barcos inscritos na competição. 
Os vencedores do dia também souberam evitar os perigosos baixios do canal, onde alguns barcos chegam a encalhar. Na classe S40, o Pajero (Eduardo Souza Ramos), depois de várias trocas de posições, cruzou a linha de chegada em primeiro. Mérito para a equipe que estava mais atenta. “A vela é uma modalidade que exige muito do atleta, que precisa ter percepção de vários fatores que cercam. Talvez é a que mais obriga atenção total. No caso da regata desta quarta, nós precisamos de dedicação e concentração. Foi longa a perna e com muita adrenalina”, revela Eduardo Souza Ramos.
Especialista em competições de Volta ao Mundo, André Fonseca também apoia a ideia de regatas perto do público, assim como na Volvo Ocean Race, Olimpíada e America´s Cup. “Correr uma regata no meio do mar nem sempre é legal para o público. Às vezes, as provas perto de terra prevalecem apenas um bordo (lado) e acaba ficando um barco atrás do outro. Desta vez, os veleiros ficaram espalhados, possibilitando um belo visual”, conta o integrante do Pajero, barco que está em primeiro na classificação geral na frente do Crioula (Eduardo Plass).
A classe HPE é a que mais se adapta às provas perto da terra pelo tamanho e agilidade. Parecida com as olímpicas, a categoria está reunindo 27 embarcações na Rolex Ilhabela Sailing Week, recorde desde que foi criada em 2004, e não teve um vencedor repetido. Melhor para o time do SER Glass Eternity, de Marcelo Bellotti. “Velejamos com raça e garra. Encaixamos bem a velejada com um barco rápido. O conhecimento da raia, principalmente do canal, fez a diferença. Foi um dia de sul atípico com pouca corrente”, revela Bellotti. “Treino é fundamental na vela. Sempre que posso estou na ilha velejando”. 
A vitória desta quarta-feira melhorou a posição do SER Glass Eternity que estava apenas na 17ª colocação e subiu cinco posições. A liderança é do SX4/Bond Girl (Rique Wanderley), seguido por Ginga (Breno Chvaicer) e BSS (Marcelo Christiansen). Na C30, o Loyal TNT (Marcelo Massa) é o líder isolado da categoria que estreia na Rolex Ilhabela Sailing Week 2012. “A regata foi bastante interessante e foi possível ver a evolução dos adversário. Em pouco tempo, os outros C30 reduzirão a vantagem, como o Katana, que é o mais novo da raia”, relata Alexandre Paradeda, do Loyal TNT, que é a tripulação mais profissional da classe.
Nas classes que precisam de rating, como a ORC, o Tomgape Touche (Ernesto Breda) segue liderando no geral e é o grande favorito ao tri. Mas, como era de se esperar, os adversários estão na cola, como o Tembó Guaçu (Osvaldo Bagnoli). Os representantes de Campinas (SP) souberam velejar na raia, que dificulta as manobras dos barcos maiores. “Tentamos errar o menos possível para ter um bom resultado no tempo corrigido. Não tivemos problemas com o baixio. O conhecimento do local e a ajuda de velejadores locais também é fundamental nessas horas”, diz André Otomati, integrante do Tembó. 
Os outros vencedores do dia foram: Zeus (Inácio Vandressen) na 600, Kiron (Leonardo Cal) na 650 e Prozak (Márcio Finamore) na 700. Entre os RGS, outra disputas acirradas. Na Maxi, que envolve os maiores da categoria, o primeiro no tempo corrigido foi o Maria Preta (Alberto Barreti). Na A, Brekelé (Escola Naval) foi o melhor do dia; na B foi o Tangaroa e na C o Mandinga (Jonas Penteado), que está com 100% de aproveitamento. Entre os Cruiser, há duas subdivisões: Na A, vitória do Sailing Adv. Travessura (Sérgio Gomes) e na B do Hélio II – Hospital Sírio Libanês (Marcos Lobo). “Conseguimos um bom aproveitamento nas primeiras regatas. O campeonato, apesar da nossa vantagem, está difícil e nossa estratégia será ampliar o resultado”, revela Marcos Lobo.
Da página www.risw.com.br, texto ZDL (especial para C30).

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